28 setembro 2007

Falta apenas um!

Terminei esta semana de checar com a revisão as últimas dúvidas de Sandman - Entes Queridos, nono álbum do Mestre dos Sonhos pela Conrad. Agora, só falta Despertar, o último arco com as histórias de Lorde Morpheus escritas (magistralmente) por Neil Gaiman.
Capa de uma das versões do encadernado da DC
Eu tive a sorte de trabalhar durante dois anos na série, quando ela saía mensalmente pela Globo e mais sorte ainda de adaptar o texto e editar (como free lancer) todos os álbuns da Conrad. Também sou eu que "puxo" aquele monte de notas do final de cada volume.

O álbum deve chegar às livrarias em outubro, em mais uma bela edição - este é o maior de todos. Não sei qual será a capa da versão nacional (não participo dessa etapa), mas esta ao lado foi usada pela DC em uma das compilações gringas.

Então, que venha o Despertar.

27 setembro 2007

O que estamos lendo... na Europa (4)

Descobri o trabalho de Juan Giménez na década de 1980, lendo a antiga revista portuguesa Mosquito, que era distribuída de maneira irregular no Brasil.

A Mosquito dos anos 80 era uma revista mix que trazia um pouco de tudo, como, por exemplo, Moebius, Daniel Torres, Eduardo Teixeira Coelho, José Garcez, Jayme Cortez; e séries como Torpedo, Frank Cappa, e a Ás de Espadas, história em preto-e-branco, da Segunda Guerra, desenhada por Juan Giménez.

O Giménez é conhecido no Brasil pela sua arte (lindas aquarelas) na série Metabarões, escrita por Alexandro Jodorowsky. Este artista argentino, nascido em 1943, é da velha guarda, da época em que não havia o computador para facilitar e o desenhista precisava ser realmente talentoso e saber usar nanquim e tinta (vou explicar antes que alguém me xingue: não tenho nada contra o uso do computador para trabalhar com HQs, mas continuo achando que é preciso ter a formação artística; não dá para enganar só com o Photoshop.).

A maior parte de sua carreira foi desenvolvida na Espanha, mas Gimenez publicou em revistas como Zona 84, Comix International, 1984, Métal Hurlant, Lacio Story, Skorpio e L'Eternauta.

Quando estive no Festival de Contern, pela segunda vez, em julho deste ano, achei dois belos álbuns dele: Le Quatrième Pouvoir (O Quarto Poder), originalmente publicado em 1989, pela Dargaud (a edição que achei é de 1999, da Humanoïdes Associés); e o portfólio L'Univers de Juan Giménez, da editora La Sirène.

Eu já conhecia O Quarto Poder, mas como só tinha algumas partes publicadas na L'Eternauta, não consegui ler a aventura por inteiro na época.

O Quarto Poder é uma história de ficção-científica que, como muitas, é produto de seu tempo. Minha leitura foi nostálgica, no sentido que me fez lembrar das revistas que vi, numa época de exploração e descoberta dos quadrinhos nas décadas de 1970 e 1980, com HQs de ficção-científica, arte pintada com todos os tipos de materiais, inúmeras revistas de aventuras dos gêneros mais diversos e artistas como Moebius, Sanjulian, Richard Corben, Sergio Toppi, Pepe Moreno, Phillippe Druillet, Enki Bilal, Philippe Caza, Sérgio Macedo, Tamborini e Liberatore, Kent Williams, John Bolton e muitos outros.

Os dois álbuns são de uma qualidade exemplar, com capa dura e papel couché. Como comprei num festival de HQs que é uma espécie de Fest Comix europeu, paguei bem barato. O portfólio, por exemplo, com 92 páginas, custou o equivalente a R$ 27,00.

