Uma má notícia pode estar a caminho
Há alguns minutos, o editor Cassius Medauar postou no Blog da Pixel um texto no qual comunica aos leitores sua saída da Pixel.
A notícia é péssima, pois como ele era o responsável por toda a área de quadrinhos e pelo teor do texto que escreveu, tudo indica que a editora vai "tirar o pé" ou abandonar de vez o mercado.
O Universo HQ já entrou em em contato com a Ediouro, para obter uma posição oficial, que até agora não foi dada. Desde que a Futuro (representada especialmente por André Forastieri, ex-Conrad) deixou a sociedade da Pixel, a editora carioca detém 100% do negócio.
Medauar preferiu não comentar o assunto.
Segue abaixo o texto de Cassius Medauar:
Escrevo para comunicar a minha saída da Pixel. Os rumos tomados começaram a ser bem diferentes dos planos que tínhamos no começo e eu acabei não me encaixando mais nos planos da empresa.
Continuarei dando consultoria para a Pixel na parte Editorial.
Quero agradecer a todos que acompanharam o meu trabalho desde julho de 2006 na Pixel, os que participaram do site, da comunidade, que elogiaram, criticaram, sugeriram. Vocês ajudaram a gente a fazer uma editora melhor.
Por enquanto não estou indo para nenhuma outra empresa, vou apenas aproveitar as festas de final de ano com minha família, curtir umas férias, e quem sabe no futuro volto a trabalhar nesta área de quadrinhos.
Muito obrigado. Abraço a todos.
Cassius Medauar
Se a saída da Pixel do mercado de quadrinhos se concretizar, mais uma vez os fãs dos materiais da Vertigo, da WildStorm e da ABC ficariam "órfãos" - ao menos até que outra editora adquirisse os direitos das séries.
O catálogo da Pixel tem o recém-(re)começado Sandman, as revistas mensais Pixel Magazine e Fábulas Pixel, 100 Balas (que já havia sido “colocado na geladeira”) e, em especial, Preacher, que faria jus à pecha de "amaldiçoado", pois novamente a saga final do pastor Jesse Custer não seria publicada por aqui.
Além disso, a editora publica Authority, WildCats, Spawn (que teve o contrato renovado recentemente), materiais europeus, como os clássicos Corto Maltese (quatro álbuns) e Emmanuelle, e obras nacionais.
Assim que obtivermos uma resposta da Ediouro, postaremos mais informações. Enquanto isso, só resta esperar e torcer por boas notícias.
67 comentários:
É a vida, nada dura para sempre. Agora é ficar no aguardo para que a Ediouro continue com as publicações, ou que pelo menos tome um novo rumo, mas não abandone de vez os quadrinhos, como o que aconteceu com a linha Star Wars que na união com a Pixel eles jogaram pro escanteio.
Já vai tarde... 2009 até já parece um ano mais promissor sem editores chorosos e editoras medíocres.
Péssima notícia.
O trabalho da Pixel era muito louvável, corajoso e honesto.
MIXES PORCOS, PREÇOS ABUSIVOS, ATÉ QUE A PIXEL DUROU MAIS DO QUE DEVIA.
Na minha opinião, a Pixel Mag era uma das melhores publicações do mercado mensal. Assim como alguns encadernado lançados.
Tentou se investir em material de qualidade, tanto gráfica, quanto editorial.
Uma pena se as coisas forem realmente pro brejo.
Dificil dizer qual a causa disto. Acho que só estando lá dentro pra realmente saber.
Mas, como especulação, acho que os últimos artigos do UHQ, sobre o mercado de quadrinhos, servem como baliza para quem quiser fazer uma análise específica ao caso.
Vamos torcer para um retorno, pois o contrato direitos da Vertigo valiam 05 anos, não é mesmo?
E que alguém, pelo menos, termine de publicar Preacher (Knoc, Knoc, Knoc).
Abraços
Sim, o contrato está em vigência, Guilherme.
Anônimo (pra variar, o cara se esconde), pra mim, Pixel Magazine tinha, de muito longe, o melhor mix de quadrinhos do Brasil. E Fábulas Pixel vinha logo atrás.
Isso porque a editora não precisa se pautar pela cronologia para montar seus mixes.
Luwig, a saída de uma editora do mercado NUNCA é uma boa.
Realmente uma pena mesmo que uma editora saia assim do mercado e tomara que a Ediouro ainda se manifeste dizendo das suas intençòes.
Por enquanto só nos resta torcer mas as evidências não sào muito boas.
Abs,
Zerramos
Primeiro a Conrad (que até agora não disse se vai ou não parar com a publicação de mangás). Agora, a Pixel. Onde é que isso vai parar?! O que pode ter dado na cabeça dos diretores da Ediouro?
E principalmente, há mais alguma editora que não anda bem das pernas no Brasil?
Putz... mesmo nao comprando os materiais da pixel, eles realmente tinham publicacoes muito boas.
Logo agora que acabei de comprar Sandman, vejo essa noticia...
Tomara que eles nao parem com as publicacoes
Infelizmente saímos perdendo mais uma vez, e com essa crise por aí, não vejo as coisas melhorando a curto e médio prazo.
Creio que a Ediouro continuará com alguns títulos, mas com um tratamento diferente e todos para livraria.
