30 abril 2008

Melhores e piores de abril

Entre novidades e velharias lidas pela nossa equipe, chegou a hora de conhecer os melhores e piores de abril. Confira o que cada integrante deste blog mais e menos curtiu no mês.

Vale lembrar: as opiniões são pessoais e não precisam ser sobre um lançamento do mês que se encerra.

Serão três ou mais indicações para os melhores (a não ser quando se leu pouca coisa bacana), não necessariamente em ordem de preferência, e uma ou duas pras piores. Vamos a elas!

Quando o Capitão América lança o seu escudo...Sidney Gusman

Melhores: Biblioteca Histórica - Capitão América (Panini), Calvin - Tem alguma coisa babando debaixo da cama (Conrad), Pixel Magazine # 12 (Pixel) e Revelações (Devir)

Pior: Sonja, a Guerreira - Mais uma batalha (Panini)

Eita ratinho valente!Marcelo Naranjo

Melhores: Homunculus # 1 (Panini), Grandes Astros - Superman # 9 (Panini) e Os Pequenos Guardiões # 1 - Na Barriga do Monstro (Conrad)

Pior: Nenhum

Será que esse material um dia chegará aqui?Sérgio Codespoti

Melhores: B. Krigstein Comics (Fantagraphics), editado por Greg Sadowski, Jazz Maynard # 1 - Home Sweet Home (Dargaud), de Raule e Roger, e Jazz Maynard # 2 - Mélodie d'El Raval (Dargaud), de Raule e Roger

Pior: Uncanny X-Men # 495 (Marvel)

Vai uma balinha aí?Marcus Ramone

Melhor: Tex Ouro # 35 (Mythos), 100 Balas - Dia, Hora, Minute... Man (Pixel) e O Amante de Lady Chaterley (Círculo do Livro)

Pior: Mad # 1 (Panini)



Por Tutatis, que belo álbum!Eduardo Nasi

Melhores: Vida Louca (Conrad), Asterix e seus amigos (Record), Grandes Astros - Superman # 9 (Panini) e Revelações (Devir)

Pior: X-Men Extra # 75

O trabalho de estréia de Neil Gaiman chega ao BrasilZé Oliboni

Melhores: Os Pequenos Guardiões # 1 - Na barriga do monstro (Conrad), Os Pequenos Guardiões # 2 – Nas sombras (Conrad), Violent Cases (HQM) e Batman Extra # 4 e # 5 (Panini)

Pior: Wolverine # 39

A história de Bone está cada vez melhorGuilherme Kroll Domingues

Melhores: Os Pequenos Guardiões # 1 - Na barriga do monstro (Conrad), Os Pequenos Guardiões # 2 – Nas sombras (Conrad), Bone # 13 – Pedras de Oração (Via Lettera) e Homunculus # 1 (Panini)

Pior: Love e Rockets - Sopa de Gran Peña (Via Lettera)

A saga de Lorde Morpheus se aproxima do finalRicardo Malta Barbeira

Melhores: Sandman – Fim dos Mundos (Conrad), Justiceiro Especial # 1 (Abril) e Batman # 60 (Panini).

Pior: nenhum




Simplesmente hilárioDelfin

Melhores: The completely MAD Don Martin (Running Press), Os Pequenos Guardiões # 1 - Na barriga do monstro (Conrad) e Pixel Magazine # 12 (Pixel)

Pior: Vida Louca (Conrad)

Um clássico das HQs nacionaisDiego Figueira

Melhores: Estórias Gerais (Conrad), Grandes Astros - Superman # 9 (Panini) e Marvel Apresenta # 35 - Punho de Ferro (Panini)

Pior: Melhores do Mundo # 10 (Panini)

29 abril 2008

Que Homem de Ferro é esse?

Com a estréia do filme do Homem de Ferro essa semana nos cinemas, começa a se formar aquela velha expectativa dos leitores que querem saber se seu herói será bem retratado na telona.

Depois de ir à cabine de imprensa, saí com algumas restrições quanto ao filme. Não gostei muito do roteiro, mas ele compensa em diversos outros aspectos, principalmente a atuação. Robert Downey Jr. incorporou muito bem o milionário Tony Stark e deu uma personalidade impagável e muito coerente ao herói. Além disso, o filme conta com coadjuvantes de peso que trouxeram um algo mais para vários personagens que compõem o universo do Homem de Ferro.

