26 abril 2009

Quem curte Vertigo, mais uma vez, dançou!

Bom, todo mundo já desconfiava, mas os otimistas ainda mantinham uma esperança. Só que não rolou. A Ediouro me confirmou numa entrevista por telefone que rompeu o contrato com a DC.

Assim, as ótimas Pixel Magazine e Fábulas Pixel vão para o limbo dos títulos cancelados. E levam junto 100 Balas, Monstro do Pântano e outras coisas bacanas que saíam como especiais.

Ou seja, novamente que é fã especialmente das obras da Vertigo ficará sem saber o final de séries importantes - a não ser que outra editora adquira os títulos.

Jesse Custer parece estar amaldiçoado no BrasilMas, depois de tantas tentativas frustradas, não dá para exigir de qualquer editora algo assim.

Preacher, por exemplo, parece "amaldiçoado". Passou por Brainstore, Devir e Pixel e até agora o leitor brasileiro não viu o final da série. Ao menos em bancas e livrarias, pois muita gente se encheu e resolveu baixar o scan mesmo.

E você, o que achou dessa rescisão de contrato da Ediouro com a DC? Comente à vontade.

64 comentários:

Rafael disse...

Eu era um otimista.

Sidney Gusman disse...

Também tentei ser, Rafael, mas o silêncio demorado da Ediouro me tirou desse time faz meses. Uma pena.

Milena Azevedo disse...

Eu já desconfiava que a Ediouro iria incorporar o selo Pixel, como já vinha fazendo desde 2007.

A Ediouro pisou na bola mesmo, falo isso como empresária do ramo que se chateou diversas vezes com o mal atendimento e distribuição deles. Eu estava solicitando durante meses os lançamentos da Pixel e eles ficavam me enviando os títulos antigos. Os clientes me pedindo, já partindo para comprar numa franquia de uma livraria famosa daqui de Natal, mas na GHQ nada de chegar novidade. Eu precisei botar a boca no mundo para eles me responderem, pedindo desculpas, e dizendo que iriam enviar Preacher, Tom Strong, Corto Maltese.

Quando tudo era direto com o pessoal da Futuro, era maravilhoso, a Juliana atendia super bem, mandava e-mails com as novidades, conversava sobre o que a Pixel pretendia lançar. Era totalmente diferente. Havia um respeito maior.

A Ediouro bem que podia ter investido mais em propaganda, como o Sidney mencionou. Praticamente todos os títulos que a Pixel Media lançou era bacanas, tinham seus fãs certos, mas precisava ainda de um empurrão a mais para atrair novos leitores.

Valeu, Pixel. Valeu o empenho do Odair, do Cassius, do Forastieri.

[]s,
Milena

Amalio Damas disse...

A pior notícia do dia, tirando a epidemia de Gripe do Porco. Mas com uma estratégia que começou equivocada, as chances destas revistas vingarem eram muito pequenas. A conclusão que eu chego é a seguinte, ou a gente aprende inglês logo de uma vez, afinal daqui há pouco podem mudar novamente as regras da Língua Portuguesa, ou radicaliza, manda a ética as favas e curte os scans, só assim pra gente ler o final de preacher, a continuação de Promethea, Ex-Machina, 100 Balas, Monstro do Pântano e etc. Única coisa positiva, tivemos a conclusão de Planetary, o epílogo que saíra nos EUA é só pra cumprir tabela mesmo.

Fabio Negro disse...

Desde a Brainstorm:

um fã não pode fazer o trabalho de um profissional!
uma editora tocada por fãs não vai pra frente!


vejam a Abril: uma divisão de quadrinhos arranjando treta o tempo todo com a alta diretoria, esta querendo resultados e foda-se a arte!

faltou gente com diploma de administração pra morder a bunda do pessoal da Pixel.

Marlo disse...

Depois de tanta incompetência da Ediouro, não dá nem pra reclamar se a Panini passar a publicar Vertigo, conquistando o virtual monopólio do mercado. A Panini está longe de ser o lugar ideal para a Vertigo ou mesmo para a DC, visto que favorece descaradamente à Marvel (DC na Panini é como pedir ao amante da sua mulher que crie o seu filho), mas nem gosto de pensar no que teria acontecido se a Pixel tivesse ganho a concorrência do final de 2006.

leandro maciel disse...

