17 junho 2009

Ah, se morrer fosse simples como nos comics...

Hoje é dia de coluna atualizada no Universo HQ. Nesta semana, o Beco das HQs está de volta e aproveitei para reescrever um artigo que havia feito para a Wizard em 2004, sobre a morte nos quadrinhos de super-heróis.

Fala sério: quem ainda acredita nessas patacoadas? É difícil saber se, pra fugir de suas crises criativas, DC e Marvel apostam mais em sagas rocambolescas ou em "matar" seus super-heróis.

Próóóóximo!A minha paciência para essas mortes seguidas de ressurreições já se esgotou. E a sua? Leia a coluna clicando aqui e, como sempre, comente à vontade.

Atualização: esqueci de comentar que quando meu amigo J.J. Marreiro fez o desenho acima, Besouro Azul, Caçador de Marte e Thor nem eram sondados para "morrer", o que acabou acontecendo. E olha que o Marreiro nem tem dons mediúnicos, hein? Mas conhece bastante do mercado de super-heróis.

33 comentários:

alexandre, iliterato disse...

soubesse eu que wolverine já foi cogitado para comer capim pela raiz, teria montado até abaixo-assinado para isso.

sério mesmo, eu sempre achei a DC melhor nesse "bíziness" de matar o personagem.

porque o flash wally west conquistou respeito e teve um loooongo caminho para percorrer.

porque o lanterna verde kyle rayner, mesmo que muito parecido com o homem aranha, teve ótimas estórias.

e porque a estória "morte em família" foi sensacional.

com a volta de jason todd da forma canhestra como foi feita existe sempre o ridículo, de, por exemplo, barbara gordon voltar a andar. o que significa jogar no lixo "a piada mortal", uma das revistas que eu tenho o maior ciúme.

uma das razões que me fez largar "quadrinhos de banca".

hoje em dia gasto uma nota com quadrinhos mais caros (will eisner, mutts, craig thompson e os encadernados mais bacanas), mas não me arrependo.

Ricardo Sanchez disse...

a ressurreição da Tia May foi que me fez entender como funcionava criativamente a Marvel e a DC, e desprezar o que elas produzem para todo o sempre.

johnfeijaum disse...

Esse também é o grande motivo que parei de comprar revista de banca... Separamos nosso suado dinheirinho para gastar com nossos herois e nos agridem com histórias absurdas.

Mas o que me intriga mesmo é o fenomeno de vendas que essas revistas se tornam... já que muitos já não toleram pq continuam comprando?? Ou melhor, observando pela ótica das editoras: se tem gente comprando é pq da certo!

Unknown disse...

"piada mortal" define muito bem essa situação.

Sergio disse...

Sidney, seguindo a lógica de que ninguém leva o assunto a sério, é só lembrar o enterro recente de Ajax (ou "O Caçador de Marte", apesar de nunca ter caçado nada nem ninguém). Quando discursava no enterro, Superman dizia "... que permanece morto até que ressuscite". Pra que raios Grant Morrison matar o personagem, levar todos para Marte, se é só desperdício de páginas?

Unknown disse...

Sérgio, outro exemplo da "seriedade" dessas mortes foi o epitáfio na lápide de Jean Grey após ser "morta" (de novo) pelo Xorn/Magneto que estava escrito que "ela ainda há de se levantar"... Ciclope deve ser brasileiro porque não desiste nunca.

Rafael disse...

Se as HQs de herois não fossem interligadas cronologicamente, o efeito "morre-ressussita", acredito eu, seria deveras amenizado.

Rodrigo Ramos disse...

É por essas e outras que ninguém leva a sério quadrinhos. Os leitores trabalham muito duro pra serem levados a sério e as editoras vão no sentido contrário dando motivos mais do que constantes para sermos motivos de piadas de mentes estreitas. E não estariam parcialmente certos?

Sidney Gusman disse...

Bem observado, André e Sérgio. Nem mesmo os autores dessas histórias se levam a sério hoje.

