31 março 2010

Melhores e piores de março

Março não foi um mês de tantos lançamentos impactantes no mercado brasileiro. Ainda assim, saíram alguns bons materiais. Por isso, é hora de conhecer os melhores e piores do mês, na opinião da equipe do site. Desta vez, Zé Oliboni e Ronaldo Barata ficam de fora, por terem lido pouco.

Vale lembrar: as opiniões são pessoais e não precisam ser sobre um lançamento do mês.

Não há limite para as indicações dos melhores, que não são listados necessariamente em ordem de preferência; e nem pros piores.

Esta série prometeSidney Gusman

Melhores: Invasão dos mortos (Gal), Joquempô # 1 (Devir), Peanuts Completo – 1953 a 1954 (L&PM), Break Point # 1, escrito por Philippe Saimbert e desenhado por Andrea Mutti, Murena - A púrpura e o ouro e Murena - A areia e o sangue, ambos com roteiro de Jean Dufaux e arte de Phillipe Delaby, da Asa, e Lucky Luke - O profeta, Lucky Luke - Daily Star, Lucky Luke - A lenda do Oeste, Spirou e Fantásio - Aventura da Austrália e Lucky Luke - O profeta, Lucky Luke - Daily Star, Lucky Luke - A caixa negra (todos da parceria da Asa com o jornal português Público)

Pior: Trindade # 6 Panini)

Um clássico de Hugo Pratt difícil de sair por aquiSérgio Codespoti

Melhores: Captain America - Volume 2 - Winter Soldier, de Ed Brubaker, Steve Epting, Michael Lark e Mike Perkins (Marvel), Books hors-série #2: Bande dessinée - Un autre regard sur le monde (revista sobre HQs), L'Homme de Somalie, de Hugo Pratt, (Casterman), Tarzan!, catálogo da exposição no museu Quai Branly (Somogy Éditions D'Art)

Piores: Cable # 23, Siege - Embedded # 2, Deadpool # 19, Fall of the Hulks - Red Hulk # 2 (Marvel)

Até agora, este é um dos melhores títulos lançados no anoMarcelo Naranjo

Melhor: Invasão dos mortos (Gal)

Pior: nenhum






Tex continua sendo sinônimo de boas aventurasMarcus Ramone

Melhores: Tex # 483 e # 484 (Mythos), Tio Patinhas # 536 (Abril) e Brasinha # 83 (Vecchi)

Pior: Pateta Extra # 3 (Abril)




Que baita coletânea!Eduardo Nasi

Melhores: Invasão dos Mortos (Gal), Gibi do Glauco (Folha de S.Paulo), O humor da Playboy (Abril) e Conde Drácula (Martins Fontes)

Piores: Novos Titãs # 69 (Panini)



Será que, enfim, veremos o final da série? Tomara!Guilherme Kroll Domingues

Melhores: Preacher - Salvação e Frequência Global - Volume 1 (Panini), Robinson Crusoé (Salamandra), Jambocks - Volume 1 (Zarabatana), Necronauta (HQM) e Hikaru no Go # 1 (JBC)

Pior: As Cruzadas (Opera Graphica)



Bacana este número da revistaRicardo Malta Barbeira

Melhores: Peanuts Completo - 1950 a 1952 (L&PM), Hector & Afonso - Os Passarinhos (Balão Editorial) e Marvel Max # 73 (Panini)

Pior: Nenhum




Ler edições como esta ajudam a diminuir a saudade de GlaucoDelfin

Melhores: Mônica # 100 e Cebolinha # 64 (Abril), El granjero de Jesú, de Angel Mosquito (Domus), Evita/El Che, de Oesterheld e Alberto Breccia (Colecion Nueva Biblioteca Clarín de la Historieta), Abobrinhas da Brasilônia, de Glauco (Circo) e El Eternauta 1957, de Oesterheld e Solano López (Doedytores)

Pior: nenhum

Mais uma grande edição da melhor revista seriada do mercadoLielson Zeni

Melhores: J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga # 64 (Mythos), Vertigo # 4 (Panini), Hector & Afonso - Os Passarinhos (Balão Editorial), Necronauta (HQM), 100 Balas - Atire primeiro, pergunte depois (Pixel) e Linha do trem (webcomic)

