31 março 2007

O (doce) gostinho de se sentir campeão do mundo

Se você pensou que esse post era sobre futebol, errou feio. Seguinte: ontem à tarde, eu estava na minha sala lá na Mauricio de Sousa Produções, quando tocou o telefone. Era o Fábio Volpe, redator-chefe da Mundo Estranho, revista da Abril da qual sou colaborador “quase fixo” (além de fazer matérias, edito/escrevo especiais e cubro férias dos editores) há uns três anos.

A página de abreComo estou editando um especial de Harry Potter, pensei que era alguma coisa ligada a isso. Mas não. O Volpe falou assim: “Sidão, tenho uma boa notícia: pode acrescentar no seu currículo uma medalha de ouro no Malofiej! A matéria de sexo ganhou!”.

Quase caí pra trás! Explicando: o Malofiej é o mais importante prêmio de infografia do planeta, que rola na Espanha. Todos os anos centenas de veículos de comunicação inscrevem trabalhos em busca dessa cobiçada conquista. Quem mandou a boa notícia foi o editor Rodrigo Ratier, direto de Pamplona.

Parabéns para toda a equipe da ME: Volpe, Ratier, Arthur, Renata (a designer da matéria), Alessandra e Daniele; ao Carlo Giovani, que fez as ilustras e ao Manuel Nogueira, responsável pelas fotos.

As imagens neste post mostram as seis páginas da matéria, pra quem quiser conferir. A sacada de ilustrar tudo como se fossem tatuagens sobre os corpos foi da Renata e o Carlo mandou bem demais! Estou felicíssimo por participar dessa conquista.

A primeira duplaO mais legal de tudo, é que foi uma matéria numa área (saúde) na qual escrevi poucas vezes nos meus quase 20 anos de jornalismo. Lembro quando o Volpe me ligou perguntando se eu topava. Eu teria que explicar: como se formam os espermatozóides, por que esfregar o pênis dá prazer, como o pênis fica duro, como a vagina fica lubrificada para a transa e o que acontece no corpo durante o orgasmo.

Alguém pode achar que isso é baba, que tem em qualquer livro, mas não é por aí. Conheço bem o perfil da Mundo Estranho: os textos têm que cavar coisas inusitadas e diferentes e explicar tudo de forma clara, especialmente quando se trata de um artigo com infográficos. E era a matéria de capa! Um desafio e tanto, que, claro, topei!

Falei com vários médicos e sexólogas, pesquisei um bocado em livros e na net, enchi o saco dos entrevistados até ter a certeza de que estava transmitindo todas as informações de forma precisa e, principalmente, clara (afinal, o público da revista é adolescente). Taí o resultado. Valeu a pena!

Quando ministro palestras ou cursos, sempre toco no ponto de que, hoje, tem jornalista que esqueceu (ou não sabe) a importância de uma boa pesquisa, de uma apuração detalhada. E isso vale para qualquer profissional, pra um iniciante ou alguém mesmo com muitos anos de janela.

A segunda duplaFaço isso até quando faço algum artigo sobre quadrinhos, (que, modéstia à parte, conheço bastante); que dirá com outros assuntos a respeito dos quais não escrevo com freqüência. A sensação de ter feito um trabalho bacana é maravilhosa.

O Prêmio Malofiej de Infografia tem dezenas de categorias, mas os jurados são extremamente rigorosos. Este ano foram inscritos 1500 trabalhos de revistas e jornais de todo o mundo, nas categorias impressas e online. No entanto, foram dadas apenas 12 medalhas de ouro.

E a página finalAlém da Mundo Estranho, faturaram o prêmio máximo: Expresso, de Portugal, The New York Times (duas vezes), San Jose Mercury News, National Geographic Magazine e The Oregonian, dos Estados Unidos; Dagens Nyheter, da Suécia; The Guardian, da Inglaterra; Welt am Sonntag, da Alemanha; e o Clarín (duas vezes), da Argentina.