26 setembro 2007

Problemas técnicos

O Universo HQ está sofrendo alguns problemas técnicos no servidor. Por isso, a atualização de hoje está atrasada. Estamos averiguando para que a situação volte logo ao normal.
O que estamos lendo... na Europa (3)

WEST é uma série de faroeste-fantástico, uma espécie de Ghostbusters do Velho Oeste, com cenários como Nova York e Cuba (época em que estava ocupada por tropas norte-americanas), entre 1901 e 1902.

A sigla WEST significa Weird Enforcement Special Team (numa tradução bem livre seria algo como Equipe Especial de Combate ao Bizarro) e o grupo é composto por quatro sujeitos liderados por Morton Chapel, a serviço do presidente Roosevelt.

Os roteiros são de Xavier Dorison e Fabien Nury, e a ótima arte é de Christian Rossi.

Além de WEST, Dorison criou as séries Le Troisième Testament, Prophet, Sanctuaire e, mais recentemente, Long John Silver, baseado no personagem do livro A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson.

Fabien Nury é o escritor das séries I am Legion, ilustrada pelo americano John Cassaday, e Le Maître de Benson Gate.

Rossi é um veterano que trabalha com quadrinhos desde 1973. Entre seus trabalhoes estão colaborações para revistas como L'Echo des Savanes, Circus, Pif, À Suivre e álbuns como La Voix des Anges, Jim Cutlass, Jordan e Le Cycle des Deux Horizons.

Esta série da Dargaud já tem três álbuns (os dois primeiros fecham um arco): WEST - La chute de Babylone, WEST - Century Club e WEST - El Santero.

A editora já anunciou o quarto volume, WEST - Le 46e État.

Eu só tenho o primeiro álbum, que é bem bacana, apesar de que este tema, e suas inúmeras variações, já está ficando um pouco batido.

Só o Mignola, por exemplo, tem três séries com conceito similar (investigadores do desconhecido e do bizarro): Hellboy, BPRD e Amazing Screw-On Head (esta revista, por exemplo, se passa numa época parecida com a de WEST). Perhapanauts, da Dark Horse, também era numa linha similar. A diferença é que os títulos norte-americanos envolvem heróis que são criaturas, robôs ou demônios, o que não é o caso de WEST..

Como já mencionei, a arte de Rossi é maravilhosa. A cor é feita com aguadas (aquarela) usando métodos tradicionais.

25 setembro 2007

O que estamos lendo... na Europa (2)

Didier Conrad é um dos artistas que estou descobrindo por aqui. Da sua obra, que já é bem grande, li La Piège Malais (A Armadilha Malaia) e os dois volumes de Raj.

Conrad é um importante desenhista e escritor francês que ajudou a revolucionar a revista belga Spirou na década de 1980. Ele nasceu em 1959, em Marselha, na França.

Este artista criou Les Innommables, série que conta as aventuras de três mercenários no Oriente, nas décadas de 1940 e 1950; Bob Marone, paródia da famosa série de quadrinhos Bob Morane (que possui inclusive um desenho animado baseado me suas aventuras). Essasa duas foram em parceria com Yann.

Também fez Donito, um garoto pirata capaz de respirar embaixo d'água; Le Piège Malais (A Armadilha Malaia), premiada aventura de época na Índia nos tempos do Raj; Tatum, paródia de um agente secreto futurista; e desenhou Kid Lukcy e Cotton Kid; La Tigresse Blanche e, mais recentemente, Raj.

Como era de se imaginar, o sujeito já ganhou diversos prêmios, incluindo o Grand Prix de Angoulême, em 1994, por Donito.

Além disso, passou um tempo nos Estados Unidos, trabalhando para a DreamWorks SKG, no desenho O Caminho para El Dorado (The Road to El Dorado).

A Armadilha Malaia foi lançada na década de 1990, em dois álbuns da Dupuis, da coleção Aire Libre, com 48 páginas cada um. A versão que li é o encadernado (um "albão" capa dura que por aqui eles chamam de Intégrale) da série.

O livrão traz uma biografia do autor, sketches e diversos extras bacanas (mas não reimprime as capas originais).

