30 julho 2006

Vendendo e comprando quadrinhos

Comic ShopA cena é corriqueira. Você está num local que, entre seus produtos (ou como produto principal) vende revistas em quadrinhos, e não consegue encontrar o item que está procurando. Obviamente, procura o atendente ou dono da loja, e pergunta sobre aquela obra em questão. Para sua surpresa ou indignação, recebe como resposta um “não sei”, ou “acho que não, teria que procurar”.

Paciência, você pensa, e continua sua busca. Eis que encontra a dita cuja, e não graças à ajuda de ninguém. Quando vai pagar, o ser humano do parágrafo anterior faz de conta que não percebeu que você localizou a revista que tanto queria, que ele nem sabia ter na loja.

Este é um exemplo genérico, entre outros piores, sobre algo que me intriga profundamente. Com um mercado tão concorrido em todas as áreas, o profissional de vendas, seja executivo ou comerciante, deve estar cada vez mais “antenado” com seus clientes. Por que no mercado de quadrinhos isso é exceção, e não regra? Lembrando que nem todo local é assim, obviamente - também existem bons profissionais.

Mas vamos dar uma rápida passada por uma aula de administração de empresas. Será que as regras do comércio e os fundamentos teóricos básicos de vendas estão presentes neste ramo de atividade? Vejamos apenas três deles – sem esquecer das óbvias diferenças entre bancas de jornais, lojas especializadas, sebos e livrarias:

Simpatia - É o mínimo exigido. Vamos supor que você visita uma mesma loja ao menos uma vez por semana, há mais de cinco meses. Se após esse periodo ninguém lhe dá sequer um “boa tarde”, ou fingem que não conhecem você, talvez seja hora de pensar seriamente em mudar o local de suas compras. Sabemos que, fora as pessoas “normais”, alguns nerds colecionadores de quadrinhos são um tanto quanto estranhos, mas, ainda assim, merecem ser atendidos decentemente. E ninguém gosta de cara feia, ainda mais quando vai gastar dinheiro.

Conhecimento do produto - Sabe a Liga da Justiça cômica? Pois é. BWA-HA-HA-HA-HA-HA... só rindo mesmo. Lógico, nem todo lugar é assim, mas vamos aos fatos: na maioria das vezes, os lojistas não sabem o que estão vendendo. Impressionante.

HQs e afinsCom a verdadeira inundação de todos os tipos de quadrinhos em nosso mercado, é impossível que qualquer um, incluindo o vendedor, consiga ler tudo. Isso não é necessário, nem deve ser exigido. Mas se aquela pessoa que está ali, no balcão, nem ao menos gosta de HQs, como vai prestar um atendimento decente?

Imagine um açougue no qual o atendente não sabe nem diferenciar as carnes. “Eu queria 1 kg de picanha!”. E o cara coloca no pacote 1 kg de alcatra. Você volta lá? Não precisa responder.

Outra situação hipotética: você entra numa loja de perfumes, para comprar um presente para alguém. Não fica muito mais fácil quando o vendedor(a) lhe passa informações sobre os produtos? Se você pensou neste momento algo como “Nossa, Naranjo, parabéns, você descobriu a América...”, pode parar de tirar sarro. Acredite, meu amigo, na prática não é tão simples assim.

Vale também lembrar que o cliente comprador de quadrinhos, boa parte das vezes, é bem informado sobre o assunto. Ele lê revistas informativas e acompanha sites especializados, como, por exemplo, o Universo HQ. :-)

O que o lojista pode fazer, então? No mínimo, o mesmo que o leitor: demonstrar interesse. Saber diferenciar os gêneros e as editoras já é alguma coisa. Localizar rapidamente os produtos também ajuda, ou melhor, é importantíssimo. Ter noções básicas sobre os melhores autores é um requisito interessante. Se puder ler um pouco e fornecer dicas de produtos com propriedade, melhor ainda. Atender com boa vontade, veja só! Com isso, é grande a chance do cliente comprar mais do que pretendia. Que tal?

Disposição dos produtos - Tem coisa pior do que ir ao supermercado e não encontrar o que está procurando? Imagine se o item de limpeza que você quer está junto com os chocolates. Pois algo similar acontece, principalmente nas livrarias. Antigamente, era uma luta inglória encontrar quadrinhos nas grandes redes e lojas. Hoje, devido ao elevado número de lançamentos, elas tiveram que se render e disponibilizar um setor exclusivo para HQs. Normalmente, na ala infantil. É hilário encontrar nesse espaço obras adultas, quando não eróticas, como Omaha, a Stripper ou O Clic, à disposição para serem folheadas. No dia que uma mãe encontrar o filhote com um destes álbuns nas mãos e der aquele escândalo, quem sabe os responsáveis acordem para a realidade...

