22 julho 2009

Super-heróis a peso de ouro!

Este é o Miller que eu conheço!Após verificar os preços de alguns lançamentos de quadrinhos na linha de super-heróis, confesso: tomei um susto.

O susto foi tal que escrevi uma rápida matéria sobre o assunto.

Para conferir, é só clicar aqui.

E você, leitor, compra todas HQs que encontra em bancas e livrarias?

Em caso positivo, ganhou na loteria?

Gostaria de comprar, mas "está difícil"?

Desistiu?

Comente, comente!

44 comentários:

Luciano Komorizono disse...

Caro Naranjo.
Outro dia eu comprei uma edição dos X-MEN e mais uma edição do Homem Aranha e tudo isso por R$13,00. Francamente, os preços estão muito altos e mais tarde, pesou no meu bolso, mas não dá pra viver sem ler quadrinhos. Outro absurdo foi Watchmen a $ 120 $, fora que eu queria a edição epecial do Demolidor desenhada pelo Romita Jr. mas mudei de ideia, fiquei querendo mesmo....a brincadeira iria me custar mais de $50$. Não queria q fosse assim tão caro (Ninguem quer PÔ!)...fora q já mudaram a qualidade do papel, e isso sempre vira desculpa...hj o preço está tão caro quanto no começo...Dificil...muito dificil mesmo

Kacius disse...

E as revistas a R$7, 50 como Marvel Action, que eles incluem umas páginas a mais e aí fica R$ 8,50 e não avisam nem nada. pô nem umas páginas de brinde pro leitor assíduo? Sou professor e não consigo comprar nem um terõ do que gostaria, edições de luxo ficam só na vontade...

Calouro disse...

Bom, quando eu era moleque, eu trocava as figurinhas repetidas de álbuns por gibis. Depois trocava três gibis por um, com um velho ladrão que fazia rolo na frente da escola.
Hoje, "uma criança com dinheiro no bolso", como diz minha esposa, compro esses álbuns de luxo capa dura. Afinal, eles foram feitos para nós, da velha guarda. Puro fetiche.
Agora, se o mercado se basear só em lançamento de livraria, a nova geração vai largar mesmo as HQ e elas vão definitivamente para o setor de livros de artes que a maioria dos mortais só folheia).
Gibi deixou de ser popular a muito tempo, ficou elitista... Ops, esqueci:gibi não! Tem que chamar de HQ!Quando chamarem só de comics é por que o troço morreu mesmo.

Charles disse...

Essa do Homem Sem Medo foi um golpe duro! Menos paginas que Demônio da Guarda, custando quase o dobro! Mais revoltante é que lançaram há uns dois meses a edição Eu, Wolverine, em formato semelhante, custando R$ 26,90.

Quanto ao Wachtmen, creio que foi o tratamento mais justo que a panini poderia dar. Convenhamos, um album capa dura, todo colorido, daquele tamanho é caro, compare com outros livros. Todavia, a Panini lançou uma edição econômica favorecendo o acesso a obra. Gostaria que fosse mais barato (por isso que só compro em promoções - preço de capa, nunca) mas pela primeira vez houve uma opção entre ler a obra ou colecionar. Diferente de Batman, Cavaleiro das Trevas ou Supremos, onde ambos eram luxuosos, e caros, só mudava a capa dura, ou outros que só tem a opção mais cara, batman preto e branco, O longo dia das Bruxas, LJA de Grant Morrison, O Homem Sem Medo... e por ai vai lista de lançamentos luxuosos exclusivos em capa dura.

Os melhores compilados que lançaram até agora tem sido a linha "Os Maiores Clássicos de...", o TPB Surpreendetes X-Men e Demonio da Guarda

Irônico que a Panini tenha acertado e errado tanto numa vez só: O Demônio da Guarda: saga completada, qualidade e preço balanceado.
E O Homem sem Medo: Qualidade altíssima, com preço absurdo.

Mas pior, eu acho, é quando a editora se propoe a fazer uma Edição definitiva e lança albuns fragmentados.

Sim estou falando de Starman que saiu com metade das paginas da versao asbolute americana. Acharia dificil que eles publicassem as 6 edições absolutas em 6 anos, mas alguem acredita que lançarão 12 edições daquele porte, em um ritmo semelhante ou mais ágil? Olha, nem a pau que eles publicarão mais de uma edição por ano de Starman. E não vão manter uma série dessas por 12 anos, por que se não sai mais de uma anualmente, é porque não vende.

Ficamos assim com impressos de excelente qualidade, com histórias incompletas. Ou seja, se vão lançar em forma definitiva, que seja tudo de uma vez, pois quanto amior o prazo pra obra ficar pronta, menos confiança os leitores terão de que ela se completará e menores serão as vendas.