Agora, uma coisa que sempre me vem à mente quando vejo uma dessas adaptações é algo que o Sidão disse uma vez sobre a pessoa gostar do personagem que vê no cinema e tentar procurá-lo nos quadrinhos. O Sidão diz, e com razão, que o sujeito assiste ao filme e chega a sentir o desejo de ler os quadrinhos daquele herói que ele achou interessante, porém, quando pega a revista, encontra um personagem totalmente diferente com uma história tão complexa que ele não enxerga nem começo nem fim.

Fico imaginando a situação de alguém que, após assistir ao filme, tenta ler uma edição de Novos Vingadores ou Avante, Vingadores!. Mesmo que se resolvam todas as implicações da gigantesca cronologia, o Tony Stark que visto no cinema não é, nem de longe, o que estamos acompanhando nas HQs.

No filme, Tony é ousado, aventureiro, inconseqüente e comicamente egocêntrico. Hoje, nos quadrinhos, principalmente depois da Guerra Civil, tem-se um Stark calculista, frio, maquiavélico e que muitos chegam a classificar como vilão. Além disso, o lado empresário foi deixado de lado para que ele tivesse um papel mais político.

O filme certamente é bem lucrativo para a Marvel. A exposição gera receita publicitária e venda de bonecos, mochilas e de todos os apetrechos que se possa imaginar. Chega a vender até mais quadrinhos, mas a editora está pouquíssimo preparada para receber e manter esse novos leitores em potencial.

28 abril 2008

O florescer das cores

Está em cartaz na Pinacoteca do Estado desde o dia 18 uma exposição que não tem ligação direta com quadrinhos, mas tende a interessar muito aos leitores de mangás. É O florescer das cores, mostra que reúne peças de artes tradicionais japonesas no período Edo (1603-1867).

Visitei na tarde de sábado, e tem coisas realmente impressionantes. Eu, que já resenhei de cabo a rabo Lobo Solitário e Samurai Executor, que se passam justamente na Era Edo, vi os desenhos ganharem formas e cores. Os quimonos e as armaduras (daquelas com caretas!) são sensacionais. Também é legal ver os jogos de laca e os utensílios em geral. Mas babei mesmo foi no design de uma espada que, no Japão, é considerada Tesouro Nacional.

O florescer das cores

Pena que a foto que eu posso oferecer é só essa que está aí acima, da entrada da exposição. Os promotores da mostra não permitem fotografias.

Pior: também não deixam fazer nenhum tipo de anotação, nem jornalística nem artística. Ou seja: não adianta perder tempo levando bloco pra tentar fazer algum estudo dos objetos in loco. É uma demanda que me soa absurda. Nunca vi em lugar nenhum do mundo nada parecido, nem em exposições muito mais lotadas do que essa. Mas a solução é contar com a memória - ou comprar o catálogo do lado de fora.

Mas, desconsiderando o pepino e a chatice, a exposição vale muito a pena.

O florescer das cores fica em cartaz até 22 de junho na Pinacoteca, que fica ao lado da Estação da Luz, em São Paulo. A entrada custa R$ 4,00 - e é grátis aos sábados (quando também se formam filas e o movimento é bem maior). É legal ir com tempo de sobra, afinal, tem muita coisa boa pra se ver, como a ótima mostra do artista português Júlio Pomar.

27 abril 2008

Hellboy e Wanted

Dois cartazes de filmes adaptados das HQs, que foram revelados durante a Convenção de Quadrinhos de Nova York.

Wanted - Procurado chega aos cinemas em 27 de junho, e Hellboy II - The Golden Army estreará em 11 de julho (5 de setembro, no Brasil).

A arte do pôster de Hellboy é de Drew Struzan, artista especializado nessa área, que já fez os cartazes de vários filmes como Guerra nas Estrelas, Indiana Jones, De Volta para o Futuro, Harry Potter, Blade Runner e dezenas de outros.

Nos quadrinhos, Struzan fez capas para Superman, a minissérie Darth Maul, Indiana Jones e MAD.

26 abril 2008

O Crime de Teishouko Preto

Páginas prontas 3

Passei na HQMix Livraria hoje à tarde para dar uma olhada no evento Jam Session. Quando cheguei, boa parte da história já estava pronta, exposta em murais. O Crime de Teishouko Preto está ficando bem bacana.

HQMix

Como não seria justo deixar o pessoal de fora de São Paulo sem uma amostra do que está rolando, fiz umas fotos (as imagens estão no Flickr, então, se você clicar e ampliar, até dá para ler alguns dos trabalhos).

