24 setembro 2006

Cadê os comentários?

Este post é de maio, quando começamos o blog, mas como sempre tem gente nova acessando, não custa explicar de novo...

Eu e o Naranjo recebemos alguns e-mails perguntando por que não habilitamos os comentários nas notícias postadas aqui no blog.

Seguinte: o problema, infelizmente, é que não temos tempo para ficar editando os comentários, e é inevitável que uma minoria dos leitores se aproveite do anonimato da Internet pra xingar, zoar e fazer deste espaço algo que não queremos.

Este blog é para nos divertirmos, não para nos aborrecermos. Por isso, quem quiser nos dizer algo, só precisa clicar nos nossos nomes e enviar um e-mail.

Perdemos interatividade? Sim. Mas ganhamos sossego!

21 setembro 2006

Alegria de um jovem quarentão

No final de agosto entrei pro time dos "enta". E como é natural em festa de jornalista, a minha teve vários de colegas de profissão, todos amigos bastante queridos.

E como esse povo todo sabe de minha paixão por quadrinhos e futebol; e jornalista adora livros, minha biblioteca ganhou importantes reforços nas duas áreas.

Não vou colocar aqui de quem ganhei cada um, mas dá só uma sapeada. É um melhor que o outro.

Sou fã do Alex RossMythology: este foi o meu presente para mim mesmo. Gosto muito do trabalho do Alex Ross. O livro tem desenhos maravilhosos.

Olha que livraço!Golden Age of DC Comics - 365 Days: este livro é simplesmente sensacional! Traz muitas informações sobre a Era de Ouro, tudo ricamente ilustrado. Mais um belo trabalho do norte-americano Les Daniels.

Tenha medo, tenha muito medo!Foul Play!: uma baita obra, que destaca os grandes nomes da EC Comics, a editora norte-americana que foi perseguida pelos censores de plantão, em virtude de suas HQs de terror. Escrito por Grant Geissman.

Estranho não ter o nome na capa, né? Mas o conteúdo compensa.Batman: The Complete History: Mais um livro (que estranhamente não tem o título na capa) de Les Daniels sobre o Morcegão, falando de detalhes de sua criação e de sua carreira nos quadrinhos. Batman é meu personagem favorito e, mesmo assim, a pessoa que me deu esse presentão conseguiu achar um livro sobre ele que eu não tinha! Ainda bem! :-)

Eu era só um garotinho na época, mas é uma delícia rever o que rolou nos anos 70Almanaque dos Anos 70: a jornalista Ana Maria Bahiana fez um levantamento magnífico de tudo de relevante que aconteceu na década de 1970. E tem várias menções aos quadrinhos. Ah, adivinha qual o site que consta na bibliografia! Hein? Universo HQ? Putz, acertou! >:-)

Ser corinthiano é ir além de ser ou não ser o primeiroCorinthians - Paixão e Glória: a edição atualizada deste livro do Juca Kfouri em homenagem ao todo-poderoso Timão! Os principais títulos, a história do Coringão e os grandes ídolos da história (inclusive um que sempre detestei: Marcelinho Carioca). Obrigatório para quem, como eu, tem sangue alvinegro nas veias.

Como costumo dizer: corinthiano É; não TORCE, como os fanáticos pelos outros timesCorinthians - É Preto no Branco: Dois corinthianos (eu faço questão do "h", mesmo contra as regras do português) ilustres, Washington Olivetto e Nirlando Beirão num livro incrível. Um amigão meu comprou há bastante tempo, mas como não conseguíamos nos ver só conseguiu me entregar este ano. Valeu a pena a espera!

Ah, como eu gosto de futebolFebre de Bola: o amigo que me deu este livro é tão louco por quadrinhos e futebol quanto eu. Por isso, fez altas recomendações. E tenho certeza de que não vou me decepcionar. O autor é Nick Hornby.

O Rei, grande carrasco do Timão, por ele mesmoPelé - A Autobiografia: o próprio Edson Arantes do Nascimento narra sua história genial. O rei do futebol conta como se tornou o brasileiro mais conhecido do planeta. Cresci ouvindo meu pai contar que ele cansou de aplaudir o Pelé, quando ele destroçava o Corinthians, nas décadas de 50 e 60. Quando assisti Pelé Eterno tive uma amostra de que não era exagero...

Bom, deu pra notar que terei excelentes opções de leitura nos próximos meses, né? Quem sabe num próximo post eu fale dos DVDs que ganhei. ;-)

19 setembro 2006

Isso é que é mulher de fibra!

