Liniers - Um dia em sete fotos ruins
Na quarta-feira, dia 22, o quadrinhista Liniers passou o dia em dois eventos ligados ao lançamento de Macanudo # 1, seu primeiro álbum lançado no Brasil. E eu, escalado para entrevistá-lo à noite, ao lado do quadrinhista Guazzelli, acompanhei a visita.
Este post, que segue em construção até domingo, vai revelar detalhes da visita.
(As fotos estão no Flickr e podem ser ampliadas quando se clica nelas.)
FOTO 1
Este é o quadrinhista argentino Ricardo Liniers Siri. Ou Liniers, apenas.
Liniers chegou ao Brasil na manhã da quarta-feira, dia 22, para autografar seu primeiro livro editado por aqui: a coletânea da tira Macanudo, publicada diariamente no jornal La Nación.
A tira é um sucesso na Argentina e já é publicada em vários outros países.
No Brasil, só chegou oficialmente agora, graças à editora Zarabatana. Mas, antes disso, ele já tinha uma fiel legião de fãs na internet. Foram eles que, em viagens à Argentina e visitas a importadoras, fizeram com que vários álbuns em espanhol começassem a circular por aqui. Vários desses volumes estrangeiros foram levados para as sessões de autógrafos - e o cartunista fez um desenho em cada um deles.
Daí vem a cena da foto: Liniers está autografando um exemplar do álbum Bonjour. Sobre a mesa, há ainda um Cuadernos 1985 - 2005, um Conejo de Viaje e uns Macanudos argentinos.
FOTO 2
Sim, Liniers desenhou em todos os álbuns autografados. Mas isso não é nada perto da empreitada que vem pela frente.
É que, na Argentina, a capa de Macanudo 6, que sai nas próximas semanas, vem em branco. E o quadrinhista vai desenhar em cada uma delas - e a tiragem é de 5 mil exemplares! Ou seja: não haverá nenhuma capa igual à outra.
A capa acima, dedicada ao jovem João, é de um dos poucos exemplares do livro que Liniers trouxe na mala.
A idéia tem uma explicação: depois de cinco anos lançando pela Ediciones de La Flor, Liniers vai abandonar as editoras e passará a se autopublicar em sua terra natal.
Mas há outra.
Mais tarde, no jantar, Liniers falou sobre Fontanarrosa, gênio da HQ argentina morto no ano passado. Mencionou que gostava de ver que El Negro, mesmo doente, com os músculos enfraquecidos, não abria mão de desenhar para seus fãs - o que demonstrava a grande generosidade do ídolo.
Em vários momentos do dia, Liniers se mostrou generoso. Mesmo exausto com a viagem, sorria sempre e não deixava de desenhar para ninguém. Fez até um quadrinho para a HQ coletiva da livraria HQ Mix.
A capa em branco de Macanudo # 6 só reforça a sua generosidade.
(Este post continua...)
3 comentários:
Muito bacana a agitação em torno da vinda do Liniers, que fora coincidir com o aniversário da HQ Mix Livraria, ainda teve o ótimo entorno das Satyrianas.
Infelizmente não pude ir na quarta-feira, mas graças ao incansável Zé Oliboni estou com meu Macanudo da Zarabatana autografado.
Que inveja. Pena que não pude ir na quarta. Mas ele volta para lançar o segundo volume, hehehhe
Ai...
Eu AMO o Liniers...
Pena que moro em Curitiba, não pude ir...
Fica pra próxima!!!
=D
Beijos!
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