E quem está pela cidade ainda tem tempo de passar pela loja mais bacana da Praça Roosevelt.

Páginas prontas 1

Páginas prontas 2

24 abril 2008

Macacos me mordam!

Cada macaco no seu galhoEstava conversando com meu amigo Flávio Teixeira, roteirista dos Estúdios Mauricio de Sousa e fã de quadrinhos de super-heróis, sobre essa história de a Marvel fazer a minissérie Marvel Apes, na qual os super-heróis da editora são macacos e vivem num mundo dominado por símios inteligentes.

Não que me surpreenda qualquer coisa que o Joe Quesada faça atualmente. Mas fiquei incomodado com o fato de o todo-poderoso da “Casa das Idéias” tratar o assunto como se fosse uma baita novidade. Pior que tem leitor que acaba acreditando.

Super macacosO que o Flávio falou comigo vinha sendo discutido na lista dos colaboradores do UHQ desde que foi divulgada a notícia nos Estados Unidos: isso já foi feito até na concorrente DC, quase dez anos atrás, em 1999, no terceiro anual da revista JLA.

E este é só um dos exemplos. É sabido – não me pergunte o porquê – que quadrinhos com macacos costumam vender bem. Ao menos por um tempo. Tanto que tem até site gringo somente sobre aparições de símios em HQs.

Todos sabemos que, independentemente das decisões editoriais equivocadas, o Quesada é um marqueteiro competente. Ele sabe vender seus produtos e, se preciso, gerar polêmica em torno deles. O problema é que, quase sempre, é o leitor que fica (com o perdão do trocadilho) “com a macaca”!

21 abril 2008

Três fatos desconhecidos do passado de Wolverine (até agora)

Sempre nervoso!Fiquei sabendo, na resenha feita por Zé Oliboni da revista Wolverine #39 (Panini), que o mutante foi quem ensinou a Viúva Negra a lutar, quando ela ainda era uma criança.

"Do jeito que anda a série, não se espante se descobrir que o mutante ensinou o Capitão América a atirar seu escudo, que cortou as placas de metal para a primeira armadura do Homem de Ferro e comprou o primeiro kit de laboratório para Reed Richards", escreveu Zé Oliboni.

Por isso, decidi divulgar, antes que a Marvel Comics o fizesse, outros três fatos totalmente desconhecidos por leitores e fãs do mutante, até agora.

1) Wolverine já foi motorista de caminhão. Certa feita, bêbado, dirigia um veículo com carga de lixo tóxico. Quase atropelou um cego, que foi salvo por um rapaz de nome Matt Murdock – e surgiu o Demolidor.

2) Em outra oportunidade, ele fez “bico” como frentista. Um jovem parou para abastecer o carro e pediu informações, já que estava perdido. Wolverine, novamente bêbado, indicou um atalho para o rapaz chegar rapidamente ao seu destino. Rick Jones acabou no meio de um teste nuclear e foi salvo por um cientista. Surgia o Hulk.

3) Bêbado de novo, ameaçou fatiar um cara que lhe devia dinheiro. Assustado, e para quitar a dívida, o pilantra praticou um assalto, que poderia ter sido evitado por um jovem de nome Peter Parker. Na seqüência, o ladrão assassinou o Tio Ben. A partir de então, com grandes poderes...

Só espero que Joe Quesada não seja leitor deste blog...
O Estranho Dr. House


Freak, não?

Vi sábado o longa de animação do Dr. Estranho. É uma produção que saiu direto em DVD, da mesma leva dos desenhos dos Supremos, o que me deixou com um pé atrás. Supremos 2 é uma das coisas mais chatas que já vi, e olha que já vi muita coisa.

Mas Dr. Estranho não é de todo ruim, não. Está longe de ser uma obra-prima, ou mesmo algo que você teeeeem que ver, mas tem um troço que chama atenção de cara na primeira parte.

Reza a origem do super-herói místico que, antes de se tornar o Mago Supremo, o Dr. Estranho era um médico tão arrogante e teimoso quanto brilhante. Pois bem: os produtores criaram para Strange uma caracterização é cuspida e escarrada no nosso velho amigo Gregory House -- daí a photoshopada tosca da abertura deste post.

Chega a ser bizarro. Parece até coisa do Universo Amálgama. Strange é mal-humorado, prepotente, tem respostas curtas e agressivas, age sozinho e tem até uma Dra. Cuddy de calças. E nem adianta dizer que o Dr. Estranho surgiu antes. Até o timing cinematográfico das tiradas é igual.

