Quem não gostar de spoilers, desista por aqui! [contém updates!]
Agora, quem não suportar uma notícia sobre algo que quer muito, muito saber (como o filme de Watchmen, de Zack Snyder), pode prosseguir. Porque o assunto é esse mesmo. E não só!
Acontece que estou chegando agora de um evento programado há um mês pela Paramount, para divulgação de cenas exclusivas de dois dos principais lançamentos do ano para a distribuidora: o já referido Watchmen e a badalada nova aventura que dá um reboot no universo de Jornada nas Estrelas, que tem o dedo do pessoal de Lost em toda a sua concepção (com J.J. Abrams dirigindo, a cereja no bolo). Teve coquetel recepcional antes, teve um coquetel maior depois. No meio, meu caro, empolgação!
Então, após palavras do pessoal da Paramount, passamos à exibição de cenas dos filmes. Star Trek começou a jornada (he, he, he, não resisti ao trocadilho). Com o diretor Abrams apresentando o filme, cena a cena, pudemos saber um pouco mais sobre as origens de Jim Kirk em seus tempos caipirões, mas também deu pra ver: a primeira interação entre Kirk, Spock e McCoy (extremamente promissora); uma baaaaaita sequência de ação espacial; uma das clássicas brigas de bar envolvedo gente da frota estelar; as viagens no tempo salvando a pátria outra vez; mais um camisa vermelha morrendo; e, de quebra, a esgrima do sr. Sulu finalmente mostrou a que veio.
Na boa? Um filmão que, para o desespero das teorias conspiratórias do Alexandre Matias (editor do caderno Link do Estadão e do decano site Trabalho Sujo), tem citado logo na primeira cena exibida o famoso drinque que é uma sensação no cenário de Cloverfield: Slusho! O que leva a gente a pensar: estaria mesmo J.J. Abrams construindo o seu Abramsverso? Se sim, onde é que Felicity (sua primeira série) e Alias se encaixariam em tudo isso? Conspirai, conspirai!
Diga-se de passagem: Abrams tem o tempo do suspense. E isso já conta muito a favor de tudo o que faz, que costuma ser de tirar o fôlego.
Em seguida, Watchmen. Zack Snyder, didaticamente, apresentou as origens do filme, sua história e, sem ser condescendente com quem não conhece o livro de Alan Moore, Dave Gibbons e John Higgins, meteu o pé na nossa porta e apresentou, de cara, os dez minutos iniciais do filme, arrebatadores, nos quais se vê a morte do Comediante e, logo em seguida, na sequência de créditos, toda a história do século 20 após a introdução do vigilantismo mascarado na vida real daquele mundo, com todas as suas consequências (na verdade, um apanhado muito bem selecionado das páginas da biografia de Hollis Mason, o primeiro Nite Owl, intitulada Sob a Máscara – cuja capa aparece no filme e, pô, que baita capa!).
Já bastaria para deixar o Juneca (Odair Braz Júnior), o Rodolfo (Bruno, do site Herói) e o Pablo (da Rolling Stone), que estavam ao meu lado, de boca aberta. Mas isso foi só a primeira de três cenas. A segunda foi só a origem do Dr. Manhattan. E eu juro: como é que ele pôde trocar a Janey Slater (interpretada pela Laura Mennel, essa linda da foto acima) pela Silk Spectre (Malin Akerman, também bonita nessa foto aí de baixo)? Eu me apaixonei perdidamente e à primeira vista pela ex do bom doutor, que mostra assim o quanto ainda era humano até chegar ao ponto em que chegara naquele exato momento, em Marte.
Podia ficar nisso, mas não. Porrada ao melhor estilo quebra coco na terceira sequência, mais curta, que mostra Nite Owl e Silk Spectre, após uma noite revigorante de vigilantismo ilegal, salvamento de vidas e sexo, partirem para salvar o recém-encarcerado Rorschach. Se você não lembra o que acontece com o Grande Figura, vá logo reler e, depois, imagine o sorriso nos rostos de quem assistia ao desfecho daquela cena no cinema Multiplex Bristol, onde aconteceu o evento de hoje.
De quebra, ainda assistimos a um trailer exclusivo do filme, que estréia mesmo no dia 6 de março — mesmo com a pendenga Fox-Warner a todo vapor.
Quer saber? Pode ser exagero, mas talvez a empolgação das pessoas que lá estavam possa ser medida pelas palavras do Rodolfo Braz: "2009 pra mim já acabou. Depois de Watchmen, não vem mais nada este ano". Será?
Pode até ser que não, mas que vai ser difícil superar esta aventura, isso vai. Aliás, parece que o filme fechou em 163 minutos. Isso mesmo, Watchmen deve ter quase três horas de ação, tramas intrincadas e um desfecho impactante (com ou sem lula espacial). É uma tendência que vem se configurando em grandes lançamentos mundiais: as produtoras estão dando tempo para a história. E isso é uma grande notícia. E só nos resta esperar até março.
Ah, e o Jornada? A exibição não mostrou, mas a estréia será no dia 8 de maio. Presentão pras amorosas namoradas de um monte de nerds e geeks que as levarão a contragosto ao cinema. Será lindo de ver! :)
Update: o site Newsarama, em seu blog, mostra o impressionante trailer japonês de Watchmen. Impressionante porque, pela primeira vez, o público de algum país teve acesso mais a cenas que remetem ao espírito quase lúgubre da história de Moore, Gibbons e Higgins. Inclui algumas cenas políticas que puderam ser vistas ontem na sessão da Paramount. E inclui algumas outras que só podem deixar o fã de Watchmen cada vez mais apreensivo, ansioso e de dedos muito cruzados.
8 comentários:
E já tão dizendo que o Snyder quer fazer "The Dark Knight Returns", do Miller. Se ele fizer isso, depois de 300 e Watchmen, vai ter fanboy tatutando a foto do cara no cócix...
Fui acometido por uma forte gripe ontem e não consegui ir no evento. Estou extremamente frustrado de ter perdido, mas não perco as cabines dos filmes de jeito nenhum.
He he he, eu sou feliz por ter uma namorada trekker.
Pô, ninguém gravou as imagens para jogar no Youtube?
Que ótimo. Agora Watchmen não precisa ser editado mais, cumpriu seu papel, que é servir como base para um roteiro de filme da criativíssima hollywood. Filme que vai entreter muita gente (quem sabe vão comentar no final da sessão "nossa, que filme cabeça" ou "se viu aquele golpe antes da explosão? Muito louco!"), vai gerar muita grana com certeza, pode ganhar até algum prêmio por aí, vai gerar muitos bonecos, jogos eletrônicos, capas de cadernos de 300 folhas, e vai ter muita explosão, é claro, muitos efeitos especiais e muita porradaria. Um sucesso. Talvez editem a HQ a título de curiosidade (talvez com a capa do filme). "Olha só, foi daqui que eles tiraram aquele filme". Mas pra quê comprar se o filme é mais barato e a gente vê em alguns minutos?
Benício, normalmente nesse tipo de evento, as distribuidoras ficam com um detector de metal na porta para evitar gravações. E funciona, sempre tomam meu celular, hehehe
Putz, Delfin. Que inveja... :)
Sabe que eu não estava muito animado com Watchmen, o filme, mas agora até estou?
Faltou a foto da Laura Mennel, como Janey Slater, mencionada no texto...
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