Ao todo, foram distribuídas 95 medalhas: 12 de ouro, 22 de prata e 61 de bronze. A Mundo Estranho ainda faturou um bronze na categoria Infográfico Animado, mostrando o que acontece numa turbulência dentro de um avião.

Ou seja, com razão, a redação da Mundo Estranho está em festa por essa conquista em nível mundial. E eu também!

30 março 2007

Como funciona o Universo HQ

É comum eu receber e-mails de leitores de outros estados que, quando vêm a São Paulo, querem conhecer a “redação” do Universo HQ. Quando explico como as coisas funcionam no site, geralmente, a reação é algo do tipo: “Vocês são mais loucos do que eu pensava”.

Universo HQ, o meu quarto filho!Então, pra que todos nossos leitores saibam, aqui vai um resumão de como funciona o dia-a-dia do UHQ.

Primeiro: o site não dá grana pra nenhum de nós. Fazemos porque somos apaixonados por quadrinhos e porque (por favor, não entenda como falsa modéstia) temos certeza de que faríamos bastante falta pro mercado se, por exemplo, resolvêssemos parar amanhã. Tanto pro fã em geral, como para as editoras e - especialmente - para quem produz quadrinho nacional, que tem no site uma grande vitrine. É absolutamente do cacete quando encontro autores pelo Brasil e eles me dizem que o UHQ ajudou a tornarem seus trabalhos mais conhecidos.

Hoje, ao menos, não precisamos tirar do bolso pra pagar o site, algo que fizemos por bastante tempo.

É bem verdade que todos temos certeza de que o site tem potencial (vide número de acessos, prêmios e reconhecimento da mídia) para dar uma boa grana, mas como os três sócios (eu, o Nara e o Codespoti) trabalham, nenhum tem tempo para sair “vendendo” o Universo HQ. Mas a gente ainda vai dar um jeito nisso.

O que nos espanta é o tanto que o site cresceu nesses pouco mais de sete anos de vida. Houve época em que era uma luta colocar três, quatro resenhas por semana. Hoje, a média fica na casa das 20.

No começo (só pra lembrar: o UHQ nasceu como um site de fã, em 5 de janeiro de 2000, criado pelo meu amigo Samir Naliato, que está tocando sua vida longe dos quadrinhos), chegávamos a fazer todas as notas da semana num dia só e dividíamos pelos cinco dias úteis de atualização.

Samir, eu, Codespoti e Naranjo, quando ganhamos o primeiro dos nossos seis HQ MixMas o volume de notícias foi crescendo, o leque de nossa cobertura se ampliando (no início falávamos quase totalmente de super-heróis) e vários colaboradores foram se juntando ao nosso time. E o resultado foi o UHQ que vemos hoje – e que vai crescer ainda mais, pode apostar. Atualmente, nosso time tem cerca de 50 pessoas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.

Mas voltando a falar do esquema de trabalho do site hoje...

O Codespoti (que mora em Luxemburgo) e o Ramone (que vive em Maceió e é um de nossos mais valorosos colaboradores e um amigo na acepção da palavra - e nem o conheço pessoalmente!) mandam diariamente as mais diversas notícias sobre quadrinhos, com suas respectivas imagens. E quando é reprodução de algo que saiu lá fora ou um release de uma editora brasileira, temos a preocupação de não fazer uma simples tradução estilo “ctrl c + ctrl v” e de dar uma limpada geral no texto, respectivamente.

O Naranjo (que, além de trabalhar numa atividade não ligada à área, ainda estuda direito à noite) chega da faculdade e vai editar os textos. Atualmente, é só com ele que consigo falar diariamente, pra botarmos as idéias em dia e jogarmos conversa fora. Com o Codespoti em Luxemburgo, o fuso horário nos coloca quase incomunicáveis. Muito raramente conseguimos nos achar num skype da vida. Restam os e-mails...

