O florescer das cores
Está em cartaz na Pinacoteca do Estado desde o dia 18 uma exposição que não tem ligação direta com quadrinhos, mas tende a interessar muito aos leitores de mangás. É O florescer das cores, mostra que reúne peças de artes tradicionais japonesas no período Edo (1603-1867).
Visitei na tarde de sábado, e tem coisas realmente impressionantes. Eu, que já resenhei de cabo a rabo Lobo Solitário e Samurai Executor, que se passam justamente na Era Edo, vi os desenhos ganharem formas e cores. Os quimonos e as armaduras (daquelas com caretas!) são sensacionais. Também é legal ver os jogos de laca e os utensílios em geral. Mas babei mesmo foi no design de uma espada que, no Japão, é considerada Tesouro Nacional.
Pena que a foto que eu posso oferecer é só essa que está aí acima, da entrada da exposição. Os promotores da mostra não permitem fotografias.
Pior: também não deixam fazer nenhum tipo de anotação, nem jornalística nem artística. Ou seja: não adianta perder tempo levando bloco pra tentar fazer algum estudo dos objetos in loco. É uma demanda que me soa absurda. Nunca vi em lugar nenhum do mundo nada parecido, nem em exposições muito mais lotadas do que essa. Mas a solução é contar com a memória - ou comprar o catálogo do lado de fora.
Mas, desconsiderando o pepino e a chatice, a exposição vale muito a pena.
O florescer das cores fica em cartaz até 22 de junho na Pinacoteca, que fica ao lado da Estação da Luz, em São Paulo. A entrada custa R$ 4,00 - e é grátis aos sábados (quando também se formam filas e o movimento é bem maior). É legal ir com tempo de sobra, afinal, tem muita coisa boa pra se ver, como a ótima mostra do artista português Júlio Pomar.
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