29 junho 2007

Feliz aniversário, Don Rosa!


Hoje é o aniversário de Keno Don Rosa, considerado por muitos o sucessor de Carl Barks nos quadrinhos Disney. O Mestre dos Patos está completando 56 anos de vida.

Amado por uns, odiado por outros, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, Don Rosa é o mais proeminente roteirista e desenhista da Família Pato na atualidade, e um dos mais consagrados na história da nona arte.

Seja como for, os detratores e os admiradores têm, cada um a seu modo, os mais diversos argumentos pra atacá-lo ou defendê-lo.
O que não dá pra contestar é que, graças à sua Saga do Tio Patinhas e outras aventuras em quadrinhos de Donald, Tio Patinhas e sobrinhos baseadas no universo barksiano, os gibis Disney de hoje ainda apresentam histórias de boa qualidade que fazem rir, emocionar e, trocando em miúdos, divertem à beça.


Overdose de Lobo Solitário

É aqui que surge o inescrupuloso Abe-No-KaiiNos últimos dois dias reli, de uma pancada só, as edições 20 a 28 de Lobo Solitário. Por quê? Além de ser o momento em que, efetivamente, o protagonista chega a Edo para o confronto final com Retsudô, surge o inescrupuloso personagem Abe-No-Kaii, que consegue fazer algo que parecia impensável: tornar a série ainda melhor.

Se você tem essas edições e dispõe de algum tempo livre, experimente fazer o mesmo. As histórias lidas na seqüência, sem o intervalo mensal do lançamento, ganham mais dramaticidade, ritmo e emoção.

Sei que Lobo Solitário terminou faz pouco tempo no Brasil e ainda está "fresca" na cabeça de quem leu, mas talvez eu tenha feito isso por já estar sentindo falta desta que por três anos foi, de longe, a melhor revista seriada publicada por aqui.

Quem não leu, faça-o! Uma boa dica é aproveitar os descontos do Fest Comix, que começa hoje.

Lobo Solitário vale demais a pena, como comprovam as resenhas do jornalista Eduardo Nasi no Universo HQ. Mesmo que eu discorde dele na nota máxima para uma ou outra edição, para a série como um todo não dá para fugir dos cinco balõezinhos.

24 junho 2007

Batman e Robin

Por piores que estejam as fases dos gibis Batman e Homem-Aranha, continuo fiel a eles pelo simples fato de que sou fã incondicional desses super-heróis. São, disparados, meus preferidos (Super-Homem segue logo depois, e Fantasma é hour-concours, pra mim).

As histórias do Cabeça-de-Teia andam mal das pernas, bem piores do que as do Cavaleiro das Trevas, e quanto a isso eu já lavei as mãos, não espero mais nada de bom.

Já o Morcegão, pelo menos nesse "recomeço" da DC, que a Panini publicou em Batman # 54 e # 55, parece que vai engrenar de novo. Tomara!

Achei muito legal a retomada da parceria efetiva entre ele e Robin. Há muito tempo (posso dizer décadas?), desde a... hã... "morte" de Jason Todd, não se vê os dois fazendo uma dupla na verdadeira acepção da palavra usada em uma HQ de super-heróis. Depois disso, no máximo, uma ou outra ajudinha do "passarinho", quase sempre com os demais vigilantes de Gotham City disputando uma vaga na Dupla Dinâmica.

O lado paternal que Batman dispensava a Dick Grayson e Todd parece que agora está direcionado a Tim Drake. O fato de o Robin ter se tornado órfão há pouco tempo ajudou bastante. Seria esse o motivo de a DC eliminar o pai do Menino-Prodígio?

A imagem ao lado, retirada da minissérie Crise de Identidade, mostrando o garoto sendo abraçado pelo Batman depois de ver seu pai morto, pra mim é deveras emblemática. Forte. Chocante. E, na minha humilde opinião, um marco, o começo da volta de Batman E Robin.

Vê-los o tempo todo juntos, socando vilões, andando de batmóvel e fazendo jus ao nome de uma dupla que por gerações faz parte da cultura popular, é demais pra este meu veterano coração de nerd batmaníaco.