Pior: Universo Marvel # 57 (Panini)


Muito divertido este número da revista em quadrinhos mais longeva do BrasilAndré Sollitto

Melhores: Crise de Identidade - Encadernado e Starman - Volume 1 (Panini), Pato Donald # 2379 e The League Of Extraordinary Gentlemen - Volume II (America’s Best Comics)

Pior: Obergeist – Estrada para o apocalipse (Panini)


Os Passarinhos, de Estevão Ribeiro, são garantia de boas risadasDiego Figueira

Melhores: Hector e Afonso - Os Passarinhos (Balão Editorial), Isaac, o pirata (Conrad) e Arma X - Edição especial (Panini Comics)

Pior: nenhum

23 março 2010

Politicamente correto

Nos últimos dias, tenho lido bastante sobre a censura, nas mais diversas formas de expressão artística, mas particularmente nos quadrinhos. A censura hoje está escondida sobre o manto do politicamente correto.

Quando você compra um livro, de modo geral, não existe uma classificação etária sugerindo que esta ou aquela obra só possa ser lida por adultos ou pessoas maduras. Não é o que ocorre nos quadrinhos, principalmente nos Estados Unidos, país onde a HQ precisa de bula para alertar pais, censores e os chamados defensores da moral e dos bons costumes.

Recentemente, o Brasil também voltou a entrar nessa dança e teve alguns incidentes relativos à adequação dos quadrinhos, classificação etária e um pequeno surto histérico sobre a importância dos bons costumes e a “devassidão” da nona arte.

Você já deve ter notado que só os frequentadores e os vendedores das comic shops é que são presos com a compra ou venda de uma revista considerada inapropriada por um motivo qualquer. Ninguém é detido comprando na Amazon, na livraria da esquina ou no jornaleiro (se bem que nos Estados Unidos faz tempo que não se vende quadrinhos em bancas de jornal).

Quando uma criança assiste a um programa de TV às 23 horas, e, portanto inapropriado para sua idade (uma vez que as TVs se autocensuram adequando sua programação para os horários nos quais se imagina que as crianças – todas elas anjos de inocência – já estejam dormindo), ninguém bate na porta da sua casa para punir os pais que permitiram tal ato.

E são raríssimos os incidentes nos quais um cinema é multado ou fechado por permitir a entrada de jovens para assistir a um filme inadequado à sua faixa etária.

Nos quadrinhos estadunidenses é comum que toda a indústria crie rótulos, classificações, se autocensure de acordo com os interesses de lojistas, distribuidores e outros grupos com a desculpa que estão defendendo o artista e o mercado de HQs.

Depois de ler uma série de textos escritos por Frank Miller, Alan Moore, John Byrne, Mark Evanier, Amanda Conner, Neil Gaiman, Steve Bissette, relativos à censura nos quadrinhos nos últimos 30 anos, tive um surto mental e rapidamente produzi a tirinha abaixo, inicialmente postada no meu Flickr, e reproduzida aqui a pedido do Sidney.

Politicamente correto 01


(Clique na imagem - reduzida para não atrapalhar a diagramação - e depois em all sizes para ampliar)

22 março 2010

Os quadrinhos de 2010

(Post atualizado às 13h00min de 8 de maio de 2010 - e várias vezes antes disso)

Agora que o ano começou de vez, dediquei umas horas do meu fim de semana a listar quais os quadrinhos que veremos nas livrarias em 2010. Fui motivado pela nota publicada no caderno Sabático, do Estadão, que falou dos planos quadrinísticos de duas editoras: a portuguesa Leya e a brasileira Saraiva, ambas gigantes das livrarias.

Achei que, descartando os títulos de bancas, ia ser um ano animado. Mas não imaginava que seria tanto! Se tudo correr como está planejado, serão bem mais que 100 álbuns nos próximos meses.

E olha que essa lista só inclui o que já tinha sido divulgado antes, tanto aqui no Universo HQ quanto em outros veículos, como o Blog dos Quadrinhos, o Omelete, o próprio Estadão e os sites das editoras. E, reforçando o "vamos ver" lá do começo, não incluí o que já saiu!