E veja bem: há, sim, histórias de voltas bem contadas, como a do Bucky e até do Capitão América (o Brubaker, inegavelmente, é bom), mas, convenhamos, estamos falando de res-sur-rei-ção!

euthanatos disse...

Concordo plenamente com todas as suas palavras, e fiquei imensamente frustrado com o "retorno" do Capitão América, apesar de ser fã de Steve Rogers, agoro a fase Bucky Cap, e acredito que morte deveria ser morte, ponto final. Não há símbolo maior da inutilidade de uma resurreição do que Jason Todd, personagem chatíssimo. A única desculpa, e ainda assim não deixa de ser esfarrapada, para o caso do Capitão América é que tudo indica que ele não foi realmente morto, estando vivo este tempo inteiro. Mas as circunstâncias disso, enfim, ainda vamos descobrir. Belo artigo!

Ricardo Soathman disse...

Olá a todos;

Infelizmente, as "MAJORS" (adorei o termo), realmente passam um INCRÍVEL atestado de incapacidade.

Não acho que seja necessário MATAR um personagem para criar impacto, apenas saber contar uma boa história.

O problema é que esse APENAS, é dificil de encontrar!

Não sei, a morte do Capitão America, que teve uma repercussão intensa... Até a CNN entrou nessa barca, entrevistando o Quesada, por conta... Deveria ter sido tratada com mais respeito editorial. E daí, enfrentamos aquele dilema; Ganhamos mais alguns trocados, ou não?

Na minha opinião, a morte do Capitão America foi muito simbólica, principalmente, se entendermos a cronologia política da época, aparentemente casual, que DEVERIA ser melhor explorada, ou, pelomenos, respeitada.

Veja, eu acho que as limitações técnicas dos editores chefes, tanto da Marvel, quanto da DC, em um momento assim, acabam pesando contra.

O Quesada foi alçado a Editor Chefe da Marvel por exclusão, por conta do exodo de artistas em meiados dos anos noventa, para a então, uma utopia artística, alcunhada de IMAGE Comics. E isso o deixa em uma situação dificil, até mesmo pela falta de capacidade técnica, para entender, e saber dizer não, em determinadas situações.

De uma forma geral o que mais me incomoda na questão é a falta de percepção criativa.

Fato que acaba ficando evidente quando, a Marvel requenta histórias de sucesso, repetindo formatos, e contando e re-contando a mesma história, sem nenhum pudor.

Mudar é legal. Salutar. E, pode, de repente demonstrar uma inteligência perdida, na "casa das idéias", na minha opinião.

E é assim, que as MAJORS acabam ajudando a matar o seguimento de mercado onde sobrevivem.

Lamentável.

Um abraço a todos do UHQ, e parabéns Sidney, como sempre competente.

Ricardo Soathman

Luiz Pereira disse...

Oi, Sidney,
Eu acho que foi o RAFAEL que disse quase tudo. O problema hoje, do jeito que o negócio de HQs de super está estruturado, o grande inimigo, que ninguém tem coragem de enfrentar, se chama CRONOLOGIA. Mas porque a CRONOLOGIA ainda é assim tão agradável para tantos? Eu não tenho a resposta definitiva a isso. Porem, eu creio que os Produtores/Diretores/Escritores gostam da CRONOLOGIA porque mantem o leitor preso a história, como diz você, pela completitude da coisa. Acho que os leitores, pelo menos os mais jovens, gostam da CRONOLOGIA, por dar uma falsa impressão que aquilo é verdadeiro. Mas as reviravoltas de morre/renasce torna tudo falso demais, a não ser para os mais ingênuos.
Qual é a solução? Acho que a solução, que está longe de ser nova, se chama RELEITURA. Um razoável exemplo do que eu chamo de RELEITURA é o que foi feito na minissérie MARVELS, onde os acontecimentos do Universo Marvel são recontados de uma forma nova (sem bem que nesse caso, um pouco distante). Assim, dando um exemplo hipotético, se um cara que (quase) todos consideram talentoso como o Grant Morrison, quisesse recontar a história da Morte da Fênix Negra, ele iria lá olhar o que Claremont tinha escrito, alteraria o que quisesse, escolheria um ponto para entrar na Linha do Tempo, e escreveria o que quisesse. Quem não gostasse, poderia desprezar tudo aquilo, e manter o seu amor intacto pela história original. A verdade é que a morte da Jean Grey foi um momento de muita emoção para tanto de nós, e ela reaparecer viva de novo, sem quê, nem porquê, só para morrer de novo é muito desagradável.
Então, essa é minha opinião: abaixo a CRONOLOGIA e viva as RELEITURAS.
Um abraço,