Uma pena se a PM e FB sumirem do mapa.
Acredito que não seja o fim da Pixel, mas provavelmente as publicações serão mais pausadas.
O engraçado é que faz poucos dias que o Cássius falou em uma tópico na comunidade da Pixel que a Pixel Magazine vendia bem.
Realmente seria lamentável se eles pararem de publicar Pixel Magazine e Fábulas Pixel
Começar a escrever um texto com o famoso "Sou leitor de quadrinhos a mais de 20 anos..." não é a minha intenção, mas serve para expressar minha tristeza caso as HQs da PIXEL deixem de ser publicadas no Brasil. Digo isso pois em 20 anos de amadurecimento junto a essa mídia, tornaram a existência de materiais adultos e livres de enormes cronologias fundamentais para que eu mantivesse o bom hábito da leitura de histórias em quadrinhos. Fui leitor de quadrinhos Marvel e DC mas com passar do tempo as novelas intermináveis me cansaram e só passei a comprar edições específicas(coisas como a recente Guerra Civil que só li a mini principal de Mark Millar e algumas outras edições anteriores e posteriores)e o Ultiverso por ser fácil de ser consumido já que este é condensado integralmente em um mix. A chegada do Mix da Pixel Magazine foi excelente e me trouxe recordações dos bons momentos junto a extinta Vertigo da Editora Abril. Há anos não tinhamos materiais de qualidade, tanto em conteúdo quanto em forma em nossas bancas e a preços mais acessíveis que aos colocados por outras editoras como a Devir. Foi através deste Mix que conhecia a Promethea de Alan Moore e pude comprovar porque The Authority é tão adorado por muitos leitores. Espero profundamente que a editora não nos deixe orfãos uma vez mais de materiais adultos e de qualidade em bancas tupiniquins. Se isso ocorrer, infelizmente passarei a consumir estes materiais por Scans, transformando meu Notebook em um NoteCOMICbook, o que sinceramente não é a minha vontade.
Valeu!!!
Seria realmente uma pena se as piores previsões estiverem certas.
Não quero ter que parar de ler gibi mais uma vez, na minha vida.
Realmente a saída de uma editora que publica material de excelente qualidade não parece ser algo a se comemorar, eu acho que eles tiveram alguns erros quanto ao formato que publicaram algumas séries, a (na minha opinião) péssima estratégia de fazer "encalhernados" e outras coisas, mas não dá pra negar que publicaram muita coisa boa e que tentaram encontrar a melhor maneira para publicar sem abrir mão da qualidade.
Creio que um ponto que deve ficar para reflexão nesta história toda é se vale a pena uma editora entrar de cabeça e investir maciçamente em publicações de um determinado segmento, como fez a Pixel, ou se é melhor diversificar e publicar com uma periodicidade menor, mas com mais constância como faz a Devir.
Pra mim, esse negócio da Ediouro ficar comprando tudo quanto é editora menor tinha dois motivos, o primeiro era entrar de cabeça no negócio dos quadrinhos e a segunda era diminuir o espaço destas revistas nas prateleiras, para que suas publicações tivessem vez. Acho que o tempo está mostrando que a segunda opção é a mais correta. Mas o que fazer com o contrato da DC? Pagar a multa? Lançar o mínimo possível previsto? Pagar os royalties assim mesmo? Eu quero é que eles se danem (menos o Cassius que era o único que dava a cara pra bater). Os caras nunca quiseram saber dos leitores, mesmo para vender mais, afinal de contas não somos comunistas, como diria Don Barzini. Na verdade nós, os mais "idosos" já estamos acostumados com isso faz muito tempo. Porém na maioria das vezes estes fatos aconteciam com aventureiros como foi o caso da editora Magnum e da Metal Pesado, TEQ, Atitude na década de 90. Agora a Ediouro significava uam esperança para os leitores de gibis chamados adultos. Esqueça. Sabe de uma coisa, acho que vou entrar urgente num curso de inglês e comprar os importados. Chega de dar dinheiro pra gente incompetente, que nem vender o seu produto sabe. Vamos comprar direto na fonte. No fundo a gente sempre vai estar dando lucro pros gringos mesmo. Quer comprar de gente que curte e vive com o NEGÓCIO quadrinhos? Compre dos independentes. Desculpem o artigo.
É uma baita palhaçada mesmo!
Editorazinha sem-vergonha! Falta de respeito do caramba!
Tá, é negócio, tem que vender! Mas respeitem os imbecis do seu público seus ordinários!
E o que que este bando de idiota faz agora com esse monte de revista começada de novo? Vende pra reciclagem? Bota embaixo do santo e reza pra terminar?
Puta falta de profissionalismo do caramba! É por isso que quadrinhos no Brasil não vai pra frente! Qualquer um pode chegar e publicar qualquer coisa! Ninguém tem compromisso com nada! Ninguém tem compromisso em terminar nada!
E agora? Se eu quiser continuar lendo o que eu tava acompanhando vou ter que comprar esses encadernados caros e neste formato ridículo? É lógico! Eles ainda tem o direito, ninguém vai se arriscar e os trouxas aqui compram se quiserem ler, não tem outro jeito mesmo!
Tenham a decência de terminar os arcos que começaram primeiro seus picaretas!