E alguém pode me explicar porque Matrix e Heroes precisam ser tão luxuosos? Ou porque a linha de clássicos da DC agora é toda (re)publicada dessa forma? Olha o quanto se tem que abrir só pra ler meia dúzia de histórias do Batman de Neal Adams!

liber disse...

Quadrinho virou coisa de elite. Público pra esses álbuns de luxo com certeza existe ou a Panini não investiria na área.
Agora, discordo que seja uma crise os quadrinhos estarem migrando das bancas para as livrarias. Acho que é um processo natural.
E a migração dos quadrinhos para a internet também pode ser consequencia desses preços. Pra quem curte quadrinhos e não tem grana, os scans ilegais acabam tornando-se opção.
No que tudo isso vai dar?

Guilherme Veneziani disse...

Ótimo atigo. Foi a mesma reação que eu tive quando vi este anúncio.

Algumas dessas edições especiais eu só compro em promoções de lojas on-line e físicas (quando compro).

E a maior parte compro na Amazon, que além de ajudar a manter o inglês em dia, o preço, mesmo com frete, compensa mais do que as publicações de luxo daqui, sem contar na certeza de que uma edição seriada vai sair até o fim (vide Starman), assim como dá para ler coisas que nunca terminam (ou não vem) por aqui (Preacher, Fábulas, Powers, Sleeper, etc.)

E quem não teve a oportunidade, ou condições de ter uma fluência na leitura do inglês? Faz o que? Realmente não dá pra comprar tudo que sai. E não sei se algumas histórias valem o luxo, mesmo. A morte do Superman é apostar na nostalgia do fãs da época que hoje tem mais condições de bancar uma edição destas.

Outra pergunta que não sei se tem resposta: Uma história como a do Questão só sai em formato luxo, porque a tiragem é pequena, e porque pouca gente vai comprar, logo só assim ela "se banca" fora de banca? (desculpem a infâmia, não resisti)

Agora, é claro que se publicações como essas saem por este preço é porque alguém compra, afinal não acredito que uma editora lance um produto sem ao menos fazer uma pequena pesquisa, ou estudo, de mercado, não é mesmo? :-)

Fábio "Pézao" disse...

Está bem dificil a situação das HQ's no Brasil, e o Preço é o maior empecilio.
De meus 11 a 15 anos era um colecionador fanatico, mas em certo momento as HQ's começaram a custas R$ 6,90 e a situação se tornou insustentavel e parei de comprar HQ's todo mês.
Mas como fã não consegui ficar longe e hoje só compro as edições encadernadas com arcos completos para poder ter o que ler e não me desatualizar desse universo que tanto amo.
Ai que também entramos em uma situação dificil, se compro um ou dois alguns de histórias completas por mês o meu gasto acaba sendo de NO MINIMO R$50,00, um preço que é bem salgado para um jovem de 18, meu caso, mas pode não ser tanto para um homem de mais de 30 anos com um emprego fixo.
Com isso deixando os albuns restritos ao nixo de pessoas mais endinheiradas e excluindo das massas.

Samuel Rodrigues disse...

gasto em torno de R$ 30,00 por mês... sem contar aquelas possíveis edições especiais ou os encadernados de vez em quando. como eu digo, quando me pedem porque gasto tanto, "são meus cigarros". mas corro o risco de sofrer de abstinência, logo logo.

Marcus Vinícius disse...

Junho foi o último mês que comprei minhas revistas. Colecionava desde 1987, já cheguei a comprar cerca de 500 títulos por ano - meados dos anos 90 - e já cheguei ao absurdo de comprar a mesma revista só porque tinham as capas diferentes.

Somado ao fato que estou desempregado - tenho 38 anos, 2 filhos - não pude continuar com a coleção. Gostaria de poder ter assinado os pacotes da Panini, mas 15% de desconto não é atrativo. Soma-se ao fato a falta de cuidado da embalagem e da entrega, pois as revistas podem chegar amassadas, por exemplo.

Ainda mantenho a assinatura da Turma da Mônica para meus filhos até Março de 2012.

Agora já era, mas tentarei comprar as edições especiais de luxo com algumas histórias clássicas, como é o caso da Morte do Super. Mas aposto que no banca2000 será muito mais barato que na Comix, onde já fui mal tratado numa compra online e solicitei o cancelamento de cadastro e da compra.

Anônimo disse...

Se você achar uma revista do superman por menos de 5 reais hoje me avise =/

Por isso que eu sou presença frequente nos sebos :D

Sempre quis ter A Morte do Superman, agora comofas? =/

Rogério Fernandes disse...