Guilherme Kroll disse...

Faz parte da jornada do herói superar a morte, nem que seja a sua própria. Rei Arthur, Gandalf, Harry Potter e Han Solo tb superaram a morte. Entretanto, nos quadrinhos a coisa ficou insuportável. Ao menos se as hiostórias tivessem um fim definitivo, suportaríamos isso, como em Dragon Ball Z. Mas não é o que acontece.

Jackson Good disse...

Que não é preciso matar/ressucitar pra criar boas histórias, isso nem se discute. Mas sinceramente, acho que não vale a pena ficar se estressando por conta disso. Claro, se tais situações são absurdamente inaceitáveis para algum leitor, que seja feliz largando os "quadrinhos de banca".

Quanto a mim, só me preocupo se a história que estou lendo é boa ou não. Muitas, a maioria das tramas nesse estilo são ruins (Tia May, Jason Todd, etc..), mas não é por isso que automaticamente vou condenar toda e qualquer história de morte e ressureição. Lanterna e Arqueiro Verde, por exemplo, tiveram histórias legais em seus renascimentos. No caso do Capitão América, a história da morte e as subsequentes foram ótimas, então confio que o Brubaker mandará bem no retorno do herói.

Agora, achar que quem morre deveria ficar morto pra sempre, é muita ingenuidade. Os personagens estão aí há tanto tempo, acho que seria muita pretensão surgir um roteirista agora e decidir mudar tudo, substituir o herói. Sem contar a falta total de sentido: "Batman surgiu em 1939, como Bruce Wayne. Suas histórias se desenrolaram por décadas até que em 2009 Bruce morreu e o Batman passou a ser Dick Grayson". Como isso se sustentaria, diante de todo o histórico do personagem? Em relação à outras mídias, inclusive. Acho até uma falta de respeito uma postura dessas.

Claro, essa á minha opinião, eu acho errado. Alguns podem gostar da inovação, mas nem precisa entrar nesse mérito. Simplesmente dá pra dizer que até hoje isso nunca aconteceu, e achar que acontecerá seria ingênuo.

Sérgio Tavares disse...

concordo com tudo que o jackson disse aí em cima.

se já gostamos de um gênero que é absurdo por natureza, me parece estranho criticar os absurdos dele.

o cara é picado por uma aranha e por isso fica com superpoderes, poxa!

não existe precedente pra isso e mesmo assim todo mundo aceita.

morrer e ressuscitar a gente já conhece desde a bíblia, rs... dá pra digerir numa boa.

Alex Pereira disse...

Também concordo com Jackson Good... eu prefiro é ser pragmático e pensar assim: "A história é boa?? Eu estou me DIVERTINDO ao ler??"

E no caso das histórias do Brubaker, minha resposta é sim. Ele não é Chris Claremont, ou Jeph Loeb, felizmente...rs

Então nao ligo muito, mais cedo ou mais tarde ele ia voltar. O que importa é que temos um escritor realmente bom no comando.

Ricardo Soathman disse...

Jackson;

Eu, particularmnte acredito na questão da escravidão cronológica,levantada na dicussão então, matar e ressucitar, é sintoma de um equívoco editoral.