Portanto, a rigor, esta lista é um exercício de compilar informações já divulgadas. E isso quer dizer que você não vai encontrar nada de novo nela.

Além disso, ela certamente é uma lista incompleta, pois, como bem lembrou o Rafael Grampá, no Twitter, tem algumas coisinhas preciosas que ainda não foram divulgadas, então não entraram.

MUITO IMPORTANTE! -> Se você lembrar de algo que não encontrei, se você é editor e quer anunciar algo, se você é autor e quer falar de seu álbum, se você é leitor e quer calcular quanto isso vai custar, fique à vontade. Esta é uma lista em processo de construção coletiva que vem sendo revisada de tempos em tempos. Os comentários estão aí pra isso.

(Os títulos riscados já foram lançados).


Quadrinhos na Cia.


Scott Pilgrim, de Bryan Lee O'Malley
Bordados, de Marjane Satrapi

Cachalote, de Daniel Galera e Rafael Coutinho
Memória de Elefante
, de Caetano Melo dos Santos (Caeto)
Vishnu, escrito por Ronaldo Bressane e desenhado por Fabio Cobiaco
O Nome da Cidade, de Emílio Fraia, com arte de D.W.
HQ indefinida que traria a volta de Lourenço Mutarelli aos quadrinhos
Muchacha, de Laerte
No Coração da Tempestade, de Will Eisner
Avenida Paulista e Viagem ao Centro do Universo, de Luiz Gê
Notas sobre Gaza, de Joe Sacco

L&PM
Peanuts v. 3, de Charles Schulz
Pockets da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa e seu estúdio

Leya
Cicatrizes, de David Small
HQ baseada na obra de Plínio Marcos
HQ roteirizada por Mário Bortolloto
Zahra's Paradise (online este ano, livro em 2011)
A Balada de Johnny Furacão, de Eduardo Felipe (Sama)
Mix Tape, de Fábio Lyra
Mais seis títulos nacionais não divulgados

Saraiva
Terra do Nunca (The Child Thief), de Brom (divulgado como HQ, o original é um livro ilustrado)
The Beats - Harvey Pekar

Panini

Absolute Sandman, de Neil Gaiman e vários artistas
Transmetropolitan, de Warren Ellis e Darick Robertson
Kick-Ass, de Mark Millar e John Romita Jr.
Os perdedores, de Andy Diggle e Jock
MSP +50, de vários autores
Coleção Horácio, de Mauricio de Sousa
Reedição de Pelezinho, de Mauricio de Sousa (formato não divulgado)
Jonah Hex
Y - O último homem, de Brian K. Vaughan e Pia Guerra
Biblioteca Histórica Marvel - Homem de Ferro - Volume 2, de Stan Lee e Don Heck
Oceano, de Warren Ellis e Chris Sprouse
Loveless - Terra sem lei - Volume 1, de Brian Azzarello e outros
Ex Machina - Marcha à guerra, de Brian K. Vaughan e Tony Harris
A morte do Superman - Volume 2, de vários autores
Criminal - Volume 1, de Ed Brubaker e Sean Phillips
Powers, de Brian Michael Bendis e Michael Avon Oeming
Starman v. 2, de James Robinson
A Queda do Morcego, de vários autores
Fábulas v. 5, de Bill Willingham e outros
Homem de Ferro: A Guerra das Armaduras, de David Micheline, Bob Layton, Barry Windsor-Smith e Mark Bright

Gal
Fracasso de Público 2 e 3, de Alex Robinson
Filósofos em Ação 2, de Fred Van Lente e Ryan Dunvaley
Biografia em HQ Stephenie Meyers, autora de Crepúsculo
Combate Inglório, de vários autores
O que aconteceu ao homem mais rápido do mundo?, de Dave West e Marleen Lowe