Dá pra acreditar?

20 abril 2008

19 abril 2008

Corto Maltese em maio


Tá no blog da Pixel a boa nova deste começo de feriadão: um Corto Maltese novinho em folha previsto pra maio, As etiópicas.

18 abril 2008

O maior spoiler de todos os tempos

Andei lendo umas declarações que o Grant Morrison fez sobre a vindoura Crise Final. O discurso do roteirista só corrobora o que acredito há tempos que será o fim da minissérie. Se quiser saber o que provavelmente vai estar escrito no último quadrinho da história, use o mouse e selecione o spoiler abaixo:

"Prezados leitores,

Com esta edição, colocamos um ponto final nessa grande história chamada Universo DC. Obrigado por construir conosco a mais maravilhosa mitologia do século 20.

Até a próxima."

16 abril 2008


João Pedro. Profissão: Cartunista

Ele desenha bem, tem uma narrativa bacana e apenas 12 anos.

João Pedro tem um traço que lembra os de Benett e Jean, o que o próprio não nega pois gosta de ambos, assim como de Angeli, Larte, Glauco e Henfil. Isso não parece impor a ele nenhuma restrição artística, uma vez que tudo sugere que ainda tenha um bom tempo para expandir referências, aprimorar técnicas e encontrar um estilo próprio.

Uma coisa que chama a atenção é a temática política de seus desenhos, assim como as tiradas com o dia-a-dia, que mostram um ponto de vista coerente com alguém de sua idade.

Por falar em coerência, ele também curte os quadrinhos da Marvel, principalmente o Demolidor e o Homem-Aranha, mas também já leu obras emblemáticas da DC, como O Cavaleiro das Trevas e A Piada Mortal.

João Pedro ganhou uma Menção Honrosa no último Salãozinho do Humor de Piracicaba - que é uma extensão do evento principal que conta com participantes de 7 a 14 anos - e pretende inscrever-se novamente neste ano. Além disso, já teve trabalhos publicados no jornal Grande SP e em outras publicações.

Confira outros de seus desenhos no João Blog.

13 abril 2008

A peste de dez centavos

Ontem foi tanta coisa que esqueci de recomendar: o Sérgio Augusto escreveu um ótimo artigo sobre o livro The Ten-Cent Plague, de David Hajdu, no Estadão de ontem. O livro vem sendo bem comentado lá fora.

Eis o link. De nada.

12 abril 2008

Lançamentos da Panini na Wizmania Preview

Passei no começo da tarde na Comix especialmente pra pegar a Wizmania Preview, uma edição especial da revista dedicada a anunciar os próximos lançamentos da Panini - sempre um tema que deixa alguns leitores bastante afoitos

É por isso que não vou enrolar. As novidades são:

Universo DC

* A saga Sinestro Corps War (imagem ao lado), que mostra a Tropa formada por um dos maiores inimigos do Lanterna Verde, vai se chamar A guerra dos anéis. Lá fora, a história foi bem elogiada. Chegou a redimir Geoff Johns da malfadada Crise Infinita. De quebra, a arte é de Ethan Van Sciver e de Ivan Reis. Aqui dentro, tende a ser o principal acontecimento da DC no ano. E vai ser fácil de acompanhar: toda a saga estará contida apenas à revista mensal da Liga da Justiça. Começa em julho.

* O ataque das Amazonas é, de certa forma, a antítese de A guerra dos anéis. No mercado norte-americano, a série foi considerada uma das piores coisas já feitas com a Mulher-Maravilha. Depois dela, o nome de Will Pfeifer chafurdou na lama. O título vai sair em uma minissérie própria em três partes. Mas os resultados vão ecoar, pelos meus cálculos, por quatro dos títulos DC da Panini. Afinal, serão afetados diretamente, além da Mulher-Maravilha, os Renegados, os Novos Titãs, Mulher-Gato e Supergirl. O prelúdio sai em Os melhores do mundo # 12.
* Contagem regressiva para a Crise Final começa em julho. Lá fora, é uma maxissérie semanal, bem aos moldes de 52. Aqui, também vai virar uma revista mensal com 13 edições. A diferença é que esta trama é simultânea com as outras séries da DC, e acaba influenciando nas revistas. A Panini vai ter que rebolar pra deixar a cronologia em ordem ao longo do ano. Não vai ser moleza, até porque a própria DC está uma bagunça.

