Promethea # 12: que história!
Quando escrevi no post dos melhores do mês que, se tivesse tido tempo para ler mais coisas, minha lista seria ainda maior, não podia estar mais convicto.
Ontem li Pixel Magazine # 15. Ou melhor, comecei a ler. E já a incluí, fácil, entre minhas melhores de julho. E a razão é simples: a 12ª edição de Promethea.
A história é "apenas" sensacional. É Alan Moore puro. O roteirista britânico estava inspiradíssimo. Não há nada de ação, mas o leitor mais atento vai se sentir preso pela trama.
Além de muitas (e bota muitas) referências místicas, Moore conta a história da criação do mundo de uma forma mágica - pra usar um termo que case com a HQ. Os desenhos de J.H. Williams merecem ter cada detalhe (e são dezenas) apreciado.
Pra quem não leu ainda: além da trama principal, há uma outra que se desenrola na parte de baixo das páginas. Trata-se de uma piada, que pode ser lida de uma vez só, pra ser mais bem compreendida, mas que, em determinados momentos, "conversa" com o plot maior. Um exercício de narrativa muito inteligente.
E é preciso destacar o ótimo trabalho editorial da Pixel. O tradutor Enzo Fiúza e o Delfin (sim, o colaborador do UHQ e deste blog), que fez a adaptação, mandaram bem demais ao transpor as falas das cobras para o português e manter tudo rimado. (Como passei por isso algumas vezes na edição de Sandman, da Conrad, com tradução do excelente Daniel Pellizzari, sei o quanto é difícil.)
Ao final da HQ, complementando o "pacote Promethea" ainda há um texto de duas páginas do Delfin, apontando (e explicando) outras referências usadas por Moore e Williams.
Promethea se despede da Pixel Magazine nesta edição, mas o faz da melhor maneira possível. Duro vai ser esperar pela estréia da série na quarto número de Fábulas Pixel.
13 comentários:
Sidney, Promethea que saiu na Pixel Magazine é uma hq que tem continuação ou é uma história fechada? (pergunta boba né? rsrs)
Vou procurar pra ler! deve ser muito dez!
Cláudia, boba nada. Tem muito leitor que não sabe.
Promethea é uma série mensal, que saía na Pixel Magazine e agora vai pra Fábulas Pixel.
É preciso ter lido as HQs anteriores pra sacar a trama toda. Mas vai uma dica: certamente a Pixel lançará um encadernado da série em breve.
oba! encadernado! tomara que não demore muito! e Sidney, muito obrigada mesmo!!:D
A série mensal é uma revista com final. São 32 edições.
Me intriga a quantidade de referencias à psicodelia sessentista que permeia toda a história de prometea.
Onde eu consigo encontrar? Caindo meio de pára-quedas rsrs Parabéns pelo blog!
Fala sério, eles deviam fazer edições separadas (encadernadas ou não) de promethea! er.. e começando do 1, se não se importassem...
Sensacional mesmo essa edição da Promethea. De tirar o chapéu.
Me, os encadernados certamente começarão da primeira edição.
Não consegui esperar a Pixel e já comprei toda a versão encadernada original no ano passado. Só posso dizer uma coisa: a partir justamente dessa edição, a obra do Alan Moore fica FANTÁSTICA, ESTRAMBÓTICA, PIRADA. O que ocorreu até agora no título é só um mero prelúdio, e a partir da 13ª edição a 'viagem' de Promethea começa a assumir níveis estratosféricos, virando uma verdadeira aula sobre o "Universo segundo o Evangelho de Moore". Na minha opinião, em Promethea o autor decidiu falar de tudo aquilo que simplesmente tangenciou em suas outras obras, e a partir de "The Fields We Know" o bicho começa a pegar. Quanto ao psicodelismo, ele é escancarado em toda a obra, e na última edição Moore explica um pouco o porquê desses tons psicodélicos em Promethea.
Ah, se quiserem saber mais detalhes sobre os "segredos" por trás dessa edição, consultem o link:
http://www.angelfire.com/comics/eroomnala/12.html
É parte do site de um sujeito que fez uma completa anotação de cada edição de Promethea.
E só para vocês terem uma idéia da genialidade de Moore: os nomes das cobras, "Mike" and "Mack" nada mais são do que apelidos, contrações de seus verdadeiros nomes, que são: Microcosmo e Macrocosmo. ;-)
E aí, galera, o causo da Desiderata era a notícia impactante dos quadrinhos nacionais que estava por vir?
Não, Márcio!
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