Bem, terminado a tarefa do Nara, ele envia um arquivão ao Ronaldo Barata, nosso webmaster, que coloca tudo online no dia seguinte, logo cedo.

E aqui vale um parêntese. O Barata está conosco há pouco mais de dois anos. É o único que recebe pelo que faz no site. Isso porque, com a saída do Samir do UHQ, o Codespoti não ia dar conta de produzir as notas e ainda colocar tudo online. O cara tem seu trabalho, esposa etc. A saída foi contratar alguém. E o Barata, por ser nosso amigo, caiu como uma luva no time.

Pois bem, assim que a atualização do site vai ao ar, eu exerço meu papel de editor-chefe e chato de plantão e reviso a capa, os títulos e todas as notas e peço pra corrigirem os erros. E, sim, tem bronca das grandes quando sai alguma lambança (e é inevitável, elas acontecem).

Pra facilitar a nossa vida, há uns quatro anos, desenvolvi uma série de macros no word que possibilitam que, enquanto eu e o Nara estamos editando os textos, possamos colocar todos os códigos html (negrito, itálico, links etc.), o que facilita um bocado a vida do Barata.

Vez ou outra, substituo o Nara na confecção das notas diárias, principalmente quando ele está em época de provas. Eu e ele também fazemos nossas notas, mas quando o tempo está curto (como ultimamente) só conseguimos editar o texto.

Ah, e vale mencionar que alguns amigos / colaboradores também nos dão uma mão com as notas de vez em quando, casos do Pablo Casado, do Zé Oliboni, o Eduardo Nasi, o Thiago Augusto, o Lucas Lourenço e outros.

Durante a semana, enquanto o Nara “doma” as notas, eu me encarrego da edição das resenhas, que representam um volume absurdo de material – pra se ter uma idéia: por semana, entram no ar cerca de 40, 45 páginas de word em corpo 12. Mas como é o setor mais visitado do site, é preciso um cuidado extra.

O UHQ dá trabalho, mas a gente curteAlém da edição do texto, sou eu que coloco todos os negritos, itálicos, links de editoras e de edições anteriores ou de notícias que já saíram no Universo HQ (acho vital isso e somos um dos poucos veículos de internet que faz isso), caço as capas e verifico se a revista está disponível para venda no Submarino. Aliás, qualquer dia eu conto o trabalho que dá manter aquela vitrine giratória de produtos que entra no rodapé de todas as nossas páginas.

Também é minha responsabilidade editar todas as matérias, entrevistas e colunas.

Cansa? Pra caramba! Mas vale a pena. Não apenas pelo reconhecimento dos leitores (tem uns manés que acham que o mais importante mesmo é ganhar prêmios...), mas porque (quase todos) meus colaboradores acabaram se tornando grandes amigos. Tanto que, há três anos temos uma pizza de final de ano, que agora deve se tornar mais freqüente, pra pormos os papos nerds em dia.

É graças a esse pessoal fantástico que temos um dos maiores acervos de resenhas online sobre quadrinhos do planeta - e de revistas dos mais variados gêneros, nacionais ou estrangeiras. Não é pouca coisa. Aliás, vem atualização especial por aí! Fique de olho!

Bom, é isso. Ainda não conseguimos parar pra desenvolver um sistema (tipo blog) que permita que cada um de nós coloque notícias a hora que quisermos (até porque, sem revisão, nem a pau entra no ar!). Não ganhamos pra manter nosso leitor bem informado (e ainda temos que aturar cada mala de vez em quando). Nem temos redação ou equipe de venda de anúncios.

Mesmo assim, colocamos no ar, por semana, o equivalente a um pequeno livro, de 100 páginas. E com um cuidado editorial e com a língua portuguesa que muita revista que chega às bancas mensalmente não possui. Foi assim que, felizmente, conseguimos fazer do Universo HQ uma referência não só no Brasil, como para sites do exterior. E quer saber? A gente não ganha nada, mas se diverte!
Finalmente: Usagi Yojimbo!

