20 abril 2007

O que estamos lendo

O Alienista: show de bolaVamos para mais um lote de leitura.

O Alienista: excelente trabalho dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá. Verter obras literárias para quadrinhos é sempre um desafio e, na maioria das vezes, o resultado é ruim. Não é o caso desta vez. O álbum resguarda o texto de Machado de Assis (que, para a linguagem atual, é empolado em diversas passagens) e, ao mesmo tempo, a HQ tem um bom ritmo. Moon conseguiu impor no desenho uma narrativa bacana para um texto praticamente sem ação. Vale a pena!

Olha o Golem aí, gente!Schem-ha Mephorash - Uma noite em Staronova: bom exemplo de quadrinho independente de qualidade. A roteirista Marcela Godoy manda bem. Mesmo em 24 páginas apenas, explica ao leitor o que é um Golem e constrói uma trama amarradinha, com um final legal. Nos desenhos, Sam Hart trata de criar o climão necessário para uma história de mistério. Talvez valesse dar uma diferenciada nas cenas de flashbacks, que se intercalam com as passadas na atualidade, mas o leitor atento vai sacar.

Fim de minissérie para os CalourosFreshmen - Os Calouros # 3: vou resenhar semana que vem no UHQ, mas adianto que a pegada de humor, que tanto me agradou especialmente na edição de estréia, praticamente se foi. Apesar disso, a história é bem contada e com desenhos competentes. Como diria um amigo meu: é uma diversão honesta. Nada além disso.

Astroboy ainda não decolouAstroboy # 1: se você também é do time dos "velhinhos" que curtia Astroboy na telinha, prepare-se para uma decepção. Nesta edição de estréia, tudo é muito fraco. Os roteiros são beeem infantis, os fatos se sucedem de forma atabalhoada e os desenhos, em diversas páginas, são tão poluídos que chegam a confundir a leitura. Tomara que melhore com o passar do tempo, mas considero uma missão ingrata fazer um mangá que foi criado simplesmente por Osamu Tezuka.

Esta é um Tombo no leitorTomb Raider - Busca ao Tesouro # 4: última edição desta minissérie que terminou exatamente como começou: muito ruim. O roteiro é emaranhado de tramas desconexas que vêm e vão ao bel-prazer do escritor - e para sofrimento do leitor. Os desenhos também não ajudam. São diferentes artistas, mas nenhum se destaca. Há páginas que parecem meio "chutadas", feitas às pressas. Juro que pensei em resenhar os quatro números, mas preferi focar meu tempo em materiais mais legais.

Um comentário:

Unknown disse...

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