Mais HQsIsso que não vou mencionar tópicos como Aptidão para vendas, Conheça o cliente, Venda valores e por aí afora, que podem perfeitamente ser adaptados para todos os ramos de negócios. Afinal, hoje, com o mercado tão competitivo, o cliente vem em primeiro, segundo e terceiro lugar.

Antes que alguém reclame, sei que temos lojas que conjugam ótima gama de produtos com atendimento adequado e simpático. Nem precisa de propaganda, porque você sempre vai indicar para os amigos e voltar lá, não é mesmo?

Para ilustrar essa matéria, coloquei algumas imagens de uma loja especializada norte-americana. E por ora ficamos por aqui, que estou com vontade de comprar revistas em quadrinhos. Sem brigar com o atendente, de preferência.

28 julho 2006

O Universo HQ está de luto

Dia muito triste para todos nós do Universo HQ. Faleceu ontem, às 10 horas, vítima de um derrame, o amigo Joseph Luyten, marido da nossa querida colaboradora Sonia Luyten.

Joseph LuytenJoseph era uma pessoa maravilhosa, alto astral, sempre de bem com a vida. Além disso, era uma personalidade importante na cultura brasileira. Deu aulas em diversas universidades como a Cásper Líbero, ECA-USP, FIAM, Superior de Propaganda & Marketing e Metodista, e era um dos maiores pesquisadores e propagadores da literatura de cordel do país. Detalhe: ele era holandês!

Publicou A Literatura de Cordel em São Paulo (Loyola), Um século de literatura de cordel (Nosso Estúdio Gráfico), O que é Literatura de Cordel? (Brasiliense) além de outros livros. Uma perda irreparável!

Seu enterro será hoje (28/07), às 17 horas, no Cemitério Campo Grande, na Av. Nossa Senhora do Sabará, 1371 - Santo Amaro.

À Sonia, filhas, genros e netas, fica o meu carinho, pois Joseph era um amigo da família; e o de todo o time do Universo HQ, a quem ele recebeu sempre tão bem.

Joseph fará uma falta danada aqui, mas com certeza deixará o andar de cima mais alegre.

Grande Joseph, saudades!
Sobre os reviews

Como o Nara informou, pela primeira vez em muito tempo, o Universo HQ ficará duas sextas-feiras sem atualizar os reviews. A "culpa" é minha.

Como só eu edito as resenhas e estou com uma carga de trabalho absurda, não tive como mexer no material. É bem verdade que a atualização do Superman teve 40 reviews, o equivalente a três atualizações normais, mais ou menos. Mas, ainda assim, gostaria de me desculpar com nossos leitores e, especialmente, nossos colaboradores, que continuam mandando seus textos - tenho outros 40 para entrar no ar.

O problema é que tem horas que a saúde precisa ser priorizada. Foi o que fiz. Espero que as coisas voltem ao normal já na próxima semana.
Tem dia...

Prezado leitor,

Nossa atualização de resenhas entrará no ar somente na segunda-feira, dia 31 de julho, e não nessa sexta-feira, como sempre acontece. Será uma atualização com diversos lançamentos que estão nas bancas.

Tivemos alguns problemas técnicos e similares.

Tem dia, que parece que é de noite...

22 julho 2006

O primeiro Pantera Negra

Todo mundo sabe que Tchalla, o Pantera Negra da Marvel, foi criado em 1966 por Stan Lee. Há poucos dias, porém, um historiador norte-americano chamado William Foster divulgou o que parece ter sido a inspiração do mestre pra cirar o soberano de Wakanda.

Essas imagens postadas aqui são de uma página dominical do Tarzan, publicada em 9 de dezembro de 1951. Na aventura, o rei dos macacos luta contra um Homem-Pantera e seus... homens-pantera.

Guardadas as devidas proporções, os uniformes deles lembram bastante o daquele da "Casa das Idéias". Sem contar que, nos dois casos, estamos falando de personagens que vivem na África.

De qualquer forma, o Pantera que vingou foi o de Stan Lee. E, cá pra nós, ele é muito melhor do que qualquer um "felino" similar que tenha vindo antes ou depois.

20 julho 2006

Mandrake e Flash Gordon juntos

Um almanaque, dois heróis!O formato “flip-flop”, que apresenta duas capas numa mesma edição, uma de cada lado, volta e meia reaparece em nossas bancas.

Conhecido dos leitores há um bom tempo, esse formato foi utilizado no Almanaque do Mandrake #5 – Edição Dupla, da RGE, publicado em 1980, com 112 páginas.

De um lado, o famoso mágico enfrenta uma quadrilha internacional, numa história de Lee Falk e Fred Fredericks.

Do outro, o famoso aventureiro estelar novamente encarava o famigerado Ming, numa trama produzida por Dan Barry e Bob Fujitani.