* Para acomodar os especiais ligados à nova Contagem regressiva, estão previstos minisséries e edições complementares. A Panini vai anunciar mais tarde quais são e que formatos terão.

* Além da Biblioteca DC 70 Anos, a Panini vai comemorar o aniversário da casa de Superman com uma edição especial, em capa dura e formato Panini. Pela descrição, leva jeito de ser uma versão mais caprichada de Marvel 40 Anos no Brasil, que saiu ano passado.

* Algumas das novidades já foram até mesmo lançadas. É o caso de Batman Extra - Ankh, que por acaso estava bem ao lado da Wizmania no balcão de lançamentos. Mas a revista anuncia também as duas próximas sagas da revista. A edição de maio trará Espantalho - Ano Um, por Bruce Jones e Sean Murphy. Em junho, Sam Kieth apresenta Batman x Lobo (imagem abaixo).



* Outra novidade já lançada é o primeiro volume de Batman - Preto & Branco. Aliás: folheei a edição, e ela parece bem bacana.

* Lobo está comemorando 25 anos - sua primeira aparição foi em Omega Man, em 1983. Por isso, as duas primeiras minisséries do personagem serão compiladas em uma edição especial. É uma das HQs de super-heróis mais doentias dos anos 90, cortesia de Keith Giffen, Alan Grant, Simon Bisley e Christian Alamy. Ponto pra Panini.

* The brave and the bold, série de Mark Waid e George Pérez que já tinha sido anunciada lá atrás para o mix de Os melhores do mundo, finalmente estréia. Em junho.

* Também já tinha sido anunciada a edição de Grandes Clássicos DC com A saga das trevas eternas. Isso sem falar da sempre postergada republicação de Starman, de James Robinson e Tony Harris.

* A ótima fase de Grant Morrison e Howard Porter na Liga da Justiça (imagem ao lado) também terá seus sete primeiros números encadernados em uma edição especial. De novo, não há previsão de quando sai.

* Depois dos Novos Titãs, a Mulher-Maravilha ganha a sua edição de Biblioteca DC. E, de novo, é uma republicação de Grandes Clássicos DC, só que com capa dura e papel melhor.

* E isso é muito maluco: há um parágrafo solto sobre Lanterna Verde e Arqueiro Verde. Não anuncia nada. O texto se limita a descrever a fase de Neil Adams e Dennis O'Neil. Como essa fase já saiu em Grandes Clássicos DC, suspeito que seja um anúncio de uma nova Biblioteca DC. Mas, a rigor, pode ser qualquer coisa.

* Ainda na linha dos especiais, as Crônicas de Batman e Superman ganham seus volumes 2 este ano. Mas a revista não menciona datas.

* O longa-metragem, pelo visto, está aquecendo as batnovidades. Ainda sem data, sai A queda do morcego, que é a afamada série dos anos 90 em que Bane quebra a coluna do Homem-Morcego. Não é a última batata frita do pacote, mas sempre vejo fãs pedindo esse material.

* Outro favorito dos leitores vai sair: a fase em que Neal Adams cuidou de Batman. Sem data, a edição especial reúne em ordem cronológica as histórias publicadas entre 1967 e 1969.

* Às vésperas da Crise Final, a Panini vai publicar o começo de toda a mixórdia: um especial chamado Crise nas Múltiplas Terras (imagem acima), com encontros antológicos entre LJA e SJA. Tomando como parâmetro a edição norte-americana de mesmo nome, é só clássico.

* Pra acabar a DC, aí vai um anúncio bem chinfrim: Tio Sam e os Combatentes da Liberdade sai em DC Especial # 18. Tô fora.

Universo Marvel

* Mês que vem começa Hulk contra o mundo, uma minissérie em seis partes que mostra a volta do monstro verde ao nosso planeta depois da sacanagem que fizeram com ele. Se o verdão está fulo, imagina o Dr. Banner! Para acompanhar desdobramentos, será preciso seguir as revistas Universo Marvel, X-Men Extra e mais três especiais.

* Vai rolar Aniquilação 2. Mas não fica claro nem quando nem como.

* A primeira novidade da Marvel que já está nas bancas é a série A volta do uniforme negro. As páginas de degustação mostram o Homem-Aranha indo ao encontro do Rei do Crime.

* Há mais Bibliotecas Históricas a caminho: Hulk e Homem de Ferro. Não por acaso, são dois personagens com longa-metragens a caminho.