Olá Naranjo,

Muito bons os comentários. Apenas uma reflexão que me ocorreu agora. Qual o perfil de leitores de quadrinhos hoje? Certamente não são os mesmos de "meados dos anos 70", quando podia-se comprar com o dinheiro da merenda uma porção de revistinhas. O público, a julgar pelos comentários feitos a seu artigo, são de pessoas mais velhas. As crianças ainda compram revistinhas com o dinheiro do lanche. Só que essas revistinhas são do Mauricio de Souza, Mangás etc, etc. O que estou querendo dizer é: Super Herois e derivados, só para os maiores de 18. Que supostamente já não tem mais que se contentar com o dinheiro do lanche.
Podemos "supostamente" adquirir produtos mais bem acabados.
Claro, é só especulação. No entanto, o fato de a PANINI publicar A morte de Superman (no nosso tempo era Super-Homem, lembra?)é para agradar saudosistas que vêem nessa fraca história um clássico de sua infância.
Resumindo e ampliando um pouco. O mercado de quadrinhos nunca esteve tão bom. Diversidade, qualidade e, aqui e ali, uma obra-prima chegando para nós. Claro que as vezes vejo uma editora meio picareta, que enfia a faca sem motivo algum. Mas são casos isolados. Hoje não tem guri de 10 anos sonhando com a nova saga da DC e da Marvel. Sinto que não há renovação. O guri sonha com o novo Naruto ou equivalentes. Pagamos caro por nossos luxos...e só nos resta reclamar e economizar, não o dinheiro do lanche, mas o do almoço...sinal dos tempos.

Daniel Oliveira disse...

Em 88, quando comprei meu primeiro quadrinho (batman, ano dois), minha mãe simplesmente me deu algumas moedas e disse:
_Toma filho, compre algo que goste!
Vcs podem imaginar essa cena hj? No mínimo, uma mãe teria que sacar dez paus para que o filho compre não o que goste, "mas o que o dinheiro der"...
outro absurdo: quando se tenata vender estas raridades, os donos do sebo chegam a oferecer apenas 25 centavos por formatinho!!!
ou seja, alem de gastar os tubos, ao deixar a banca elas simplesmente passam a valer nada!
ainda lembro quando o que havia de mais caro era a revista do conan colorida...
ah, e para aproveitar, vivo na abstinencia por não poder matar meu vício, mas como temos muitos spolleirs, é possível evitar comprar gato por lebre e nos concentrarmos no que realmente vale a pena...

suor frio do jack disse...

Lembro de ler uma matéria do Sidney Gusman na Wizard falando sobre o mesmo tema. Os quadrinhos não podem sair das bancas e ir para as livrarias. Parece que as HQs se tornaram alguma coisa de nicho, inacessível para todos os públicos. Hoje não existe uma pessoa que não seja habituada em comprar gibis desembolsando 10 paus por uma história mais ou menos. Infelizmente é isso o que temos hoje. Depois de alguns anos comprei um gibi do Batman, e tirando as duas histórias do mesmo escritas por Grant Morrison, o resto era de se jogar no lixo. Pagar R$6,90 para se ler duas histórias boas é muito. Sem contar que estava comprando Vagabond e Dragon Ball em edição definitiva e duvido muito que os dois títulos continuem por causa de uma editora que não liga muito para os consumidores (leia-se Conrad). Essa editora cobrava um preço razoável pelos volumes de luxo, mas não tem compromisso nenhum em terminar as histórias deixando os leitores na mão. Ainda por cima ganhou o prêmio de editora do ano várias vezes (Quem decide isso?). Era totalmente contra scans, mas em vista de que nunca vou poder ler Sandman a menos que fique milionário, vou ter que baixar. Ainda bem que existem os sebos, onde se pode encontrar material de boa qualidade por peços módicos. Para comprar, tem que saber onde procurar primeiro.

Pedro disse...

Olha, por mim eu compraria vários títulos da DC por mês. Ainda que a qualidade esteja baixa e até meu tempo esteja curto, sempre me diverte muito ler uma hq de super-herói.

Há algum tempo atrás, comprava vários títulos: 52, 7 Soldados da Vitória, Justiça (esses três limitados), Novos Titãs, Universo DC, Batman, Batman Extra. Era um gasto pesado no fim do mês, mas me divertia. Até que não só os preços aumentaram como eu comecei a me sentir enganado pelas histórias, cada vez mais ralas. Tá certo que desses títulos a maioria acabou ou foi cancelada, mas hoje nem Batman eu compro na banca: espero chegar em algum sebo da minha cidade.