Mais uma edição com os personagens clássicos das HQs, que deixaram saudades.
Quadrinhos em Luxemburgo

Cartaz do FestivalComo o Sidão anunciou aqui, estou morando em Luxemburgo agora. É um pequenino, porém muito rico, país (na verdade, e um grão-ducado) escrustado entre a Alemanha, França e Bélgica.

Aqui os quadrinhos são vistos como uma importante opção cultural.

Saindo do aeroporto, ainda no táxi, já vi um cartaz de um festival de quadrinhos, ou bande dessinée.

Mas qual não foi minha surpresa, ao chegar no hotel e encontrar entre os folhetos turísticos expostos no saguão, o tal festival de quadrinhos de Arlon (no sul da Bélgica) que havia visto no cartaz.

Arlon, local do 7º Festival de Quadrinhos e do Livro Infantil, fica a 30 minutos, de trem de Luxemburgo. O folheto em quatro cores anuncia o evento para setembro; e o convidado especial é Hermann Huppen, autor de Caatinga, Jeremiah (lançado no Brasil pela Editora Globo - confira aqui o review) e Lune de Guerre.

18 julho 2006

Relembrando toda uma década

Almanaque Anos 70O Almanaque Anos 70 (Ediouro), da jornalista Ana Maria Bahiana, traz tudo o que aconteceu de relevante, divertido e interessante naquela época.

São informações e muitas imagens, distribuídas em mais de 400 páginas, sobre futebol, eventos, literatura, brinquedos, cinema, televisão, celebridades, música e, como não poderia deixar de ser, quadrinhos.

Entre as edições citadas e comentadas, estão a Spektro, Patota, Grilo, Kripta, Eureka e outras – algumas você também encontra aqui.

Nos créditos, a autora cita cerca de 30 sites como fonte de referência – entre eles, o Universo HQ. Por razões óbvias, se eu já estava gostando do livro, passei a curtir ainda mais!
Nosso enviado especial à Europa

Desde o último sábado (dia 15), o time do Universo HQ ganhou, ao mesmo tempo, um desfalque em sua base, em São Paulo, e um correspondente na Europa! Isso porque meu sócio, amigo e irmão de quadrinhos Sérgio Codespoti se mudou de mala e cuia para Luxemburgo!

Meu irmão de quadrinhos Sérgio Codespoti, no lançamento do meu livro da Fnac
Foi acompanhar a Agnese, sua esposa, que pegou um trampo muito bacana de tradutora da União Européia e ficará, no mínimo, um ano naquele pequeno, riquíssimo e belo país.

Assim que se instalar pra valer, o Codespoti voltará a tocar a sua parte do UHQ de lá e com um "problema" adicional: terá que ficar visitando exposições e museus de quadrinhos para nos fazer matérias especiais. Que coisa chata, hein?

Agora, o jeito pra falar com o Codespoti diariamente, pra discutir coisas do site e jogar conversa fora, é usar o Skype. Mas aqui vai nosso recado: se sentiremos falta do amigo nesse período, tenha certeza de que estamos torcendo demais pelo sucesso dessa empreitada que você e a Agnese estão encarando! Força, brother!
Uma atualização Super também nos números

Teve uma coisa que prometi colocar no Blog, logo que começamos, mas não havia feito até agora: falar como é o dia-a-dia do UHQ e do trampo que é colocá-lo no ar. Então, que seja dada a largada.

Na última sexta-feira, fizemos a atualização especial do Super-Homem, e deu um trabalho do cão! Foram 40 reviews de títulos do Homem de Aço e uma matéria, fora a resenha do filme, que o Sérgio já havia feito.

Deu trabalho, mas ficou bem bacana!Como no Universo HQ sempre privilegiamos o (bom) conteúdo, havia textos bem longos, com muitas (e bota muitas) informações. Resultado: só nos 40 reviews e na matéria do Ramone, editei 89 páginas de word (tamanho A4, em corpo 12), totalizando 211.376 caracteres!

Pra que você tenha idéia, é o tamanho de um livro de médio porte. E vale ressaltar: nesse número não estão contabilizadas as notícias que entraram de segunda a sexta! Mas a recompensa foi ver a belíssima atualização e, lógico, receber o retorno positivo dos leitores e até de colegas de imprensa.

17 julho 2006

Quem aqui também odeia...

Gibi sem capa. Socorro!1. Comprar uma revista embalada em plástico e, ao abrir, descobrir que a lombada está danificada ou a capa veio amassada.

2. Deixar uma revista nova, distraidamente, em cima de mesa, e flagrá-la logo em seguida com um parente, que acabou de almoçar, e está lá deixando marcas de dedos na capa de sua HQ, que o cara pegou para ler (sem pedir, obviamente), ou pior: uma criança (sobrinho, afilhado etc.) está com a dita cuja nas mãos!

3. Levar dinheiro contado na banca de jornal e encontrar duas novas edições que acabaram de chegar, e que você estava louco para comprar...