Já vai tarde!
L. Sardinha,
Com certeza chegar publicando tudo com papel caro e prometer mundos e fundos e depois ver que não tem como abraçar tudo e publicar material já publicado em formatos ridículos, não é uma boa estratégia.
As editoras iniciantes devem se ligar que luxo é pra material consagrado! Material conhecido! Uma revista mix mensal em papel de alta qualidade a 10,90 é muita coisa! Isso me parece meio óbvio! Sem dizer a falta de investimentos e marketing (não só propaganda, como pesquisas de opnião pública e estudos de estratégia) que faz uma falta danada! Ou você acha que se basear nas opniões de um blog com pouco mais de 100 usuários pra mudar um mix é pesquisa de opnião?
Todo mundo chega falando que vai abalar Bangu com suas novas publicações e tal... Mas ser leitor não o qualifica pra ser editor. Sem estratégia não se chega a lugar algum! Uma editora que lança no início do ano um catálogo com suas futuras publicações e nem sabe se vai dar conta é pra acabar! Qualquer padaria de bairro tem o mínimo planejamento estratégico do que vai fazer pelo menos no mês!
Falta mesmo é profissionalismo e humildade.
Pois é. Há tempos não comprava gibi de banca. Veio a Pixel e comecei. Em especial, por causa de 100 balas. Estava esperando mais hqs de qualidade. Aí a 100 balas, que parecia mensal, parou e relançaram encalhes encadernados. Perdi as esperanças de encontrar gibis bons na banca. Agora dou uma olhada e vou embora. E dá-lhe pdf e gibi de livraria.
e aí vai um comentário: gostaria muito de ser editor, pois sou cartunista do sul do Brasil. Conhecemos bem os argentinos, uruguaios, chilenos e os brasileiros que atuam no mercado europeu. Esses seres maravilhosos que nunca chegam ao centro do Brasil.
Qualquer um pode ser editor, meu chapa! Basta ser um cretino, prometer mundos e fundos, além de usar uma demagogia aqui, um misteriozinho editorial ali, enfim... coisas que se vê no meio desde os anos 70.
Como eu sou muito mais idota que a maioria dos ursos, cheguei a mandar uma sugestão para o Odair no comecinho do projeto, sugerindo que ele lançasse revistas mix, no mesmo formato da Panini, americano e papel pisa brite, aproveitando o parque gráfico da Ediouro, porque eles estariam oferecendo ao público um produto ao qual eles já estavam habituados, devido ao sucesso que a Panini conseguiu com este formato. Me senti um inútil, quando ele respondeu que tinham um projeto diferenciado para o mercado e blá, blá, blá. Agora até que eu estou me chando espertinho, hehehe!!
E viva o "projeto diferenciado" dele! Viva o luxo gráfico em tudo qualquer porcaria! Viva os preços altos! Viva os troxas que estão com revistas pela metade!!! E viva o mercado editorial brasileiro!
Por um lado fico feliz em ver que os leitores aqui estão enfim vendo que o buraco é mais embaixo.
Nessas horas, quando uma publicação fracassa (ou mesmo uma editora inteira fracassa) o que mais se diz é que A CULPA É DA CRISE ou pior: DIZEM QUE A CULPA É DOS LEITORES!
Mas não dá mais pra certas editoras disfarçarem sua incompetencia. Todo mundo tá começando a ver o tamanho do amadorismo e desrespeito que diretores editoriais ainda insistem em propagar na lida com quadrinhos.
Depois dessa, vamos ver se o Andre Forastieri vai ter a cara de pau de fundar mais uma editora de quadrinhos e prometer de novo o que não vai cumprir só pra pular fora do barco antes de afundar.
Contando com a Conrad (enquanto não lembro de mais alguma) esse já é o segundo fumo que os leitores brasileiros levam. Espero não cair de novo no golpe das "melhores HQs do mundo" publicadas por uma editora "inovadora" de fundo de quintal.
Moçada, calma. Primeiro, vamos deixar claro que o Forastieri nem está mais na Pixel. Sua saída, comenta-se, pode até ter sido por conta dos rumos que a Ediouro queria dar ao negócio Pixel.
Como escrevi no Orkut, é verdade, sim, que as editoras que trabalham com quadrinhos tratam tudo às escondidas. Eu e o Nasi temos batido pesado nisso em nossas colunas, inclusive. Hoje, elas nem se preocupam em estar no IVC - Índice de Verificação de Circulação. E, assim, afugentam inclusive os anunciantes - como eles podem ter certeza das vendas, afinal?
Pelo que sei, a Pixel tem, sim, títulos que estão acima do break (a linha de corte entre lucro e prejuízo), mesmo com o papel de luxo. Mas o que não dá para saber é qual era a expectativa da Ediouro em relação ao negócio.
Quando fiz aquela entrevista com o Forastieri, o Odair e o Cassius (dêem uma busca no UHQ), uma das minhas perguntas foi justamente sobre materiais Vertigo, WildStorm e ABC não serem campeões de venda. Mas muita coisa deve ter mudado após a Ediouro adquirir a parte da Futuro e passar a deter 100% da Pixel.
