06 fevereiro 2008

Meu ano sem DC

2007 foi um ano bem corrido para mim. Tive certas mudanças no emprego e em outras áreas da vida que, muitas vezes por bons motivos, tomaram meu tempo livre para ler quadrinhos. Dessa forma, para continuar a produção de resenhas do UHQ, alguma coisa tinha que ser sacrificada e a escolha óbvia foi a DC.

Por mais que estivessem acontecendo muitas coisas legais no Universo DC, eu não estava resenhando nenhum título fixo da editora e, portanto, não tinha compromisso de manter a leitura mais ou menos em dia, como faço com a Marvel.

Então, fui comprando e estocando as revistas, muitas vezes com certa tristeza, pois ouvia o pessoal falando bem desta ou daquela fase do Superman ou do Batman.

É claro que fiquei curioso, tanto que, sempre que dá, leio alguma coisa da pilha (hoje estou no momento em que começa o Um ano Depois, logo após a Crise Infinita). Mas o outro motivo de optar por deixar a DC de lado é que sempre fui fã da Marvel.

Talvez algumas pessoas que leiam minhas resenhas questionem isso às vezes, mas é verdade. Comecei a ler super-heróis com o Homem-Aranha. Depois de um tempo, expandi para todo o Universo Marvel e virei fã incondicional dessas revistas, tanto que as acompanho fielmente até hoje.

Enquanto isso, a DC entrou na minha vida muito mais tarde, quando pude começar a ler de tudo e conhecer muito mais das HQs do que apenas os super-heróis.

Dessa forma, como fã dos personagens da editora, você deve imaginar como é triste ler as revistas mês a mês e encontrar tantas histórias ruins. Pior ainda quando elas são dos personagens que mais gosto. Afinal, seria muito fanatismo ou até masoquismo da minha parte insistir em leituras que não curto, principalmente com a infinidade de possibilidades que temos por aí.

Eu gosto de super-heróis, adoro a Marvel e me divirto muito com os meus gibis. Contudo, na hora que se tem que fazer uma resenha sobre eles, não dá para ignorar furos no roteiro, tramas forçadas ou falta de ritmo. Não tem como elogiar desenhos que não conseguem se expressar ou aqueles que dez mil artistas diferentes estão por aí fazendo iguaizinhos.

Nem mesmo dá para deixar de lado um comentário sobre um trabalho editorial fraco que escreve “cedo” com s, não respeita concordâncias e conjugações e passa por cima de falhas como balões escritos “traduzir” ou letreiros que substituem caracteres por retângulos.

Uma coisa é gostar, se divertir, outra é a revista te dar elementos suficientes para escrever uma crítica imparcial. Ou, pelo menos, não ter falhas em demasia que te levam a, na hora de tentar mensurar uma nota numérica, ser obrigado a ir descontando meio ponto aqui ou ali.

8 comentários:

Bruno Sanchez disse...

Zé, não existe "crítica imparcial".
São termos contraditórios.

A partir do momento em que você se pré-dispõe a escrever uma resenha ou um texto sobre alguma coisa, você já está dando sua opinião e - portanto - sendo parcial.

Ser imparcial neste caso, seria fornecer apenas a descrição técnica de cada título.

Amalio Damas disse...

Zé, eu já fui mais radical, depois que soube do que acontecerá com o Homem-Aranha, vendi todos os meus gibis mix mensais, ou troquei por álbuns que eu ainda não tinha. De agora em diante, só vou comprar minisséries ou encadernados de fases interessantes. O Nasi exemplificou perfeitamente o que é o Universo Marvel, uma grande história que vem sendo contada desde 1961. Olhando por essa perspectiva, de agora em diante, vou ler apenas as partes mais interessantes desta história. E da DC também.

Unknown disse...

Sei lá... sou brasileiro e não desisto nunca! rs

Amalio Damas disse...

É eu também não desisti por completo, só diminui a conta do jornaleiro...consideravelmente!hehe!

Unknown disse...

e como será que ele vai manter o filho na faculdade agora? Será que ele vai culpar nossas resenhas? rsrs

Amalio Damas disse...

Como é que você adivinhou? O dono da banca tem um restaurante aqui na Unifran, que ele cuida, e o filho cuida da banca, este ano ele está fazendo o último ano de Ed. Física, hehe!!

Unknown disse...

Zé, eu não aguentei e desisti da Marvel.

Tb comecei a ler com a marvel e logo passei a ler DC tb e nunca mais larguei os dois, mas há uns 5 ou 6 anos cansei, a DC ainda leva meu dinheiro, mas a marcel raramente, pois sempre que compro algo me decepciono.

Tentei ler um gibi do aranha e quase chorei. Li guerra civil e o final foi pra lá de sofrivel.

Só vou ler coisas indicadas e com bons reviews aqui no UHQ, como Supremos, por exemplo.

É triste, mas fazer o que? tem muita coisa boa sendo publicada por aí, cansei de ler coisas ruins e ridiculas, como o que fizeram com o aranha agora.

abraços,

Cassius

Anônimo disse...

A única coisa que leio dos quadrinhos americanos hoje em dia é o título Daredevil, graças a Brian Bendis e também ao Ed Brubaker! Talvez eu acompanhe o novo título do Immortal Iron Fist do Brubaker e Justice Society of America do Geoff Johns que saiu na Universo DC #8. No mais, eu acho que os quadrinhos estão lamentáveis, e não dá pra comprar 5 ou 6 revistas mix só pra acompanhar um título que goste, por exemplo, não colecionaria Novos vingadores só pelo Capitão América do Ed Brubaker que é excelente, prefiro adquirir um "Omnibus"!