4. Derrubar de um lugar alto, danificar, rasgar, amassar, sem intenção, uma de suas revistas em quadrinhos.

5. Ficar distraído por um segundo e achar uma criança usando a capa de um de seus gibis como rascunho.

6. Comprar alguns álbuns caríssimos de quadrinhos (que agora existem aos borbotões) e, na semana seguinte, na Internet, encontrá-los numa promoção imperdível, muito mais barato do que você pagou.

7. Dar de presente uma HQ para alguém, só pra descobrir depois que a pessoa não leu, e nem pretende ler aquela “preciosidade”.

8. Ter certeza absoluta de que você tem uma determinada edição, mas não conseguir encontrá-la, nem fazendo promessa, depois de revirar mais de uma vez toda sua coleção.

9. Pra não ficar com um “furo” na coleção você compra novamente a revista do item anterior e, logo em seguida, encontra a danada ficando agora com uma bela duplicata.

10. Comprar uma coleção antiga, pagando caríssimo, só pra descobrir logo depois que será toda relançada, com uma nova tradução e por muito menos do que você desembolsou.

11. Você compra aquele encadernando que tanto queria com seus autores favoritos de quadrinhos! Assim que abre e começa a ler, escuta o barulhinho “crack”. Tenta fechar devagar, mas o estalo se repete... e pronto. Diversas páginas soltas. Quanta alegria!

12. O irmão que pega um gibi emprestado pra “ler no banheiro”. Lamentável.

13. Alguém lê uma revista sua e dobra a página pra marcar onde parou!

14. Revista em quadrinhos rasgada e sem a capa? Nããããoooooooooo.....

16 julho 2006

Zé Ramalho e Hulk em: O plágio

Apesar de eu ser um roqueiro nato, curto muita coisa da verdadeira MPB, e os trabalhos antigos do cantor e compositor Zé Ramalho estão entre os meus preferidos. O que não me impediu de sentir uma ponta de decepção com o cara por causa de um fato ocorrido há mais de 20 anos e que envolveu os quadrinhos.

Em 1982, esse nordestino arretado lançou o LP Força Verde, que considero um dos melhores de sua carreira. Acontece que a letra da faixa-título é um plágio descarado da tradução brasileira para um poema do dramaturgo e poeta irlandês W. B. Yeats. A versão tupiniquim foi publicada em 1972 no gibi Hulk # 1, pela GEA.

Na HQ, Stan Lee usou o poema como narração nas primeiras páginas da história, citando o autor, é claro. Mas o Zé Ramalho, que é fã confesso de quadrinhos, se apoderou da tradução e registrou a letra nos créditos do LP como sendo de sua autoria. Que papelão, Zé!

O caso foi descoberto tão logo o disco chegou às lojas. A imagem ao lado é da reportagem da revista Veja divulgando o flagrante de plágio na edição de 21 de julho de 1982 . Clique pra ampliar e ler a matéria completa, com detalhes de como essa história veio à tona.

Pra saber mais sobre esse gibi clássico do Hulk e ler o poema na íntegra, é só dar uma olhada no review que fiz pra o Universo HQ há algum tempo.

10 julho 2006

Cultura Nerd?

Capa da VejaA edição desta semana da revista Veja apresentou uma matéria sobre o filme Superman - o Retorno, que trazia um box intitulado Santa Militância, Batman, sobre os fãs radicais de quadrinhos e sua infinita capacidade de incomodar e atrapalhar o trabalho dos cineastas quando das adaptações de HQs para a telona.

Nesta segunda-feira, você confere uma nota completa sobre o assunto no Universo HQ. Abaixo, segue cópia do e-mail que enviamos para a redação da Veja.

Se depois de ler a nota, você achar interessante entrar em contato com a revista, basta enviar um e-mail para veja@abril.com.br.

Não esqueça de colocar o assunto, seu nome, endereço, número do RG e telefone. E lembre-se: ser bem-educado nas colocações é fundamental.

Diretor de Redação, Veja

Assunto: Matéria Super-Homem - O Retorno

Prezado Senhor,

Em relação à matéria acima citada, quanto ao box "Santa Militância, Batman", falando sobre os fãs radicais de quadrinhos, gostaríamos de lamentar a generalização sobre o assunto.

Da maneira como foi escrita o texto, parece que todo fã de quadrinho é "xiita", o que não é verdade. A imensa maioria discerne muito bem as diferenças entre as duas mídias e sabe que adaptações são absolutamente necessárias nessa migração para a tela grande.

E quando um leitor que gosta e entende de quadrinhos tece críticas às adaptações, não está agindo como criança, mas sim torcendo para que seu hobby não seja vítima de uma péssima transposição para o cinema, o que, invariavelmente (e há vários exemplos disso), determina o fim da possibilidade de aquela franquia ser retomada na tela grande.