Taí uma coisa que não se vê todo dia num gibi de super-herói. A tão bela quanto poderosa Flare, personagem da Heroic Publishing, é alvo de um dinossauro, uma frota de discos-voadores, um gorilão humanizado, um robô gigante e uma explosão atômica... tudo ao mesmo tempo!

E o que é melhor: a loira parece dar cabo desses pequenos incômodos fortemente armada com um... tubarão!

Lois Lane, a devassa

Eis uma imagem reveladora: a Liga da Justiça dando uns amassos na até então namorada do Super-Homem, na capa de Superman's Girl Friend, Lois Lane #29 (novembro de 1961).

Tudo por uma boa causa (arrecadar fundos para a luta a favor do ar fresco), mas a verdade é que o Azulão ganhou um belo par - ou mais - de chifres de aço.

Alf, o E.T.arado

E eu que sempre pensei que o Alf gostava mesmo era de comer gatos...

17 setembro 2006

Morcegos não gostam de cães

O que diriam os militantes do PETA - People for the Ethical Treatment of Animals se já existissem em 1945 e vissem essa imagem do Batman socando um cachorro? O quadro é do gibi Detective Comics # 97.

A ligação dessa entidade de defesa dos animais com os quadrinhos é bem forte. Clicando aqui, você sabe da última. Mas também há outros casos. Clique aqui pra saber mais.

16 setembro 2006

Bonita camisa, Fernandinho!

Não tenho palavras pra descrever o quanto é ridículo esse uniforme do Atlas, personagem criado em 1964 pra editora Super Comics Inc. Nem Austin Powers teria tanto mau gosto.

E pensar que eu sempre achei que não havia nada pior do que aquilo que a Canário Negro vestia na época da Liga do Giffen, nem do que o primeiro uniforme do Asa Noturna.

Explica isso aí direito, Azulão!

Preste atenção no que o Homem de Aço falou pra o Jimmy Olsen em Superman # 127 (1959):

"Obrigado, Jimmy... E, já que somos tão bons amigos, desta vez não manterei segredo! Vamos deixar o mundo saber que Jimmy Olsen e seu amigo Super-Homem estão vivendo juntos no mesmo apartamento!"

Esquisito, não?
Cenas que não gostaríamos de ver nunca mais

Super-Homem como um pretenso cantor de ópera, em Superman # 116 (1957)...

... dançarino em Superman's Pal Jimmy Olsen # 88 (1965)...

... e dando uma de debilóide pra ganhar alguns bilhões de dólares, em Superman # 136 (1960).

Fique fortão como os heróis Marvel

Saca só esse livro lançado em 1976 nos Estados Unidos. Escrito por Ann Picardo e ilustrado por Joe Giella, The Mighty Marvel Strength and Fitness Book ensina exercícios pra deixar o corpo em forma.

Não sei o conteúdo da obra, mas essa capa é uma pérola...

Sessão boiolagem

Não sou eu que tô afirmando, as imagens estão aí pra provar. Depois, não venha ninguém me dizer que ando "desrespeitando" o veterano trio de super-heróis da DC.

Esse quadrinho, por exemplo, não parece um convite pra um encontro íntimo que o Menino-Prodígio aceita de prontidão?

O pior é o que o Azulão tá dizendo pra os bandidões, na imagem abaixo. "Quero que todos os seus homens dêem as costas pra mim! Agora!". Mas... hein?

E essa cruzada de pernas do Morcegão? Teria vindo daí a inspiração pra cena similar que Sharon Stone protagonizou no filme Instinto Selvagem?


Super-Homem: Curiosidades (3)

A Itália nunca teve um Super Uomo, como seria mais certo se chamar o Super-Homem por lá. Quando o personagem foi publicado pela primeira vez na Velha Bota, em 1939, foi batizado de... Ciclone.

E ficou sendo chamado assim até 1954, quando mudou de editora e passou a ser conhecido como... Nembo Kid (ui!). E o Superboy era o Nembo Kid Lad (ai!).

Somente em 1971, o Homem de Aço foi "rebatizado" como no original: Superman. Mas, já em 1966, na capa da HQ do personagem, esse nome aparecia no título ao lado daquele outro medonho.

