Como contei no meu primeiro post de 2007, todo ano levo pro meu refúgio, no interior de São Paulo, uma batelada de coisas que estavam atrasadas para ler.
E, como faço sempre, segui à risca minha mania: a última leitura do ano que se encerra e a primeira do que começa têm que ser "filés". Nada de quadrinho ruim. Eu já leio várias tranqueiras durante 12 meses, por dever do ofício.
Em 2004, terminei e comecei com A Guerra dos Gibis, melhor livro teórico que li sobre quadrinhos brasileiros, do ótimo Gonçalo Júnior. No ano seguinte, os escolhidos foram aventuras de J. Kendall - Aventuras de uma Criminóloga e Mágico Vento. De 2006 para 2007, os eleitos foram os dois últimos álbuns de Ken Parker, pela Tapejara.
Neste reveillon, a última leitura foi Superman - Crônicas, que saiu na última semana de 2007. Um álbum incrível, à altura da grandiosidade do primeiro dos super-heróis. Resenha sexta-feira no Universo HQ.
E para “inaugurar” 2008, As Aventuras de Tintim – O Caso Girassol, que é inferior aos dois álbuns anteriores, em Tintim e seus amigos vão à Lua (também preparei resenhas de ambos para o final desta semana), mas ainda assim é uma leitura prazerosa.
Depois dessas duas leituras clássicas, fiquei renovado para suportar o monte de ruindades que vem por aí! Mas não dá pra reclamar. Em meio a tanta coisa de qualidade pra lá de duvidosa, têm saído materiais excelentes no mercado nacioinal, como você confere na matéria dos melhores de 2007, que entra no ar nesta semana no UHQ.
Então, que seja um grande 2008!
2 comentários:
Bom saber que você teve uma boa passagem de ano, Sidão!
Agora, você é um bom rapaz, mas o Caso Girassol não é nem de longe inferior a seus dois ilustres predecessores! Diversos especialistas, como Benoît Peeters, apontam o álbum como o melhor da série e ele é, sem dúvida, aquele que melhor representa a mistura entre aventura clássica e humor que fez o sucesso da série. Todos os álbuns subsequentes "fugiriam" desse molde (com maior ou menor sucesso), conforme Hergé procurava inovar a série para manter seu próprio interesse no personagem.
O roteiro, inspirado na Guerra Fria, era bastante revolucionário para o seu tempo e sequências como a aparição do "chato profissional" Serafim Lampião, a lendária "gag" do esparadrapo, a perseguição de carros na Itália e muitas outras estão entre as mais clássicas de toda a série!
Talvez não tenha ficado tão famoso quanto os álbuns da Lua ou a brilhante caça ao tesouro do díptico Licorne/Rackham, mas o Caso Girassol é um dos grandes clássicos do personagem e a mais perfeita execução da "fórmula" Tintim!
Hunter (Pedro Bouça)
Hunter, respeito sua opinião, mas discordo. O desfecho de O Caso Girassol é abrupto, diferente do desenvolvimento de outros álbuns de Tintim.
A gag do esparadrapo é sensacional mesmo, mas, como escrevi, não curti o final.
E mesmo sendo inferior aos da Lua, na minha opinião, ainda assim é melhor do que 75% das coisas que li no ano! :-)
Abraço
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