O fato é que as adaptações de quadrinhos que foram fiéis à essência dos personagens nas HQs são justamente aquelas que tiveram maior sucesso, justamente por conseguir alcançar a "química" de agradar tanto aos fãs antigos, quanto ao público em geral.

Por fim, em relação à sinopse do filme Super-Homem - O Retorno publicada na edição desta semana da Veja SP, vale lembrar que "Cripton" e "criptonita" estão grafadas de maneira errada, já que ambas as palavras, desde que surgiram nos quadrinhos, começam com a letra "K".

Atenciosamente,

Sidney Gusman
Marcelo Naranjo
Universo HQ

08 julho 2006

Santa tosqueira!

Entre tantas esquisitices que as eras de Ouro e de Prata produziram nos quadrinhos de super-heróis, o vilão Egg Fu pode até ser considerado o mais tosco. Pior: é um dos mais racistas, criado nos anos 60 para denegrir os chineses, "monstros comunistas" para os norte-americanos.

Imagine um ser gigantesco que é uma mistura de ovo com Fu Manchu (daí o nome ridículo). O personagem foi um dos maiores inimigos da Mulher-Maravilha.

Em 1997, em Wonder Woman números 128 e 129, segunda série, John Byrne ressuscitou o personagem. Na versão dele, o vilão era um supercomputador do mal.

Tá rolando pela internet um boato de que o monstrengo vai voltar a dar as caras nos gibis. Não se sabe em que versão.

O responsável pelo retorno seria o Keith Giffen.

07 julho 2006

Os presentes dos entrevistados ao UHQ

Quem é leitor do Universo HQ faz tempo sabe que, quando fazemos entrevistas, sempre pedimos ao autor que faça um desenho pra deixar o texto ainda mais chamativo.

Na verdade, o que era pra ser um plus acabou se transformando num presente para nós que fazemos o site e para quem acompanha nosso trabalho diariamente.

O Vizunga, na arte do inesquecível Flavio Colin
Temos um carinho enorme por todos os autógrafos que estão online, mas há alguns que consideramos especiais, não apenas por sermos fãs de quem os fez, mas porque são mestres que não estão mais entre nós, casos de Flavio Colin e Will Eisner.

Aqui no blog você já viu os feitos pelo Don Rosa, num post do Ramone, e do Mort Walker, num texto do Naranjo. Agora, seguem outros que formam a "Galeria do Universo HQ".

Will Eisner nos presentewou com um Spirit virtual
Lourenço Mutarelli fez o Diomedes acessando o UHQ
O Ken Parker de Ivo Milazzo: nossa primeira entrevista
O argentino Eduardo Risso, numa das entrevistas mais legais que fizemos, nos presenteou com um Agente Graves
Os presentes dos entrevistados ao UHQ - Parte 2

Pra não deixar o outro post gigantesco, resolvi dividir os autógrafos. Boa curtição.

O V de David Lloyd
É um pecado que a obra do italiano Sergio Toppi seja pouco conhecida por aqui; ele desenha demais
Kyle Baker fez um auto-retrato
Arte de Lorenzo Mattotti

05 julho 2006

Super-Homem: Curiosidades (2)

Essa tosqueira aí do lado foi criada nas Filipinas, em 1976, na época daquele filme do King Kong produzido pelo Dino De Laurentiis. Era um card recortável que vinha na embalagem de algum produto (cereais ou outro comestível qualquer) para crianças.

Colecionando tudo, dava pra montar uma história em quadrinhos na qual o Super-Homem enfrentava o gorilão mais famoso da tela grande pra salvar a Lois Lane. A moçoila foi capturada pelo King Kong (é ela que tá nessa jaula pendurada no pescoço dele).

Em tempo: nem a DC Comics, a Paramount Pictures e muito menos De Laurentiis receberam um centavo sequer de royalties. Os filipinos fizeram tudo na base do "por baixo dos panos".



Super-Homem: Curiosidades (1)

Durante os anos 70, nos Estados Unidos, o Super-Homem participou de várias campanhas de saúde contra a indústria dos cigarros. Fosse em anúncios ou HQs especiais, lá estava o Homem de Aço na luta pra acabar com esse grande mal que assola o mundo.

Uma das ações mais interessantes, porém, foi a série de comerciais para a TV intitulada Superman hates smokers (Super-Homem odeia fumantes), produzida em 1980 pelo Richard Williams Studio.

Nas animações, o Azulão enfrentava o caricato Nick O'Teen (trocadilho em inglês para nicotina), um vilão que tentava convencer os jovens a dar uns tragos em cigarros.

Clique aqui pra ver o primeiro desses desenhos animados. A qualidade da animação é realmente de primeira (note os movimentos da capa do Super-Homem).
Levante a mão quem, na infância, nunca...

Calvin e Haroldo1. Assinou o nome na capa de uma revista em quadrinhos, à caneta. Para saberem que é sua (ou assinou na parte interna).