* Hulk e Homem de Ferro também estréiam suas edições da série Maiores Clássicos. A do verdão é a antológica fase do Hulk Cinza de Peter David. A do ferroso compila as edições 120 a 128 do título original do personagem, em que Tony Stark enfrenta Justin Hammer e doze terríveis engradados de whisky. Sem previsão na revista, chuto que esses especiais saem na época dos respectivos filmes.

* O Homem-Aranha também ganha um novo Maiores Clássicos. Mas, no caso dele, é o sétimo volume. Mais uma vez, o astro é Todd McFarlane.

* Ganham edições definitivas a mais ou menos Guerra Secreta, a excelente primeira temporada de Surpreendentes X-Men e a ótima Homem de Ferro - Extremis (imagem acima).

* Terra X (imagem acima) também terá sua edição definitiva, mas merece ficar sozinha em um tópico. Afinal, a série é supercultuada pelos fãs, mas a Mythos (que, por ironia, hoje em dia produz o material da Panini) publicou a série totalmente dilacerada na primeira vez. Daquela vez, nem valeu. Mas, pelo jeito, agora vai. Só que, por enquanto, nada das continuações Universe X e Paradise X.

* Ash Williams, do filme Uma noite alucinante, vai enfrentar os Zumbis Marvel. A história sai dentro da mensal Marvel Max. Mais uma novidade sem data definida.

* O Punho de Ferro de Ed Brubaker, Matt Fraction e Daniel Aja sai em Marvel apresenta # 35. Já a edição # 36 traz os Fugitivos de Joss Whedon. Marvel especial # 7 mostra a demolição de Atlântida.

* Pra acabar a Marvel, mais duas que todo mundo já sabe: Vingadores - A Iniciativa começa este mês em Avante, Vingadores # 16. E Surpreendentes X-Men volta neste mês a X-Men Extra.

Outros universos

* Não entendi: segundo a revista, o Spirit de Darwyn Cooke não sai mais em seis edições. Serão apenas três.

* O jogo online World of Warcraft vai ganhar uma minissérie em três edições a partir de junho. É mais um lançamento da Panini com o selo Wildstorm.

* Outra novidade velha: Os leões de Bagdá (Quer ler a resenha do original?). Eu até já tinha confirmado até a tradução do título aqui no blog.

* Depois do especial que está nas bancas, Sonja, a Guerreira, ganha uma minissérie em três partes a partir deste mês. Originalmente, o material é da Dynamite.

* Criminal, HQ policial de Ed Brubaker e Sean Phillips para o selo Icon, da Marvel, também sairá pela Panini. É uma série pra lá de elogiada.

* Pra encerrar, a melhor notícia velha do ano: Je suis légion (imagem ao lado). Ainda sem previsão e sem formato definido.

E... ufa! Era isso que tinha de lançamentos na Wizmania Preview.

Mas na revista tem mais coisa: notas, uma matéria com os lançamentos do cinema para este ano e duas partes da ótima série Doutor 13.

Quanto aos lançamentos, confesso que esperava mais materiais europeus além de Je suis légion. Pelo que o Levi Trindade, editor da Panini, deu a entender no último Fest Comix, deve ter mais material por aí.

E pra quem chegou até aqui, uma novidade extra, que não está na Wizmania Preview: Terceira Guerra Mundial, série interligada a 52, sai em DC Apresenta.

Filmes baseados em quadrinhos

Tenho falado pouco de cinema aqui no blog, e, mea culpa, é só por esquecimento e preguiça mesmo. Vi um punhado de filmes relacionados quadrinhos, mangás e similares nos últimos tempos. Aí vão meus pitacos, rápidos e rasteiros, só pra gente debater nos comentários do post:

Stardust (foto acima) - A novela de Neil Gaiman, ilustrada por Charles Vess, rendeu um filminho bacana, daqueles que rendem uma bela sessão de DVD numa tarde de chuva.

Desbravadores - É um 300 de segunda categoria, com um visual brega de videoclipe. Ainda não li a versão em quadrinhos, que a Devir lançou, mas o filme não me animou muito.

As Tartarugas Ninja - O Retorno (imagem acima) - Não entendi o auê em torno desse filme. É um sonífero dos infernos. Os quadrinhos são MUITO mais divertidos.