É triste constatar que, por mim, eu leria com frequência Superman, LJA, Lanterna Verde e etc mas não o faço por conta dos preços salgados. O que resta é baixar os scans de histórias importantes e aproveitar no pc mesmo.
Por sinal, os scans também são a única saída, no Brasil, para se ler bons quadrinhos da Wildstorm ou Vertigo, já que a publicação aqui nunca se resolve... Infelizmente, um consumidor em potencial como eu, que com certeza quer ter títulos como Ex Machina, Planetary e Fábulas em suas prateleiras fica bastante na mão.

Unknown disse...

O engraçado é que teoricamente, os materiais gráficos que cercam a fabricação de uma Hq ficaram mais baratos... Então de onde veio todo esse valor que foi agregado?

Pedro disse...

Eu acho que a julgar pelo custo gráfico e falta de publicidade nas HQs, a Panini mantem um bom preço, o caso é que as pessoas perderam mesmo o poder de compra ao longo dos anos. Um onibus a 2.30 em são paulo é que é um absurdo pra quem nao está em uma rede de proteção social e muita gente nao esta.
Nada contra capa dura desde que saibam o que estão fazendo. Aquele piada mortal da Panini ficou uma MERDA das bem BOSTA.

Asgardiano disse...

Sou um maldito viciado. Pior, compro e passo um tempão para ler. Como meu trabalho é muito dinâmico e sem horário, só consigo ler quadrinhos quando estou com a cabeça preparada para isso (isto é, quase nunca). Também comecei a perceber que eu leio, mas me esqueço do que li. Pequenos fatos, minúncias na arte ou roteiro, logo por mim são esquecidos. Então se Ororo passou sua lua de mel no Quênia, Latveria ou Bora bora, eu, fatalmente, já esqueci. Mas me lembro que ela casou.
Mas quadrinhos ainda me divertem. Compro vários mixes, mas não leio todas as histórias. Deadpool faz séculos que não leio em wolverine, assim como o Quarteto Fantástico Ultimate.
Quadrinhos andam caros, mas pago com gosto as revistas mensais, pois a qualidade do material (impressão, papel e acabamento)é o esperado por mim. Mas eu tb viveria numa boa se as sagas fossem lançados encadernados como os de Surpreendentes X-Men vol 1 (e aproveito pra perguntar: quando sai o 2?). Fatalmente compro a revista e tb compro o encadernado. Vício puro.Aproveito pra fazer campanha e dizer que quero ver Mulher-Maravilha vol 2 e Titãs: Contrato de Judas

Rodrigo Ramos disse...

Público pra esse preço eu acho que não existe não. A Panini e outras editoras lançam tudo a este preço pois sabem que uma parte vai comprar e a outra vai esperar baixar o valor. E todos nós sabemos a dedicação das editoras a pesquisas, estudos e etc.: ZERO!

Eles apostam nos leitores mais velhos já que não existe mais renovação. Os leitores que compravam revistas com o troco da padaria agora trabalham e podem gastar com isso. Será? Alguém está entendendo tudo errado! Num país onde a maioria da população não ganha um salário mínimo, vender uma revista, um supérfluo, por valor equivalente a 1/4 deste mesmo salário chega a ser uma piada de mau-gosto!
Este mês comprarei só DDC-LV, já que mês passado cortei Star Wars e Liga da Justiça. E estes encadernados? Tá brincando???

Rodrigo Ramos disse...

Sem dizer que tem aquela clássica atitude de empresário brasileiro: Tá vendendo pouco? Aumenta o preço!

Cara! Tem atitude mais idiota do que isso? Alguém consegue aumentar as vendas fazendo isso? Eu só vejo elas diminuirem e ao invés de uma abordagem nova, uma atitude séria, eles aumentam os preços!!! Suicídio empresarial!

Só que também não adianta ficarmos aqui choramingando. Eu parei. Quem dita o preço do mercado é o público. O comprador e não quem vende.

Marcelo Naranjo disse...