2. Recortou um gibi para um trabalho escolar, ou para colar seu herói favorito em algum lugar.

3. Emprestou uma revista em quadrinhos para um colega. E achou que ele ia devolver!

4. Levou um gibi para ler na sala de aula, escondido no caderno ou na mochila.

5. Foi num sebo trocar duas revistas por uma.

6. Jogou no lixo montes e montes de HQs, ou deixou que a mãe o fizesse. E hoje nem imagina como encontrá-las à venda...

7. Separou da revista um suplemento especial ou um brinde que vinha com aquele pontilhado para ser recortado e, obviamente, detonou a revista.

8. Desenhou super-heróis e personagens próprios na última página do caderno.

9. Economizou dinheiro do lanche para gastar em... gibis.

10. Surpreendeu amigos, professores e adultos com sua grande bagagem de conhecimento inútil.

Se você não levantou a mão nenhuma vez, parabéns! Mas ainda que a infância obviamente não seja só isso... a sua foi bem chata, hein?
Quadrinhos: guarde com carinho!

O leitor Mateus Lima me enviou um e-mail com uma sugestão interessante: falar sobre como e onde um colecionador de quadrinhos deve guardar suas revistas. Pois é, Mateus, embora o assunto seja de fato relevante, o problema é que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre isso! Você verá o motivo logo mais.

Mas como é um tópico pertinente, vamos analisar as possibilidades e colocar algumas sugestões.

O caos!O primeiro empecilho, para muitos, é espaço. Se você mora num apartamento (como eu), o que fazer quando o volume dos quadrinhos, subitamente, torna-se maior que a capacidade de armazená-los devidamente? Colocar e empilhar em caixas? Caso seja casado, essa opção é péssima. É uma ótima maneira de sua esposa “despachar” tudo facilmente, sabe-se lá pra onde.

Mas se você mora com os pais, ainda dá pra tentar alguma negociação. E, se mora sozinho, fica tudo bem mais fácil.

Aproveitando a deixa, lembremos aqui um risco que nunca deve ser assumido por colecionadores! Em hipótese alguma guarde suas revistas na casa da namorada ou da ex-mulher. E, se for casado e estiver cogitando divórcio, ou anda “aprontando” por aí, cuidado... muito cuidado! Se a parceira sabe de sua paixão pelos quadrinhos, adivinha qual a primeira coisa que ela fará num acesso de raiva!

Continuando, o espaço físico pode ser uma grande limitação. Quem mora numa casa e tem ao menos um quarto à disposição, deve se considerar feliz. Eu, por exemplo, me contento com um único armário, no qual está quase toda minha coleção... e o espaço já acabou, faz tempo.

O que fazer? Parar de comprar? Doar tudo? Deixar de colecionar? Nunca! “Uma casa sem livros é como uma casa sem janelas" - Horace Mann (citação que acabei de localizar no Google pra fazer esse texto parecer inteligente). Aliás, um parêntese aqui – como comentei num post anterior, devido ao excesso de lançamentos e ao alto custo que impossibilita aos seres humanos normais comprar tudo, ao menos a coleção aumenta num ritmo cada vez mais lento.

Acredito que o ideal é investir em armários, estantes e prateleiras, o maior número possível, colocando na parte da frente os quadrinhos em formato livro, na posição vertical, digna de uma biblioteca, e atrás as revistas empilhadas, de preferência dentro de sacos plásticos.

Que bom, as etiquetas não saem!Falando nos plásticos, eles são o ideal quanto ao aspecto de conservação. Devemos acondicionar as revistas dentro deles, e fechá-los da melhor maneira possível. Como nos alimentos, quanto menos contato com o ar, melhor a conservação.

E tem o problema dos grampos, que, de fato, enferrujam e “sujam” o papel! Muitos colecionadores tiram, para evitar que isso aconteça. Eu achava que era lenda, mas aviso: é verdade. Enferrujam mesmo.

Sobre esse último tópico, confesso: não faço nada disso. Primeiro, não tenho paciência para tirar grampos das revistas. Segundo, quando fosse reler, teria que tomar o máximo cuidado para não deixar as páginas caírem. Haja paciência!

Na verdade, coloco as revistas em “lotes”, o maior número possível dentro do mesmo saquinho plástico, deixando uma margem de espaço para dobrar e fechar, sem lacrar. Volta e meia derrubo meu armário para procurar revistas, e quanto mais fácil de localizar, melhor.

Insisto que os sacos plásticos são fundamentais, devido ao maior terror que qualquer colecionador de livros, revistas ou selos pode encontrar pela frente: pior que esposa/namorada que odeia quadrinhos, mais terrível que a mãe que acha aquilo uma perda de tempo, mais irritante que colega que pergunta se você ainda não cresceu porque lê gibis... são elas, as traças!