Uma das minhas HQs favoritas está de volta ao Brasil.

Usagi Yojimbo, assim como Bone, é daquelas raras HQs que consegue ser, ao mesmo tempo, interessante, inteligente, divertida e agradável de ler.

O problema de edições mensais, como as norte-americanas, é que a leitura acaba por ser muito rápida: em álbuns, rende bem mais.

Stan Sakai juntou o melhor dos dois mundos: as boas qualidades dos mangás com os comics, numa saga das mais bacanas.

Fica a dica: vale o investimento.

29 março 2007

Putz!

Olha o papo de cafajeste do Azulão, enquanto sodomiza o pobre animal: "Você pode não entender, mas estou fazendo isso para o seu próprio bem!".

Marvel ou DC? Eis a questão!

Uma coisa é recorrente em fóruns e listas de discussão sobre quadrinhos no Brasil: as alfinetadas (ou entreveros homéricos) entre os que se denominam marvetes - ou marvelmaníacos - e os que se intitulam decenautas.

Confesso que acho isso curioso, pois jamais tive preferência por uma ou outra "facção" de gibis de super-heróis. Leio os quadrinhos Marvel e DC com o mesmo interesse. Além disso, meus dois super-heróis preferidos são Homem-Aranha e Batman, ou seja, um de cada editora.

É verdade que, atualmente, coleciono mais gibis da "Casa das Idéias", mas pelo simples motivo de que há uma maior quantidade deles publicados pela Panini, só isso.

O que quero dizer é que muitas vezes alguém que é adepto apenas da Marvel deixa de ler uma boa HQ só porque ela foi produzida pela DC, e vice-versa. Além do mais, personagens e histórias fracas existem em ambas as editoras, não é "privilégio" só de uma.

Tanto que, há uns três ou quatro anos, desisti de acompanhar os quadrinhos de super-heróis da Marvel e da DC, por um breve período, pois simplesmente não suportava mais o que na minha opinião era uma fase intragável dessas HQs (não que hoje esteja às mil maravilhas, mas ficou melhor).

É por essas e outras que eu me considero um "decemarvenauta" de coração....

28 março 2007

Sobre listas de gols e de quadrinhos

Com toda essa celeuma sobre os gols do Romário que não deveriam constar da lista dos mil (pois foram marcados nos tempos de infantil e juvenil do Baixinho e em jogos/peladas não oficiais), eu me lembrei que a lista dos meus gibis também suscita controvérsias.

Tenho mais de oito mil revistas em quadrinhos na minha coleção, e pelos meus cálculos, dentro de uns seis meses vou atingir a marca dos nove mil.

Bem, é aí que entra o "x" da questão: na lista eu considerei como gibis as edições das duas primeiras encarnações da Wizard brasileira, as quais não apresentavam nenhuma história em quadrinhos; as da revista Casseta & Planeta (pois continham aqui e ali uma charge, tira ou história em quadrinhos curta); coletâneas de charges, com ou sem tiras; contos ilustrados de personagens de gibis (como aqueles do Asterix); revistas nacionais e estrangeiras sobre quadrinhos; e mais outros que... bem... eu acho - ou quero! - que sejam HQs.

Como sou não só leitor, mas um colecionador contumaz, até quadrinhos institucionais de empresas e órgãos públicos eu costumo adicionar à minha lista. Sabe aqueles gibizinhos que as indústrias farmacêuticas produzem pra divulgar alguns remédios? Pois é, eu tenho um monte desses! Até quadrinhos sobre produtos veterinários tem na minha coleção...

E quanto a você? O que tem na sua lista que você acha que deve continuar lá, mas que os outros dizem que não tem nada a ver?