A todos: ótimos comentários, meus caros, valeu e obrigado pela presença!!!
Luciano: é como você colocou, está cada vez mais complicado gastar tanto.
Kacius: acho que todos "passamos vontade"!
Calouro: triste realidade, né?
Charles: boas colocações, é isso mesmo.
Liber: vamos aguardar o que o futuro reserva.
Guilherme: pesquisa não há, pode crer. E eu abri mão de HQs em inglês há um bom tempo. Talvez seja hora de voltar.
Fábio: colecionar virou mesmo um hábito dos mais caros. Triste.
Sam: cuidado pro hábito não virar vício!!
Marcus: É isso mesmo, temos que nos adequar ao bolso, fazer o quê.
Camileite: sem dúvida, promoções e revistas de segunda mão ajudam.
Rogério: concordo, há pouca renovação. E nós não largamos o osso! :-)
Daniel: uma das opções é essa, selecionar.
Suor frio: ficar com títulos em aberto, sem saber o final, realmente é triste - e revoltante.
Pedro: Vertigo e Wildstorm viraram caso de novela. É triste. Mas não me adapto a ler no computador.
Helton: boa pergunta!
Pedro 2: Tudo está caro, mesmo.
Uchoinha: também não guardo esses detalhes, não. Outro dia me falaram que o Thor tinha voltado. E eu perguntei "voltado de onde", se eu nem sabia que ele tinha ido.
Rodrigo: Pois é, e dá impressão de um beco sem saída, não?

Amalio Damas disse...

Concordo que está tudo caro, mas é o mercado. O que eu mais me arrependo é de não ter abandonado as mensais antes (só parei em 2008) porque deixei de comprar muita coisa boa por causa do vício. Mas agora, livre da dependência, estou mais seletivo.

Zambi disse...

Aqui, no Brasil, acho que sofremos o relexo da falta de bom senso das editoras. Pensam que basta repassar todo o valor da importação, impressão e lucro líquido pra nós, leitores. Só que não estamos nadando em dinheiro como o Tio Patinhas pra comprar tudo o que aparece. Eu não compro mais nem os da banca, porque o custo/benefício já não rende(a qualidade das histórias de herói decaiu a ponto de não mais me interessar). Acho que esta é uma das causas nas quedas de vendas, além do valor. Essa carência de histórias boas e que fiquem na memória de quem leu já se prolongou demais.

Yuri disse...

Realmente, o preço de álbuns de HQs estão proibitivos. Edições como Starman a R$ 62,00 só em promoção (por falar nisso, no Submarino está R$ 19,90, já comprei o meu). E olha que sou servidor público e ganho relativamente bem. Porém, da maneira que está, somos obrigados a escolher. Quadrinhos mensais já abandonei faz tempo, em parte por causa do preço, em parte pela qualidade do mix. Prefiro esperar o encadernando de alguma saga realmente boa (e nunca sabemos quando e se sairá).

Naranjo, gostaria de sugerir uma pauta para uma matéria (e que acaba tendo a ver com a questão do preço das revistas): A questão das revistas Mix. Diferente do que acontece em outros países, no Brasil é prática comum (exceto nos tempos da Globo, com a Image) as revistas Mix (acredito que para baratear o preço). Porém, acredito que essa atitude pode afastar leitores. Eu mesmo, como já mencionei, parei de comprar mixes. Era muito comum pagar um preço muito caro pra ler apenas uma história, ex.: X-men extra, que eu só lia por causa dos mutantes do Milligan, ou os X-men do Whedon, ou Marvel Max pelo Justiceiro do Ennis etc etc... Assim, no final das contas, para um leitor menos colecionador e mais interessado na qualidade, o mix acaba encarecendo o preço para ler uma história. Um exemplo: preferia pagar, sei lá, R$ 4,00 para ler uma revista de 24 páginas do Justiceiro a pagar R$ 7,90 pra ler um mix que só o Justiceiro "salva". Sei que no frigir dos ovos, o mix torna a história do Justiceiro mais barata, porém, as outras histórias não me interessam e acabo pagando 7,90 por apenas 24 p.

Por esse motivo, hoje só compro álbuns e encadernados. Chega de mensais em formato mix (sou bibliotecário e onde trabalho sempre adiciono ao acervo quadrinhos, com grande aceitação dos leitores. Manter revistas mensais em uma biblioteca é muito mais complicado e prático do que encadernandos e álbuns de HQs).

Jackson Good disse...

A Panini tem errado e acertado com esses encadernados. Demolidor Diabo da Guarda e Lanterna Verde: Crepúsculo Esmeralda tiveram preçoes razoáveis, esses eu comprei.

Mas tem outros que me interessavam, tipo LJA do Morrison, Coringa do Azarello, que não tenho a menor possibilidade de comprar. Por que colocar capa dura? Isso encarece demais as revistas! Sinceramente, por mim não precisa tanto luxo. Qualquer coisa que diminua o preço, sou a favor.

Outro detalhe dessa história toda são os scans. Já passou da hora do UHQ fazer uma matéria sobre isso. Sempre se discute o mercado de quadrinhos, e estranhamente esquecem até de mencionar os scans (que na minha humilde opinião, são bem mais que um mero detalhe nesse contexto todo). A principal razão das pessoas apelarem pra eles sem dúvida é o preço absurdo de alguns materiais, mais até do que o fato de eles não saírem direito por aqui. Foi apelando pra scans que pude ler ótimas histórias como Preacher, Y - The Last Man e The Walking Dead.