Tenho uma teoria de que as traças surgem do nada, formadas por partículas de pó que se juntam e subitamente ganham vida. Milagre. Pois, quando você menos espera, uma desgraçada sai correndo do meio daquela pilha de quadrinhos que você não lê há certo tempo. Não pense duas vezes: esmague a danada com os dedos mesmo. Depois se preocupe em lavar as mãos. Argh!

Sempre existe a possibilidade de utilizar naftalina, mas, sinceramente, aquele cheiro terrível fica impregnado nos livros. Fora que cheirar muito periga “dar barato” (lembra da baratinha Fliti, do Níquel Náusea?). Pois é!

Fliti, criação de Fernando GonsalesOutro problema, para quem compra em sebos, são as malditas etiquetas de preço coladas nas capas das revistas. Para tirá-las, o ideal é usar benzina, que solta a cola e depois seca na boa sem deixar manchas.

Se não tiver, tente tirar com a unha. Rasgou tudo? Ou ficou aquela porcaria de resto de cola na capa? Um amigo falou que é só colocar fluido de isqueiro e umedecer a etiqueta. Depois, coloque fogo... Não! Lógico que estou brincando. Espere um tempo, deixe secar, que ela sai sozinha, como quando se usa benzina! Se alguém fizer o teste e funcionar, me conte. Ainda não tentei.

Para terminar: sobre a organização, de uma maneira geral, não tem como fugir do óbvio: separar por editoras, depois por títulos, e então por numeração. Um dia eu faço isso.

Cada vez que preciso encontrar um número especifico, levo um tempão. Nunca sei onde estão as revistas que quero. Pra mim, a graça é essa – tudo no chão, pilhas desorganizadas, depois ter que guardar tudo de volta. Coisa de maluco, ou melhor, de colecionador, já que cada um tem sua mania. Ou vai dizer que não, colega?

E se você achar que eu falei, falei, e não falei nada, volte ao primeiro parágrafo. Bem que avisei que não era a pessoa mais indicada pra explanar sobre esse assunto!

03 julho 2006

E o Super voa de novo

Ele voltou!Acabei de ver Superman - O Retorno, na cabine de imprensa aqui em São Paulo. O Codespoti fará a resenha pro Universo HQ, mas eu só quero deixar aqui um "aperitivo" do que achei: o Homem de Aço voltou em grande estilo! Curti muito!

Efeitos especiais animais, Brandon Routh bem nos papéis (Clark/Super), Kevin Spacey ótimo como Luthor, história envolvente e momentos de arrepiar, especialmente quando embalados pela clássica música do John Williams.

Mas um aviso: se você queria um filme de ação ininterrupta, esqueça. O longa não é assim. Como não era o primeiro, de Richard Donner, vale lembrar.

Entre o povo que assistiu ao filme as opiniões não foram unânimes. Teve bastante gente que adorou e outro tanto que não gostou, por considerar que faltou ação ou pancadaria. Eu, como não esperava por isso, achei muito bacana.

Brandon Routh segurou bem a onda de interpretar o SupermanO longa resgata aquela dualidade do "bobalhão" Kent com o Superman, especialmente em relação a Lois Lane. E como agora há novos elementos no romance dos dois, a coisa ganha contornos interessantes. Além disso, há várias homenagens de Singer ao primeiro filme.

O diretor entrou por um caminho perigoso ao construir sua história sobre um fato que não aconteceu nos quadrinhos. Apesar disso, se saiu bem: há muito do personagem dos gibis (especialmente da fase pré-John Byrne) ali e a trama é bem contada.

Enfim, pode não ser um filme absurdamente sensacional, mas é mais uma boa adaptação de quadrinhos para a telona e vai fazer muito fã do Azulão se emocionar (eu vi vários jornalistas enxugando lágrimas, pode acreditar).

Afinal, de novo, o Superman nos fará acreditar que o homem pode voar!

01 julho 2006

Que grandessíssima vergonha!

Aqui, o Mariano (Charge Online) resumiu o que pensa todo o povo brasileiroEu sou apaixonado por futebol, adoro Copa do Mundo e sou um eterno otimista. Mas há tempos falava pro Naranjo e para outros amigos, que o Brasil só tinha uma chance de perder este Mundial; e ela atendia por Carlos Alberto Parreira. Não deu outra!

O que vimos, hoje foi a constatação do que esse cidadão, que deu uma sorte monstro em 1994, entende por "futebol de resultados". O cara teve nossa melhor geração nos últimos 20 anos nas mãos e não conseguiu fazer nossa seleção brilhar em nenhum momento.

O Juca Kfouri lembrou bem, na ESPN: o Parreira durante anos, com uma arrogância absurda, desdenhou da seleção de 1982, que perdeu jogando bonito. Pois é, hoje, o time do "pé de uva" foi eliminado da Copa jogando de modo horroroso!