Parece mesmo que o futuro da Vertigo no Brasil é via Amazon.

Como foi dito na reportagem e naquela entrevista os títulos da Vertigo nunca foram campeões de venda e até mesmo lá fora os editores várias vezes já pediram ao público pra comprar e fazem promoções com títulos novos a preço baixo.

O que ajuda bem a Vertigo lá fora é que as vendas dos encadernados que compilam os arcos são boas.

É a hora pra Conrad ir atrás pelo menos do Sandman.

Marcelo Cruz disse...

Sacanagem!

E como eu acompanho agora a história das Fábulas? Ta certo que Astro City era bem ruinzinha, mas fábulas estava demais.

Se o problema do cancelamento foi devido às baixas vendas porque não aumentaram o preço? Apesar do preço atual (que já era salgado) eu estaria disposto a pagar mais caro para acompanhar a série...

Guilherme Veneziani disse...

Uma pena mesmo. Mas desde o final do ano passado as suspeitas eram essas, apesar que eu ainda tinha esperanças...

Como disse o Leandro M., o futuro da Vertigo, aqui no Brasil, é a Amazon. Eu compro sempre alguns títulos por lá, cujo custo no final não é muito diferente do que temos aqui, mesmo com o dólar a 2,30.

E como o Amalio Damas disse, o negócio é aprender inglês...
e ler HQ na lingua nativa dela ajuda bem.

Igor Bone disse...

Apesar do óbvio lado ruim, tem o lado bom (otimista de verdade é assim). Espero que os titulos voltem a se fragmentar pra antigas editoras: Fábulas e Tom Strong para Devir, Sandman para a Conrad (que vai poder republicar o material esgotado), Ex Machina para a Panini, e voltem a sair do jeito que era antes da Pixel

Ricardo Soathman disse...

Eu sempre serei um defensor ferreinho dos SCANS, principalmente no Brasil.

Acho uma tremenda falta de caracter alguém escanear e postar em seus blogs, ou sites, publicações direcionadas ao mercado nacional, que estão em bancas ou a disposição do leitor. Isso não se discute.

Mas, quando estamos falando de publicações que JAMAIS serão levadas a sério no Brasil, seja, por serem inviáveis comercialmente, seja por consequência da crise financeira, o fato é, o leitor brasileiro ainda PRECISA dos scans.

Isso é trágico? Ou seria uma oportunidade?

Fico eu aqui, imaginando com os meus botões, se, alguém que tivesse acesso ao mercado conseguisse convencer essas grandes editoras a transsformar o seu acervo em arquivos eletrônicos, para serem lidos de forma gratuita, na internet.

Será que alguém conseguiria mensurar o numero de acessos deste site? O sucesso de mídia que isso poderia gerar? Transformar, publicações esquecidas, em sebos, em ativos fixos, geerando receita indireta?

Caramba... Utopia talvez?

O fato é que as editoras, ou os artists precisam entender o poder de penetração dos scans... E usar isso de alguma forma. Tirar isso da clandestinidade e dar um propósito comercial, onde o autor ganhe, a editora ganhe e o público ganhe. Eu sei, mais utopia!

De qualquer forma Sidney, todas as vezes que uma porta se fecha, esse mercado onde eu quero trabalhar encolhe, e o mundo acaba parecendo menor. O que de certa forma, é esperado, mas ainda assim triste.

[]s

Soathman

Glauco disse...

Olá pessoal. Anos atrás eu comprei o final da série Preacher na Amazon. Não aguentava mais. O duro, na época, foi ler a justificativa do "dono" da Brainstore para a não publicação do final de Preacher. Naquele tempo ele disse que tinha caído da árvore e quebrado a perna em 3 lugares. Até aí nem discuto toda a dificuldade de trabalhar após um acidente desses. Mas será que foi só isso o motivo da Brainstore acabar???