Resumindo, então: nesse nicho, quadrinhos dão lucro quando bem trabalhados - basta ver quanta gente vem lançando-os. Mas não são lucros exorbitantes. Se a editora quiser uma nova Turma da Mônica, um novo Dragon Ball, certamente verá frustrada suas expectativas.
O lance é mesmo esperar para ver o rumo que a Ediouro tomará. Espero que seja um "pé no freio", como escrevi. E não uma brecada total.
Bem lembrado, Sidney! Revistas em quadrinhos não aparecem no IVC - no máximo aparecia as da Turma da Mônica
Podem falar o que quiserem do Maurício de Sousa, mas o cara é um empresário nato! Não é a toa que Turma da Mônica ainda existe - uma única palavra: profissionalismo!
No fundo me senti vingada... pois eles NÃO retomaram a publicação de "Arthur, uma epopéia celta"
Mas falando da Pixel... uma pena! No fundo eles até faziam um trabalho bacaninha... só era dureza comprar a Pixel Magazine e a Fábulas Pixel por mais de dez contos...
e ver o mix mudado o tempo todo sem respeitar os compradores que acompanharam desde o começo.
Eu devia ter parado de comprar quando tiraram Promethea.
Mas dei meu voto de confiança... Tsc...
Só lamento o fato de a Pixel não concluir Promethea, nem Freqüência Global. Ela vinha fazendo um bom trabalho.
PS: Além da maldição Preacher (toc, toc, toc), pdíamos incluir a maldição Lúcifer (nunca publicado como se deve no Brasil) e a maldição Arthur: uma epopéia celta (a Ediouro podia fazer um esforço para concluir esta minissérie), hehehe!
Uma coisa é certa,se virar um ditador nunca invada a Rússia (vide napoleão e Hitler). Quando virar um editor nunca publique preacher. Não sei se é pelo fato do Brasil ser o país de maior concentração de católicos do mundo ou pelo público vigente seja menor que o requerido pela editora, mas uma coisa é certa a maldição vigora ha ha ha. E sobre a Pixel orelhas em pé, pode não ser o fim do jogo. Voltar-se exclusivamente para o mercado de encadernados ainda é uma boa opção. E é sempre essencial para qualquer mercado ter um concorrente, isso impõem a qualidade sempre em voga.
Lembrando ainda que a Ediouro está parecendo a Marta Suplicy e o Luxemburgo que tem SRI - Síndrome de Rainha da Inglaterra, e até agora não fez nenhum "pronunciamento" oficial, deixando novamente a hombridade nas costas do sempre presente ex-editor Cassius Medauar. Será que essa empresa não tem um gerente, diretor, presidente ou coisa que o valha, que algum dia ouviu falar de relacionamento com o cliente?
Lançar encadernados caros em formato medíocre e periodicidade "sabe-se-Deus-lá-quando" é a alternativa que eles vão escolher? Por mim podia fechar e passar os direitos pra alguém mais profissional e menos baba-ovo.
Sem falar na falta de profissionalismo de lançar uma bomba dessas no Blog e deixar a galera advinhando o que eles pensam sobre o assunto.
Só não terminaram o Preacher ainda por terem ficado lançando um monte de coisa nova sem nunca terminar o que já haviam começado e agora vão deixar tudo pela metade.
Isso devia dar processo!
Rodrigo, entendo sua frustração. Todos estamos sentindo essa "raiva". Mas o Cassius colocou isso no Blog porque sempre teve uma relação do trocar idéias com seus leitores. Nada mais natural, portanto, que informasse a saída dele.
Pela falta de respostas da Ediouro sobre o tema (tenho tentado desde que publiquei este post), minha impressão é de que nem a editora sabe ao certo o que fazer. AFinal, há um contrato em vigência. E não é barato.
Por fim, discordo de sua queixa de "mudarem o mix toda hora". Isso só rolou na Pixel Magazine com a saída de Promethea (algo óbvio, já que era preciso um título forte em Fábulas Pixel, que, por uma triste ironia, pode nem estrear) e pelo fim de Planetary.
De resto, Pixel Magazine, repito, era a melhor revista mix do nosso mercado, com folga.
Voltei de viajem e sou pego de surpresa por tal notícia.
É triste o que eu vou dizer, mas eu já pressentia, lá no início, que isso ia acontecer.
E foi esse pressentimento que me fez tomar, há tempos, a decisão de praticamente abandonar a compra de quadrinhos no Brasil. Não cheguei a comprar uma só revista da Pixel.
Na verdade, há alguns anos eu já estava distribuindo minhas compras entre o mercado nacional e a aquisição de encadernados no exterior, conforme as possibilidades. Mas comprava pela Devir títulos como os da Wildstorm e ABC, até para prestigiar as publicações nacionais. Certo, os encadernados da Devir eram caros e às vezes excessivamente luxuosos, mas sendo criterioso era possível adquirir coisas que realmente valiam à pena (em que pesem algumas falhas editoriais), como Top Ten, Planetary e Authority.