Que sacada do Amorim (Correio do Povo - RS)! Genial!Como falei pro Nara, não consegui ficar triste. Fiquei apenas puto, pela passividade, pela falta de movimentação, pela inoperância de nosso "técnico". Em 1982, quando tinha 16 anos, chorei, porque vi o Brasil lutar até o fim (como a Argentina fez ontem). Hoje, estou apenas decepcionado, nada mais.

Mas como de tudo se tira uma lição, há coisas boas nessa derrota.

Agora, quem sabe os tolos que diziam que "vendemos o jogo em 1998" descubram que a França é um baita time e que somos, sim, fregueses dos caras - como é duro admitir isso.

O Duke (O Tempo - MG) matou a pau: futebol quadradoSerá que agora alguns imbecis de nossa imprensa pararão de endeusar o Ronaldinho Gaúcho? Que ele é um malabarista da bola, está provado. Mas Copa do Mundo não é propaganda da Nike! Ele está na seleção desde 1999 e só jogou bem 45 minutos (contra a Inglaterra em 2002). Desde então, nada! Melhor do mundo? Por favor! E teve gente (Neto, ex-jogador e pseudo-comentarista) que disse que ele estava no nível do Pelé e do Maradona!

Hoje, Zidane mostrou o que é ser o melhor do mundo, chamando o jogo, buscando a bola, dizendo: "Dá ela aqui que eu vou resolver". Enquanto isso, o nosso "craque" se omitiu, como sempre, ficando da cor da camisa da seleção. É um jogador de clube. Ponto final.

Como mostra o Tiago Recchia (Gazeta do Povo - PR), o que nos resta é torcer pelo Felipão, este sim um técnico de verdadeMas ele não é o único culpado, lógico. Cafu e Roberto Carlos foram duas ofensas ao torcedor. Inoperantes! Graças a Deus estamos livres desses cânceres. Kaká caiu demais de rendimento. Adriano é um grosso. Ronaldo, coitado, está muito fora de forma, apesar de ter sido o único a criar duas situações de gol hoje.

O que mais me irrita é que nossas "estrelas" parecem achar que não precisam suar! Zidane e Henry são tão bem remunerados quanto nossos jogadores, mas voltam pra compor o meio-de-campo e ajudam na marcação. Já nossos "craques" assistem aos adversários. Ora, deixa que os volantes correm atrás deles. É oba-oba demais!

E o que foi o gol da França? Parece que alguém desligou uma chave na cabeça dos brasileiros, que resolveram ficar plantados na entrada da área, olhando os franceses partirem como tanques pro nosso gol. E o Roberto Carlos ajeitando a meia? Ah, fala muito sério! Eu, como tenho ótima memória, lembro bem que, em 1998, o primeiro gol de Zidane saiu porque o cretino do nosso lateral esquerdo foi fazer embaixadinha e saiu com bola e tudo pela linha de fundo, dando o escanteio pra eles.

Na charge do Sinfrônio (Diário do Nordeste - CE), a diferença do Brasil pra Argentina: um diaIsso sem contar a bicicleta contra a Dinamarca, nas quartas-de-final. Não é porque Roberto Carlos fez uma Copa mediana em 2002 que esqueci disso. Se ele jogasse só metade do que acha que joga, seria o melhor lateral do planeta. Não é. Nem do Brasil.

Enfim, quando a Seleção Brasileira tem como destaques Dida, Lúcio e Juan, é porque algo está muito errado. E esse "algo" chama-se Parreira!

O cara levou um banho tático do francês, simplesmente por não ter capacidade de criar algo diferente! Ele é óbvio ao extremo. Só sabe armar seus times de uma maneira. Deu no que deu.

Outra do Mariano (Charge Online); pelo menos agora estamos livres da dupla Parreira e Zagallo e dessa ladainha do 13Mas, pensando bem, pela bolinha que apresentamos na Alemanha, foi melhor cair agora. Numa eventual final seria pior. Mesmo contra as seleções simplesmente medonhas, o risco de derrota seria grande!

Pra diminuir a dor da eliminação, ilustrei este post com charges de várias feras brasileiras do traço, todas elas do divertidíssimo Charge Online. Clique aí e confira todas.

Enfim, vai ser um saco esperar até 2010.
Montagens

Sabe aquelas horas em que a gente parece não ter coisa melhor pra fazer? Bem, nesses momentos eu costumava criar montagens no Photoshop com imagens de super-heróis.

Essa na qual eu, corajosamente, mostro o dedo para o Hulk, utilizei como capa do segundo número de um fanzine que produzi há poucos anos.

A outra, usando uma imagem da minissérie Origem, fiz em 2002 para homenagear o Lula, que acabara de ser eleito presidente do Brasil. E prefiro não comentar o que eu penso atualmente dele e do governo.

Tenho mais um bom estoque, a maioria com a Druuna, Vampirella, Valentina e outras gostosas dos quadrinhos. Mas não sei se devo mostrar...