Zerramos disse...

Infelizmente apenas se constatou,agora oficialmente,o que muitos já intuiam.Pena...gostava e gosto de Fábulas,100 Balas,Monstro do Pântano,e outros.Vou aguardar e torcer pela Panini embora não acredite muito e porisso mesmo já estou colecionando a recém lançada coleçào da Abril,Englishway.
Abraçus
Zerramos

Victor disse...

Cara, que merda dizer isso, mas eu sempre fui um pessimista, e meu pessimismo se confirmou.

Os leitores brasileiros preferem comprar a enésima aventura imbecil de seus super-heróis na grande saga "Guerra Infinita Secreta Crise de Invasão Final", do que comprar Promethea, DMZ, Fábulas e y.

Sem falar em outras ótimas coisas que a Vertigo tem publicado lá fora, como Scalped e Northlanders, e que não veremos por aqui.

Ficamos com aquele feijão arroz murrinha do mainstream Marvel e DC. Nesse cenário, nunca Umbrella Academy ou Criminal vão dar o ar da graça.

Parafraseando um conterrâneo meu: "Cada povo tem o quadrinho que merece, e o Bendis vem com tudo e com razão".

Me desculpem os excessos, mas é que a revolta é grande.

Lielson disse...

eu acho bom o rompimento, pois já tinha desencanado da Ediouro publicar qualquer coisa da vertigo/ABC/Wildstorm.

a Ediouro é completamente amadora no ramo de quadrinhos e se apoiava no Medauar, no Farastieri e no Odair. como eles foram saindo um a um, parece que levaram o rumo da Pixel com eles.

que vá tudo pra mão da devir, pois ainda que aos poucos, publica. ou pra essa Conrad reforçada.

reafirmo: acho a notícia uma verdadeira esperança pros fãs da vertigo. já pros fãs de Corto Maltese...

Zerramos disse...

Caro Victor, com todo respeito me desculpe mas nào posso concordar com a sua visào de que os leitores sào responsáveis pelos problemas da Pixel.
Já com relaçào à Umbrella Academy a Devir irá publicál-la.
Foque sua revolta nos maus diretores e administradors (?) da revista que talvez encontre os responsáveis.
Abraçus
zerramos

Marco disse...

O prejuízo não é desculpa pro cancelamento abrupto das revistas, pois não era de hoje que vinha acontecendo. Podiam ter planejado o cancelamento de forma a naõa deixar tantos títulos em aberto.
Haviam arcos que estavam a uma história de serem fechados. Não há desculpa, é falta de vergonha na cara, de profissionalismo e respeito ao leitor.
Não acho que ninguém deve ficar tomando prejuízo, mas acredito que poderiam ter imaginado os cancelamentos com um pouquinho só de planejamento e minimizado o prejuízo do idiota do leitor que ainda acredita nas editoras.

Victor disse...

Anyway, Zerramos, de antemão eu já pedi desculpas pelos excessos pq sei que pesei a mão.

Quanto à Devir, alguém sabe porque ela perdeu para a Pixel os direitos da ABC e Wildstorm? Foi porque não estava dando lucro ou porque a DC aceitou a proposta da Pixel por entender melhor? Isso esclareceria muita coisa.

Dmad disse...

Uma pena isso, mas um trecho me faz lembrar de uma coluna aqui do UHQ publicada semana passada, acho, sobre quadrinhos nacionais. Foi esse:

"Pedroso diz que quadrinhos continuam sendo uma fatia interessante do mercado. "Mas depende muito do produto a ser lançado", finaliza."Se o pensamento é esse entre as editoras é difícil que um autor nacional entre no jogo das HQs.

Anônimo disse...

Todo mundo tá esquecendo agora das reclamações que tinham para com a Devir na época em que publicava os materiais da Vertigo/Wildstorm/ABC:
- Preço
- Excesso de Gaussian Blur (piorou meu astigmatismo)
...

Achava estranho algumas atitudes da Pixel, comercialmente estranho. Tipo: encadernado de Promethea, Invisíveis, etc. São ótimos materiais, eu os comprei, mas imagino que não eram comercialmente viáveis... isso pra uma editora que estava quase sempre se queixando de baixas vendas...