Aí, para minha surpresa, sem que a Devir houvesse concluído a publicação de todos os títulos que tinha iniciado, de repente a linha Wildstorm e ABC passou para as mãos da Pixel. Essa nova editora (sem tocar no mérito da decisão) passou a publicar coisas como Planetary e Authority em um formato totalmente diferente daquele da Devir. Reitero que não estou discutindo aqui o acerto dessa decisão, porque não sou especialista no mercado - só posso dizer que, como leitor, não curti muito essa mudança no estilo de publicação. No mínimo, reforçava que o mercado para esses quadrinhos americanos fora do 'mainstream' Marvel/DC era muito frágil no país, e que, a qualquer momento, poderia haver descontinuidade na publicação pela Pixel também. E foi nisso que "apostei" (no sentido de projetar qual seria a melhor estratégia para gastar o suado dinheiro do meu bolso e ter, a longo prazo, maior equacionamento de custo/benefício).
Foi aí que larguei de vez a compra no país. E foi graças a um presságio de que um dia haveria uma nova reviravolta no mercado brasileiro, dessa vez em relação à Pixel.
Isso é triste. Eu tinha razão, mas nem por isso é menos triste. Fico imaginando a situação daqueles consumidores que estavam acompanhando muitas coisas importantes pela, por terem "apostado" numa estabilidade futura do mercado brasileiro (às vezes até por falta de outra alternativa).
Um exemplo é o encadernado do Monstro do Pântano. A editora Pixel fez uma festa quando lançou o primeiro volume. E aí? Quem começou a comprar vai ficar órfão? (estou até pensando em vender minhas edições da Abril no ML, porque afinal é a única versão completa até hoje no país) E Promethea, como fica? E fábulas?
Claro, hoje não compro tudo o que gostaria de ler (e, como detesto quadrinhos digitalizados, inclusive por razões éticas, não usufruo dos scans). E também estou sujeito às flutuações do dólar, que é como uma maré que às vezes beneficia o pescador, e outras vezes limita a compra de dois ou três "peixes" por mês. Por outro lado, tenho sempre a segurança de que terei em minha estante, nem que seja a longo prazo, todos os títulos que adquiri completos e no mesmo formato do início ao fim, sem medo de descontinuidade. Com essa técnica, já consegui concluir a aquisição de coisas que só agora ensaiam aparecer no Brasil. Agora, com a editora Cinebook publicando algumas obras européias, até essa opção se tornou possível.
Esse é o testemunho de um "pessimista" no que pertine a esse assunto. E sinceramente LAMENTO que as projeções pessimistas se confirmem, mesmo que não me prejudiquem. Ao fim, consumir quadrinhos no país é sempre uma questão de observar e fazer projeções futuras, porque no final das contas, e a longo prazo, você coloca uma bela grana nesse "investimento" - e pelo jeito o negócio é ser um "investidor austero".
Desejo a todos uma melhor "maré" em 2009!
Pois é Sidney,
Eu estou com muita raiva mesmo. Mas pela sensação de otário que estou sentindo.
Acompanhei a Pixel Media desde o primeiro número, fiquei com muita raiva quando tiraram a Promethea do mix e agora quando enfiaram a sacal Ex-Machina. Realmente mesmo assim ainda era um baita mix legal. Pena que agora morreu e isso é a única certeza na Pixel: As duas revistas mix dançaram!
E agora? Vão prosseguir publicando os encadernados caríssimos e ridículos que ela publicou até agora?
Monstro do Pântano me da raiva de olhar na estante. Cheguei a achar que concluiriam a saga toda.
Bom, do mais, fica algum ensinamento pra esse povo. Talvez tenham aprendido um pouco sobre o mercado e ainda tem muita coisa pra mudar e aprender.
Fico na torcida.
decepcionante essa notícia. Só gostaria de acrescentar que não imagino alguma editora querendo ter interação com os leitores através de blogs e fóruns se não cumprem o que prometem, escondem o jogo e param uma publicação quando bem entendem. Quem vai ter coragem de colocar um post lá de novo ou acreditar no que o próximo editor vai falar. Não sabemos o que acontenceu, pode até não ser culpa o medauar, mas que no final ficam todos com cara de palhaço isso fica.
Abrç,
Pedro D.
Para quem acompanha o mercado de quadrinho há algum tempo , apenas repetiu-se um padrão que acontece desde o início dos anos 90 , quando editoras pequenas, com pouco "know-how"e pouco cacife editorial lançam títulos cujas tramas se resolvem em muitos números , causando essa frustração recorrente nos leitores.
Daqui a dois ou três anos vai acontecer a mesma coisa com outra editora nova qualquer.
Os títulos Vertigo deveriam sair pela Panini, que tem dinheiro pra rasgar.
Sidney, era essa a bomba que, se acontecesse, iria mudar o panorama editorial, divulgada por você alguns meses atrás?
Não, Torfe. Aquela era a aquisição da Conrad pela Ediouro, que furou!
Renato, o lance é saber se a Panini quer os títulos da Panini, que não são baratos e que, todos sabemos, não vendem aos borbotões.
Bom, ninguém pode reclamar de quem resolve comprar as revistinhas dos EUA diretamente, eu já comecei a comprar os Omnibus e Showcases da vida.
Pelo menos Constantine e Monstro do Pântano, 100 Balas, Promethea, Y , Preacher e Invisíveis acho que dá pra manter publicando se a editora souber trabalhar sem exageros.
São títulos já começados ou clássicos e que todos querem ver terminar.
Nada de encarecer o produto, nada de superfaturar algo pra uma meia-dúzia de desejosos de luxo no arroz e feijão.