Nesta aventura, o jovem francês Ernest encontra a prostituta Kaliani, na Índia do século 19, numa aventura entre os miseráveis. A história mistura ação, humor e sexo.

A arte do álbum é estilizada e até um pouco caricatural, mas as figuras são agradáveis e bem expressivas, e o colorido é aquarelado e perfeito pro material. Lendo o livro, é fácil de entender por que ganhou um prêmio de melhor álbum do ano, na época em que foi lançado.

Conrad, que curte bastante locais exóticos e cenários históricos, voltaria à Índia na série Raj, em colaboração com Wilbur.

Wilbur é o pseudônimo da francesa Sophie Commenge, que nasceu em 1960, em Saint-Claude, no arquipélago caribenho de Guadalupe (de possessão francesa), e é esposa de Conrad. Esta autora também já escreveu sob o pseudônimo de Lucie, na série Bob Marone, juntamente com Yann e Conrad. Além disso, ajudou nos roteiros de L'Avatar, Tatum e La Piège Malais.

A cor desses álbuns é de Julien Loïs, um trabalho simples e discreto, sem exageros (bem diferente do colorido da Armadilha Malaia), mas muito competente.

Raj - Les disparus de la ville dorée, o primeiro volume da série, é uma história de espionagem e intriga política, que se passa na Índia do século 19, mais precisamente em 1831, quando Alexander Martin, viaja de Londres a Bombaim (cidade que hoje se chama Mumbai) para entrar para o Serviço Político Indiano, cujo papel é ajudar a Companhia das Índias Orientais - a famosa e poderosa East India Company - a desenvolver seus interesses no país.

Basicamente, ele precisa impedir que outros países se estabeleçam na região e ameacem o domínio inglês. Mas os seus chefes não encaram com entusiasmo o idealismo e os princípios morais do jovem.

Alexander Martin lidará com corruptos, estrangeiros e locais, numa trama que envolve o assassinato de Sir Thomas e o desaparecimento de três ingleses. O protagonista terá que decidir se prende o capitão de uma companhia portuguesa, um inocente, acusado dos crimes.

No segundo e último volume, Raj - Un Gentilhomme Oriental, Martin se recusa a acreditar na versão oficial para os desaparecimentos e continua a sua investigação, e a busca por seu amigo, o jornalista David Baltimore, que o leva à pequena ilha de Elephanta, onde aparentemente sopram os ventos da loucura.

Para a série Raj, Conrad mudou o seu traço, um fato muito destacado pela imprensa especializada daqui, indo muito mais para a linha clara. Aliás, Raj tem sido divulgado como uma aventura digna de Tintim, não só pelo traço, mas pelo espírito dos personagens. Esta é uma bela HQ destinada a todas as idades, que traz um pouco do idealismo perdido em muitas histórias modernas, principalmente no mercado norte-americano.

24 setembro 2007

O que estamos lendo... na Europa

Agora eu mato os meus amigos do UHQ do coração. O Codespoti no Blog? Mas assim, de repente, sem avisar?

Vamos lá...

Da série O Que Estamos Lendo enquanto deveríamos estar fazendo alguma outra coisa:

Sete Psicopatas, de Fabien Vehlmann e Sean Phillips, é uma espécie de Os 12 Condenados (lembra deste filme?) contra Hitler.

Um coronel do exército inglês recruta, em 1941, sete loucos (o louco é o coronel que vai recrutar o pessoal nos hospitais psiquiátricos) para um comando cuja missão é assassinar Hitler. Basta dizer que os seis homens e uma garota são lançados de pára-quedas sobre a Alemanha, com resultados imprevisíveis. Claro, são todos pinéis de babar e de deixat até o Coringa com inveja. Bem divertido.

O álbum é bem bonito (capa dura e papel couché de boa gramatura).

Publicado pela Delcourt, faz parte de uma série de sete. Aliás, sete de tudo: Sete Psicopatas, Sete Ladrões (é o segundo volume da série - cada um com um equipe de escritor e artista diferentes - mas não curti a arte), Sete Guerreiros, Sete Piratas, Sete Prisioneiros, Sete Missionários e, para finalizar, Sete Yakuzas!