Douglas

Amalio Damas disse...

O problema é que eles não tinham idéia do tamanho do mercado e mensuraram errado, uma coisa é o que a Devir considera lucro e outra coisa é o que a Ediouro considera. Lembram que a Abril desistiu até dos super-heróis, porque pra ela o lucro não era suficiente, mas para a Panini é. Além disso, como o Sidney mencionou a distribuição era muito ruim, a precificação era incorreta e eles ainda lançavam o encadernado logo após terem lançado a minissérie, tem cabimento? Aloow!! Aqui é o Brasil, terceiro mundo, o presidente é o Lula, não é o Obama!! http://aqueladocara.blogspot.com/

Sanchez disse...

Esse tipo de material não tem lugar em banca. Era para a editora ter concentrado esforços nas compilações para livraria.

Fiquei triste. Preacher eu já estava lendo mesmo em scan, assim como Y e outras coisas assim da Vertigo. Mas Promethea tem uma dignidade maior, é para ser lida em papel, e eu vou rezar para alguma editora retomar esse material logo.

Hiyuuga disse...

É muito chato, sério. Que pena.

Homero disse...

Depois reclamam da existência dos Scans, ou falam que eles é que detonam o mercado e blábláblá.
Francamente?
É gente que não entende de quadrinhos e pelo visto nem de marketing, só fazendo besteira.
Desculpem a irritação, ou se pareço fazer uma elegia a "ilegalidade" mas é que não dá! De novo coleção pela metade.
Que saco!

Sidney Gusman disse...

Fábio Negro, não é bem assim. Na época da entrevista com os editores da Pixel, deu pra valer que havia, sim, um plano de publicação.

O problema é que a Futuro não era dona sozinha do negócio. A Ediouro, uma gigante do mercado editorial, não tem a paciência que materiais como Vertigo necessitam para dar certo, com um lucro que não é, nem de longe, exorbitante.

A proposta, por exemplo, de lançar materiais Vertigo a preços mais em conta era bacana. Mas sem uma divulgação para atrair leitores que se interessem por temas diferentes da mesmice dos super-heróis, isso se esvaziou.

Não sei dizer, por exemplo, se houve divulgação das revistas Coquetel, que têm tiragens absurdas. Sei que tecnicamente são empresas distintas, mas creio que haveria essa possibilidade.

Alessandro Guarita disse...

Eu comecei a comprar o Sandman agora, pra eu e minha esposa ler. Sandman foi a única coisa que tive saco para ler inteiro na forma de scan e fiquei feliz quando soube que haveria uma nova publicação. Poderia reler no conforto da cama, sem a luz do monitor na cara.

Quando li a mensagem do Teste, acima, quase que fui contra o que ele tava falando (afinal de contas, cancelamento é cancelamento). Mas lembro que a Abril, quando cancelou a linha DC fechou todos os arcos abertos. Inclusive com a publicação da medonha Nossos Mundos em Guerra.

Puxa, gostaria muito de concluir Sandman :/

Edvaldo Santos disse...

Era também Pisa Brite no miolo da Pixel Magazine e Fábulas Pixel! E, por que não, na republicação de Sandman? Isso baratearia o preço tornando as publicações mais acessíveis... Seria uma possível solução? Bem, agora já era mesmo ;(

Samuel Kissemberg disse...

Eu era um fã da Pixel Magazine e, apesar do preço salgado, comprava e divulgava a revista entre os amigos.

Vamos torcer para que alguém se interesse em publicar o material da Vertigo, mesmo que seja a Panini. O importante é termos Vertigo no Brasil.

Abraços

Fabio Negro disse...

Sidão, pensa no retrospecto da Vertigo no Brasil:

quanto tempo mais pra fazer essa porra vingar?
Vertigo = fracasso.

Jesse Custer disse...