Como não acompanho o que está acontecendo no momento nas histórias gringas, pois não gosto de estragar a surpresa quando os gibis que coleciono chegam às bancas brasileiras, não sei se por lá a DC já pôs areia nas minhas expectativas.

Enquanto isso, vou ficar curtindo esta fase. Tratando-se de quadrinhos de super-heróis, é algo que passa rápido. Mas vai valer a pena...

Ah, em tempo: que uniforme duca o Robin tem agora! Sinistrão!

22 junho 2007

E agora, Homem-Aranha?

Peter ParkerNessa altura do campeonato, acredito que você, que está lendo essa postagem, já assistiu ao filme Homem-Aranha 3. Caso negativo, aviso que vou entregar abaixo uma (péssima) surpresa da divertida película.

Peter Parker descobre que não teve culpa pela morte de seu Tio Ben. O vilão que ele deixou escapar, em Homem-Aranha 1, não foi o assassino. Na verdade, foi o Homem-Areia, inadvertidamente, que o fez, como ele explica para Parker.

Pensemos: o que motiva o Aranha, desde sua criação? Sua culpa, porque, afinal, “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. Mas não é mais culpa dele! Então, por essa lógica, “Grandes poderes não trazem coisa nenhuma”.

Ele pode pendurar as chuteiras. Ou as teias. E melhor: sem peso na consciência.

Mancada, não?
Noticias que gostaríamos de ver no Universo HQ

Nova e ótima saga da DC arruma toda a cronologia dos personagens

Quadrinhos nacionais invadem as bancas e fazem sucesso em outros países

Revistas em quadrinhos continuam baixando de preço

The Spirit, Ferdinando e Dick Tracy, entre outros, voltam às bancas

Jornais de domingo trazem grátis coleções de quadrinhos

Mais uma HQ brasileira é adaptada para o cinema

O Coringa
Quem sabe um dia?
Causos do mercado de quadrinhos

Dois anos atrás, no meio de uma conversa informal num evento de quadrinhos, um editor que respeito bastante e com quem já trabalhei mandou uma "farpa" pra cima de mim. Disse que achava um erro falar mal desta ou daquela revista (se referia, lógico, às resenhas do Universo HQ), pois os comentários podiam fazer com que o leitor não comprasse a edição.

Além disso, falou que o mercado de quadrinhos era pequeno e tinha mais é que ser valorizado, que se deveria apenas enaltecer as coisas boas.

Nem preciso dizer que discordei completamente, né?

Primeiro, falei que o UHQ era um site jornalístico independente e, por isso, as análises de meus colaboradores sempre trariam suas opiniões - boas ou ruins - sobre as obras de qualquer editora, inclusive aquelas em que trabalhei ou prestei serviços.

Em seguida, disse que se uma crítica negativa nossa derrubava as vendas, então quando falávamos bem de determinado quadrinho deveríamos pedir participação nos lucros da editora? Afinal, pela lógica dele, elevaríamos as vendas.

Claro que não funciona assim. E nem deve.

O papo acabou por aí. Tenho certeza de que ele continua não concordando comigo, mas esta é uma posição da qual simplesmente não abro mão.

20 junho 2007

Editora exemplar

Eu soube de uma notícia que me deixou positivamente espantado. São informações que atestam a força do mercado de mangás nos Estados Unidos e ainda servem como exemplo de planejamento editorial de alto nível.

A Tokyopop, maior editora de mangá dos EUA, já anunciou alguns de seus lançamentos pra 2008, com dia e mês detalhados de chegada às comics shops.
São nada menos que 38 títulos, a maioria dos quais produzida lá mesmo pela nova geração de artistas que os quadrinhos nipônicos criaram naquele país.

Agora vem o mais incrível: esses 38 títulos não chegam nem perto da quantidade que a Tokyopop irá lançar no próximo ano. O número é apenas das HQs que a editora já pode anunciar como favas contadas em seu mix e que não correm o risco de atrasos (aqueles que precedem o anúncio de "reprogramado para uma nova data") .