A arte de Phillips está incrível. Este desenhista está passando por uma ótima fase na Europa continental (às vezes, acho que essa expressão foi criada por um francês que queria excluir um inglês, como Phillips, da conversa: "Você não é daqui, é da ilha! Nós somos do continente...").

Além deste álbum, a Delcourt também publicou o primeiro volume de Criminal; a Panini lançou Marvel Zombies; e a revista DBD, especializada em quadrinhos, publicou um longo artigo sobre sua carreira e crítica de seus lançamentos recentes.

O encadernado francês do primeiro arco de Ed Brubaker e Phillips em Criminal, só peca porque não traz os excelentes artigos sobre cinema e literatura que são publicados nas revistas norte-americanas. Mas, fora isso, como quase tudo por aqui (França - Bélgica - Luxemburgo), o volume tem capa dura e foi impresso em couché fosco.

Nada como uma boa leva de quadrinhos para me ajudar com o aprendizado do francês.

23 setembro 2007

Super "figuras de ação"

Alguns “domingos” atrás, fui intimado pela minha esposa para visitar uma feira de artesanato. Confesso que não é meu programa favorito, mas... paciência.

Para minha surpresa, eis que encontro algo que muito me interessou.

Heróis Marvel
Por apenas R$ 1,00 cada peça, adquiri essas incríveis “figuras de ação” que você confere nas imagens, com os heróis Marvel e DC. Dois packs completos.

Heróis DC
Valeu a pena, sem dúvida!

21 setembro 2007

O formatinho dos antigos gibis de super-heróis

Há uma rua no centro da minha cidade que é repleta se alfarrábios. É um ao lado do outro, com coleções imensas de gibis antigos pra vender.

Nesse paraíso que costumo freqüentar quinzenalmente (e não deveria, pois fico comprando pilhas de gibis que vão levar uma década pra serem todos lidos), há algum tempo notei que faz anos que centenas de formatinhos da Marvel e da DC, a maioria da década de 1990 (o que tem de Capitão América é um absurdo), estão lá, coitados, totalmente ignorados. Ninguém quer, ninguém compra. E só resta aos donos dos sebos a rotina de tirar a poeira das capas.

Pra confirmar, perguntei a dois dos proprietários dos alfarrábios se aqueles formatinhos eram de estoque antigo ou renovado. Eles disseram que é muito antigo e que faz tempo que não adquirem mais daquilo pra revender, embora apareçam muitos colecionadores querendo se desfazer dessas coleções. "Pode vir neguinho oferecendo mil gibis desses por um real que eu não compro", exagerou um dos alfarrabistas. "Só vão tomar espaço dos gibis grandões, que vendem mais", disse o outro, comentando sobre o formato americano e maiores, que têm uma boa saída.

Não sei se isso acontece em outras cidades desse imenso Brasil, mas fico intrigado com essa aversão que muitos leitores parecem ter adquirido contra os gibis de super-heróis em formatinho, desde que o formato americano veio pra ficar de vez no mercado brasileiro, graças à Panini. Quem tem, quer se desfazer; quem não tem, passa longe de querer comprar.

Escrevi tudo isso pra chegar à simples pergunta: você prefere o formato americano ou o formatinho pras revistas em quadrinhos mensais/bimestrais de super-heróis? Por quê?

20 setembro 2007

Rapidinhas

Uma ruela em Long Beach, Califórnia, nos Estados Unidos, deverá passar a se chamar... Lois Lane.

Hoje, dia 20 de setembro, a comissão de planejamento urbano da cidade recebeu a petição assinada por moradores daquela rua e que conta com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia.

A fabricante de cosméticos VO5 lançou nos Estados Unidos a linha Extreme Style, pra cabelos, cuja logomarca é bastante familiar. Compare com a de V de Vingança.