Eu sou um dos leitores que finalmente se encheu... li com uma certa satisfação contida o final de Preacher em Scan, no meu PSP, no ônibus, indo pro trabalho. Foi o primeiro Scan que eu li e, certamente, a experiência não chega nem perto de ler uma revista impressa. Mas é isso ou não ler, simples assim. Apesar de eu saber ler bem em inglês, prefiro mesmo ler tudo em português. Já baixei pelo menos uma centena deles que estão devidamente arquivados em meu computador, enquanto esperava a notícia derradeira... e infelizmente ela chegou...

Agora vou baixar todas as outras séries que estava acompanhando com gosto e sem peso na conciência. Fábulas, DMZ, 100 Balas... todas elas... depois de 13 anos lendo quadrinhos, já dá pra saber que o único tipo de publicação que ainda faz sucesso e que traz uma certa segurança para o comprador, são as HQs de heróis. A qualidade na maioria das vezes é duvidosa, mas a frequencia é garantida... resta agora tomar coragem de dar um passo além e parar de comprar todos estes títulos mensais de baixa qualidade e me focar nos materiais de qualidade... via scan, fazer o que...

Acho que este foi o golpe derradeiro no coração dos leitores de boas HQs... afinal quem se dará ao luxo de ainda se empolas se alguma nova editora anunciar que comprou os direitos de publicação de materiais Vertigo? Quem ainda vai se arriscar a começar uma nova coleção de álbuns caríssimos sem garantia nenhuma de que a série irá até o fim? Alguém ainda tem mesmo fé que esta situação ainda pode mudar?

Na minha opnião, para os leitores de quadrinhos, tempos negros estão se aproximando... na verdade, acho que eles já estão sobre nós...

Marco disse...

Antes que alguém ache que eu estaca me escondendo. A mensagem que aparece como do Teste lá em cima, sou eu. Tinha esquecido de preencher o campo do meu nome.

Abs.

MM

Edvaldo Santos disse...

Pisa Brite no miolo. Façam um retrospecto da Panini desde que ela entrou no mercado considerando formato, número de páginas, qualidade do papel, etc. Esta editora procurou adequar-se um pouco ao bolso do leitor... Longe de mim bancar o profeta, mas é engraçado o fato de eu ter dito, quando peguei o primeiro exemplar da Pixel Magazine, "não vai vingar..." Infelizmente, eu estava certo :(

Luiz Paulo disse...

eu fui um desses prejudicados....trabalho em banca de jornal e sei que as vendas da pixel não eram muito altas,mas havia leitores muito interessados nessas histórias assim como eu que agora estão à espera de uma editora que seja capaz de concluir essas séries

Luwig disse...

Já foi tarde... Já dizia um amigo meu, "malditos pára-quedistas".

Diego Dukão disse...

É uma pena. A pixel magazine era uma excelente revista e os encadernados da pixel eram os melhores! A falta que vai pesar mais pra mim são os do monstro do pantano =/ Eu tenho os da braistore, mas gostaria mt de ter os coloridos q a pixel tinha ficado de lançar. Acabou ficando só no primeiro volume mesmo. É uma pena.

E pensar que quando foi anunciado o contrato da pixel com a DC, a frase "com a pixel será bem melhor" ecoava em todos os fóruns de hq.

Acabamos ficando órfãos mais uma vez.

Mr. G disse...

caraca!! to deprimido agora!!!!

espero q panini ou devir, ou qq editora assuma isso e eu possa voltar a colecionar!! :( principlamente sandman!!

Franchico disse...