Mas... quem sou eu pra querer editar alguma coisa... ah! eu posso! Qualquer um faz!
Pelo visto o pessoal não entendeu ainda que Vertigo/Wildstorm/"Quadrinhos Adultos" barato não vende. Tem que ser encadernado a 50 reais mesmo á la Devir/Mythos.
Infelizmente, esse tipo de quadrinhos no Brasil não é pra todo mundo.
É sonho imaginar
o Hellblazer com papel
Jornal custando 6,90.
Sidney, dentro do tema "se a Panini tem interesse na Vertigo", gostaria de uma explicação: exatamente como funciona a Panini? Ela é uma editora virtual, cujos diretores ficam na Itália e decidem tudo? Qual a participação da Mythos nesse processo? Pelo que se especula em blogs sempre fica parecendo que ela pode trabalhar no vermelho. Isso tem algum fundamento?
Pena! Pelo jeito, vai sobrar somente os heróis da Panini. Compro, mas eu adoro o material Vertigo. E acho que Ediouro não vai continuar na área (tomara que eu esteja errado).
A coisa tá feia lá no blog. A Pixel não se pronuncia e o Cassius entrou na onda dos caras que partem pra ofensa pessoal.
Inclusive fazendo comentários bem inoportunos sobre as manifestações do pessoal.
Que pena.
Alguém mais está tendo problemas com o blog lá ou trancaram o danado?
Abraços!
Já vai tarde mesmo, sairam botando banca e adquirindo mais direitos do que conseguiram administrar e novamente deixaram o leitor brasileiro com promessas e séries incompletas.
Eu confiei pra pixel pra publicar o monstro do pantano de alan moore, não chegaram nem ao segundo volume, Ridículo.
Nunca entrei no blog da Pixel, e agora fiz uma rápida visita.
O fato do pessoal da Pixel ter deixado o blog ativo, sem dar qualquer satisfação aos comentários publicados lá, demontra uma certa falta de profissionalismo. O único que se manifesta é o Medauar, mas creio que o melhor seria ele não colocar lenha na fogueira dos leitores que o provocam. Rebaixar-se ao nível dos infelizes que o criticam (e rebaixa-se, quando utiliza de ofensas pessoais para rebater essas críticas... o melhor seria ignorá-las) não faz bem para sua imagem profissional.
Mais uma coisa: convém avisar que o "Victor" que aparece comentando lá no blog da Pixel não sou eu.
Bom, até agora muita especulação e a única coisa concreta foi a saída do Cassius. Pena, o trabalho, como já foi dito aqui, era muito bom: melhor mix do mercado.
Respeito a opinião dos colegas acima, mas não vejo muito sentido em criticar algo com base apenas em suposições, ou, então criticar o passado (apenas com críticas de valor), pois, oficialmente, não sabemos o que efetivamente vai acontecer em 2009.
Lógico que as perspectivas não são boas e, como o Sidney já disse, assim houver novidades saberemos, haja vista que ele está em cima da Ediouro em busca de mais notícias oficiais.
Pessoalmente, minha única expectativa é a de um pronunciamento oficial da Ediouro, seja para dizer que todos futuros lançamentos serão para livrarias, seja para cancelamento da Pixel Mag e Fábulas Pixel.
Ou então para mandar todos nós para Amazon atrás de Preacher, DMZ, Ex-Machina, Y-The Last Man, Promethea, Fábulas, Hellblazer...
Olha o furo...mandei um e-mail para a Pixel about the future, olhem a resposta:
Prezado Sr. Amalio,
A Pixel continuará normalmente, mas com periodicidade de lançamentos ajustada ao momento econômico.
Agradecemos o contato e disponha sempre do nosso atendimento.
Atenciosamente,
Dayana Faria
SAC - Livros
Tel.: (21)3882-8416
Ediouro Publicações
Boa, parabéns ao Amálio!
Outra coisa que queria falar e percebi aqui e em outros fóruns de discussão.
Muita gente critica editor X porque mudou revista Y do mix, ou que o mix W é ruim, que Z é melhor e tal...
Nem vou entrar no mérito de que todo mundo só quer ver o que gosta em uma revista, mas minha dúvida é: o que efetivamente faz um editor de quadrinhos? Ou melhor, o que faz um editor de quadrinhos no Brasil?
O UHQ tem algum artigo sobre isso?
Pergunto isso porque acho que antes de criticarmos algo, é bom saber como funciona, e que muitas vezes é mais fácil falar do que fazer.
Abraços
É a CRISE, galera.... (a financeira, não a da DC....rs)
Hoje comprei a edição 21 da Pixel Magazine, é triste ler no editorial que "ano que vem tem mais"... sabendo dessa notícia ANTES...
Amálio, matou a pau. Excelente a idéia de alguém nos esclarecer qual o dia-a-dia de um editor de quadrinhos, e qual exatamente o seu poder decisório em uma Editora (desconfio que pouco, ele é um trabalhador como todos nós e precisa agradar a seus patrões para ganhar seu salário).
Acho que os quadrinhos da Vertigo não deixarão de ser publicados no Brasil. O problema é a peridiocidade, a variedade de títulos e a constante mudança no formato (sem falar no preço). Aí é que "o porco torce o rabo".