Outro detalhe é que, até finalmente ganhar o nome pelo qual é conhecido no mundo inteiro, o Super-Homem italiano usava o emblema do uniforme alterado, sem o "S" e todo amarelo, talvez pra que os leitores não se perguntassem por que razão não tinha ali um "C" (de Ciclone) ou um "N" (de Nembo).



15 setembro 2006

Vi, li e gostei!

Devido à falta de tempo livre, tenho acumulado muitas HQs pra ler. Uma delas, Marvel Apresenta # 21 - Homem-Aranha & Tocha Humana, lançada em dezembro do ano passado, só fui ler no último fim de semana. E fiquei tão positivamente surpreso com a edição que resolvi comentar aqui no blog.

Nesses meses todos em que deixei essa revista esquecida num cantinho, ao lado de dezenas de outras esperando pra serem lidas, vi muitos comentários na grande rede considerando a HQ pra lá de meia-boca. Cheguei a ficar sugestionado, e talvez por isso tenha demorado tanto a lê-la.

Bem, sou um leitor das antigas, saudosista, daqueles que, quanto mais mofo tiver uma HQ na prateleira de um sebo, melhores as chances de ela ser comprada por mim. Daí pra gostar dessa minissérie compilada em Marvel Apresenta # 21, foi só uma questão de ler a primeira parte.

Os desenhos de Ty Templeton e a colorização de F. Serrano e J. Rauch me fizeram voltar aos anos 60 (e olha que nem nasci nessa década!) e aos 70 (dos quais tenho muita saudade), com direito a uma passadinha nos 80. Mais que isso, com os roteiros de Dan Slott voltei ao tempo em que os quadrinhos de super-heróis eram de digestão mais simples.

Ver o Homem-Aranha e o Tocha Humana sem muitas delongas, somente com ação e muito, muito humor, valeram pra mim cada centavo da revista. Depois de ler o último quadrinho, fiquei com uma sensação tão boa, que me perguntei quanto tempo fazia que eu não me sentia tão bem lendo um gibi de super-herói.

Quem detestou essa edição de Marvel Apresenta (e, pelo que pude perceber, foi muita gente), pode ficar aí pensando que o que escrevi até agora é um grande exagero, que careço de um senso crítico mais apurado, ou que não entendo nada de quadrinhos.

Mas, quer saber de mais uma coisa? Essa HQ, pra mim, é duca. Ponto final.

13 setembro 2006

Editor três em um

Agosto foi um mês daqueles! Às vésperas de completar 40 anos, estava num estresse bravo, devido ao excesso de trabalho. Claro que foram frilas pra lá de bem-vindos, mas teve horas em que eu pensei que ia pirar.

A última Wizard, ao menos com este nome...Toquei os três trabalhos ao mesmo tempo, mas o lance é que todos os fechamentos (e só quem já viveu um sabe o que essa palavra significa em jornalismo) aconteceram no período de uma semana.

O primeiro, ao qual já estou beeem acostumado, foi o da 36ª e última Wizard, ao menos com este nome. Explico: a revista mudará de nome por problemas burocráticos com a escola de idiomas que é sua xará!

Mundo Estranho 55O segundo fechamento foi o da Mundo Estranho # 55. Fiquei responsável por uns 40% da revista, pois estava cobrindo as férias do meu amigo Rodrigo Ratier. Neste número, ainda escrevi a seção Duelo, com um sugestivo Marvel versus DC. Também não teve grandes problemas, pois como colaboro há quase três anos com a publicação, conheço bem a linguagem adotada e o pessoal da redação.

Finalmente, veio o mais trabalhoso e complicado: o especial 50 Anos da Indústria Automobilística no Brasil, da Quatro Rodas. Por não ser um especialista no assunto, apanhei um bocado, não só nos textos que editei, como na pesquisa das imagens utilizadas. Mas valeu. Aprendi pra caramba, com o Sérgio Berezovsky e o Zeca Chaves, respectivamente diretor de redação e redator-chefe da revista.

O fechamento foi complicado (três noites seguidas até às 3, 4 da matina), mas o especial ficou muito bonito e - o principal - informativo à beça. Ele saiu encartado na edição de setembro da Quatro Rodas.

A edição de setembro da Quatro Rodas... ...que traz encartada o especial 50 Anos da Indústria Automobilística no Brasil

Então, se você por acaso for um leitor eclético e trombar com meu nome na Quatro Rodas ou na Mundo Estranho, não se assuste: no mês de setembro, eu virei um "editor 3 em 1". :-)

11 setembro 2006

Starman merece sair por aqui

Nessa bem-vinda leva de republicações de materiais bacanas de super-heróis em edições mais encorpadas, bem que alguma editora poderia trazer para o mercado as aventuras do Starman (Jack Knight), escritas por James Robinson e desenhadas pelo Tony Harris.