Como o Samuel lá em cima, eu não apenas comprava (no início, depois até passei a receber, por conta do meu trabalho como jornalista), mas divulgava, e de duas formas: para os amigos (a maioria já tinha parado de comprar HQ há tempos e estavam adorando tanto a PM quanto a FP) e leitores do jornal onde trabalho em Salvador, que por acaso, é o maior da cidade. Cheguei mesmo a fazer uma matéria de capa de caderno 2 em pleno domingo (dia da semana com maior tiragem), há mais ou menos um ano atrás, só sobre a Vertigo e os lançamentos da Pixel. Cheguei mesmo a entrevista o próprio Cassius Medauar na época - um longo e agradável papo por telefone, aliás. Ele pode confirmar tudo isso, pois enviei não apenas esse caderno pelo correio para ele, como todas as outras matérias e resenhas que fiz com os lançamentos da Pixel. Na verdade, tudo isso não era mais que minha obrigação, mas o fato é que eu me empenhei pessoalmente para a Vertigo / Pixel dar certo. Cumpri meus papéis de fã e jornalista. Como fã, fiz amigos que abandonaram os quadrinhos voltarem a se tornar compradores assíduos. Como jornalista, divulguei o máximo que pude. Infelizmente, só o que sobrou disso tudo foram (mais) algumas coleções incompletas e um gosto forte de desesperança da Vertigo dar certo algum dia no Brasil. De qualquer forma, deixo aqui um abraço ao Medauar por sempre ter atendido este jornalista nordestino com toda a presteza, condideração e gentileza que às vezes faltam a representantes de algumas editoras sulistas. (Sabe como é, quem precisa de um jornal baiano quando vc tem a Folha, o Estadão, o JB etc?)

Leonardo Pinheiro disse...

O fato é que depois dessa nenhuma editora brasileira, nem ninguém com conhecimento de causa, pode pensar em criticar os scans. Afinal, as próprias editoras se encarregam de empurrar os leitores para isso, atirando contra o próprio pé seguidas vezes.

Parece que agora as tentativas em formato revista se esgotaram. A Abril implodiu o material da Vertigo na época em que publicou uma revista homônima (1995/1996). A Metal Pesado, que virou Tudo em Quadrinhos, que virou Fractal, que virou Atitude Publicações, por fim virou pó, com sua falta de critério e sua distribuição errática (supostamente nacional...). A Brainstore e a Opera Graphica fracassaram na tentativa de segmentar o mercado. E a Ediouro, pelo visto, não conhece o mercado e é péssima de marketing, já tendo pisado na bola não apenas com material da Vertigo. É mais um belo desserviço à combalida indústria de HQ brasileira.

Na minha opinião, o que resta como opção, e olhe lá, é lançar mesmo os encadernados em livrarias, o que indiscutivelmente vai dar menos retorno do que antes, por conta da falta de confiança do leitor e da crise ecônomica. Ou seja, tiragens menores e, por conseqüência, preços maiores.

Resumo da ópera: ninguém tem competência para lançar Vertigo em banca e se lançar ninguém compra, porque não se confia mais nas editoras. E se voltar às livrarias virá com preços altíssimos. Enquanto isso, dá-lhe importados! Dá-lhe scans!

Marcelo Cruz disse...

Se lançar encadernado nas livrarias eu compro, o que é muito melhor que ficar comprando aquelas revistas-mix nas bancas...

Encadernado pelo menoas agente sabe que tem sempre arcos fechados de histórias.

Sanchez disse...

Eu comprei os encadernados da Promethea e dos Invisíveis. Prefiro comprar assim.Acaba saindo o mesmo preço que saía comprando o volume total em bancas.
Quando começou a sair coisas da Vertigo em banca, eu desconfiei, disse pra mim mesmo que não ia durar como nenhuma das outras experiências havia durado, então não comprei para não ter 3 números de uma coleção sem fim. Eu não acredito em um material diferenciado para as bancas se não houver um trabalho bem forte de marketing, um trabalho que fosse direcionado não só para os leitores comuns de quadrinhos, mas para os leitores em geral. Eu sempre imaginei que um título como Preacher era para agradar um grande público, tal e qual os títulos da Bonelli se sustentam tanto tempo em bancas, com leitores que não são o target entendido como leitores de hq.

Anônimo disse...

O negócio é a Panini pegar este material e lançar nas livrarias, mesmo que com um papel de miolo mais porcaria, aliás, 100 Balas é encadernado nos EUA com o mesmo papel do gibi avulso.

Sanchez disse...