A propósito, estou torcendo muito pelo Romário. Sou fã inveterado do cara e não nego isso. Dane-se se na lista dele tem até gol de Fifa Soccer e futebol de botão. Além do mais, que exemplo eu teria pra dar se fosse contestar a validade de alguns itens dessa coleção de gols? :-)

27 março 2007

Superdemais!!!

Vamos às imagens, já que elas falam mais do que mil palavras kryptonianas:



20 março 2007

A inauguração da Menor Livraria do Mundo

Olha só alguns dos itens à vendaOntem (19/03), rolou a inauguração da Menor Livraria do Mundo, no Piano Bar Jeremias - O Bom (Rua Avanhandava, 37 - Centro - São Paulo/SP). E foi um evento bem bacana. Veja algumas fotos, feitas por Carol Mendonça.

A idéia de um cardápio de HQs é show de bola. Uma bela sacada dos meus amigos Gualberto Costa e Daniela Baptista. E olha que tem até umas raridades da Circo à venda!

Dani e Gual estreando como livreirosTorço demais pelo sucesso do Gual e da Dani, que já me ajudaram um monte nesses anos todos de carreira. São gente do bem e merecem todo o sucesso.

Além disso, a livraria vai ser uma grande oportunidade para artistas de outros estados fazerem seus livros chegarem ao mercado paulista e, conseqüentemente, ficarem expostos a mais leitores.

Laerte e Angeli autografaram um bocadoNa noite de estréia, uma dupla da pesada prestigiou o Gual e a Dani: Angeli e Laerte autografaram livros novos da coleção pocket da L&PM e álbuns da Devir.

E a programação promete muita gente boa até dia 27 de março. Tem Ziraldo, Ciça, Orlando, Fernando Gonsales e outros. Confira aqui.


 E o Jeremias ainda é tudo de bom pra tomar umas... ...com direito a um som bacana.

Olha quem está trampando no Jeremias: o Amigo da Onça Não, não é uma vendedora; é só uma manequim.

Enquanto escolhia o que ia pedir, bati um papo com o Gual... ...que também conversou com o Thiago Augusto, colaborador do UHQ.
A avantajada leveza do ser

Essa capa de uma das primeiras edições do gibi de faroeste The Rifleman, lá dos anos 50, é um registro cabal de uma impressionante qualidade física bastante comum entre os rudes caubóis do Velho Oeste.

Note que era preciso a ajuda de um sidekick pra carregar por aí esse monumental pedaço de uma anatomia pra lá de diferenciada.
Ravena, a curandeira sexual

Quando ainda não existia Viagra, o jeito era apelar para meios arcanos. Sorte do Robin, que tinha por perto a Ravena e seus mistérios escondidos sob aquele manto.

Repare na alegria incontida da feiticeira ao curar a impotência do Menino-Prodígio, gritando: "Ele levantou... Ele levantou!".

19 março 2007

Pôsteres fantásticos

Foram divulgados novos pôsteres do próximo longa-metragem do Quarteto Fantástico.

Eis dois dos melhores (qualquer um que tenha a Jessica Alba entra necessariamente nessa categoria, hê, hê):



15 março 2007

Papel de parede

Este belo painel é a capa dupla do gibi Justice League of America #7, que chegará às comics shops dos Estados Unidos no próximo mês de abril.

Quem assina a arte é uma galeria de estrelas do traço: George Perez, Luke McDonnell, Kevin Maguire, Howard Porter, Gene Ha e o brasileiro Ed Benes.

Consegui a imagem em boa resolução e a coloquei como papel de parede do meu computador. Ficou tão legal que resolvi repartir com os leitores do blog. É só clicar aqui.
Os livros de bolso da Marvel

Tanto quanto de quadrinhos, também sou leitor contumaz de livros. E, quando dá pra juntar os dois elementos, melhor ainda pra mim.