Devir
Expressive Anatomy, de Will Eisner
As Incríveis Aventuras do Escapista, de vários autores
Drawing Words & Writing Pictures, de Jessica Abel e Matt Madden
Antologia Creepy, de vários autores
Samurai: Até o Fim do Mundo, de Ron Marz e Luke Ross
30 Dias de Noite: Três Contos, de Steve Niles e vários autores
Black Kiss, de Howard Chaykin
A Liga Extraordinária Vol. III: Século, de Alan Moore e Kevin O'Neill
Luluzinha, de John Stanley e Irving Tripp (não foi divulgado quantos volumes saem este ano)
The Boys, de Garth Ennis e Darick Robertson
Yeshuah - Volume 2, de Laudo Ferreira
Joquempô - Volumes 2 a 4, de Rogério Vilela e Nelson Cosentino
Tarzan, de Joe Kubert

Zarabatana
Bienvenido - Um Passeio Pelos Quadrinhos Argentinos, de Paulo Ramos
Gefangene, de Koostela
A Guerra de Alan, de Emmanuel Guibert
Macanudo 3, de Liniers
Bando de Dois, de Danilo Beyruth
Jambocks! - Volume 1 - Prelúdio para a Guerra, de Celso Menezes e Felipe Massafera
Banzo e Benito, de MZK

Papel A2
Au e o fantasma do Farol, de Flavio Luiz
O Cabra, de Flavio Luiz

Salamandra
As aventuras de Tom Sawyer
Os três mosqueteiros
A ilha do tesouro

Record


O Quilombo Orum Aiê, de André Diniz
Kiki de Montparnasse, de Catel (ou Catherine Müller) e José-Louis Bocquet

O Príncipe da Pérsia (versão para os quadrinhos do game), de vários autores
Como Obelix Caiu no Caldeirão do Druida Quando Era Pequeno (edição recolorida), de Albert Uderzo e René Goscinny
90 Livros Clássicos para Apressadinhos, do Henrik Lange

WMF Martins Fontes
Logicomix, de Apostolos Doxiadis e Christos Papadimitriou
Humanos nascemos, de Quino
Que presente inapresentável!, de Quino


Annablume
Menthalos, de Jozz e Antonio Vicente Seraphim Pietroforte

Agir
João do Rio, por Allan Sieber
Os Sertões, de Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa

Desiderata
Woody Allen em Quadrinhos, de Stuart Hample

Ática
Memórias de um Sargento de Milícias, de Ivan Jaf e Rodrigo Rosa

Graffitti
A Rua de Lá, de Alves
O Poço, de Bruno Azevêdo

Jorge Zahar
O pequeno vampiro e o kun, de Joann Sfar

Tonto
Ipsilone, de Rafael Sica

Editora nova, sem nome
Quadrinhos Sujos, de vários autores
Maria Erótica e a Subversão do Sexo - Gibis, Pornografia e Censura na Ditadura Militar (1964-1985), de Gonçalo Júnior

Via Lettera
Bone 14, de Jeff Smith
O Castelo Adormecido v. 1, de Linda Medley

HQM
Estranhos no Paraíso - Santuário, de Terry Moore
Kickback, de David Lloyd
I Luv Halloween, de Keith Giffen e Ben Rowan
Aventuras em Oz, de Eric Shanower
Who Fighter e o Coração das Trevas, de Seiho Takizawa

Conrad
A Arte da Guerra, de Go Woo Young
Moomins, de Tova Jansson
O pequeno livro do rock, de Hervé Bourhis

Balão Editorial
EntreQuadros - A Walk on the Wild Side, de Mário César

JBC
Golgo 13 # 3, de Takao Saito

Manole

Fala menino!, de Luis Augusto Gouveia

NewPOP
Hansel&Gretel, de Douglas MCT e artista não confirmado

Garimpo Editorial
Livro de João Montanaro

Jaboticaba
Homem Gravidade Zero, de Leo Slezynger

Do edital de SP, sem editora confirmada
SIC., de Walmir Orlandeli
Cogumelos ao Entardecer, de Jonatas Tobias Mendes da Silva
Anarriê, de Michel Leandro Borges dos Santos
Crônicas da Pindahyba, de Hilton Mercadante
Zeladores, de Anderson Almeida Silva
A Dama do Martinelli, de Marcela Godoy
Eram os Deuses Orixás, de Alex Mir
Contos e Cantos do Maraska: Pscircodelia, de Marcelo Scaff Marques
O Astronauta ou Livre Associação de um Homem no Espaço, de Fernando Saiki