Tekkonkinkreet - É o meu favorito dessa leva, e desconfio que o menos badalado também. É um animê baseado no mangá Preto & Branco, grande série que a Conrad lançou uns anos atrás e ainda é fácil de achar por aí. Em cores, a Paris futurista maluca da história ficou ainda mais bacana. No trailer abaixo, dá pra sacar um pouco do que estou falando:

10 abril 2008

Chip Kidd

O nome Chip Kidd passou a ser sinônimo de quadrinhos publicados em edições caprichadas por volta de 2003.

O sujeito é responsável pelo design de livros como Bat-Manga: The Secret History of Batman in Japan; Batman Cover to Cover; The Golden Age of DC Comics - 365 Days; Bizarro World; a edição capa dura original de A Voz do Fogo, de Alan Moore; os novos encadernados de Sin City; Batman Animated; When We Were Very Maakies; Jack Cole and Plastic Man: Forms Stretched to Their Limits; Batman Collected; Batman Masterpiece Edition: The Caped Crusader's Golden Age; Wonder Woman, The Complete History - The Life and Times of the Amazon Princess; Superman, the Complete History: The Life and Times of the Man of Steel; Mythology - A Arte de Alex Ross; e o ainda inédito Watching the Watchmen.

Mas fora dos quadrinhos, Kidd é conhecido há anos como um excelente designer de livros e capas. Seu trabalho entre 1986 e 2006 está reunido no livro Chip Kidd - Book One. Um portfólio fantástico.

Kidd já fez capas para algumas edições dos livros de: John Le Carré (Gerente Noturno), Elmore Leonard (Get Shorty, Cuba Libre, Out of Sight), John Updike, Nabokov (Lolita), Gabriel Garcia Marques, Gore Vidal, Václav Havel, Samuel Beckett, Michale Crichton (Jurassic Park, Sol Nascente, Disclosure, Airframe, Timeline), Anne Rice, James Ellroy (White Jazz, Hollywood Noctunes, American Tabloid, Crime Wave, My Dark Places, The Cold Six Thousand), Dean Koontz, Brad Meltzer, Phillip K. Dick, James Gleick, Nicholas Negroponte, Kazuo Ishiguro, entre muitos outros.

O artista também já agraciou biografias com suas capas, entre elas as de William Shatner, Woody Allen e Clint Eastwood.

Na área de animação e quadrinhos, Kidd trabalhou em livros como Men of Tomorrow (de Gerad Jones), The History of Animation, os volumes americanos de Buda (de Osamu Tezuka), Jimmy Corrigan Smartest Kid the on Earth (de Chris Ware), as novas versões de Cavaleiro das Trevas e sua continuação, Peanuts - The Art of Charlie Schultz, logotipo e design de capa da revista Detective Comics (em 2000) e Batman Gotham Knights, The Jew of New York (de Ben Katchor), Black Hole (de Charles Burns), David Boring (de Daniel Clowes), Batman - Ano Um (nova edição) e o visual das capas das séries All Star Superman e All Star Batman & Robin.

Não é uma obra muito indicada para quem gosta só de quadrinhos, mas é imperdível para quem gosta ou trabalha com design.

O melhor de tudo é que comprei com um descontão numa livraria, na Holanda, pagando apenas o equivalente a R$ 27,00 por este livro de mais de 300 páginas.

09 abril 2008

Escolha a capa de Os Invisíveis, da Pixel

A Pixel Media colocou em seu site uma enquete em que é possível escolher qual será a capa do primeiro encadernado da série Os Invisíveis.

O internauta pode optar entre as duas capas clicando aqui.

É bom se apressar, pois a votação se encerra na sexta-feira.

08 abril 2008

A Pop Art e os quadrinhos

A imagem ao lado faz parte de um conjunto de sete fotos (que podem ser vistas aqui) publicadas na revista Esquire, em 1967, no auge da batmania (conseqüência do seriado de TV do personagem).

Andy Warhol, figura central da Pop Art, faz o papel de Robin e a cantora e modelo Nico (Christa Päffgen), interpreta Batman.

Na década de 1960, Warhol trabalhava no estúdio The Factory, em Manhattan, Nova York, local onde toda a vanguarda artística da cidade se reunia, incluindo Nico e a famosa banda Velvet Underground.

O primeiro LP desta banda foi gravado com a cantora, em 1966, e lançado com o título The Velvet Underground and Nico, em 1967. A capa é de Warhol.

Outro artista da Pop Art que tem uma relação com os quadrinhos é Roy Lichtenstein, cujas pinturas imitavam os quadros das HQs, incluindo balões e onomatopéias. Sua pintura mais famosa é Whaam, de 1963, copiada de um quadro da revista All-American Men of War # 89, da DC. O desenho original é de Irv Novick.