Claro, matar/ressucitar pode ou não ser um background legal para UMA hitória... Recorrer a isso com frequência. Como a Marvel faz, ao longo de sua hitória, conota uma certa dose de INCAPACIDADE criativa, que, de forma alguma é motivo para estragar o dia de ninguém.

Porém, um coisa é clara, ninguém pode negar que fase anda negra na "Casa das Ideias" e que, sair reescrevendo histórias, e redefinindo persongens, se r u lado pode ser um tanto atrativo, trás alguns efeitos colaterais, por melhor que sejam ssas redefiñições seus criadores.

Um dos efeitos colaterais é a perda de credibilidade.

Um abraço.

Ricardo Soathman

Ricardo Soathman disse...

Desculpem... Meu teclado está com problemas...

Jackson;

Eu, particularmnte acredito na questão da escravidão cronológica,levantada na dicussão então, matar e ressucitar, é sintoma de um equívoco editoral.

Claro, matar/ressucitar pode ou não ser um background legal para UMA hitória... Recorrer a isso com frequência,como a Marvel faz, ao longo de sua hitória, conota uma certa dose de INCAPACIDADE criativa, que, de forma alguma é motivo para estragar o dia de ninguém.

Porém, um coisa é clara, ninguém pode negar que fase anda negra na "Casa das Ideias" e que, sair reescrevendo histórias, e redefinindo persongens, se r u lado pode ser um tanto atrativo, trás alguns efeitos colaterais, por melhor que sejam essas redefinições e seus criadores.

Um dos efeitos colaterais é a perda de credibilidade.

Um abraço.

Ricardo Soathman

Alessandro disse...

Muitas vezes penso no seguinte: está gostando do que está lendo? Então leia mais. Não está gostando? Pare de ler.

Olhe pra sua coleção e imagine quanta coisa boa tem para RELER lá! E, se não vai reler, pra que guardar?

E pra que perder tempo lendo e guardando coisas que não vai querer ler nunca mais? E por que gastar dinheiro em coisas que não lhe agradam mais?

Desculpem-me, sou um colecionador em crise...

Eduardo Roque disse...

Mas esse é o ponto: quadrinhos ñ são 1 meio crível e ,portanto, ñ "carecem d credibilidade". Afinal, isso é necessário em jornalismo e, mesmo assim, nem sempre levado em conta.
HQs são intrinsecamente fantasiosos e na fantasia vale tudo.
Concordo c/alguns pontos levantados pelo Gusman mas nunca acreditei nesse papo d "morte definitiva" do Steve Rogers.
Coincidência ler isso hoje pois ao almoçar c/1 amigo, ele comentou esse lance e eu disse: "Seria o mesmo q a Coca-cola desistir da sua marca d refrigerante em favor das outras marcas q a pp fabrica ñ importando quanto estivesse vendendo". Verdadeiro tiro no pé.
Isso é franquia e o único empresário q já ouvi falar q desiste d 1 marca ñ importando o quanto esteja vendendo foi Adrian Veidt em "Watchmen" mas ele mesmo é produto da ficção

Ricardo Soathman disse...

É, acho que ainda não me fiz entender...

Quadrinhos são ficcção fantasiosa? São. Assim como são PRODUTOS, tem um lado COMERCIAL, e são publicados com o intuito de captar DINHEIRO.

Então, todo PRODUTO, carece de CREDIBILIDADE, para atingir seu PÚBLICO.

Senão, o efeito não-gostou-não-lê, vai tragar todo um seguimento de mercado. Não deixando espaço para profissionais melhores.

A questão aqui não é obtusa, no meu ponto de vista.

Não é porque um personagem morrereu, e ressucitou.

Não somos candinhas de novela reclamando por essa ou aquela decisão do autor, pelomenos, EU não estou.

O problema aqui é mais sério, tem um lado operacional/planejamento, muito grave. E é por isso que falo de credibilidade, para atender as expectativas do seu público, mesmo, que ele não entenda muito bem como s coisas funcionam.

