Essa eu tenho que comentar
Fiquei surpreendido hoje, 02 de julho, ao verificar uma chamada na capa do portal Globo.com para a mesa redonda sobre quadrinhos na Flip, com participação de Rafael Coutinho, Fábio Moon, Gabriel Bá e Rafael Grampá. Era possível conferir a mesa redonda ao vivo.
Às 14h, outra chamada, agora para o post Novos Rumos da HQ:
http://colunas.g1.com.br/maquinadeescrever/2009/07/02/novos-rumos-da-hq/
Legal, um grande portal dando destaque para os quadrinhos! Mas o que me chamou atenção foi o último parágrafo do texto acima linkado:
"Em algum momento do debate alguém falou que o público de leitores de quadrinhos é muito particular: é gente que comparece a eventos fantasiada de personagem e idolatra super-heróis e seus criadores. No momento em que as HQs conseguirem ultrapassar esse nicho ficará mais fácil reconhecer sua importância".
Continuará um "nicho" enquanto derem bola para esse tipo de comentário.
Você sempre comparece fantasiado em eventos, leitor? Só lê super-heróis?
12 comentários:
A última vez que me fantasiei foi pra uma festa do ridículo em 1989. Dentre todos os convidados, apenas três foram ridículos em aparecer caracterizados, eu era um deles. Ultimamente leio mais outros quadrinhos, super-heróis leio bem pouco. Acredito que a relevância dos quadrinhos crescerá a partir do momento que a percepção cultural do brasileiro crescer também. Porque as ruas são sujas? Porque a violência cresce? Porque precisamos todos os dias dizer que quadrinhos são uma expressão cultural autêntica? Parecem coisas distintas, mas todas estão interligadas por uma única palavra: educação.
Sempre compareço fantasiado a todo e qualquer tipo de evento. Casamentos, bailes de formatura, confraternização na empresa, entre outros.
Falando mais sério, leio os quadrinhos que quiser ler e isso não faz de mim um boçal que veste o uniforme do Batman por baixo do terno.
As vezes tenho vontade de ler hq mais sérias, como Persépolis, outras leio um Demolidor, por exemplo, assim como todo mundo assiste a um filme blockbuster, de vez em quando.
Abraços,
Eric
Olá;
Eu acho que talvez tenha sido uma alusão a SDCC?
Na verdade, não fiquei surpreso, exite uma idéia pré-concebida mesmo de quem lê e curte quadrinhos, estenhoque isso tenha vindo da mesa de debates!
Imagina de quem trabalha/quer trabalhar... LOL.
Eu achei super divertido a empolgação da "galerinha Cosplay" em SDCC... Super saudável o cara não ter vergonha de ser NeRd!
Abraço.
Soathman
Eu que lia Wizard americana, cansei de ver o povo fantasiado. Era bem engraçado. Mas isso é coisa daquele fã absurdado..total extremo. Como existem os fãs de Star Wars e Star Trek que vão fantasiados ao cinema. Eu estudei com um cara que foi de "Neo" na estréia de Matrix Reloaded. rs. Mas essas manifestações são pontuais. Para quem não conhece o "nicho", é a regra e não a exceção.
Concordo com o Ricardo Soathman: deixa os moços vestirem suas fantasias.
E daí que se fantasiem? E daí que não se fantasiem? E daí que só leiam super-heróis? E daí que emulem americanos? E daí que façam quadrinhos do cotidiano? E daí que não o façam?
Por que só históriam em quadrinhos tem que ser estigmatizadas? Pelos críticos e pelos próprios autores?
Cada um faz o que quer dentro da mídia que quiser...
Um vê novela, outro documentários sobre baleias e outro assiste Chaves... Qual o problema em se fantasiar, copiar temáticas americanas, tornar adolescentes personagens infantis e não fazer isso tudo?
Aposto que o jornalista do G1 tem diploma...
As pessoas precisam parar de enxergar as coisas em mundos fechados e ver que tudo existe ao mesmo tempo agora!
Clarooooooooooo, inclusive, estou preparando minha capa de Batman pro lançamento de um livro \o/
Mas que coisa absurda. Onde esse pessoal acha que estamos? no país do carnaval?
nem te conto o que ouvi de um pessoal na fileira atrás de mim pouco antes do início da mesa sobre hq (na flip). só ressalto que, durante a saída da tenda dos autores, esse pessoal (aparentemente) havia mudado de opinião, dado o conteúdo e desenvoltura do coutinho, do grampá e dos gêmeos, sem falar no joca terron.
"o caminho é longo mas a vontade é grande", já escreveu um pixador de parede de banheiros.
É enquanto editoras queimarem literalmente seus estoques, com a desculpa dos direitos autorais, pode ser né?
Fantasia de Tocha Humana nesse caso cairia bem.
Ah façam o favor hein?!
E dar-lhe preconceito!
Não...mas eu atendo o telefone assim: SHAZAM!
André Portocarrero - Cuiabá-MT
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