Augusto. disse...

CAra, vamos falar sério... É caro pra caralho mesmo. Pra comprar um deles, blz... Até fica tranquilo... Uns 2 legal... Três ja começa a pesar ficar mais caro.

Acho que quadrinhos apesar de estarem muito na mídia e, não sei se é certo assim dizer, na moda estão ainda se enquadrando meio q na categoria "artigo de luxo". Enquanto vc quer acompanhar uma serie, td bem, mas se vc decide aprender e se aprofundar no assunto, haja grana

Sergio disse...

Façamos as contas. Se compra por cinco meses uma determinada revista mensal porque tem uma história de 10 páginas que se salva, será que o custo-benefício de um encadernado no valor de seis daquelas revistas mas só com o que te interessa é tão caro assim?

Jailbreaker disse...

Sempre ouvi elogiarem Terra X, mas custar 110 reais, quase o mesmo que Watchmen, me parece ridículo. Acho que tem edições que poderiam mesmo sair a um preço mais em conta... Eu ia comprar Inimigo do Estado, do Wolverine, mas a 68 reais deixei pra lá. Preferi gastar com Batman Crônicas Vol.2 que, assim como as Bibliotecas Históricas da Marvel, saem a um preço justo considerando a importância dos materiais e a qualidade das edições.

Eduardo Roque disse...

Coisa q aprendi há tempos: tá caro(conceito subjetivo já q o caro p/mim pode ser barato p/outros e vice-versa)? Ñ compra d imediato, segura a onda q cedo ou tarde o preço cai. Vide Entes Queridos q custava absurdos R$90,00 e agora tá por - da metade do preço. Tem casos em q espero até 2 anos p/comprar o q ñ cabe no bolso d imediato. É o jeito

Eduardo Roque disse...

Ah, pequena obs, Naranjo: é questão d opinião mas o material do encadernado do Questão c/a fase do O'Neil é bom d+. P/quem fica achando q Bendis e Millar inventaram a roda no q refere-se a quadrinhos "adultos" e inteligentes...e c for p/mensurar por Watchmen e Cavaleiro das Trevas como único material digno d tratamento luxuoso vai ficar ruim p/quase tudo q sai

Altemar Domingos disse...

Caros amigos, meu nome é Altemar e sou autor do livro Jaguara-Guerreira e Soberana, lançada em 2005 pela Via Lettera. Não posso deixar de opinar sobre os preços, até porque me sinto nos "dois lados" dessa história: leitor e autor. Citarei então minha própria odisséia brevemente... Levei 9 anos para produzir e publicar minha HQ quando finalmente o Jotapê bateu o olho no meu material e gostou. Mas tinha um problema, "o" problema: tiragem pequena e custo de capa alto. O livro saiu por 46,00!!!! Mas, ou saia assim ou não saia... Hoje eu mesmo vendo a 19,00, que ainda é caro, mesmo levando em consideração que são 128 pags coloridas... Eu como leitor só gastaria 46,00 hoje, com um personagem que eu gostasse muito... Mas este pensamento afasta a nossa oportunidade (autor brasileiro preocupado em produzir um bom material) de mostrar nosso trabalho e ganhar honradamente com ele. Hoje trabalho em uma editora tradicional e conheço bem o esquema de cálculo de preço de livros. Existem muitos motivos para se decidir um preço de capa de uma obra e vários fatores que pesam contra e a vafor dessa definição. Royaltie é um deles, tiragem é outra, espectativa de venda, papel, se vai ser rodado em rotativa ou máquina plana, a distribuição, o custo de marketing etc. Como leitor, concordo com todos que HQ tem de ser popular, para atingir e renovar o público leitor (crianças, adolescentes, leitores ocasionais) e ter sim, produtos de maior qualidade para colecionadores e aqueles que podem investir um pouquinho a mais nesse material. Creio que seja uma questão de tática e posicionamento das editoras. Como autor iniciante, torço que mais leitores possam (e tenham condições) de prestigiar aqueles trabalhos nacionais que valham a pena, mesmo que ainda tenha que se pagar o equivalente a uma obra de um grande personagem!

joao carlos alexandrino disse...

Concordo plenamente com tudo que falaste. Eu mesmo, 43 anos, vivo esse dilema e saudosismo. Quando ia comprar uma revista, levava quase tudo da marvel e dc. Hoje, por não poder fazer isso, nem tenho entrado nas bancas; quando quero algo interessante, compro pela internet.

André Luiz - ALSO7 disse...