A liberdade criativa tem de ter REGRAS CLARAS, porque, não dá para gerar receita estável, disceminar produto, CRIAR uma franquia, SEM credibilidade.

E, é por isso que eu critico a formação técnica dos editores CHEFES das MAJORS. O que esses caras escreveram, ANTES, que os conduziram aos seus respectivos cargos? O que eles fizeram de relevante no mercado para estarem em uma posição de determinar os rumos de franquias de mais de 50 anos? Será que ele ententem o que tem nas mãos? Será que sabem o que fazer, e como fazer um profissional como Morrison, por exemplo, não ser tão "alternativo" quando trabalha com personagens bem definidos?

O Quesada não percebeu, por conta da repercussão, que ressucitar Rogers, é no mínimo, colocar em cheque, toda credibilidade JORNALISTICA conseguida com a morte de um personagem de segunda linha, em uma história em quadrinhos? Será que nunca passou ela cabeça dele, que, a morte do Capitão America, estava/foi associada a morte de um estilo de vida, tipicamente americano? E, o renascimento do personagem, não teve/ou veveria ter, tuo a ver com essa nova america, paranóica e violenta?

Sabe, reduzir as questões editorias relevantes, a meras questões de fã, questões estas inquestionáveis, que de alguma forma afeta o mercado como um todo, é complicado.

E, é sobre isso que eu estou falando aqui.

Um abraço.

Ricardo Soathman

Eduardo Roque disse...

Beleza, Ricardo, só algumas obs:

Liberdade criativa ñ têm q ter REGRAS CLARAS, pois isso empaca o pp processo criativo resultando em algo do gênero "linha d produção".

Quanto à formação dos editores, entendo e concordo contigo até certo ponto mas aí entra naquela questão: quem seria qualificado? Será q o "escolhido" estaria a fim? Provavelmente a DC teria q ressuscitar o Julie Schwartz

Chamar o Cap d 2ª linha é sacanagem...até por q sempre fui fã do original e me amarrei c/a volta dele

Essa é picuinha mas "questões inquestionáveis foi poético

No +, entendi seu ponto, só ñ concordo d todo

E paro por aqui c ñ vou soar como candinha d novela

Ricardo Soathman disse...

Roque;

O que escrevi não foi crítica a opinão alheia, foi só um fato que passou, aparentemente, desapercebido.

A REGRAS CLARAS tem a ver com liberdade criativa, ou empacar nada... Regras clara TEM de ser estabelecidas para evitar exageros conceptivos. Eu explico. De forma elementar, não fugir da concepção orignal de um personagem, fazer um história, MANTENDO a identdade (não é quem está atrás da máscara, as a concepção estabelecida)do personagem.

Afinal, mudar tudo para criar impacto, não demonstra capacidade, é só preguiça criativa, na minha opinião.

Bom não é o cara que re-cria, bom é o cara qu re-inventa sem mudanças drásticas. Mas, no mercado, conta-se nos dedos, prfissiona capaz de fazer algo assim.

Desculpem o retorno!

Abraço.

Soathman

Ricardo Soathman disse...

Olha, quero pedir desculpas pelos problemas de teclado. Como não dá para editar o post anterior... Se for possível apaguem o primeiro.

Então, concertando...

Roque;

O que escrevi não foi crítica a opinão alheia, foi só um fato que passou, aparentemente, desapercebido.

A REGRAS CLARAS não tem a ver com liberdade criativa, ou empacar nada... Regras clara TEM de ser estabelecidas para evitar exageros conceptivos. Eu explico. De forma elementar, não fugir da concepção orignal de um personagem, fazer um história MANTENDO a identdade (identidade aí, não é quem está atrás da máscara, mas a concepção estabelecida)do personagem.

Afinal, mudar tudo para criar impacto, não demonstra capacidade, é só preguiça criativa, na minha opinião.