Eu sou muito a favor de papel fuleiro e formato menor. Seria lindo uma revista chamada Vertigo com o mesmo formato e número de páginas da Tex, com um mix fodidaço de Preacher, Y, Fábulas,100 balas Transmetropolitan e várias outras! Para os colecionadores, fazia-se as ediçoes para livraria, já em papel bom e tamanho original.
O mangá se faz é com revistas mix de 300 páginas em preto e branco e papel fuleiro. A Marvel e a DC se consolidaram no Brasil graças aos formatinhos em papel fosco da Abril. Aí a descilpa do preço não seria mais utilizada para o fracasso da venda de quadrinhos no Brasil.

Jorge Gustavo disse...

Mas é isto que não entendo - eu, quando senti o cheiro da falência da Pixel - procurei me concentrar somente nos encadernados Vertigo importados e, com raras exceções, o papel é o mesmo utilizado pela Panini.

...agora e daí? Qual o problema? Quiçá a Panini se interesse e passe a publicar estes títulos - do jeito dela, mas dane-se, o importante é publicar.

Glauco disse...

Desculpe a msg. Mas acho que todos os leitores ficaram com "Cara-de-Cú" ao receber a notícia.

Franchico disse...

E sujo, Glauco. Bem sujo.

SANDRO SANTOS DE ALMEIDA disse...

Amigos, não sou muito de ler Scans, mas não vai ter jeito. Preacher, pelo jeito, só assim vou conseguir. E mais uma coleção que vai pro saco... Fazer o quê????

Manuel disse...

O pessoal reclama tanto de revista mix, mas na real, é o que funciona no Brasil, por que barateia o custo final, se encadernado vendesse tão bem assim não tinha um monte deles encalhados em qualquer grande livraria ou comicshop, ai dá-lhe Festcomics para desovar, o custo em mix é mais diluido e possibilita alcançar mais leitores. Ate na Europa os quadrinhos Marvel e DC saem em revistas mix, e o da PM e da FP eram bem selecionados. Encadernado é lindo, mas não é a nossa realidade, afinal, 45 reais (em média), por um encadernado, não é pra qualquer um, e viva os scans, fazer o que...

Hunter disse...

Mas Europa por Europa as séries Vertigo também não vendem bem por lá, mesmo na França onde se vende MUITO mais quadrinhos que nos EUA!

O problema não é o formato (embora eu duvide que material mais sofisticado possa sobreviver em banca - e até hoje não vi provam em contrário), é o material. Vertigo, com raras exceções, não vende bem nem nos EUA! Wildstorm ainda menos.

O chato é que a Pixel ESTAVA publicando material legal antes de se afundar. O que vai acontecer com Corto Maltese?

Hunter (Pedro Bouça)

Jorge Gustavo disse...

Hunter, pode até ser que não venda tanto qto os títulos convencionais, mas que Vertigo vende, vende, pois cada vez mais há mais títulos disponíveis...

Charles disse...

Pena! Tinha muito material bom por publicar.

Só espero que continuem com o corto maltese. Os títulos vertigo vou começar a importar.

Ao menos a Conrad tá de volta, com o melhor catálogo do mercado. To no aguardo de Sanctuary, ô série foda!

raph disse...

Uma pena. Fábulas era talvez a melhor revista do mercado de quadrinhos atualmente :(

Sidney Gusman disse...

Palpite: Corto Maltese não sai mais.

Abraço

Victor disse...

porque você diz isso, Sidão?

não vendia bem??? você acha que nenhuma editora vai continuar o que a Pixel já lançou?

explique melhor esse seu palpite, plis?

Rodrigo Ramos disse...

Hahahahaha!!! Eu queria muito ver agora a cara do cordão de puxa-sacos que vinham com todas as pedras nas mãos quando alguém entrava naquele malfadado blog da Pixel pra fazer qualquer crítica que fosse à posição da "editora" no mercado!

Que palhaçada!!! Aí! Quem quer comprar um Saga do Monstro do Pântano volume 1???

E laiá!!!

Rodrigo Ramos disse...

Vertigo no Brasil morreu! Nenhuma editora lançaria isso num formato barato e acessível a muitos. E as que lançarem no formato para poucos o fará com os leitores com os dois pés atrás!