Creio que só reclamar aqui num sei se daria em alguma coisa.
Pra nos ajudar, o UHQ deveria mandar isto pra Panini!!

Olha só o meu caso: sou um colecionador e leitor da DC. Compro tudo que sai na banca deles. Até os especiais (minha última compra foi o do Lanterna Verde: Crepúsculo Esmeralda - na minha opinião deveriam ter posto pelo menos as capas originais das edições americanas!! E da Marvel eu comprei por último a edição do Demolidor - Diabo da Guarda, que teve um melhor acabamento).

E não é só DC, Marvel eu coleciono mês a mês alguns também, gerando um custo de 90 reais no mínimo.

Então é isto. Eu acho que eles deveriam rever isto.

Marcelo Naranjo disse...

Jackson, sobre scans:
http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/beco_scans.cfm
Amalio, Zambi,Augusto e Jailbreaker, acho que o jeito é um só mesmo: selecionar.
Yuri, vou pensar nessa pauta sobre revistas "mix".
Sérgio, nesse caso, posso concordar com você.
Eduardo, esperar pode ser uma solução. Mas é fogo.
Altemar, agradeço o comentário. Temos que incentivar o bom quadrinho nacional.
André e João, está complicado mesmo.
Abraços!

Edvaldo Santos disse...

Vou falar por Salvador: o que dizer dos sebos? Os bons sebos daqui cobram uma fortuna por QUALQUER revista. Aliás, os sebos de cá já deixaram de ser sebos há muito tempo no aspecto preço, pois a conservação do material, em muitos deixa bastante a desejar...

Rodrigo Ramos disse...

E o que mais me irrita é que o público ainda abraça as editoras agradecendo por elas lhe tirarem o dinheiro dessa maneira. Graças ao monopólio. Nós é que temos que reagir! Nós é quem vamos exigir pros preços diminuirem.

Sem dizer que a impressão que dá é que eles se baseam totalmente nos seus fóruns, onde uma pequena e infima parcela elitizada do país, expressa sua opinião quase sempre favorável a tudo que as editoras fazem.

Nós já sabemos onde isso vai dar, não é Pixel?

Edvaldo Santos disse...

Quanto aos mixes: R$7,50 por 100 páginas, onde só irei ler 25 a 50 tá difícil! Como exemplo, gostaria muito de continuar acompanhando a atual fase do Demolidor, mas Marvel Action foi retirada do orçamento há meses. Comprar mixes só tem resultado, na grande maioria das vezes, em acúmulo de papel dentro de casa.

Rodrigo Ramos disse...

Eu fiquei só com o mix do LV que tá bacana. Do resto, sou fã do Demo e já larguei na terceira edição da sua já extinta revista. Liga eu tava comprando até o mês passado e parei também, e até tava achando legalzinha mas tenho outras prioridades. Eu acho bacana valorizar o seu trabalho mas as editoras esquecem que existem inúmeras prioridades antes de um gibi.

Anônimo disse...

Os quadrinhos feitos no brasil são mais caros que as estórias trazidas de fora. Sem falar que na maioria das vezes saem em albuns(ultra caro)Ai so da pra consumir arte sequencial estrangeira mesmo. E a panini que lançou 1 hq que saio de graça nos eua contando a mais nova estoria do universo DC por 10 reais !!!!!!!!

H!IRO disse...

Marcelo, realmente tenho saudade dos baixos preços dos quadrinhos no Brasil...quando a gente podia ir na banca com alguns trocados e comprar uma material ate que bom. Aqui Japão, eles colocam os quadrinhos numa edição grossa, bem barata, com vários artistas. Se você gostar de uma hq em particular, eles lançam também uma versão especial encadernada só com aquela HQ, mas a nosso mercado tá engatinhando ainda...mas acho que melhora

André Luiz - ALSO7 disse...

3,20 por míseras 60 páginas de quadrinhos!!?? Turma da Mônica já foi mais barata.

Eu tenho algumas edições de fora.
Um do Superman e Batman & Superman e outro do Homem-Aranha. São edições que custam uns 3 dólares... Se for trazer pro Brasil ficaria quase o preço que a Panini faz.... só que ao menos a Panini você "ganha mais 3 histórias" junto.
Tenho o encardenado dos X-Men Legacy original capa dura, contra capa que sai... super luxuosa que ganhei de um amigo que foi pra DisneyWorld.... Ae eu vi o preço que ele pagou: 20 dólares + taxa (que sempre tem). Só que a edição tem no máximo 130 páginas!!! Poxa. Aki no Brasil uma edição de pouco mais de 120 páginas luxuosa custa uns 25,90 pra mais!! ... Quase a mesma coisa no sentido de "caro".