Bom não é o cara que re-cria, bom é o cara qu re-inventa sem mudanças drásticas. Mas, no mercado, conta-se nos dedos, os profissionais capazes de fazer algo assim.

Desculpem o retorno!

Abraço.

Soathman

Joseniz disse...

Uma galera de personagens que morreu recentemente ou faz tempo como a terra ou tula, vão retornar como lanternas negras zumbis!

hehehe considero este um jeito legal de retorno dos mortos...

Eu gostei de algums retornos como do arqueiro verde e lanterna porque as histórias que saíram pouco depois foram muito boas(não qe eles tivessem histórias ruins antes, mas só o fato de desfazer o guy gardner warior e revitalizar pra valer a tropa dos lanternas verdes valeu a pena ou de trazer vilões como onomatopéia e uma nova ricardita). E o Barry eu já esperava voltar já que o Marv Wolfman disse que tinha deixado uma brecha para seu retorno.Mas o retorno de Jason Todd... a única coisa boa que vejo nisso é que dá pra matar ele de novo!

Acho que só fica ruim quando estraga boas histórias com histórias ruims

Joseniz disse...

Tem coisas que são nescessárias... no caso da DC podiam muito bem deixar o herói passar o manto adiante e encerrar a história dele. Funcionou muito bem com o flash (tipo é desnescessário o retorno de barry mas podiam fazer isso a hora que quisessem) e pelo que vi vai funcionar com o robin também. Acho que as melhores histórias tem começo meio e fim e as editoras tem medo de dar fim aos personagem por conta em parte, dos fãs chatos que não se conformam com a morte do herói.Boa parte destes retornos na DC surgiram por conta dos saudosistas que queriam seus heróis de volta,mataram o robin? beleza quando crescer vou trabalhar pra DC e escrever uma história em que ele volta porque gosto muito dele.O brubaker trouxe o buck dos mortos e não vi ninguém reclamar por conta das boas histórias, com capitão américa não deve ser diferente.

Ao menos o capitão marvel da marvel não ressuscitou...

Claudio Cardoso disse...

Por isso sou fã do Jim Starlin. Ele sim sabia "matar" um personagem, vide Capitão Marvel.
Um abraço.

Sérgio Tavares disse...

credibilidade jornalística da morte de personagens de quadrinhos? fala sério.

estão matando e ressuscitando personagens desde a década de 50 meu chapa. se a CNN ainda acha que são decisões definitivas, eles é que são meio bobos. rs. e você também na minha opinião.

com todo o respeito, claro. rs.

Amalio Damas disse...

Sinceramente, eu tive que ler novamente a história da volta do Jason Todd para acreditar que os socos na realidade não eram piada.

Depois li atentament o editorial, a capa, o miolo, algum sinal escondido nos desenhos, microgravação nos grampos, pra ter certeza absoluta que não se tratava de um What If.

Olha, não tem Grant Morrison, Alan Moore ou Stephen King que de jeito nisso. Talvez o Geoff Johns.

Enquanto isso as vendas dos gibis caem exponencialmente e os editores não sabem porque.

Spiderjames disse...

Bah. gente, acho que estão desconsiderando a qualidade das estórias por um preconceito imposto pelos colunistas do UHQ. Também fico de saco cheio de hqs rasas e mortes e ressurreições banais (como a do Jason Todd, por exemplo), mas quem critica isso e usa como exemplo a morte do Capitão América e o retorno de Colossus é, com certeza, um macaquinho de arremedo da Wizard norte-americana. Essas HQs são fantásticas, e se as críticas do Sidney Gusman fossem parâmetro de comparação pra alguma coisa, a nossa "maior e melhor revista de quadrinhos" não passaria por reformulações anuais nem falaria de mangás e animes para atrair novos leitores. Acho que, antes de se criticar uma hq, deve-se lê-la, e não repetir as ideias de outros.