Lei do Mecenato Municipal de Curitiba
Vigor Mortis Comics, de José Aguiar, Paulo Biscaia e DW

12 março 2010

Um tributo ao Glauco

(Post atualizado às 16 horas do dia 13 de março de 2010)

A notícia da morte do cartunista Glauco Villas-Boas e de seu filho Raoni derrubou todo mundo que ama quadrinhos neste País.

Não dá pra imaginar não termos mais as tiras de Geraldão, Casal Neuras, Geraldinho, Doy Jorge, Zé do Apocalipse, Dona Marta, Nostravamus e tantos outros personagens impagáveis. Mas, pelo que conhecia do Glauco, o melhor jeito de lembrar dele é ler seus quadrinhos.

Meu amigo DJ Carvalho, de Campinas, teve a ideia de prestar um tributo ao bom e velho Glauco e coloquei o Blog do Universo HQ à disposição. Assim, entre ontem e hoje, abrimos esse espaço para quem quisesse enviar sua homenagem ao cara que tantas vezes fez sorrir seus leitores.

O resultado pode ser visto abaixo: mais de 300 homenagens, entre desenhos e textos. E todas se juntam às outras dezenas que foram publicadas em sites, blogs e jornais Brasil afora. Uma mostra do quanto Glauco era admirado.

Nós estamos todos tristes e revoltados pela forma como perdemos o Glauco, mas, certamente, ele vai espocar a silibina no "andar de cima".

Fique abaixo com as homenagens.

DJota Carvalho



Bira Dantas



Elias de Carvalho Silveira



Mário Cau



Deivy Costa



Wesley Samp



Alessandro Guarita



Caio



Cláudio Oliveira



Revista Mad



Tiago Vasconcelos Modenesi

Passei minha adolescência lendo as revistas Chiclete com Banana e Circo, ambas me introduziram no mundo do quadrinho nacional e geraram muitos derivados, entre elas a revista Geraldão, de Glauco.

De um humor marcante, com piadas certeiras e desenho simples e ágil, que muito me lembrava o do Henfil, Glauco agradava adultos com suas piadas e chegou até a agradar crianças,com o Geraldinho, que publicou na Folha de S.Paulo.

Para as artes, perder Glauco é perder um dos mais originais expoentes do humor da década de 80 no Brasil, é perder um dos "Los 3 Amigos", que marcaram tantos e tantos de nós que vão nos seus 30 e poucos anos.

Perder Glauco para a violência nos dá a sensação de impotência e indignação.

Escrevo estas palavras tentando prestar uma homenagem justa a alguém que foi importante na minha juventude, embora ele não soubesse, alguém que, junto com Laerte e Angeli, me fez rir muito.

Escrevo essas palavras com a sensação de querer chorar, com a sensação de perder alguém que passou pela minha vida em momentos bem mais simples, me deu alegria e momentos que não consigo descrever aqui.

Queria poder dizer mais, queria ter a forma de ajudar a evitar violências como essas, que arrebatam Glauco e seu filho da gente.

Fica minha indignação e meu respeito.

Glauco, você nunca será esquecido.

Obrigado.


Carriero



Pablo Peixoto



Ric Milk



Douger Bert (via site da Mad)



Luis Dourado (via site da Mad)



Bruno Luup



Fábio Rex



Leandro Caracciolo



Omar Viñole



Conselho Consultivo do Salão Internacional de Humor de Piracicaba

A violência em São Paulo, mais uma vez, mata e empobrece a cultura brasileira. Aos 53 anos, no auge de sua produção artística, morre assassinado por assaltantes em sua casa o cartunista paranaense Glauco Villas-Boas.

Glauco, como era conhecido, foi descoberto pelo jornalista José Hamilton Ribeiro, então diretor do Diário da Manhã, em Ribeirão Preto, interior paulista. Lá começou a publicar suas tiras cômicas.