Trocando em miúdos: ainda há mais de trezentos títulos, entre minisséries, maxisséries, edições especiais e HQs de linha, aguardando o fechamento de contrato pra serem divulgados como lançamentos de 2008.

19 junho 2007

Sobre a coluna Museu dos Quadrinhos

GriloAlgo que curto muito fazer é a coluna Museu dos Quadrinhos. Ela fez sua “estréia” quando da primeira reformulação do Universo HQ, em 2001, que recebeu novo visual, na época.

O primeiro texto foi sobre a revista Spektro. Depois vieram o Gibi Semanal, Dreadstar, Eureka, Grilo, títulos da Ebal e outros.

Com a mais recente atualização da coluna, sobre a Liga da Justiça, acabei recebendo de amigos e também trocando idéias numa lista de discussão sobre a possibilidade da coluna ser semanal – lógico, em tom de brincadeira (espero!).

O problema é que, para fazer os textos desse espaço, tenho um trabalho enorme. Muitas revistas não têm data de publicação. Por vezes, é difícil encontrar dados e informações relevantes, tanto que, geralmente, procuro pessoas que trabalharam nas edições para me certificar do que estou escrevendo.

Flash, da série Invictus - essa série foi difícil de completar!Via de regra, releio (ou leio boa parte) do material. O que leva tempo. Afinal, é imperativo condensar o que de mais importante foi apresentado na série em análise, além de levantar o maior número de curiosidades possíveis, para tornar o texto interessante e, se possível, divertido.

Sem esquecer que todas as capas devem ser devidamente escaneadas.

Pautas não faltam, já estou com duas engatilhadas, uma nacional, outra “gringa”. Tudo material das antigas, lógico.

Pior é que estou devendo uma coluna para o amigo Zérramos, que me possibilitou completar uma bela – e difícil de encontrar – série de revistas. Vamos ver se sai ainda nesta década!

Eureka, belo trabalho da VecchiOutra que pensei em fazer era da Heróis da TV (Abril), mas... 112 capas? Ler tudo de novo? Só se o dia tivesse 72 horas. Ou mais.

Fica a certeza de que o bacana de colecionar é relembrar e compartilhar informações com amigos e leitores, sendo que todos têm “aquela” série que é sua favorita, não é mesmo?
Esses heróicos jornalistas sem ética

Um tempo atrás, postei aqui minha primeira matéria publicada sobre quadrinhos e prometi pra mim mesmo que colocaria outros artigos quando pudesse. Bem, aproveitando minha participação no programa Observatório da Imprensa hoje, resolvi resgatar uma de 1991.

A página de abertura da matériaNo final de 1990, quando cursava o terceiro da faculdade de jornalismo (Metodista, em São Bernardo do Campo/SP), eu tinha que fazer um trabalho para a disciplina de Ética Jornalística. Como o professor era quadrinhista, o Flávio Calazans, arrisquei: li o código de ética brasileiro da profissão e analisei alguns jornalistas das HQs segundo suas normas. E mostrei o quanto eles os infringiam.

Sobrou pra vários famosos: Clark Kent, Peter Parker, Tintim, Billy Batson, Donald, Peninha, Vic Sage (o Questão), Benevides Paixão (do Angeli), J. Jonah Jameson, Peter Sands (que escreveu a biografia não-autorizada de Lex Luthor) e outros. Mas havia também os jornalistas corretos, caso de Ben Urich, que preferiu não revelar a identidade do Demolidor (na época isso era um "furo") para não prejudicá-lo.

E a segunda páginaO Calazans deu uma nota alta e me sugeriu transformar aquilo numa matéria. Foi o que fiz. Então, no ano seguinte, com a velha cara-de-pau que Deus me deu, fui procurar "apenas" a Imprensa, revista especializada em jornalismo, na qual só escreviam feras. Mesmo trabalhando na área desde 1988, era um tiro arriscado. Mas deu certo!

A matéria Esses heróicos jornalistas sem ética foi publicada na Imprensa # 44, de abril de 1991, e gerou dois momentos engraçados.

O primeiro foi quando fui buscar meu exemplar. Assim que entrei na sala, o editor Gabriel Priolli fez uma cara esquisita. A primeira coisa que pensei foi que tinha saído alguma lambança na matéria, mas não. Ele estava lamentando o fato de ter colocado uma "mídia burra" na edição.