Nem precisava ser em formato luxuoso. Podia ser em papel mais barato mesmo, mas que publicassem tudo. É uma fase primorosa, que teve apenas parte publicada, aos trancos e barrancos, no Brasil.

O Thiago Augusto, colaborador do Universo HQ, escreveu uma coluna sobre a série no Sobrecarga, na qual discorre também sobre as encarnações anteriores do herói. Vale conferir.

Starmen: qual o seu Starman favorito?Aliás, não foi à toa que escolhi esse belo pôster que o Alex Ross pintou com todos os Starmen que já passaram pelo Universo DC. Seria um brinde legal, caso alguma editora decida presentear os leitores com essa HQ de super-heróis bem acima da média.
Mais bonecos

O tempo está escasso para o Blog, mas prometi a mim mesmo que vou tentar postar mais. As razões de meu sumiço (trabalho, trabalho e trabalho) serão explicadas amanhã ou depois. Enquanto, isso, curta aí mais alguns de meus bonecos.

Na parte de cima, três muito bem feitos, em plástico e pouco maiores que um Falcon.

Esses não são fracos, não!Abaixo, miniaturas metálicas de mocinhos e bandidos da DC e alguns da Marvel, estes mesclando metal e plástico.

E no cantinho dá pra ver o Homem-Aranha e o Homem de Ferro, mas o lado em que começam os bonecos da Marvel fica pra outro post.

10 setembro 2006

Por falar em Batman...

Vale conferir essa ótima tirinha do Fernando Gonsales, criador do Níquel Náusea. Quem disse que o Homem-Morcego não se diverte de vez em quando?

Tira de Fernando Gonsales
Dando nome aos bois

Todo bom super-herói que se preze deve ter um vilão (ou vários) que sejam carismáticos. Que o diga Batman, detentor de uma das mais respeitáveis galerias de inimigos.

As Dez Noites da BestaE, para um bom vilão, é imprescindível um bom nome – ou codinome. Todo mundo conhece o Coringa, Duas-Caras, Pingüim, Charada e outros. Mas, talvez pelo excesso de personagens, às vezes algumas escolhas estúpidas são feitas. E quem sofre é o leitor e fã do Morcegão.

Por exemplo, na ótima graphic novel As Dez Noites da Besta, com texto de Jim Starlin e arte de Jim Aparo, publicada em 1989 pela Editora Abril, Batman enfrenta um terrível agente da KGB, perito em artes marciais e cuja força foi ampliada ciberneticamente. Codinome: KGBesta. Fala sério.

Batman no BrasilMas, o campeão de todos os “piores codinomes de todos os tempos” ficou com o vilão da edição especial Batman no Brasil, de 1993. O Homem-Morcego enfrenta, num Rio de Janeiro com pinta de cidade do interior da América Latina, um ser criado a partir do subconsciente de algumas pessoas. Seu codinome: o Idiota! Aliás, para enfrentar o Batman, o vilão usa até mesmo um tal de “Hálito Idiota”. Pois é, ninguém merece.

Em tempo: esta última teve texto do instável Peter Milligan e arte de Norm Breyfogle.

07 setembro 2006

O Lama Verde

Pesquisando imagens do Lanterna Verde na Internet, encontrei outro guerreiro esmeralda, que não tem nada a ver com aquele da DC Comics, mas que surgiu na mesma época e fez muito sucesso nos Estados Unidos na década de 1940.

É o Green Lama, ou Lama Verde, um super-herói bem tosco que protagonizou tiras de jornal, gibis próprios, programas de rádio e teve até um fã-clube oficial, com direito a carteirinha de sócio e tudo o mais.

O alter ego do personagem era um milionário norte-americano que viajou para o Tibet, passou dez anos por lá e se tornou um lama (como o Dalai).

Na volta aos EUA, ele passou a combater as forças do mal (leia-se nazistas e países do Eixo) usando poderes especiais que adquiria ao tomar "sais radioativos".

Bem, o sucesso foi enorme, mas efêmero. Teria sido por causa do uniforme ridículo e do físico de faquir que o personagem ostentava? Foi devido ao fim da Segunda Guerra? Ou pela simples razão de que as histórias eram toscas por si só?