Já tem fã reclamando na internet. Isso vai dar zica.

• Olha só que modelos legais de bonés com motivos de super-heróis da Marvel e da DC.

Trata-se de um lançamento da New Era, da Inglaterra. Entre no site, escolha os itens que têm "superhero" no nome e veja todos os modelos.

O preço é que não é muito atrativo: equivale a quase R$ 120,00.

Direto do baú: os desenhistas oficiais do Universo HQ

Esse desenho do Marreiro cativou todos do UHQHoje quando fui revisar o Universo HQ, como faço todas as manhãs, fiquei extremamente feliz ao ver que meu amigo J.J. Marreiro foi tema de uma matéria na revista Mundo dos Super-Heróis. E isso me motivou a fazer esse post.

No dia da entrega do HQ Mix comentei com um leitor que sem dúvida é legal ganhar prêmios, mas é muito mais legal ver subindo para receber o troféu artistas que o Brasil conheceu pelo UHQ.

Arte que o Daniel Brandão enviou para o concursoE, felizmente, muita gente boa tem tido esse merecido reconhecimento. O Marreiro é um deles. E foi aí que resolvi contar como conheci esse talentoso cearense e também seu parceiro no fanzine Manicomics Daniel Brandão.

No começo de 2001, resolvemos fazer um concurso para eleger o desenhista oficial do UHQ. Como vieram ótimos trabalhos, escolhemos logo três, que durante um bom tempo nos ajudaram com charges, ilustrações etc. Eram eles: J.J. Marreiro, Daniel Brandão e Tomo Maeichioka, o único que acabou saindo do mercado de quadrinhos.

Arte deo Tomo MaeichiokaE quando fui caçar a nota, descobri que mais gente boa nos mandou desenhos, como o Ronaldo Barata, da Quanta e que hoje é nosso webmaster, o André Leal, o Mário Cau, o Geraldo Borges (também do Manicomics), o Leandro Robles (Escola de Animais) e outros. É fantástico ver que, mesmo com tantas dificuldades impostas pelo mercado, essa galera está por aí cavando seu espaço. E ter ajudado de alguma forma para isso dá uma satisfação incrível.

16 setembro 2007

Infantil, sim, mas para adultos também!

Hoje, na coluna de entretenimento de Tom Jicha no site do jornal Sun-Sentinel, da Flórida, um leitor escreveu sobre o que o colunista havia dito em outra ocasião a respeito dos desenhos animados infantis.

Defendendo o fato de ser adulto e gostar de animações para crianças, o leitor foi bem polido. A resposta do colunista, entretanto, foi irritante: "Se você já passou da adolescência e continua assistindo a desenhos do Pernalonga e do Pato Donald, não quero você perto dos meus filhos".

Para Jicha, "gente grande" deve assistir apenas a Family Guy, Simpsons e outras animações para o público adulto.

E agora eu pergunto: que regra idiota é essa? Quer dizer que Bob Esponja, Os Padrinhos Mágicos, Space Goofs (simplesmente hilário!) e tantos outros desenhos animados ditos infantis não podem ser apreciados por adultos? E que quem já entrou na maioridade tem que deixar de curtir essas atrações para não parecer... infantil?

Esse é o mesmo tipo de preconceito que os quadrinhos sofrem. E até mesmo no círculo de fãs de gibis há aqueles que torcem o nariz para adultos que lêem HQ infantil (ser fã do Menino Maluquinho e da Turma da Mônica, como eu, às vezes parece causar nojo em alguns xiitas).
Não gostar de desenhos animados ou quadrinhos infantis é uma coisa, e cada um tem o direito de curtir ou não o que quiser. Mas, fechar-se em um preconceito besta é ridículo e, além de tudo, resulta na perda de bons momentos de diversão por causa de um motivo (olha só a ironia) infantil.

Bem, agora dá licença que vou assisitr a um DVD do Gaguinho e, se der tempo, verei com minha filha alguns episódios da primeira temporada de Meu Pai é um Roqueiro (pena que não passa mais no Cartoon Network).