Explico: assim que se abria a revista, havia uma mídia de página dupla (segunda capa e página 3) anunciando o Prêmio Líbero Badaró de jornalismo e, naquele ano, quem foi escolhido como garoto-propaganda? Clark Kent, que dizia: "Libere o superjornalista que existe em você.". Não teria nenhum problema se, algumas páginas pra frente, minha matéria não acabasse com o alter ego do Homem de Aço, ao mostrar as numerosas vezes que ele foi antiético! :-)

A tal mídia burraE o segundo episódio foi quando cheguei à aula e meus colegas de classe (os quais eu não havia avisado sobre a pauta) vieram me cumprimentar pelo artigo. Era uma manifestação sincera mesmo, até que minha professora (não citarei o nome), com cara de poucos amigos, exclamou: "Que absurdo!".

Quando perguntei qual o problema, ela reclamou que o meu crédito (que saiu assim: Sidney Gusman, 24 anos e três de profissão, é redator da Editora Globo e crítico de quadrinhos) não trazia a informação de que eu era aluno da Metodista...

Não deu pra agüentar! Caí na gargalhada e perguntei a ela se foi minha faculdade que foi à sede da revista me apresentar como seu aluno, para que eu conseguisse a matéria. O papo acabou ali.

Esta foi a primeira de uma série de matérias que eu viria a fazer com a intenção de falar sobre quadrinhos para públicos que não eram leitores de gibis. Com o tempo posto outras aqui no Blog.

18 junho 2007

Uma obra-prima nas livrarias

Esta tem que estar na prateleira de qualquer fã de bons quadrinhosDurante muito tempo, foi uma briga de foice no escuro encontrar as edições de Um Contrato com Deus & Outras Histórias de Cortiço, que a Brasiliense lançou em 1988 no mercado nacional. Nem em sebos se achava essa preciosidade escrita e desenhada pelo mestre Will Eisner. Agora, não tem mais dificuldade, pois a Devir relançou o álbum, em formato maior, papel melhor e capa dura. Uma "roupagem" que, apesar de deixar a edição mais cara, faz jus à grandiosidade das quatro HQs reunidas nessas páginas.

A leitura de Um Contrato com Deus é rápida, se você se concentrar apenas ao texto. Mas como fazer isso quando o desenho é de Will Eisner? A forma como ele brinca com a diagramação das páginas e os enquadramentos é tão magnificamente genial que é difícil não parar para analisar cada detalhe.

Como se não bastasse, o velho mestre, falecido no começo de 2005, tinha a capacidade quase única que ele tinha de emocionar o leitor por meio de seus quadrinhos. Seus personagens (inclusive os coadjuvantes), mesmo em histórias curtas, têm essência, conteúdo. Algo que alguns escritores da atualidade não conseguem nem em longas séries mensais.

Este álbum merece estar na estante de todo fã de quadrinhos. Na quarta capa do livro há uma frase do roteirista britânico Alan Moore: "Eisner é o responsável por dar inteligência aos quadrinhos." Não é exagero!

15 junho 2007

E a Crise Infinita acabou!

Hoje pela manhã li, no metrô, o sétimo e último capítulo de Crise Infinita, minissérie que chacoalhou os alicerces do Universo DC. E minha opinião continua a mesma: história fraca, cheia de buracos.

Ainda bem que era infinita só no nomeEste desfecho tem aqueles típicos momentos de heroísmo, muito bem desenhados (o time de artistas é de primeira), que empolgam o leitor por alguns segundos e... só. O Geoff Johns se perdeu bonito no roteiro.

Na opinião deste fã veterano, tomaram decisões estapafúrdias a respeito de personagens marcantes. E o final – que conta a medida encontrada pelos Lanternas Verdes para deter um dos “vilões” – é quase risível.