Uma notícia pra se lamentar!

Victor disse...

Em tempo, o Victor aí em cima, que pergunto ao Sidão sobre o Corto, não é esse que vos fala. ;-)

André disse...

faltou gente com diploma de administração pra morder a bunda do pessoal da Pixel. [2] -- isso vale para TANTA editora nesse país que chega a ser ridículo...

Parece mesmo que o futuro da Vertigo no Brasil é via Amazon [2].

O frete dá para encarar, não tem imposto e na maioria das vezes sai bem mais barato do que comprar encadernado nacional - e sem erros de tradução.

Sidney Gusman disse...

Victor, HQ europeia não costuma vender bem. Mesmo Corto sendo um clássico de qualidade inquestionável, as vendas estavam longe do que a Ediouro queria.

De todo modo, torço para outra editora continuar a obra. Sou muito fã do personagem.

Ivan Linares disse...

Um problema que vejo é o de ter que relançar uma coleção desde o primeiro número para o público que não conhece uma certa série.

Vejam o "Preacher" (de que particularmente não gosto muito), "Starman" e "Os Invisíveis": quem queria terminar de ler a série tinha que esperar tooodo o início ser relançado pra continuar de onde haviam parado. Não compram o relançamento do início, e com razão, mas a editora não ganha dinheiro e não lança a aguardada continuação.

Como resolver esse problema? Será que lançamentos simultâneos (do início para novatos; de onde a outra editora parou para veteranos) resolveria?

Grimm disse...

Preacher em português já tem há tempos na rede.
Tinha parado com as hqs quando descobri a volta do Constantine na Vertigo, depois começou Preacher e a editora para a 6 edições do final?
Isso que é fazer de bobo, nem vem com explicações comerciais, não cola. Com algum esforço conseguiriam vender o final nem que fosse um encadernado com preço lá na casa do chapéu, algo como a Cluq faz com os “Ken Parker”.
A sim, notaram que a diagramação da Preacher é perfeita pro CDisplay?

Também não diria que a Vertigo morreu no Brasil.
Se tiver uma série "não super-herói" que sempre terá chance aqui é esta. Mas acho que editoras futuras deviam relançar as séries de onde pararam e não recomeçar do zero.

Carlos Maximiliano disse...

Sidney,
Corto Maltese é um clássico, mas é um clássico que está longe de ser popular e não ter apelo comercial nenhum.
Que tal pegar os catálogos das grandes editoras franceses e procurar alguma coisa com um bom roteiro e boa arte, mas que um leitor comum possa entender e se divertir lendo? Chega de material hermético, pretensioso, metido a besta ou outros adjetivos semelhantes. Por que mangá vende bem? Porque, na imensa maioria, ninguém precisa falar um esforço fantástico para entender e porque distrai. O leitor comum quer é isso: distração, prazer.

Eduardo Roque disse...

Duvido muito q qualquer editora siga a sugestão d lançar simultaneamente qualquer série do início e do ponto onde a casa anterior parou. O + provável é lançar d onde parou e quem quiser q corra atrás por q é material relativamente recente.

Mas q é engraçado o pessoal sugerindo a volta da Vertigo p/"enfiadora d faca" q é a Devir, isso é. Sinal d desespero...

faoliveira disse...

Putz =/...imaginei que isso iria acontecer, realmente espero que a Conrad pegue a liçensa de Sandman para re-imprensão, e fico no aguardo para alguma editora pelo menos lançar 100 Balas e Fábulas, em encadernados, para ser mais rápido.

Rodrigo Ramos disse...

Eu torcia pra Panini. Mas eles aparentemente não se interessam. A vantagem deles seria ter mais materiais pra manter as contas da empresa. Focar só em Vertigo é arriscado, mas o problema é que tomaram como exemplo esse bando de pé-de-porco de editorinha que não sabe trabalhar.

Chega de reiniciar! Chega!!! Vamos partir de onde parou! Vamos fazer revista com 50pg e papel jornal mesmo... bota introdução, material de apoio pra quem tá entrando agora e pronto! Não... isso dá muito trabalho!