Mas foi na 4ª edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, em 1977, ao conquistar um dos prêmios, que Glauco foi projetado no cenário artístico brasileiro e internacional. Com seu imenso talento, criatividade, estilo único e, em especial, humor inteligente baseado no comportamento da nossa sociedade, que Glauco saltou, ainda no mesmo ano, para as páginas da Folha de S.Paulo.

Em 1984, a mesma Folha abriu espaço diário para a nova geração de cartunistas brasileiros. Glauco estava entre eles e, assim, ficou conhecido em todo o País. Surgiram seus principais personagens: Geraldão, Zé do Apocalipse, Dona Marta, Doy Jorge, Casal Neuras, Geraldinho e outros.

Multimídia, também era músico e se apresentava em bandas de rock. Integrou a equipe de redatores do TV Pirata e do TV Colosso, programas da TV Globo. Publicou livros de humor.

Em plena Era Digital, Glauco continuava fiel à prancheta, desenhando à mão com nanquim. Usava o computador apenas para colorir os trabalhos, depois de escanear cada um deles.

Glauco registrou, a cada momento, as transformações pelas quais passou o mundo, o Brasil. Era um profundo conhecedor e critico da alma humana, mas sempre de maneira bem-humorada, provocando reflexões.

O Brasil e o mundo perdem um de seus maiores cartunistas.

Restam, diante de mais esta tragédia, as perguntas:

- Senhores governantes, até quando?

- Quantas vidas ainda faltam para que seja colocado um basta na violência?

Ricardo Viveiros e Zélio Alves Pinto, respectivamente, presidente e vice-presidente do Conselho Consultivo do Salão Internacional de Piracicaba


Nico



Brum



Jussara Nunes



Associação dos Cartunistas do Brasil

Todos estamos pasmos com o nível de violência com mais uma notícia sobre a morte de pai e filho por assaltantes em São Paulo. Desta vez, foi nosso amigo Glauco Vilas-Boas e seu filho Raoni. Dois grandes desenhistas que escolheram o humor gráfico para pensar o ser humano.

Glauco, companheiro de sempre de Laerte, Angelí, Toninho Mendes e Adão Iturrusgarai nos quadrinhos, publicava na Folha de S.Paulo desde 1977. Seus personagens satirizavam as relações de uma geração perdida entre as questões comportamentais e instintivas do ser humano. Usava o humor como arma de anteparo à violência. Foi uma das "crias" de Henfil. Podemos ver em seus traços e personagens a marca do questionamento herdada de seu mestre.

Seu filho Raoni também escolheu ser cartunista e trabalhava com o pai.

A notícia de uma execução sumária em um assalto, como muitos que acontecem nas grandes cidades, é quase sem nexo diante de alguém que justamente lutava contra isso.

Fica a lembrança, para todos nós, cartunistas, de um amigo que fez de sua vida uma história de sucesso no humor gráfico do País. E o compromisso de continuarmos na batalha de enfrentarmos a violência de nossos dias com o que melhor sabemos fazer: o humor.

Salve Glauco.

Salve Raoni.


Marco Oliveira



Dango Costa



Flávio Soares



Dóro



Carolina Silva



Andre Williams Rodrigues Campbell



Mauricio de Sousa

Como eu disse no primeiro momento, no Twitter, o fato é tão chocante que nossa reação não pode ser medida em palavras. Mas num sentimento de dor, luto e desesperança. Apesar disso, nós sairemos do choque... e vamos encontrar caminhos, mesmo que sejam longos, demorados, para contermos essa onda de irracionalidade e desumanidade.

E famílias bem formadas, educação, fé em Deus, justiça social... serão alguns dos pontos por onde passará o caminho do respeito à vida.

Vamos lutar para isso... como tributo ao Glauco e ao Raoni.


Marcos Miller



Hals



Renato Andrade


Tarciso Salvatore e Jota Silvestre



Mauricio Rett



Marcus Laranjeira

Não há muito o que dizer. Só quem cresceu rindo e se divertindo (e, por que não, aprendendo?) com as tiras e tiradas infames, irônicas, sarcásticas, escrachadas, maravilhosas do Glauco sente o que a nossa geração está sentindo.