Mas nem dá pra ficar preocupado, pois daqui a algum tempo (sabe-se lá quanto) a DC deve dar um jeito de “remodelar” o que acaba de acontecer e (tentar) fazer os leitores esquecerem o que viram durante esses meses todos.
Mais três Tintim saindo do forno

Há uns quatro anos, prestei uma consultoria para uma editora (cujo nome, obviamente, não revelarei) e indiquei dezenas de materiais de quadrinhos. Quando viu Tintim na lista, a pessoa disparou: "Ah, mas isso é datado, ultrapassado!". E de nada valeram meus argumentos de que ela estava equivocadíssima.

Pois, um tempo depois a Companhia das Letras resolveu republicar toda a série e... adivinhe! Sucesso de público e crítica. Os belos álbuns, muito bem editados, trouxeram de volta antigos leitores e conquistaram novos fãs.

Em menos de dois anos (a coleção começou em novembro de 2005), a editora já lançou nove álbuns da criação máxima de Hergé. Em julho vem mais três: As 7 Bolas de Cristal, O Templo do Sol e Tintim no País do Ouro Negro, cada um com 64 páginas e custando R$ 34,50. Mais perto do lançamento, soltaremos a nota no UHQ, mas, por enquanto, curta as capas.

As Sete Bolas de Cristal O Templo do Sol Tintim no país do Ouro Negro

Ah, e para outubro está programado outro lote de álbuns. Fico imaginando se a pessoa que me disse aquilo está acompanhando esse êxito...

13 junho 2007

Disneyland Memorial Orgy

Em 1967, o ilustrador Wally Wood, da revista Mad norte-americana, produziu esse painel intitulado Disneyland Memorial Orgy.


A arte foi publicada na The Realist. Pra não chamar mais atenção, a Disney resolveu não processar a revista.

Mas houve quem pirateasse o desenho e vendese como pôster. Aí, sim, a Disney entrou com um processo, mas voltou atrás exatamente pela publicidade que se formou em torno do caso. O acordo foi feito fora dos tribunais.

Abaixo, uma versão colorida do painel.
Leilão barksiano

Há alguns meses, postei no blog alguns tópicos em que mostrava ilustrações de nu feminino produzidas por Carl Barks. O Homem dos Patos era um exímio desenhista de beldades nuas e, quando não estava às voltas com a Família Pato, lá estava ele dando vazão a sua lascívia desenhando mulheres peladas, he, he, he.

Como divulguei recentemente no UHQ, algumas dessas obras de Barks foram leiloadas nos Estados Unidos. Entre as artes, é claro que havia as de Donald, Tio Patinhas e companhia, mas a maioria foi de paisagens e de mulheres nuas, as quais receberam valores altíssimos de arremate.
A imagem abaixo é de uma das ilustrações vendidas a algum feliz colecionador.

Notas da Quarta-Feira

A atualização desta quarta-feira, que, na verdade, é preparada na terça-feira de madrugada, vai ter poucas notas, só o lote mínimo que costumamos colocar.

Porque terça-feira à noite, ainda é Dia dos Namorados.

Superman e Lois
E a noite é uma criança...

12 junho 2007

A (quase) primeira notícia do Universo HQ

No dia 3 de março de 2001, o Universo HQ teve sua primeira mudança de visual e transformou-se efetivamente num site jornalístico, inclusive na "cara". Antes, os textos das notícias (bem mais curtas do que atualmente) apareciam um abaixo do outro, logo na capa. Ah, o fundo era preto e o logotipo diferente também.

Não temos mais online essa primeira fase do site. Mas, a partir da reformulação visual, está tudo à disposição do leitor que quiser consultar. E hoje resolvi resgatar a primeira notícia do UHQ: foi sobre lançamentos que a Mythos faria nos meses subseqüentes.

Essa foi a primeironaAs novidades eram Batman Mangá, de Kya Asamyia, a revista mensal de Ken Parker (que teve 16 números), as minisséries Terra X (cujas quatro edições receberam as primeiras notas zero da história do site, devido aos cortes de páginas, ao trabalho horrendo de edição e até falhas de impressão), Inumanos e Marvel Boy, revistas de Hellboy e até um almanaque que se chamaria Dimensão Dark Horse e traria Grendel, Aliens, Predador, Ghost e talvez, alguma coisa de Sin City e Monkeyman e O'Bryan. E seria em formatinho, que, naqueles dias, ensaiava uma volta às HQs de super-heróis pela própria Mythos e pela Brainstore. Mas o projeto, que deveria ter saído em maio de 2001, nunca saiu do papel.