12 setembro 2007

Uma boa e uma má notícia pra mim

Primeiro, a má notícia: estou ostentando uma vistosa bota de gesso. Ontem, no horário de trabalho, pisei em falso num buraco na calçada e dobrei o pé inteiro pra esquerda, caindo com o peso do corpo sobre o tornozelo.

Ainda fiquei a tarde inteira agüentando a dor até resolver ir a um ortopedista, no começo da noite. Além do inchaço em parte do pé e em todo o tornozelo, ferrei levemente um tendão e o osso "blé-blá-bléu" (minha tradução pra o que o médico falou e não entendi patavina).

Bem, a boa notítica, pra mim, é que com a licença que tirei do trabalho, a partir de hoje, já consegui deixar em dia a leitura de alguns gibis que estavam na fila, he, he, he.

Sem contar que não tem preço ler revista em quadrinhos enquanto minha esposa me paparica, faz cafuné e leva café da manhã e almoço na cama. :-)

E sabe o que mais? Prometeu trazer uns gibis pra mim, mais tarde, quando ela voltar do trabalho. Putz, voltei aos tempos de criança, quando ficava na expectativa de meu pai chegar do trabalho com alguma revista "encomendada" por mim.

Hummm... será que eu vou querer ficar curado logo? Sei não...

06 setembro 2007

Essas maravilhosas revistas antigas

Mônica #1As pessoas envelhecem e tornam-se saudosistas. Quem nunca escutou que “na minha época, tal coisa era assim, tudo era melhor etc.”.

Como recordar é viver, a afirmação vale para também para filmes de décadas passadas, livros e revistas em quadrinhos.

A famosa e discutida segmentação dos quadrinhos, ao mesmo tempo em que elevou (e muito) os preços das revistas, também possibilitou a publicação de quadrinhos de todos os gêneros possíveis.

Finalmente, um dos poucos ramos que estava um tanto quanto abandonado, ainda que editoras como a Opera Graphica tenham lançado alguns bons títulos do gênero, é o de HQs antigas.

A boa nova é a republicação dos quadrinhos clássicos da Turma da Mônica (saiba mais aqui), desde os primeiros números de Mônica, Cebolinha, Chico Bento, Cascão e Magali, originalmente da década de 1970, pela Panini Comics. Quem cresceu lendo e não tem a coleção, finalmente vai colocar a mão nestes pequenos tesouros – que tem momentos antológicos, em especial entre os números 50/60 até 120 das revistas Mônica e Cebolinha.

Se a moda pega, que tal as primeiras edições Disney num box (ao menos os primeiros números) de Tio Patinhas, Mickey, Donald, Almanaque Disney e Zé Carioca?

Sonhar não custa.

05 setembro 2007

Atacando de roteirista

É muito comum me perguntarem em entrevistas se faço quadrinhos. Sempre respondo que desenho igualzinho a um martelo. Ou seja... Mas que já escrevi várias HQs, apesar de pouca gente saber disso.

Já fiz muitos quadrinhos empresariais e tenho até uma família de personagens criada, que foi publicada durante sete anos no jornal de uma companhia em que eu era assessor de comunicação. Qualquer hora posto aqui algumas dessas edições e tiras.

Agora, no mercado comercial ainda não publiquei nada. Tenho dois trabalhos engavetados, que esperam o momento de sair da hibernação. Quem sabe quando meu dia tiver 48 horas? :-)

Mas há dois anos, no mercado independente, ataquei de roteirista na edição # 28 do fanzine Manicomics, dos meus amigos cearenses J.J. Marreiro, Daniel Brandão e Geraldo Borges. Fiz uma HQ curtinha, baseada numa coisa que aconteceu comigo. Achei que valia eternizar aquilo em papel e mandei o roteiro. Como foi aprovado, o Daniel me deu a honra de desenhá-la.

O resultado você confere abaixo.