Que vá em paz e, se possível, volte em nossos sonhos e inspirações.

E, mais uma vez, vão os que devem ficar. Ficam os que devem ir.


Vini



André Duilio



Diego Guaglianone



Caio Schiavo



Stivenson Valério



Eder



Ferreth



Rodrigo Giraldi



Juliano Trentin



Flávio Wetten



Hiro



Rico



Didiu Rio Branco



Marcelo Lemos



Ed Carlos Joaquim



Roberto Kroll Junior



Rafael Dourado



Alan Corrêa



Zanon



Diego Novaes



Fernando Nogueira



Ramon Faria



Leal



Monkis



Giorgio



Vanessa Alexandre



Izidro



Pedro Netto



Eduardo Almeida



Mário Monster



Simon



Gabriela da Silva Teles



Andy



Ed Ferrara



Filipe Galles



Equipe Menino Caranguejo



Emerson Medina do Carmo



Eder



Daniel Grilo



Raquel Gompy



Priss Guerrero



Orlandeli



José Lucas



Jorge Barreto



Salvador



RValentino



Rodrigo Ascenção



Ricardo Homuth (Ripa)



Jorge Braga



Vinicius Savron



Vera Ribeiro Ricardo



Tiago Alves



Mário César



Gustavo Maniezi



Gabriel S. Delloiagono



Fernando Gonçalves



Djalma Eudes



César Cavelagna



Junior Lima



Jomar Brittes



José Bacellar



Jeferson Bergmann



Jão Garcia



Miguel Pragier



Marcus Pasetti



Luis Augusto



Luciano Lourenço



Laudo



Redi Roger



Rafael Spoladore



Rafael Rosa



Nando Motta



Mood



William Melo



William Martins Ribeiro



Stenio Claudino



Santiago Mourão



Ronaldo Câmara



Zappa



LéoMorbeck



Jota A



Joana Peixoto



Everson



Dézio



Thomate



Rodrigo Belato



Thiago Medeiros Costa



Paffaro



Danilo Marques



Bruno Zecca



Max Cutini



Frank Maia



Branca Aurora



André Stahlschmidt



Pedro Menezes



J. Anderson



(Clique aqui para ver a animação preparada como homenagem)

Fred Ozanan



Emerson Lopes



Augusto Figliaggi



Alex Ponciano



Caio Yo



Alex Pereira



Walter Martins



Riven Melito



Peron



Rodrigo Boente



Rafael Silvestrini



Jesus Romero



Guilherme Bandeira



Erasmo



Jader Tiago



Flavio Silva



Chico Arantes e Rica Urso



Amâncio



Zerramos



André Mangabeira



Helder M.



Valdeci Carvalho



Raoni Santos





Junião



Fábio Melo



Adrix



Fernando Rebouças



Sandro Hojo



Iéio



Rute Raabe e Raoni Santos



Tiago Recchia



Rodrigo Amaral



Maumau



Gam Hoyo



Eduardo Pinto Barbier



Carlos Augusto



Toni D'Agostinho



Porra, Mauricio!



Marcos Santana



Ricardo Brito



Jardel Cruz



Mattias



Inedilson Anelli



Guto Respi



Mastrotti



Antonio Luiz Lauriello Filho



Pedro Martins Senise



Allex Machado



Lazarini



Tiago Botelho



Edvalter Neves



Rodrigo Mello Campos



Diogo Sales Queiroz



Milton Hurpia da Rocha



Paulo Stocker



Jhon Smith



Newton "Cafetron" Gonzales



Anderson Luiz Pires



J. Bosco



Miguel Falcão



Ianes Cardoso



Lehgau-Z



Casso



Presto



Fellipe Elias



Tiago Silva



José James



Audaci Jr.



Fernandes



Victor Maia



Nilton



Cícero



Biratan



Amauri Alves



Lorde Lobo





Carlos Jorge Nunes



Anderson Luiz Pires



Marcio Baraldi



Dimaz



Marcello Mussarela



Igor Chiesse



Escobar



Erick Artmann



Jal