A nota foi assinada pelo Samir Naliato e nem tínhamos link de e-mail em nossos nomes ainda! É... de lá pra cá, muita coisa mudou no Universo HQ. Felizmente, pra melhor. Ah, quer conferir a nota número 1? É só clicar aqui
Sem comentários!



A imagem acima refere-se a uma matéria, de minha autoria, que deve entrar no Universo HQ ainda essa semana (assim espero).

Postei aqui para aguçar a curiosidade!

Isso que é um "abração", não?

E o que é essa carinha do Batman!
Alterar ou manter? Eis a questão!

A Volta de um clássicoLi ontem à noite a Chiclete com Banana - Antologia, que acaba de chegar às bancas numa parceria da Devir com sumida Nova Sampa. É a volta de um clássico do quadrinho nacional da década de 1980. Muito legal!

Mas uma coisa me incomodou: os erros de português não foram corrigidos. Sou absolutamente contra esse negócio de lançar como o original. Não é uma edição fac-simile; é uma antologia de melhores histórias. Pra mim, o que estava errado deveria ter sido arrumado sem dó.

Além disso, como a revista abordava assuntos quentes quando era lançada, tem coisas bem desatualizadas e que um leitor novo não vai sacar. Exemplo: quantos jovens de 20 e poucos anos entenderão uma gracinha sobre Maria da Conceição Tavares chorando? Por isso, creio que umas notinhas (não muitas, para não explicar as piadas) funcionariam.

E você, o que acha?

11 junho 2007

Lucky Luke é um grande barato

Mãe DaltonAinda em clima de feriado, remexi no armário e desabei meus álbuns do Lucky Luke. Acabei relendo alguns.

Quem conhece o cowboy sabe que as tramas são extremamente divertidas. Falar o quê dos geniais (e já falecidos) Morris e Goscinny?

Gosto, em particular, de dois álbuns: Mãe Dalton, o qual mostra que, não importa quem seja seus filhos, uma mãe sempre terá todos os atributos que dela esperamos. Pobres irmãos Dalton.

O outro que arranca risadas é O Almofadinha. Curiosidade: lançado em Portugal pela Meribérica como O Engomadinho, e pela Edições Asa como O Tenrinho.

O TenrinhoEsse último é um achado: traz um inglês e seu mordomo chegando ao Velho Oeste, enfrentando bandidos e o preconceito local com a ajuda de Lucky Luke. A conhecida fleuma britânica é pretexto para um sem-fim de gags e piadas divertidas.

Já que Tintim voltou às livrarias e Asterix terá os álbuns relançados com novo tratamento, quem sabe alguém não se arrisca a trazer o “homem que atira mais rápido que a própria sombra” de volta? Leitores de bom gosto agradecem.

As capas que você confere aqui são da Edições Asa.
O labirinto de Guillermo Del Toro

Aproveitando o feriadão, e como nem só de quadrinhos se vive, coloquei o DVD Player pra funcionar. E a escolha não poderia ter sido melhor: O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro (Hellboy).

Com roteiro do próprio Del Toro, a história se passa na Espanha, e mostra a trajetória de uma garota de 10 anos, Ofélia, durante o período de terror imposto pelo ditador Franco. Sua mãe, grávida, aguarda a chegada de um menino, enquanto o cruel padrasto, um militar, combate rebeldes ao regime.

A garota encontra um antigo labirinto, com um fauno. O ser faz uma proposta: que ela aceite passar por três desafios, para provar que é uma antiga princesa reencarnada, pela qual seu reino e seus verdadeiros pais aguardam.

Ela embarca, em meio aos acontecimentos que a cercam, numa viagem de contos de fadas. Fantasia ou realidade?

O clima seco, triste, pesado, lembra os (bons) quadrinhos da Vertigo. É tudo muito bem desenvolvido: os personagens coadjuvantes, a trama amarrada. E ganha pontos pelo belíssimo figurino e efeitos visuais.