Esse é o caso da linha de livros de bolso da Marvel, que a Panini lançou no Brasil no final do ano passado. Já li Homem-Aranha: Ruas de Fogo e X-Men: Espelho Negro e confesso que gostei. Leitura agradável, histórias bem desenvolvidas... enfim, valeram cada centavo, se não forem levados em contas os muitos e absurdos erros de português.

Considero o do Cabeça-de-Teia o melhor, até agora. Comecei a ler hoje Wolverine: Arma X, e ainda não dá pra formar uma opinião (por enquanto, só li um capítulo).

Torço pra que a Panini coloque mais desses livros nas bancas. Será que não dava pra lançar, também, alguns da DC? Tem o da Crise nas Infinitas Terras, do Super-Homem, da Liga da Justiça... A lista é grande, e bem que poderiam ganhar uma versão em português.

A propósito, que bolso seria tão grande pra caber esses livros da "Casa das Idéias"? Os troços são bem grandinhos pra fazerem parte de uma coleção chamada Marvel Pocket Books.

10 março 2007

Ele morreu! Ele morreu!

Lembro que, em 1992, quando a DC Comics divulgou a notícia de que o Super-Homem receberia em breve o abraço da morte, o mundo voltou os olhos para os quadrinhos. Antes e durante o que foi considerado o maior acontecimento do universo das HQs, o evento ganhou um destaque raramente oferecido a personagens de gibis.

Jornais, revistas e rádios abriram espaço pra noticiar o fato e suas conseqüências. O assunto adentrou até mesmo as rodas de bate-papos entre quem não era leitor de quadrinhos.

Há poucos dias, mais uma morte nos gibis despertou o interesse da mídia. É só procurar: em tudo quanto é país tem jornal, TV e site divulgando e comentando o bater das botas do Capitão América.

New York Times, CNN e o catzo a quatro, só pra citar as grandes empresas de comunicação do Estados Unidos, divulgaram a notícia com estardalhaço. No Brasil, a Folha de S.Paulo e outros jornais de uma porrada de estados já deram nota sobre a morte do bandeiroso.

Na TV, o Jornal da Globo fez uma rápida matéria sobre a morte do bandeiroso, mas no caso do Super-Homem deu até Jornal Nacional. Ah, também o Otávio Mesquita mencionou o fato em seu programa, pois é fã confesso de quadrinhos de super-heróis.

E aconteceu, também, o que era de se esperar: as vendas de Captain America # 25 estouraram. Há estados dos EUA em que os exemplares já esgotaram. A Marvel anunciou que até o dia 21 de março será impressa uma nova tiragem.

Outra coisa interessante é que muitas comics shops norte-americanas entraram no clima e estão ornamentando as lojas com motivos do Capitão. A Neptune Comics (de Waukesha, Wiscosin), por exemplo, disponibilizou um espaço que expressa o luto na forma de um pano preto e uma coroa de flores nas cores da bandeira dos Estados Unidos, em meio a action figures e HQs do finado personagem.

À parte tudo o que se possa dizer sobre a qualidade das atuais histórias em quadrinhos de super-heróis, é inegável que Marvel e DC sabem bastante o que fazer pra alavancar as vendas dos gibis de seus ícones. As duas editoras manjam mesmo de marketing.

02 março 2007

Tira argentina Macanudo pode ser publicada no Brasil

Há um boato no mercado de que uma grande editora (de livros) estaria em negociações adiantadas para publicar uma coletânea da tira Macanudo, do argentino Liniers.

A tira é um grande sucesso no país de nossos hermanos, e meu amigo Eduardo Nasi até resenhou um volume encadernado para o Universo HQ. Confira aqui.

Tira de MacanudoSerá que, finalmente, nosso mercado começará a descobrir que o (bom) quadrinho argentino é muito mais do que Quino e Maitena? Quem sabe.

O trabalho de Liniers pode ser acompanhado, sempre em espanhol, no blog do autor ou no site do jornal La Nación.