A Ediouro já colocou um textinho no bloco de notas para nos responder.
Mandei dois e-mails, um extremamente educado e outro um pouquinho grosso. Ambas as respostas foram iguais ao do colega aí em cima.
Esse blog aqui conseguiu uma resposta: http://spawnalley.blogspot.com/2008/12/novas-notcias-sobre-spawn-e-pixel-media.html
"Desde o dia 11 desde mês muito estão querendo obter notícias de como será o futuro da Pixel Media após a saída de Cassius Medaur, editor que a conduziu por quase 2 anos. Alguns dias depois do ocorrido consegui entrar em contato com Odair Braz Jr., primeiro editor da Pixel. Ele me informou que sempre houve um embate entre os editores e a Ediouro, editora carioca sócia da Futuro. Ele acha que após a saída de Cassius dificilmente a Ediouro vai se manter no ramo dos quadrinhos por falta de pessoas experientes na área e não fazia sentido continuar vendendo quadrinhos com a saída do editor. Mesmo se permanecer, talvez só lance quadrinhos sem periodicidade fixa, como Sandman e Corto Maltese. Já as séries mensais Pixel Fábulas, Pixel Magazine e Spawn dificilmente continuarão em 2009.
Sobre a multa rescisória da DC Comics sobre o não cumprimento do contrato de 5 anos, ele acha que a Ediouro deve analisar. Se o valor da multa for equiparado aos gastos de produção dos quadrinhos, então eles devem pagá-la ao invés de ariscar lançar revistas agora que editora está começando a decair. O mesmo vale para Spawn, já que o seu contrato é bem recente.
Também perguntei a ele sobre o que ele achava dos títulos Vertigo, Widestorm, ABC e Spawn irem para outra editora, como a Panini. Ele acha realmente que a editora paulista deve obter a linha adulta da DC, mas não deve lançar com regularidade, lançando apenas alguns títulos ocasionais. No caso de Spawn, ele me informou que é um produto que deve interessar às demais editoras pois na época em que ele assinou o contrato com a TMP duas outras editoras (provavelmente Panini e Mythos) estavam em disputa pela sua aquisição, porém a Pixel conseguiu levar vantagem.
Também consegui entrar em contato com o Cassius Medauar. Por enquanto ele vai realmente entrar “de férias” e continuará dando assistência à Pixel como editor freelancer, mas não estará à frente das publicações. Segundo ele, Spawn deve continuar, mas não tem certeza sobre outras publicações, como o caso de Spawn Mangá (cuja a renovação de contrato já contava com esta revista para o ano que vem) e a série Spawn: Godslayer, cujo especial foi lançado ano passado pela Pixel. Ele afirmou também que antes de sua saída, os novos volumes de Fábulas Pixel e Pixel Magazine já estavam fechados, porém ainda não sabe se serão lançados este mês.
Perguntado sobre a possibilidade dele ir para outra editora, disse que por enquanto pretende ficar com a família por um tempo. Já os motivos de sua saída realmente foi sobre não concordar com algumas políticas adotadas pela Ediouro em relação aos títulos publicados.
E por último, consegui, finalmente, entrar em contato com Dayana Faria do Serviço de Atendimento ao Consumidor da Ediouro através de e-mail. Perguntei a ela sobre os novos rumos da Pixel, a saída de Cassius Medauar e a possibilidade de falência da editora. Eis a primeira resposta oficial da Ediouro depois dos acontecimentos:
Prezado Sr. Leandro Cruz,
A Pixel continuará normalmente, mas com periodicidade de lançamentos ajustada ao momento econômico.
Agradecemos o contato e disponha sempre do nosso atendimento.
Atenciosamente,
Dayana Faria
SAC - Livros
Ediouro Publicações
Agora vem a questão: o que significa “momento econômico”? Seria sobre a crise financeira que a Pixel está começando a apresentar?"
Boa, Amálio.
Essa resposta eles me mandaram também, mas estou em busca de mais definições.
Vamos ver. Tomara que seja mesmo só um pé no freio.
Guilherme, tem uma coluna que fiz pra Wizard sobre o papel do editor de quadrinhos no Brasil. logo, logo, ela será remasterizada no UHQ.
Adeus Sandman? =(
Gente, quando eu coloquei furo, deveria ter colocado entre parentêses, é óbvio que esse texto é prosopéia flácida para acalentar bovinos. Parabéns as outros que conseguiram a mesma resposta.
Quem estava por dentro do mercado sabia que a Pixel não ia durar muito. As informações que tenho de fontes confiáveis é de que o buraco da editora estava por volta dos 2 milhões de reais. Isso mesmo, dois paus. A única saída para a Pixel era a Ediouro comprar a Conrad e fundir as duas. O destino da Pixel foi selado no momento em que a Ediouro desistiu do negócio.
Eu pessoalmente não gostava do trabalho da Pixel (produtos com erros grosseiros de revisão, tradução ruim, falta de orelha e por aí vai...), mas entendia a importância do espaço que ela ocupava.
Esses têm sido dias estranhos para o mercado de quadrinhos, mas nem tudo é notícia ruim... a Pixel minguou de vez e a Opera Graphica fechou, mas a Cia. das Letras está entrando no mercado e semana passada a Conrad fechou acordo com investidor e vai entrar em 2009 capitalizada.