Daniel BatSabará Oliveira disse...

para mim, a melhor morte de todos os tempos foi a do capitão marvel da marvel rs bom, claro que era outra época, a edição foi luxuossíssima, um starlin afiadíssimo, enfim, a marvel no auge no Brasil, tudo de bom. o resto ficará para sempre na lata de lixo da história, e que os deuses dos quadrinhos me perdoem, até mesmo a morte do robin, depois da cag.. do equívoco de trazê-lo "de volta"

Ivan Linares disse...

Acho que o problema das ressurreições é o mesmo da cronologia abordado e discutido lá embaixo: a publicação mensal com cronologia e continuidade (cronologia é a seqüência de eventos; continuidade é aquela compulsão de, como disseram antes aqui, o Supermané machucar a mão na sua revista e ter que aparecer na da "Liga dos Vingadores" de curativo).

Não dá pra manter por 40, 70 anos uma série de publicações onde há pelo menos 30 os fatos vão se acumulando. Quando tudo já foi tentado e o desespero bate à porta, só restam ações bombásticas, como matar um personagem. Funciona, rende atenção e dinheiro pra editora.

Mas aí vem o segundo problema das "Majors": o universo compartilhado. O Superfulano morre, o autor que o matou sai uns anos/meses depois e vem um substituto. Este gostava do defunto e "queria escrever histórias sobre ele", mas "ele" está morto... Sem problema, basta ressucitá-lo com uma explicação meia-boca!

E, Jackson, Sérgio, Alex... Lamento, mas quase toda história de ressureição é ruim, tirando uma ou outra mais divertida, planejada pra ser um golpe de marquetingue (como a do Retorno do Super-Homem). E todas são forçadas. O conceito do super-herói é fantasioso, claro, mas não significa que todo ano tenha que haver uma morte bombástica seguida no ano seguinte de uma ressurreição fuleira.

Lembro de ter comprado uma edição especial do "X-Factor": em letras garrafais na capa, "A TRÁGICA MORTE do Homem-Múltiplo!", mais uma vítima de uma porcaria chamada "vírus legado". E, ano e meio depois, sob outro escritor, lá estava ele vivinho! É, inventaram que ele, que se multiplicava, transferiu o tal vírus pra uma duplicata (como, não me pergunte) e pronto! Se não tivesse desistido dos super-heróis alguns meses antes, teria desistido ali mesmo, tamanha a minha indignação!

(aliás, quanto ao Capitão, vi esta interessante coleção de explicações baratas para ressuscitar Steve Rogers: http://riversidehotel.wordpress.com/2007/03/ )

As únicas soluções que vejo (fora da "saída mangá", com séries autocontidas e com final) são: 1a.) Pôr fim à cronologia e deixar as histórias soltas, sem maiores alterações, como nos desenhos animados de heróis, nos gibis da Mônica/Disney/Gasparzinho ou nos fumetti da Itália; ou...

...2a.) Deixar a cronologia, mas acabar com essa pasmaceira de "universo mensal interminável". Escreve-se as aventuras interligadas de dezenas de heróis e, após uns sete a dez anos, termina-se tudo e se relança os mesmos personagens, com novas concepções. A DC fez isso duas vezes com a Legião dos Super-Heróis, um material de certa forma independente das outras revistas. Certamente se poderia fazer algo assim com todas as revistas das "Big Two" também. Quando o peso da cronologia ameaçar desmoronar o edifício... BANG! Taca uma megassaga pra dar uma despedida legal e dá o boot nos personagens.

Soluções perfeitas? Não sei. Só sei que, do jeito que está, Marvel e DC vão sucumbir ao próprio peso do passado. E é por essa e por outras que o mangá domina. E, se abrirem um pouquinho mais a guarda, os europeus também vão pular em cima, queiram todos os santos! Amém!

Sérgio Tavares disse...

Ivan, tem uma terceira solução... deixar de se importar com bobeiras e só curtir as histórias que te agradarem.

mas acho que você já fez isso né?

abraços!