Sobre os sebos que o colega Eduardo Filho disse: eu pergunto pra ele - Aqui em São Paulo eu já até esqueci o que é sebo. Muitas cobram o olho da cara e tem muitas que parece livraria com coisas novas demais com preços não tão bons e outras coisas antigas bem desgastadas também.... Faz tempo que não compro nada de lá pois não compensa. Só as especializadas no centro de São Paulo que ainda valem (na praça da Sé).

Ivan Linares disse...

Hoje, só estou comprando regularmente o mangá Gantz. E acho que, quando esta acabar, não voltarei a séries regulares por um bom tempo. Pensei em comprar o "Homunculus", mas ainda receio em ter a obrigação de acompanhar uma série mensal (a menos que voltem outras que comprava e que foram interrompidas, como "Vagabond", "Sanctuary", "Blade" e "Éden").

As revistas japonesas da Conrad e da Panini faz um bom tempo deixaram de ser baratas(fato que serviu antes como diferencial nas propagandas que estas faziam; Só as da JBC continuam com preço baixo, por enquanto), com um exemplar custando em torno de R$ 6,50 a 10,00. Mais ou menos o mesmo preço de um gibi americano, com a falta de cores sendo compensada pelas páginas a mais. Mas para o pessoal que reclamados "mixes" é mais vantajoso, considerando que você só recebe material do título que você quer ler, aproveitando mais o dinheiro pago.

Ricardo Soathman disse...

Fala Naranjo;

Preço é realmente um problema. Não por ser caro ou barato porque isso é muito subjetivo para que possamos dar uma opinião definitiva. De forma geral, o que faz uma HQ cara ou barata, valer apena ou não, passa pelo que queremos e gostamos, assim como pelo que podemos gastar... Então... De uma forma geral, não é uma questão meramente de orçamento.

O que posso dizer é que é complicado fechar o orçamento de uma publicação de quadrinhos no Brasil. Não conheço a realidade de editoras grandes, mas, em se falando de publicação sobre demanda, acho que algo próximo de 50 centavos a folha fica de bom tamanho. Acho que uma HQ de 48 a 52 páginas, PODE, custar uns 30 reais, sem escalpelar o orçamento de ninguém... Porque, menos que isso fica até meio inviável. Principalmente se imaginarmos um relacionamento de 45% do preço de capa para distribuição.

Mas, eu posso entender que alguém que curta quadrinhos, acabe tendo de pagar alto para manter o "vício", o que acaba não sendo diferente de nenhum outro vício. Já viu quando custa um CD do Beast Boys original, importado, na Baratos e Afins?

LOL, pois é...

Mas acredito, que em se tratando de quadrinhos NACIONAIS, quanto mais barato melhor. Essa é uma opinião pessoal, que está baseada nos primórdios da massificação dos quadrinhos, nos EUA. Essa realidade é complicada para nós, mas poderia ser uma solução de massificação. Poderia.

Enfim... É isso.

Abraço a todos do UHQ

Natanael Floripes disse...

Embora obviamente o meu desejo fosse voltar ao tempo em que as bancas estavam cheias de HQs, inclusive ótimas infanto-juvenis (por falar nisso, tem uma matéria sobre uma nova versão - que parece horrível - do Gasparzinho e que fala em Wendy - Wendy é nos EUA, aqui, a boa bruxinha se chamava Luíza, tendo tido revista própria pela O Cruzeiro e pela Vecchi), admito que eu tenho dinheiro suficiente para comprar tudo que me interessa nas bancas. O problema é achar o que preste. A morte do Super-homem, nem por R$ 1,00, pois a história é um lixo completo.... O tal Terra X, eu não conheço. Vou dar uma folheada e tudo vai depender do que parecer. O livro do Questão eu vou comprar. Eu gostava muito do material do Questão de Denny O´Neil, Denys Cowan e Rick Magyar e parece que o livro é com material desse tempo.

O preço tem a ver com a perda de leitores. Até que acho que é o contrário. Em virtude da perda de leitores (decorrente do fato da maior parte do material atual ser um lixo e concorrência de outras formas de entretenimento - video games, TV, e outros, inclusive sexo, já que a meninada anda transando cada vez mais cedo e com vontade) os quadrinhos estão sumindo das bancas. Para o material que fica, o jeito é vender caro. O problema é que se o material é ruim e caro, aí é de foder.

kauhl disse...

Rapaz... falar q esse encadernado do Questão do O'Neil e Cowan é uma coisa qualquer... É sacrilégio.
Claro q o preço poderia ser menor, mas desmerecer um material clássico assim...