O seriado televisivo do Batman foi exibido originalmente entre 1966 e 1968. Warhol faleceu em 1987, Nico em 1988 e Lichtenstein em 1997.

07 abril 2008

Batman filho de Superman

Esta é uma daquelas curiosidades que só a internet pode proporcionar.

A imagem abaixo é da carteira de identidade de Batman bin Suparman, ou seja, Batman filho de Superman.

O nome do cara é esse mesmo. E qual seria a identidade secreta dele? Bruce Kent, Clark Wayne, Bruce Clark ou Kent Wayne?

O sujeito é javanês e nasceu em 1990, em Cingapura (ilha do sudeste asiático), onde o inglês é a língua mais comum e todos os nomes são traduzidos ou convertidos para este idioma quando a certidão de nascimento é emitida.

Por Rao, que santa maluquice!

06 abril 2008

Homem Aranha Lego



Que superprodução!

Agradecimentos e um novo desafio

Uns dias atrás, me dei conta de que eu já tinha feito resenhas de revistas iniciadas com todas as letras do alfabeto - exceto o X! Até comentei aqui no blog.

A constatação levou à solução: sexta, entrou no ar o meu comentário a respeito de X-Men Extra # 75. Agora, graças ao Zé Oliboni, que me cedeu sua revista do coração por duas edições, tenho reviews de quadrinhos que começam com todas as letras.

Quero agradecer não só ao Zé, mas a todo mundo que, prevendo meu martírio diante de uma bomba dessas, recomendou outros títulos. Admito que não fiz uma edição do XIII porque fiquei em dúvida se seria um álbum válido. Tudo bem que, visualmente, é um xis seguido de três is, mas no fundo aquilo não passa de um 13.

*

No último comentário daquele post, adicionado na sexta mesmo, a leitora Cláudia Dans pergunta o que me falta fazer. É uma questão importante. Fiquei pensando em completar os números de 0 a 9. Afinal, já tenho uns 3, um 4, vários 5 e dois medonhos 7. O 1 é fácil, afinal, tenho uns 100 balas da Opera Graphica dando sopa.

Alguém tem mais sugestões?

03 abril 2008

Viciando


Você com certeza já ouviu alguém dizendo que não gosta de quadrinhos. Na verdade, o contingente de pessoas que apreciam a nona arte é muito menor do que as que não apreciam.

Acredito que muito desse não-gostar vem de um preconceito natural contra as HQs. As pessoas crêem, até com certa razão, que quadrinhos são apenas super-heróis ou mangás.

Ninguém pode culpá-las, pois o grosso da publicação é isso mesmo. E, convenhamos, para curtir super-heróis ou mangás, o leitor precisa estar familiarizado com essas HQs, precisa estar na mesma “freqüência”.

Só que o mundo dos quadrinhos não se resume só esse tipo de história. Como o cinema, as HQs tem uma infinidade de gêneros e histórias para os mais variados públicos. Acredito que nossa missão como fãs é mostrar essa variedade aos não “iniciados” na arte de ler quadrinhos.

Meus colegas de trabalho sofrem com a minha campanha. Só que ao invés de empurrar a eles Guerra Civil ou 52 eu procuro encontrar uma HQ que possa combinar com o gosto deles.

Uma amiga que tem como objetivos de vida ler Proust e Joyce gostou bastante Fun Home - Uma Tragicomédia em Família, de Alison Bechdel. Gostou tanto que fez campanha para que outras pessoas lessem a HQ também.

Já um amigo meu já está lendo Pyongyang - Uma Viagem à Coréia do Norte. E diz ele que gostou das desventuras de Guy Delisle na Coréia do Norte.

Mas quem sofre mais mesmo é minha namorada, que recebeu bastante coisa até eu acertar a mão. E foi com Persépolis, novamente Fun Home e Lost Girls que eu consegui acertar.

O grande segredo é ficar atento aos gostos das pessoas e buscar a HQ perfeita. Não é um trabalho fácil, mas é muito gratificante quando um preconceito é vencido.

Novos Vingadores e a Invasão Secreta

As capas abaixo são de, da esquerda para a direita, New Avengers #1, de 2005, e uma das (mais de cinco) capas alternativas de Secret Invasion #1, de 2008. Faz tempo que Brian Bendis, o escritor das duas revistas, diz que as séries estão relacionadas. Difícil dizer se isso é bom ou ruim...