Daqueles poucos filmes que conseguem dar um nó na garganta.
É muito "difícir"...

Há seis ou sete meses, se eu tivesse deixado de colecionar o gibi Universo Marvel e, hoje, comprasse a edição do mês, deixaria de entender muita coisa. Só pra se ter uma idéia, nesse período o Capitão Marvel mudou de nome e de uniforme, e ainda ganhou outros poderes.

Esse é só um pequeno exemplo do que é colecionar gibis de super-heróis, há muito tempo: comprar só pra não ficar desinformado sobre as mudanças que acontecem a todo instante. Qualidade das histórias? Isso é um mero detalhe. O que não pode é deixar de acompanhar todos os títulos publicados pela DC ou Marvel pra não ficar depois "boiando" sobre a hipermegaultra saga que redefinirá pra sempre esses universos - até que a próxima faça, poucos meses depois, a mesma coisa.

Isso é lamentável. É disso que as grandes editoras se valem pra aumentar as vendas, em detrimento de uma boa história em quadrinhos que deixe um sorriso no rosto do leitor depois da última página.

E admito que não deixo de colecionar esse ou aquele gibi por causa disso (coisa de nerd viciado, fazer o quê?), posto que, mesmo estando ruins, tenho receio de nunca mais voltar a comprá-los, pois em pouco tempo não vou entender bulhufas do que tá acontecendo naquelas páginas.

Por isso mesmo deixei de lado X-Men e X-Men Extra no número 10, por exemplo, e já fiz duas infrutíferas tentativas de retornar. Tanto que já decidi: mutantes, nunca mais!

Enquanto isso, pra mim é sempre um prazer ler uma edição de Zagor, Tex e Mágico Vento. Sem complicações, sem mudanças, e histórias que são de maravilhosas pra cima. É incrível como me sinto bem após ler um desses gibis. Sem exageros, às vezes dá vontade de aplaudir e gritar "Bravo, bravo!".

Apesar de colecioná-los sem perder uma edição sequer, posso muito bem, a qualquer instante, interromper a coleção. Quando retornar, em alguns meses ou anos, eu teria a certeza de encontrar os personagens como eu os conheci.

Não seria disso que as HQs de super-heróis precisam?

Voltando a falar delas, agora vem essa balela de "começar de novo" nos gibis da DC. Diz-se que agora é o momento de iniciar uma coleção ou de os antigos leitores retomarem o bonde.

Tá bom... Em primeiro lugar, a bagunça tá a mesma. Depois, pra entender esse "início", é preciso acompanhar a maxissérie 52. Dá pra entender?

Como não ando com a grana transbordando pelos bolsos, vou continuar mesmo com o que já venho colecionando. Ou seja, se daqui a três meses eu pegar um desses gibis que não acompanho, ficarei "voando" ainda mais.

01 junho 2007

Copa América, o álbum

Uma boa notícia pra quem é fanático por futebol ou colecionador de álbuns de figurinhas - ou as duas coisas, como eu.

A Panini lançará no próximo dia 3 de junho o álbum Copa América - Venezuela 2007, que em trezentas figurinhas apresenta todas as seleções que irão participar do torneio (com exceção do México, que não liberou o uso da imagem de seus jogadores) e fotos de todos os países campeões desde 1916.

Falando em Copa América, o Brasil só venceu sete, enquanto a Argentina e o Uruguai foram campeões 14 vezes, cada um. Mas a Seleção Canarinho foi vice-campeã em 11 oportunidades.

Outra coisa que não entendo é o México, que há muito tempo vem sendo um penetra. Por que participar de um torneio da América do Sul? Pra que raios existe a Concacaf, então?

Quanto aos álbuns de figurinhas sobre futebol, eles estão em segundo lugar na minha coleção, em número de itens. Campeonatos brasileiros, mundiais de seleções, torneios regionais (como Copa Nordeste) etc., tenho de tudo, mas como sei que ainda falta muita coisa, aproveito a ocasião pra perguntar se alguém aí tem uma raridade que queira vender.
Fazemos qualquer negócio! :o)