O ano que vem será bem interessante.
Bom, é a primeira vez que comento aqui... As revistas da Pixel há muito eram as mais aguardadas e as que eu leio com mais ansiedade.
É claro que eu fiquei "p" por ter que comprar Y de novo, acho que em "100 balas" erraram feio...
As republicações relamente me fizeram, pela primeira vez, não comprar algumas coisas. Deve ter ocorrido com bem mais gente, que quer ver a história adiante.
Se são revistas que não tem tanto apelo, tem um ocntingente de leitores que já acompanhou em outro momento essas publicações. Realmente alguém precisa lançar a história inteira do Preacher antes de lançar o que interessa para todos que estão esperando?
Eu tenho um orçamento generoso para quadrinhos - não poupo despesas neste item, mas realmente pareceu absolutamente sem sentido comprar algumas coisas.
Mas torço para que a Pixel continue por aí, e dê seguimento ao trabalho, nem que seja na forma de encadernados. O que me importa é ler as histórias.
É amigo... Mas nem todo mundo nesse país dispõe de um orçamento gordo para quadrinhos. E é nessa que quem dispõe acaba ficando sem ter onde gastar esse orçamento.
Baratear, divulgar e investir é o que há.
Quando os clientes começaram a chamar os encadernados de "encalhenardos" - uma forma de deboche - a luz amarela já deveria ter acendido. Quando a Pixel coloca em seu site o termo "encalhernado" como título de mais um lançamento, perdeu-se o respeito consigo e com os clientes.
Eu acredito que o consumidor do material da Pixel é de pessoas com mais de 20 anos, que trabalha e tem - ou deveria ter - independência. Então, R$20,00, R$50,00 ou R$100,00 mensais não deveriam representar um peso em seus orçamentos. Posso estar muito enganado, mas este comentário eu tiro por base de meu circulo de amizades. Sou do interior de MG, logo o pessoal do "Eixão" não pode estar pior que eu.
A solução é fãs organizarem bolões da Megasena e quando ganharem contrarem esses velhacos do mercado de quadrinhos e montarem uma editora de verdade. rsrsrs.
Caros;
Palavra de quem esteve lá dentro: é difícil demais as coisas vingarem na Ediouro.
Implementei, junto com o Rodrigo Fonseca, o depto de marketing da Ediouro Quadrinhos, antes de virar Pixel. O que tínhamos imaginado para a editora mudou totalmente com a chegada da Vertigo assim, de estalo. E tenho certeza que, após a minha saída, muitas outras vezes tudo mudou.
Muita gente que não conhece querendo mandar, pessoas que não são daquela unidade querendo dar pitaco, quem conhece tem que baixar a cabeça... É o mínimo que posso dizer.
Não falo com ranso de ex-funcionário, mas sim de quem se dedicou para um projeto com identidade, o qual ruiu em prol de um imediatismo (em termos de lucro) que, quem conhece um pouco do mercado, sabe que não acontece.
Sempre tive minhas diferenças internas em relação à maneira de trabalhar, o que publicar, textos, revisão, várias coisas. Mas uma coisa posso dizer: nem na época de Rodrigo, nem na de Odair ou Cassius, os editores foram os principais culpados pelos problemas de distribuição (que eram muitos), o acúmulo de funções para poucas pessoas, a não continuidade de publicação de certas séries (como Artur) ou a falta de respeito com o público.
Há algo de podre no reino da Dinamarca. Mas podem ter certeza, é mais pra perto do Rei.
Amigão, um adendo: é RANÇO e não "ranso". Há, também, erros de concordância nominal e um paralelismo sintático no último parágrafo, além de um uso equivocado de preposição, no penúltimo. Coisas que, sendo você um profissional da área, não poderiam existir, salvo em intrínseca subjetividade emotiva e confessional - coisa que me pareceu ser o caso. Em tempo: não sou, mas estou anônimo porquanto não tenho blog, mas essa é uma outra história, outro problema, para uma próxima visita.
DIRETO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR:
Citação:
"Prezado Sr. José,
A Pixel continuará normalmente, mas com periodicidade de lançamentos ajustada ao momento econômico. A Pixel NÃO será fechada mas sim ela deixa de ser uma empresa independente e passa a ser um selo do Grupo Ediouro.
Agradecemos o contato e disponha sempre do nosso atendimento.
Atenciosamente,
Dayana Faria
SAC - Livros
Tel.: (21)3882-8416
Ediouro Publicações"
Foi com tristeza que peguei a ediçào 21 da Pixel Magazine e assim será com a Fábulas-Pixel #5. E diante de respostas assim vagas do SAC da editora o horizonte para 2009...tsc...tsc...sei nào, sei não.
Snif...snif...
Zerramos
Meu caro anônimo. Caso queira, podes assinar sua postagem desta maneira.
Rodrigo Ramos
Ou pode vir aqui com algum texto sarcástico, cheio de coragem pra não por seu nome e ainda chacotar de quem veio até aqui com boa vontade expor o que viu e que todos nós sabemos que só tem a piorar.
Abraço
Rodrigo Ramos
Anônimo, há uma opção de colocar o nome mesmo não tendo um login no blogspot.
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