Ficaremos só na curiosidade. Mas vale o registro de mais um capítulo da rica e extensa história da nona arte.
A arte na capa de um LP

Sou do tempo dos LPs, as chamadas bolachas de vinil, que podem não ter (e realmente não tinham) toda a qualidade que um CD oferece, além de serem mais frágeis. Mas sinto falta deles, ainda tenho guardado todos os meus quase trezentos e faço uma limpeza periódica em cada um pra que durem pelo menos mais uns 150 anos.

Na transição pra o CD, muitas produções antigas ganharam um tratamento de primeira no som, mas as capas, que chamam a atenção nas prateleiras, perderam muito da magia. Pegue o álbum Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (1967) dos Beatles e tente apreciar aquela imagem reproduzida no tamanhico de um compact disc. Dá pra ver bem algum detalhe da capa considerada uma das maravilhas da pop art?

Quem só começou a curtir o Iron Maiden na era do CD e comprou o magnífico Powerslave (1984), por exemplo, nem imagina onde esteja na ilustração o inconfundível símbolo da banda, presente em todas as capas, e que nessa e em outras reduzidas para o formato compact disc ficou sumido.

Ainda em Powerslave, só quem tem o LP pode ver a inscrição “Indiana Jones was here” (“Indiana Jones esteve aqui”) e o desenho do Mickey Mouse talhados na entrada de uma das esfinges.

Pra mim, essa é a melhor capa dos discos do Iron Maiden, pela riqueza de detalhes e por causa do tema, o Egito antigo, que me fascina desde a infância. Mas há outras belas ilustrações, como as dos álbuns Seventh Son of a Seventh Son (1988) e Somewhere in Time (1986).

Esta última traz também um festival de citações, como o nome do escritor de ficção científica Isaac Asimov em um letreiro; no céu escuro, ao fundo, o anjo caído da banda Led Zeppelin; e, no alto de um edifício, a inconfundível imagem do Batman na penumbra. Isso tudo quase não dá pra perceber na versão da capa em CD.

Muitas outras bandas de heavy metal também se valem da arte pintada para chamar a atenção na capa de seus discos. O Manowar é mestre nisso, e destaco aqui as belas ilustrações para Hail to England (1984), que é de fazer babar qualquer fã do Conan, e Fighting the World (1987), que emula a capa de Destroyer (1976), do Kiss. Compare nas imagens postadas aqui.

Aliás, o Kiss tem outro álbum com uma capa espetacular, Love Gun (1977). A pintura realista é de encher os olhos.

E voltando ao bárbaro cimério, o ilustrador Ken Kelly, que já foi capista de A Espada Selvagem de Conan, é o responsável pelas ilustrações de um CD-tributo ao Kiss lançado no ano passado na Noruega. Também é dele a maioria das artes de capa do Manowar.

Mais bandas famosas entre os metaleiros (ou headbangers, como queiram) apresentaram em seus discos algumas capas sensacionais, como o Judas Priest em Painkiller (1990) - um clássico insuperável, daqueles cuja parede de guitarras faz estourar os tímpanos de qualquer desavisado.

Tem ainda o Iced Earth, que já usou uma capa e encarte com ilustrações do Spawn, a Cria do Inferno de Todd Mcfarlane, em The Dark Saga (1996).

Entretanto, por mais belas que sejam todas essas e muitas outras artes, elas perdem um pouco do impacto em um espaço tão pequeno como a capa de um CD. Já nos LPs, são verdadeiros painéis no tamanho perfeito até para serem emoldurados.

Saudade...

06 setembro 2006

Batman globalizado

Ah, como era fácil criar imitações de personagens de quadrinhos, ou mesmo usá-los na íntegra em produções não autorizadas.

O mundo sem fronteiras de hoje não permitiria acontecer isso por muito tempo, mas, até poucas décadas atrás, muitos "autores" usaram e abusaram do plágio (tá bom, o Rob Liefeld continua fazendo isso e ninguém tá nem aí...).

Já mostrei aqui no blog a HQ argentina do Supervolador, "irmão gêmeo" do Super-Homem. Agora, seguem mais bagaceiras, dessa vez com o Batman, vindas de outros países.

No México, o implacável El Murciélago, que tinha até um sidekick igualzinho ao Robin:


E no Japão, um Batman com poderes extraordinários, como capacidade de vôo e superforça: