15 abril 2010

Fala, Helcio!

O editor-chefe da Panini Comics, Helcio de Carvalho, concedeu, por e-mail, uma entrevista ao Universo HQ. Comandada pelo jornalista Eduardo Nasi, diz respeito a pontos da "revolução editorial" que, para nós, precisavam ser mais desenvolvidos.

Em alguns momentos, Helcio repetiu as mesmas informações já divulgadas no Omelete; em outros, abordou assuntos sobre os quais ainda não havia falado, como o conteúdo das revistas de 144 páginas e a continuidade (ou não) de algumas séries.

E você, o que achou das explicações de Helcio de Carvalho? Comente à vontade.

95 comentários:

Calouro disse...

Muito boa a entrevista, mais esclarecedora que a dada no Omelete.

Infelizmente, eu não concordo com a descontinuação de títulos pelas baixas vendas. Para mim, isso é um tiro no pé e um desrespeito com o consumidor. Oras, se eu não tenho garantias de que um título será publicado até o final, por que eu irei me arriscar? Mas se todos pensarem assim, não vai vender nada, certo? A culpa pela falta de confiança e baixas vendas é de quem? Do consumidor?

Eu ia comprar a Edição Definitiva de Sandman. Mas depois do comentário na entrevista, vou comprar só quando lançarem tudo.

Felipe Morcelli disse...

Esta entrevista ficou ótima. O Eduardo Nasi tocou nos pontos chaves com o Hélcio perguntando exatamente o que os leitores queriam saber.

Mesmo que Helcio pareça confiante, não é tanto o que parece, ou ele teria mais certeza da continuidade de certos títulos. Agora, esta história de arquivos digitais é muito estranha, não é possível que todos os arquivos digitais dos lançamentos sofram tantos atrasos assim. Seja como for, estamos a poucos dias do lançamento de Perdedores nos cinemas e até agora não há confirmação do encadernado em lojas. Iso só se faz perder em vendas, pois o público que assimila este volume numa livraria com o que está nos cinemas pode deixar de comprar com este atraso. Se o arquivo digital é o problema, então o erro é administrativo, pois o plano já devia ter sido feito com mais antecedência por garantia de recebimentos destes arquivos.

De qualquer forma, sou um cliente Panini desde 2005 e compro muito do que eles lançam. Hoje, com todas estas mudanças, reassumo a opinião que dei lá no Multiverso DC de que compraria apenas Superman e Batman. Só abro exceções caso estes encadernados mensais de 148 páginas se mostrem realmente muito bons - diga-se, com histórias bem selecionadas e não tudo de ruim que foi cancelado e jogado lá de qualquer jeito.

Jadson disse...

Incrivel como a Panini continua não respeitando os leitores, afinal de que adianta comprar séries que nunca serão concluidas?

Isso me faz pensar que nem Preacher será publicado até o fim...

Anônimo disse...

Boa entrevista!
Minha maior dúvida era sobre as revistas de 144 páginas, e achei ótimo saber que terão mais arcos completos.

Marcelo Almeida disse...

Levando-se em consideração as respostas do Hélcio, é de se preocupar com o futuro dos quadrinhos no país.
Ele parece político falando. Nunca tem certeza absoluta de nada. Espera-se mais da postura de um profissional da área. Lições básicas do marketing, quem sabe? Um pouco de boa vontade? Seria legal também.
Duro engolir essa do fã colecionador que NÃO tem acesso a internet e escreve cartas a mão. Seria o Urtigão um deles?
Já reparei que VÁRIAS iniciativas do mercado brasileiro NUNCA dão certo pq o planejamento é algo inexistente (vide a Pixel). Fala muito mais alto o lado "fã" do que o lado "profissional".
Os comics e os mangás só deram certo pq eram/são rentáveis em seus respectivos países.
Publicação de quadrinhos sem planejamento é igual o cérebro de dançarina de axé: não tem utilidade e nunca vai longe.
Espero que os editores daqui não continuem dançando o "rebolation" da incompetência.
Ps: Jabazinho básico. Aí vai meu blog de ilustrações. Visitem lá. http://casadorabisco.blogspot.com/

Luiz Sardinha disse...

O UHQ está de parabéns uma entrevista com perguntas contudentes e objetivas, que ao meu ver, demonstram que o Helcio não está tão seguro assim. Em alguns momentos suas contradições são evidentes, ora se não vão publicar Starman V.2 agora para não acumular muitos títulos por que não planejam lançar as séries completas antes de lançar uma nova? Ou lançamentos escalonados? Do jeito que está sem periodicidade nenhuma, não há como não pensar em desorganização.
Compreendo perfeitamente que uma editora não pode publicar material que não venda, mas por que não abrir o jogo? Simplesmente digam: Não vamos publicar o V.2 do título x porque o V.1 não vendeu. Na minha opinião é mais honesto do que alimentar falsas esperanças.
Também acho frágil a argumentação de que os dados que eles publicam é baseado em seu extenso cadastro de leitores, será que os leitores não cadastrados não são parte significativa do mercado? Será que uma pesquisa de mercado não retrataria de maneira mais fiel o público da Panini? (creio que isto já foi tema de uma coluna aqui no UHQ).
Por fim concordo com ele que a Panini publicou muita coisa legal e que devemos esperar a nova estruturação para fazer mais críticas, mas as perspectivas não são animadoras.

Unknown disse...

Tenho acompanhado com muito interesse nos últimos dias detalhes sobre as mudanças editoriais da Panini e os comentários, simplesmente porque sou consumidor de diversos títulos publicados. Sei que vou fazer um pouco o papel de advogado do diabo, mas acho que muitos comentários refletem uma tendência a botar a culpa em uma só pessoa (no caso a Panini) de diversos problemas que ela não tem tanto ou nenhum controle. É o caso dos scans, das dificuldades do mercado de quadrinhos no Brasil, das novas mídias que concorrem com as HQ´s etc.
Me incomoda ainda a tendência de muitos leitores quererem, na verdade que o mercado no Brasil de HQ´s de superheróis funcionem como o mercado dos EUA. Ou aqueles que dizem que só vão comprar quadrinhos quando tudo for publicado exatamente como eles querem, enquanto isso, baixam scans.
A editora nesse contexto, tem mesmo é que procurar um formato de publicação que atenda à maioria dos leitores, uma vez que atender todos é impossível.
Isso não exime a Panini dos erros de descontinuar séries e atrasar publicações sem maiores explicações ou encarecer desnecessariamente revistas com a publicação em capa dura.
O que vejo como maior problema é que, na falta de uma pesquisa de mercado que lhe propicie formar uma linha editorial que atenda à maioria, as mudanças são feitas para, na base da resposta das vendas nas bancas e livrarias, ir vendo o que agrada ou não, vitimizando os leitores que acreditam em uma série ou outra e passam a ficar na incerteza depois da falta de continuidade.

ZONA FRANCA COMICS disse...

gostei muito da entrevista. Há de se elogiar a postura do Helcio de vir a publico tentar explicar algo sobre o processo da mudança. Concordo com ele que deveriamos antes de criticar, ver como ficou o produto final (as revistas)o problema é quê infelizmente a PANINI por conta dos erros cometidos ( atrazos, cancelamentos,e descontinuação de séries )não inspira tanta confiança na maioria dos leitores. Não se pode negar o que ele fala, que com a PANINI a MARVEL e a DC tiveram o maior número de titulos ja lançados no Brasil, isto não podemos tirar da PANINI.
O que eu pediria, é que houvesse realmente maior comprometimento da EMPRESA PANINI com seu publico CONSUMIDOR. Que conclua séries ( BIBLIOTECA MARVEL, CRÔNICAS,) e que não lancem séries se não pretende conclui-las.
Lendo os comentários acima se nota a desconfiança sobre SANDMAN edição definitiva, pois ele deixou muito VAGO se o projeto vai até o fim ou não.
O caso do BATMAN de NEAL ADAMS, porque ainda não foram públicados os volumes 02 e 03 ? foram as vendas?
Enfim, eu como leitor ( a mais de 35 anos ) e dono de uma loja de quadrinhos estou sempre disposto a apoiar tanto a PANINI como a MYTHOS como as demais editoras, mas infelizmente vejo cada vez mais que esta é via de mão única...
Mas ficamos na torcida para que tudo dê certo.
abraço
jesus ferreira

Matheus disse...

Ele falou, falou e no final, não disse nada. Quero saber o que ele tem a dizer do aumento embutido dentro dessa "redução". Afinal, por unidade/HQ em mix estamos pagando mais. Porque essa redução não foi equivalente? E que ele não venha com aquele papinho besta de dizer que "...nos Estados Unidos o quadrinho custa US$ 3,99 e nós saimos ganhando com..." blá-blá-blá! Ali a realidade é outra, a economia é outra e o custo de vida é outro. A Panini tem de se adequar a nossa realidade! Lançar quadrinhos voltados para nossas capacidades. Capa dura e papel super perfeito? Pra quê? Eu quero ler e não emoldurar e colocar na sala (ou cofre). A leitura será a mesma independente do papel. Novamente o editor-chefe da republicadora (a Panini Comics não é "editora", é republicadora. Quem edita algo é quem cria e a Panini só cata o que já tá feito e já foi editado e adapta para nossas necessidades) não falou nada de novo, só se explicou de forma evasiva. Ressalto que por conta dessa convesa mole do editora Hélcio, a republicadora pode contabilizar menos um leitor. Só comprarei quadrinhos de outras editoras que não tenha o nome da tercerizada Mythos e suas "brilhantes" reformulações revolucionárias que quebra as pernas do leitor comum. Parabéns ao Hélcio e a toda equipe Mythos. A Abirl Jovem era porca e não sinto falta, mas dava pra comprar quadrinhos com o troco do pão.

Anônimo disse...

Já vi essa história, eles chamam de revolução o que na verdade é um GOLPE!

Anônimo disse...

Nasi

Parabéns pela materia.Como já disse agora cedo pelo Sidão, se eu trabalhasse no UHQ e sua materia fosse uma revista com certeza seria uma das melhores do mês sossegado!
Aliás primeira da Lista.
Jornalismo sério, imparcial e com ética é isso ai!

Abraços!

Flavio

Charles disse...

Muito boa a entrevista, embora eu ache que deveria ter cutucado mais o Helcio a respeito dos títulos descontinuados.

"No caso de XIII estamos estudando". Estudando O QUÊ? Eles não tem noção de quanto venderam ao logo das nove edições? Basta fazer uma tiragem próxima do que venderam da nona, acrescentarem algumas a mais e relançarem as encalhadas em pacotes "2 ou 3 por 1". Mesmo que tenham que cobrar R$30 reais pelo último. É UMA EDIÇÃO, CARAMBA! Terminar a série só aumentara a credibilidade da empresa.

E quanto aos encadernados dos Maiores Clássicos? Pelo menos o do Thor deveriam concluir, são duas edições e cheias de ganchos para concluir. Interromper séries que já passaram da metade, sem avisos, é muita falta de respeito. Definitivamente, pararemos de comprar até ter certeza de continuação.

Esse pra mim é o pior problema das publicações brasileiras: falta de compromisso de concluir coleções. Gostava muito da Conrad, mas veja como ela deixou nossas coleções? A devir também. E a Panini não é excessão, e no caso dela, acho mais grave, pois a empresa tem grana.

A Panini ganharia muito respeito da minha parte se concluisse suas séries, e com certeza compraria ainda mais dela (pq pelo menos 50 reais por mês ela já recebe de mim).

Me pergunto, e gostaria que o Helcio fosse consultado: Dá muito trabalho concluir séries que faltam uma ou duas edições, como:
-Frequência Global
-XIII
-Matrix Comics
-Planetary (poderia repubiclar toda série em poucos volumes)
-preacher
Em cinco meses ela podeia concluir todas essas séries.

E publicar de forma contínua e rápida séries um pouco maiores. Imagino que melhoraria muito a imagem da Panini se publicasse integralmente Ex Machina e Y o Último Homem.
No caso da primeira, acho que faltam uns 6 volumes para concluir, se ela se arriscasse (como nós leitores vivemos fazendo, comprando hq´s sem garantia de continuação) a lançar tudo até o fim do ano, e manter um ritmo constante nas publicações de Y, 100 balas, fabulas e promethea (é tão dificil assim manter uma publicação desses títulos tri ou quadrimestral?) Acredito que o leitor, com um grau de confiança maior investiria mais nos quadrinhos se acreditasse na sua publicação integral.

Concluindo essa questão, porque edições "absolute" como a do Starman foram picotadas? Se alguem paga 64 por uma edição com 8 historias de uma serie que tem mais de 80 edições, com certeza pagaria 100 reais peo dobro de paginas, e com menos volumes para publicar maior é a confiança de concluisao.

Quanto aos conteúdos das revistas, acho que melhoram muito a perspectiva da "revolução". Já tinha postado anteriormente isso. Provavelmente voltarei a acompanhar séries que havia largado.

Antero Leivas disse...

Ok, o Omelete é o melhor site de cultura pop do Brasil, mas quando se trata da especialidade QUADRINHOS, NINGUÉM supera a Gang do Sidão. Parabéns por mais esta, UHQ!

Rodrigo Ramos disse...

Pois é, apesar de mais interessante do que o boletim informativo que o omelete publicou como entrevista, acredito que ainda faltou um pouco mais de profundidade nestes questionamentos.
Justamente sobre a maldita análise do mercado brasileiro! Cara!!! Quanto será que sai pra uma editora multinacional investir numa porcaria de pesquisa?!?! Chega de ficar chutando alto quem compra e quem baixa, vamos fazer alguma coisa séria por este mercado caramba! Tem milhares de empresas especializadas em pesquisa de mercado! Falar que não se baseiam na internet e depois falar que se baseiam num cadastro de leitores é o fim! Que cadastro é esse? Onde se cadastra? Na internet? Então!!!
E o luxo??? Pra quê luxo!?!?! Qual o número de leitores que compram a mais por causa do luxo perto do número de leitores que não compram por causa do mesmo? Compensa? Ou será que nem isso eles sabem?

A impressão que dá é que não sabem nada e estão lançando coisas no escuro. E depois pedem confiança dos leitores e vem com essa conversinha de que os preços estão diminuindo! Qualquer um com uma calculadora já viu que o preço subiu! O preço não aumentou durante os belos anos citados pois a inflação tava contida o país tava crescendo economicamente! Não é benevolência da editora! Pára!!!

No mais entendo que se o cara fosse questionado desta forma ele não daria a entrevista. Tudo bem...

Daniel Meireles disse...

Espero que a Panini honre os fã e termine de publicar a edição definitiva de Sandman. Duvido que os arquivos digitais dessa série não estejam prontos, pois todos os álbuns forma publicados nos EUA a um bom tempo.

Saudades do formatinho.

Freud disse...

Ótima entrevista, o Nasi conseguiu questionar algumas das contradições nas respostas dadas na entrevista ao Omelete de forma direta e polida.

Na entrevista ao Omelete, o editor, entre muitas declarações lamentáveis aparentemente contraditórias e sem base, simlesmente USA UMA DESCULPA TOTALMENTE EQUIVOCADA PARA A NÃO PUBLICAÇÃO DE STARMAN 2, o que é realmente grave pois sugere um desconhecimento dele sobre o proprio processo de publicação de um material que ele edita.

Nessa, questionado mais diretamente sobre esse e outros pontos antes vagos, foi um pouco mais esclarecedor.

No entanto, começar a publicar algo e interroper no meio, eu em sã consciência, considero, no mínimo, mau planejamento.

Veja bem, não é querer impor prejuízo a ninguém, é simplesmente questão de respeito. Estude bem um produto, seu preço, formato e tiragem antes de botar ele no mercado. Não estou dizendo que é tarefa fácil, a questão é que a editora acaba desrespeitando justamente o perfil de consumidor que ela mesma classifica como o mais exigente, que passa a relutar sobre QUALQUER OUTRO PRODUTO SEMELHANTE da editora.

Não sou só eu que, hoje em dia, pensa 20 vezes antes de comprar um encadernado desses. Compro alguns que são estórias fechadas (Eu sou Legião, Loki, Cidade castigada e até Questão que, embora sua continuação seja MUITO desejável, ao menos não foi anunciado como volume 1 mas simplesmente como um arco de estórias).

E vejamos o caso do Questão, por exemplo. Eu sinceramente acho que que poderia ser lancado mais barato sem capa dura e teria uma vendagem boa. Realmente quem pode avaliar isso é a própria Panini, que sabe ou deveria saber o perfil dos seus consumidores. Eu espero não estar menosprezando meu personagem favorito ao pensar que em capa dura ele se tornou um produto caro, sem retorno, que inviabilize sua sequência.

carlos alberto (rio) disse...

A impressão que temos com TANTAS reclamações é que a Panini de fato não é muito bem quista pelo tamanho de erratas que constuma fazer. Só naquelas seções de cartas fuleiras que os leitores (minoria) elogia e fica catando piolho. Hahaha! E como assim atrasa por falta de "arquivos digitais"? Fala sério! Um produto só deve ser anunciado quando 90%do processo editorial dele estiver pronto. E o primeiro desses processos nesse caso especifico são os originais digitalizados. Isso é base! Até um BURRO consegue ver isso. Se não consegue honrar os compromissos, não se comprometam.

Contra-tempos só acontecem quando falta planejamento antecipado. Muito antecipado. E essas "pesquisas" sem embasamento? Que caca é essa? Leitores cadastrados? E os que não são? Eu não sou e comprava. Não sou um dado relativo nessa equação? Tá chamando os seus consumidores de burros? Tá achando que somos gados comendo capim e você empurrando o que quiserem na gente? Sabe o que é pior? É eles (Panini) não tão nem aí pros leitores. Vão jogar essa porcaria assim mesmo e se num der certo, cancela e lança outra bomba. E assim vai se arrastando.

Tá na hora de escutar os leitores! Somos nós que sustentamos essa incopetencia de vocês. Sem a gente, tá todo mundo no olho da rua.

Rodrigo Ramos disse...

Quanto a publicar até o final, vejam o caso da Conrad com Sandman e da Abril com as Obras Completas de Carl Barks. Ambas ajustaram o material pra conseguir levar até o final sem grandes alterações (tirando alguma coisa com o papel e material extra) mas terminaram de publicar tudo sem ofender nem prejudicar os leitores.

E é estranho que uma editora que publique quase tudo no país ainda considere terminar algumas edições com prejuízo, não dá pra diluir os lucros de outras coisas pra abater o prejuízo de outras e satisfazer os clientes?

Thiago Viana disse...

Eu não consigo entender, sou um "consumidor" de scans, e mesmo assim eu gasto muito dinheiro com a Panini, e eu conheço muita gente que gasta muito dinheiro com publicações da editora e q são "consumidores" de scans.

O problema são das scans ou da falta de comprometimento da editora com seus leitores?
É muito mais facil eu montar meus "mixes" em um blog de scans da vida, do q uma editora q finge ouvir seus leitores q publica 1 historia boa e varias q não passam de lixo.

Sr Hélcio é um "dinossauro", e como praticamente todos desta laia acham q sabem de tudo so pq estão anos no mercado, e se esquecem q as coisas estão mudando muito rapido, e infelizmente a Panini não esta acompanhando estas mudanças.

Luwig disse...

Independente de qualquer coisa, revolução, diminuição de páginas, o que revira meu estômago até hoje é o fato de ter feito um investimento de R$ R$ 208,10 por 9 dos 10 fascículos de XIII* e levar um "calote" da Panini justamente no clímax da história.

Só não ingressei até hoje com uma ação no juizado do consumidor intentando uma obrigação de fazer, no que toca a publicação dessa 10ª edição, porque é causa perdida. Trocando em miúdos, eles foram "espertos" quando optaram por simplesmente não delimitar a quantidade de edições da série nas capas. Um pequeno detalhe, eu sei, só que em juízo isso acaba inviabilizando tudo.

Querem que o público ainda confie no seu trabalho? Pois bem, arrumem alguma credibilidade primeiro.

(*) Só para registrar, um dos melhores quadrinhos de todo meu acervo.

Etevaldo Marciano disse...

Se ele disse que a editora se aproximou do leitor, por que não são mais transparentes, anunciando de uma vez quais títulos foram descontinuados ou não? Não acredito que deixaram de fazer essa pergunta.

Até ontem ainda tinha gente esperando o segundo volume de Seton...

junior disse...

O Hélcio mandou muito bem. Para não arriscar repetir os comentários anteriores, eu acho interessante mesmo fazer o que ele sugere no fim. Esperar maio, comprar as revistas e ver o que achou. Pelo menos nas revistas mensais, posso afirmar que a Panini não me decepcionou desde 2002. Os arcos foram bem publicados, a mudança de formato, o mix de histórias. Prefiro dar o benefício da dúvida agora e acreditar que a mudança vai melhorar. Apenas reitero que deveria sim haver uma comunicação melhor com os leitores - o cancelamento da Superman & Batman foi uma bomba, terminar de ler a revista e ver uma notinha entre as cartas é um absurdo.
Enfim, mês que vem as dúvidas se resolvem e vamos ver se realmente valeu a pena.

Engraçado foi ele dizer que os mesmos caminhos levam aos mesmos lugares... a Abril também tomou esse mesmo caminho, espero que eles mudem para não chegar no mesmo lugar.

debiverso.com.br disse...

Boa entrevista.

Um pouco mais esclarecedora que a do Omelete.
Estou muito preocupado no que isso tudo vai dar, mercadologicamente.
Helcio não foi muito claro quanto suas fontes e preço.
Na verdade, a maior questão é por quanto realmente sairia um gibi mensal feito aqui, sem comparar com mercado americano...

De qualquer forma, vamos ver a consequências dessa nova linha de publicações.

Anônimo disse...

Tá, se o cronograma de publicação é imprevisível, sujeito a fatores externos como o recebimento de arquivos digitais, por que, então, a Panini não agenda seus lançamentos DEPOIS de tê-los conseguido?

Esperar até ter os arquivos disponíveis causaria mais prejuízo que anunciar uma publicação cuja viabilidade poderia não ser crencretizada depois? POR FAVOR...! Bem fez a Conrad, quando começou a publicar Sandman: planejou direitinho os lançamentos com data para cada volume e com início, meio e fim nas previsões para a série. Claro, houveram atrasos, mas foram ESPORÁDICOS e mínimos. E aí?

Por que uma editora que se diz "a maior da América Latina" não consegue fazer isso? Acaso a Conrad, que tem bem menos poder de penetração no mercado e mesmo assim, na época de Sandman, arriscou-se a disponibilizar um produto luxuoso e caro, teve apenas sorte? Sinto muito, mas não dá para acreditar nisso.

Anônimo disse...

O UHQ fez a parte dele, as perguntas foram ótima.

Mas o Hélcio é um cretino.

Adriano Silva disse...

Realmente, esta entrevista foi um pouco mais esclarecedora, porém da mesma forma que o vendedor do "TEMPRA", me pareceu que o Helcio usou o mesmo argumento para nos convencer, porém a unica coisa que realmente esta caindo ao pedaços são as histórias toscas (falo como um MARVELMANIACO)como por exemplo, a dos Novos Exilados (entre outras), na verdade a questão do DESANIMO dos amantes de quadrinhos em relação a esta REVOLUÇÃO, é continuar a produzir novas histórias toscas, Não haveria necessidade de "Novos Lançamentos" ou "cortar" ao que para nós estava caminhando e sim, "reforçar" o que estava dando certo, Cancelar uma "revista apenas para lançar outra com o papel titulo de um heroi cinematografico", que será cancelada em alguns meses apenas para atrair novos seguidores é uma atitute "SUPOSTAMENTE LOUVAVEL" o que realmente é uma atitude ingenua e burra em relação ao seu publico fiél, para a empresa, os custos que poderiam ser reduzidos produzindo materiais que estão ligados a historia atuais como "ARES" que tem tudo haver com a atual saga de HERCULES, ou a saga de BIIL RAIO BETA, para entendera sua participação em A INVASÃO SECRETA, ao inv´rs disto, resolvem lançar por um fortuna os CANSATIVOS "PUNHO DE FERRO", "NOVA" ou "GUARDIÕES DA GALAXIA"...e mesmo assim PELA METADE. Senhores "REVOLUCIONARIOS", eu tenho 28 anos de "VIDA MARVETICA", vi muitas mudanças boas e ruins neste anos todos, concordo com quando disse que (parafraseando dos Skrulls) "DEVEMOS ABRAÇAR A MUDANÇA"...porém desta vez e pelos motivos a qual os senhores nós deram....não é valido e o pior..esta nos causando medo. caso esta ideia der certo....serei um dos primeiro a assumir que errei em meu julgamento.

Adriano Silva

Marshall disse...

Colegas comentaristas, por favor me respondam.

-Algum de vcs sabe do que o Helcio está falando quando diz:

"O que foi colocado sobre nosso público tem como base nosso extenso cadastro de leitores".

Sim, porque eu tenho uma enorme curiosidade sobre esse supostro cadastro, se é que ele existe.


Nasi, poderia me fazer um favor?

Eu procurei nos site um texto do Helcio no qual ele explica a canhestra publicação de Terra X no Brasil nos idos de 2000, salvo engano. Não consegui encontrar, infelizmente. Se puder, poderia por gentileza disponibilicar um link?

O aludido texto mostra como o Helcio consegue justificativas para o injustificável, desculpas para o indesculpável, tendo em vista a enorme cagada que foi aquela publicação de Terra X.

E ele tenta a mesma coisa de novo agora!

PelamordeDeus! A Panini aumentou o preço por página e mudou algumas "peças" de lugar. Ou é algo além disso que eu não consegui ver?

Em tempo, duvido que tão cedo vamos ver o volume 2 de Starman nas livrarias.

Anônimo disse...

por falar em reimpressão, alguém do UHQ sabe se a Abril pretende relançar as obras completas de Carl Barks. estão faltando alguns números na minha coleção e o preço que vejo por aí é absurdo.

Sidney Gusman disse...

Marshall, me lembro da nota em que anunciamos que Terra X teria mais de 100 páginas cortadas (http://www.universohq.com/quadrinhos///n21082001_05.cfm) e, claro, das quatro resenhas da minissérie, que estrearam a nota zero nos reviews do Universo HQ.

Mas não me recordo de o Helcio justificar os cortes em alguma declaração.

Anônimo, vou checar com a Abril, mas, que eu saiba, não há planos imediatos para reimprimir a coleção do Barks.

Abraço

Eduardo Nasi disse...

Pessoal,

Antes de qualquer coisa, agradeço a leitura de vocês. Na medida do possível, vou respondendo aqui.

Claro, tem coisas que eu não posso responder, porque dizem respeito à forma como o Helcio pensa. Mas de repente ele ou alguém da Mythos ou da Panini aparece por aqui pra esclarecer os pontos.

Daniel - Não é o caso de perguntar sobre todas as séries. Há o caso das Crônicas, os de Liga da Justiça e X-Men do Morrison, de Matrix e por aí vai. Mas falar de tudo numa única entrevista é impossível.

Jadson - O mercado de super-heróis, como o próprio Helcio define, é um mercado de colecionadores. E coleções precisam ser completadas - taí a ânsia das figurinhas da Copa pra comprovar. O Helcio, a Mythos e a Panini devem ter seus motivos pra não prometer coleções completas. Pessoalmente, vejo que há um grande valor na credibilidade de uma promessa de coleção completa traz. Mas é um valor mais intangível que um eventual prejuízo. Numa editora em que pouca coisa chega ao fim, tenho a impressão que, a longo prazo, pode surgir uma crise de credibilidade que inviabiliza novas coleções. Mas eu não tenho os dados, e eles têm.

Luiz Sardinha - Tenho a impressão de que sim, uma pesquisa vale a pena. Mas também tem todos os poréns. Por exemplo: uma boa pesquisa, de fôlego, custa caro.

Zona Franca - O fim do projeto não ficou vago. Pelo contrário: creio que ficou bem claro. Se vender bem, continua. Se não, acaba.

Flavio - Muito agradecido.

Charles - Mesmo com as duas rodadas, a entrevista ainda foi por e-mail, o que tem limitações. De qualquer forma, como eu disse acima, passar por todas as publicações seria impossível. Até porque isso é só um dos temas da entrevista.

Daniel Meireles - Você quer Sandman em formatinho? ;)

Marshall - Não lembro disso, mas já pedi ajuda pros editores pra achar o texto. Ops, Sidão até respondeu.

Daniel - Preços de impressão não são uma ciência exata.

Anônimo - Não sei de nada também.

Depois eu volto.

Leonardo Pinheiro disse...

Pessoal, as justificativas do Helcio para os cortes em "Terra X" foram publicadas em 2001 no UniversoHQ no seguinte link:

http://universohq.com/quadrinhos/n23082001_03.cfm

Leandro Ricardo disse...

Eu queria entender uma coisa.
A Panini acaba de lançar Sandman Edição Definitiva VOLUME 1(que aliás, eu acabo de comprar)e diz não ter certeza quanto a continuação de toda a série? Como assim?

Estava para comprar Preacher, imaginando que depois de finalizado, a Panini retornaria desde o inicio com a série. Mas nem isso tenho certeza agora.

No final, creio o que falta na Panini é organização e planejamento.

Confesso que adoro as edições de luxo, mas creio que elas funcionam melhor com histórias consagradas (como no caso de Watchmen, Sandman e até mesmo Preacher). Como foi dito, pra quê lançar, por exemplo, a hq do Questão em capa dura? (temos outros exemplo iguais a esse)

Quanto a eterna discussão do scan, só posso falar por mim.
Leio scans (geralmente de material antigo ou de coisas que nunca serão lançadas por aqui ou que não dão para esperar) e nunca deixei de comprar Hq's por causa disso.

Mas enfim. Espero que toda essa conversa renda bons frutos futuramente.
E apesar de todos estarem batendo na Panini (em vários casos com razão), não podemos negar que muito coisa boa já foi feita no mercado de quadrinho nacional pela empresa.


Marcelo disse...
"Publicação de quadrinhos sem planejamento é igual o cérebro de dançarina de axé: não tem utilidade e nunca vai longe.
Espero que os editores daqui não continuem dançando o "rebolation" da incompetência."

Jadson disse...

Nasi,

A questão que não aguento mais ficar com tanta série incabada.

Não gosto das mensais justamente por causa do mix e não compro, apenas os encardernados (caso valha a pena).

E compro especificamente materiais fora do mundo dos hérois, porem a panini e tantas outras lançaram tudo com promessas e nda chega ao seu fim.

É por isso q eu dou créditos pra Conrad pelo que ela fez em Sandman.

Pra companhia das letras pelo trabalho incrivel e tantas outras editoras muitas incrivelmente menores que a panini e que respeitão muito mais seus leitores.

Com tantos lançamentos de qualidade a panini só faz perder leitores, e não pode culpar os Scans por isso (eu não leio scan, porem apoio).

Por que com o scan voce tem garantia de que gastará o dinheiro num material de qualidade, ao invez de se arrepender amargamente depois de gastar dinheiro naquilo (um exemplo, 50 pilas naquilo chamado Batman: Silêncio).

E a panini tinha nas mãos a historia do Neil Gaiman pro batman, e invés de lançar um encardernado de capa cartonada que venderia bastante por causa de seu autor, me lança jutno com mix afastando leitores como eu.

Abraço a UHQ (a refrencia nacional dos quadrinhos)

Eduardo Nasi disse...

Leonardo - Valeu pelo link.

Leandro - Sobre Sandman, Helcio deixou isso bem claro na entrevista: "Ainda é cedo para dizer". E antes ainda: "Quem em sã consciência pode exigir que uma empresa comercialize alguma coisa para ter prejuízo?".

Jadson - Pessoalmente, também não gosto da ideia, o que me levou a abrir mão de organizar coleções e só comprar volumes que consertam eventuais buracos. Transmetropolitan é um exemplo. Tenho quase toda a série, faltam dois ou três números. Quando e se a coleção chegar nesses números, vou considerar a hipótese de comprar esse volume específico.

Marcelo Almeida disse...

Até leio um outro scan, mas não tenho saco pra isso. É insosso, sem graça.
Citando um exemplo: onde eu iria achar TODAS as HQs do Nick Fury desenhadas pelo grande Jim Steranko se não fosse a web?
Gibi tem que ser de papel, o resto é outra coisa. E isso merece até uma nomenclatura nova (e não vem ao caso agora) já que é outra mídia.
Longo debate.

Qto as pesquisas...
Bem, há formas e mais formas de se fazer uma pesquisa. Desde questionário encartado nas revistas da editora até contratar uma empresa especializada no assunto pra se fazer por amostragem.
O site da editora serve pra quê?
Pq não se cria um questionário que só poderia ser preenchido por quem deixasse CPF (tal qual pra quem faz compras online)?
Como fazer?
Só pra citar uma...
Ué, faça uma promoção sorteando algumas encadernados lá no site pra quem preencher a pesquisa pra ver se não chove gente por lá...
Existem zilhões de possibilidades. E, na boa, se os caras que são os maiores interessados em ganhar dinheiro (a própria editora), não está muito aí pra isso, pq a gente deveria estar?

Planejamento é um defeito recorrente no Brasil.
Vários dos editores brasileiros de quadrinhos jamais se aproximariam de uma grande editora americana com os métodos empregados no mercado tupiniquim.
Os gringos se negariam a trabalhar com gente amadora dessa forma.
Ou o projeto é claro e DEFINIDO com normas, datas, valores, ações de marketing, ponto de venda, promoções, chamadas, stand em eventos, peças publicitárias, barganhas (que podem ter uma outra variação de acordo com o mercado ou fato inesperado. Algo natural, diga-se) ou NÃO é projeto.
Nem estratégia de copy eles têm.
Isso é algo que tem que ser planejado com MESES de antecedência.
A empresa tem que funcionar de forma "azeitada", tipo um mecanismo, do contrário NÃO é uma empresa de credibilidade.
Será que é preciso ensinar o be-a-bá do marketing/administração pra esses caras?
Ou seria comodismo?
Vixe, escrevi demais...

Ps: Leandro Ricardo, aquela HQ do questão merece MUUUITO ser em capa dura e em edição de luxo. Material simples, mas eficientíssimo com show de arte-final do Rick Magyar sobre os traços do Denys Cowan. E o roteiro do O´Neill é ótimo. :)

Jackson Good disse...

Ótima entrevista, indo direto no ponto das contradições. Pena que as respostas foram meio evasivas algumas vezes. Mas sem dúvida foi mais esclarecedora que a do Omelete. O ponto mais importante, ao menos pra mim, eram as revistas de 144 páginas (ou 6 histórias). Se vão publicar arcos completos, alternando personagens, PARABÉNS PANINI! Essa decisão certamente agradará a todos, é inteligente e lógica. Edição inteira com o Demolidor? Compro na hora! Arco do Rulk? Passo longe! E por aí vai... espero que isso se concretize mesmo, porque mix almanacão com trocentos personagens nada a ver um com o outro, não dá mais. Como eu disse antes, é um desrespeito ao leitor, achar que estamos nos 70/80, quando a galera não fazia a menor idéia de como era a publicação nos EUA, e engolia o que a editora empurrava aqui. Afinal, essa era a única realidade conhecida pelos leitores brasileiros. Hoje não dá mais pra esperar isso... até porque, me desculpe o Helcio, mas o papo de que uma grande parcela não acessa a Internet e por isso não se informa tanto, é uma LOUCURA FODA, não faz sentido! Com os preços que as revistas tem, não dá pra acreditar que o público consumidor esteja numa classe sem poder aquisitivo pra ter computador e Internet!

Outro detalhe, não abordado diretamente na entrevista mas discutido aqui nos comentários, é a maldita capa dura. Eu acho totalmente desnecessária, pra que tanto luxo? Encarece demais os encadernados, o que me levou a nào comprar alguns que eu estava muito a fim. Preacher, por exemplo. Fizessem uma edição mais simples, eu compraria na certa. Tipo Y - O Último Homem, saiu o volume 1 num encadernado perfeitamente bom, sem a frescura da capa dura, e com um preço bom. Esse eu comprei feliz da vida. Detalhe: li tanto Preacher quanto Y, completos, por scans. E quero ter os dois na minha coleção. Ou seja, nesse caso quem atrapalha as vendas não são os scans, é a maldita mania da editora de insistir num luxo DESNECESSÁRIO>

Leandro Ricardo disse...

Marcelo disse...
Ps: Leandro Ricardo, aquela HQ do questão merece MUUUITO ser em capa dura e em edição de luxo. Material simples, mas eficientíssimo com show de arte-final do Rick Magyar sobre os traços do Denys Cowan. E o roteiro do O´Neill é ótimo. :)


Pode crer Marcelo. Eu também me amarro em personagens da DC que tiveram ótimas histórias na década de 80. (Aliás, prefiro e entendo mais essas histórias antigas que as de hoje. =/ )

Mas o que eu quis falar foi sobre essa necessidade de várias revistas serem lançadas no formato de luxo (Foi um equivoco o exemplo usado :D ).

Acho que o formato de luxo deveria ser usado para grandes lançamentos e clássicos.

------------------

Outra coisa que me intriga é o seguinte:

Já que se fala tanto em valores,
por que a Panini não aproveita o momento e corre atrás de anunciantes?

(Animações, filmes e games estão bebendo na fonte das Hq's, o que dá uma exposição tremenda na mídia.)

Será que novamente entra aquele assunto de organização e planejamento ou simplesmente isso não seria possível?

Anônimo disse...

O planejamento da Panini Comics Brasil:

Editor chinfrim: Nossa!!! Faz 5 anos que não aumentamos os preços de nosso produtos! Tivemos perdas enormes na nossa margem de lucro! Só esses aumentozinhos que fizemos não deram pro gasto. Como vamos fazer para aumentar a nossa margem de lucro, sem perder volume de vendas?

Estudande de 1° ano do curso de marketing tabajara: Ah, como marketeiro experiente, posso sugerir que você corte excessos e aumente a renda líquida de cada um dos produtos. Só que, para não assustar ninguém, usaremos a palavra "revolução editorial" para essas mudanças.

Editor chinfrim "Revolução" não é um conceito meio extremo? Não vai assustar os nossos otár... digo LEITORES?

Estudande de 1° ano do curso de marketing tabajara: Que nada! Coloca um baralho marvel nas primeiras edições, ou uns posteres da mulher-maravilha de sunga, que todo mundo vai aplaudir a inicitaiva! COMO EU SOU BOM!

Editor chinfrim: PARABÉNS CAMPEÃO!!!

Freud disse...

Marcelo disse...
Ps: Leandro Ricardo, aquela HQ do questão merece MUUUITO ser em capa dura e em edição de luxo. Material simples, mas eficientíssimo com show de arte-final do Rick Magyar sobre os traços do Denys Cowan. E o roteiro do O´Neill é ótimo. :)


Marcelo, respondendo porque fui o primeiro a citar esse encadernado aqui, e o Leandro citou meu comentário.

Em primeiro lugar, Questão é meu personagem favorito e fiquei muito satisfeito com a minha edição em capa dura. EU prefiro essa hq em capa dura mas veja, até la fora ela ta saindo em cartonada...

Prefiro em capa dura, mas prefiro ainda mais a série completa em capa cartonada do que parar no primeiro arco de estórias.

Como eu disse, quem tem q avaliar corretamente como lancar cada produto é a Panini, pois ela que dispõe de meios pra isso, além, claro, da decisão de o que e como publicar. Questão é um arco só, não consta volume, então não posso me sentir lesado se ela parar por ai, mas gostaria muito que saisse tudo e temo que não aconteça por uma possível erro de planejamento, como parece ter havido com Starman e outros casos.

Espero estar enganado, mas infelismente, não estou otimista.

Que a Panini volte a publicar Starman (e em intervalos de tempo menores, pois desse jeito em quantos anos vai acabar?), e quem sabe, continue a publicar o Questão, e tudo o mais. Ai eu bato palmas.

Hoje eu simplesmente não tenho confiança em comecar qualquer coleção da Panini que seja em volumes, e isso inclui Sandman, que inclusive eu gostaria muito e não tenho em nenhuma versão.

É muito bonito fazer coleções de volumes 1 pra "incentivar" a editora a continuar publicando, mas meu dinheiro não é tão farto assim.

Sérgio B. Veloso disse...

Tô vendo que o Hélcio é mesmo um dinossauro como já falaram acima. Primeiro que esse lance de "capa dura" e "papel de luxo" é sucks. Uma droga! Pra quê essa besteira? Isso é fato, caro editor. Aprenda e escutar seus consumidores e não a presumir. Em relação aos scans, o Dr.Hélcio deu outra bola fora apenas presumindo com seus "achismos" à esmo.

Eu li uma boa parte de Y-The Last Man, Invensível e Walking Dead muito antes deles aportarem por aqui e quando saiu, eu comprei assim mesmo. Onde está o seu "achismo" nessa sua cabeça de editorssauro? Dá pra ver que ele não tá antenado com nada! Que ele NÃO sabe o que os consumidores estão querendo. E pelo visto ninguém tá passando a mão na cabeça. Os leitores estão furiosos, ao contrário daqueles e-mails elogiando as "facetas" da Mythos com a Panini naquelas seções de cartas insosos. E nem vou comentar a brilhante ideia de Terra-X e suas páginas multiladas nas mãos da Mythos. Lixo total! Tá na hora da Panini Itália se intromenter e colocar a Equipe Mythos no lugar dela ou dá a redação a profissionais mais ligados com o nosso mercado, nossos consumidores e nossa realidade. Acorda, Sr.Hélcio ou vai ficar sem emprego com essa barberagem toda!

Marshall disse...

Obrigado Nasi, Sidney e Leonardo pela atenção, sabia que eu não tava maluco.

A questão é a seguinte. Quem tem aquelas quatro edições de Terra X da Mythos sabe o quanto aquilo foi ruim. Quem não viu pode ler as críticas do Sidney da Época.

Catástrofe total! Não tem outro jeito de descrever aquilo.

E o Helcio tentou justificar aquilo! Meu Deus! Ao invés de dizer: Desculpem pelo péssimo trabalho, foi o melhor que se pôde fazer, vamos tentar melhorar!

ELE TENTOU A SÉRIO ARRUMAR UM JEITO DE JUSTIFICAR AQUILO COMO SE ELE ESTIVESSE TOTALMENTE CERTO E SEGURO.

Eu reli o texto agora, rindo sozinho feito um débil. Olhem esse trecho:

"Foi exatamente o que aconteceu com Terra X. Quem puder ler a saga original e depois comparar com as nossas edições, com toda a certeza vai concordar em gênero, número e grau com o enxugamento de páginas. Isso melhorou - e muito - a história. Nós tivemos o cuidado de preservar tudo que havia de importante nela, eliminando o que estava a mais. Só isso. Não cortamos nenhuma edição por inteiro (nota do UHQ: a informação veiculada na nota sobre os cortes foi passada, erradamente, pela própria Mythos), mas páginas ao longo da série. Como resultado, a história ficou mais ágil, mais concisa, mais contundente e custará menos dinheiro colecioná-la."

hahahahahahhahahah....meus caros colegas, se o Helcio teve a pachorra de tecer tais justificativas patéticas acerca daquele lamentável exemplo de incompetência editorial, sinceramente, as entrevistas no Omelete e UHQ não são nada!

Juro que tentei evitar, mas não consigo, tenho de dizer: Esse Helcio é um gozador, um galhofeiro, um mestre da troça, cara de pau o sujeito. Não dá pra levar a sério.

Façam o teste. Vejam a Terra X da Mythos e depois leiam o texto tão gentimente disponibilizado pelo comentarista Leonardo (obrigado de novo). Garanto que vão morrer de rir.


Ademais, concordo plenamente com o Jackson:

"Outro detalhe, não abordado diretamente na entrevista mas discutido aqui nos comentários, é a maldita capa dura. Eu acho totalmente desnecessária, pra que tanto luxo? Encarece demais os encadernados, o que me levou a nào comprar alguns que eu estava muito a fim. Preacher, por exemplo. Fizessem uma edição mais simples, eu compraria na certa. Tipo Y - O Último Homem, saiu o volume 1 num encadernado perfeitamente bom, sem a frescura da capa dura, e com um preço bom. Esse eu comprei feliz da vida. Detalhe: li tanto Preacher quanto Y, completos, por scans. E quero ter os dois na minha coleção. Ou seja, nesse caso quem atrapalha as vendas não são os scans, é a maldita mania da editora de insistir num luxo DESNECESSÁRIO"


C.H.E.G.A.
D.E.S.S.E.
E.X.C.E.S.S.O.
D.E.
C.A.P.A.S
D.U.R.A.S!

Material para livraria NÃO é sinônimo de capa dura!

E já falei demais, abraço.

Marshall disse...

Só reprisando o link pra facilitar:

http://universohq.com/quadrinhos/n23082001_03.cfm

pedro disse...

O mais SENSACIONAL é esse trecho: "...Quem puder ler a saga original e depois comparar com as nossas edições, com toda a certeza vai concordar em gênero, número e grau com o enxugamento de páginas. Isso melhorou - e muito - a história. Nós tivemos o cuidado de preservar tudo que havia de importante nela, eliminando o que estava a mais."

Primeiro que ele QUER acreditar que fez um grande trabalho CORTANDO as páginas.

Segundo ele quer dizer que seus cortes foram MELHORES que a HQ original. Quer dizer que o original é ruim, mas o da Mythos todo mutilado é melhor. CACETE, Marvel. Chamem o Hélcio pra tomar de conta dos títulos de vocês no lugar do Quesada! O cara é um genio! Sabe cortar um texto fantástico (com página e tudo) e deixar ainda mais SENSACIONAL. Um verdadeiro ninja!

Cara... sem sacanagem, mas é muita cara de pau. Que editor terrível. É aquele que só acredito no que ELE quer acreditar. Acho que colocando ele (Hélcio) e Dan Didio não faz diferença. Espera, faz sim. Didio pelo menos é editgor de verdade. O Hélcio e sua pseudo-equipe apenas pega a rebaba do que já foi editado lá fora, como bem já foi dito lá em cima. Ele é um REEDITOR! Hahahahhahahaha!

Fernando Shoiti Schatzmann disse...

A todo tempo o Sr. Helcio de Carvalho fala que os mixes ficaram mais baratos, mas não ficaram, o preço por página subiu, ele acha está enganando quem?

Luiz Sardinha disse...

Cara que bizarro!!! não lembrava dessa história do Terra X!!! Vejam a importância do UHQ para a nossa cultura quadrinhística! Arquivar esse tipo de coisa é importantíssimo.
Assim as coisas ficam mais claras, se um sujeito acha que tem o direito de mutilar uma obra porque ele acha que fica melhor assim, (notem que se pudesse ele faria isso até com filmes!) pode perfeitamente criar uma revolução baseado em nada! Pra quê pesquisas de mercado se o sujeito é onisciente?
Nasi concordo que uma pesquisa de mercado séria e completa custa caro, mas se essa iniciativa não vier das editoras grandes (Panini, Abril, Cia das Letras...), vamos viver o resto dos dias no amadorismo editorial.

Roberval disse...

Entendo perfeitamente que a maioria dos leitores não gostou da mudança. Mas diria que muitas críticas são exageradas e a impressão que fica é de que o motivo principal de tanta reclamação é somente gosto pessoal - o que é totalmente legítimo por parte do leitor, mas não invalida as ações tomadas pela editora. Por exemplo, dizer que não concorda "com a descontinuação de títulos pelas baixas vendas" é uma opinião totalmente "emocional", uma vez que o objetivo número 1 da editora é ter lucro. Outro exemplo: dizer que não acha o Helcio confiante porque ele não tem certeza da continuidade dos títulos é misturar situações: mesmo estando confiante, o que é essencial para alguém que deve tomar decisões, não garante que eventos externos, como as vendas de determinado título, passem a mudar. É quase como dizer "se eu acreditar muito, mas muito mesmo, vai dar certo!". Não vou dizer que o Helcio tenha revelado todas as razões para a mudança e também que não tenha sido contraditório algumas vezes. Mas o pessoal questiona muito baseado nas impressões pessoais ou de amigos - devemos lembrar que o cara deve ter muito mais evidência que rumo o mercado está tomando que qualquer um de nós, pois ele é bem experiente e trabalha no ramo. Por fim, essa mudança drástica só tem um motivo: melhorar as vendas, quem trabalha com negócios sabe que o cara não faria isso simplesmente porque ele acha legal, empregos estão em jogo. Vamos aceitar que alguma coisa precisava ser feita e talvez seja melhor assim do que voltarmos para a antiga era...

nenhum disse...

Olha, eu não sou o Urtigão, e apesar de morar no interior de São Paulo moro a poucos quilômetros da capital, entre Campinas e Jundiaí. Não é roça.

Invariavelmente, TODA vez que eu vou para a capital eu levo um susto porque eu vejo muito, mas muito material que eu não vejo aqui. Aliás, tem material que a Panini lançou que eu não vi nem na capital(!).

As tiragens estão baixas, muito baixas e se a Panini está no azul provavelmente é por ter tiragens baixas,ter distribuição restrita e pelo fato deste tipo de material ser relativamente caro pela quantidade de papel, além de ser moleza editar quando tudo chega em CD. E claro, com o sistema de assinaturas isso fica mais em conta.

E o problema da Panini é que a Marvel e a DC andam ingratas demais para se publicar aqui(Quem lia apenas por curiosidade ou obrigação tem um atrativo e tanto nos scans). E o público leitor deles é velho demais.

Por fim, os encadernados devem ser bem mais lucrativos que a linha mensal.

Feigel disse...

Ótima entrevista do Nasi. Parabéns!

E só pra registrar: de uns anos pra cá, a quantidade de leitores que passou a comprar encadernados direto dos EUA aumentou consideravelmente. Tenho convicção de que a descontinuidade dos encadernados e o tratamento dado pela Panini aos pedidos dos seus leitores foram alguns dos grandes motivos responsáveis por este êxodo.

Kuroi disse...

Me senti profundamente ofendido com a postura desse cidadão. Sou consumidor da Panini há alguns anos (poucos na verdade) leio scans e se eles têm a boa vontade de lançar as coisas por aqui eu sempre as compro com o maior prazer.

Me sinto ofendido porque gasto mais de 200R$ por mês sendo que pela Panini eu nunca gasto menos do que 150R$ (são quase 20 mangás - que eu leio scans em mais de 50% dos casos, mais a Revista Vertigo e vários Encadernados da Vertigo quando eles têm a boa vontade de lançar).

Sou leitor, comprador e acompanho o fórum da Panini e alguns hotsites, gostaria que ele tivesse mais algum respeito por nós.
Vou continuar comprando meus quadrinhos pela Panini, mas não ficaria nada triste se esse sujeito perdesse o emprego.

O cancelamento de Seton foi triste, eu devo ser uma das únicas pessoas que comprou o tal mangá e ele realmente valia a pena, mas infelizmente os compradores da Panini (principalmente de mangás) deixam para comprar mangás apenas quando a coleção já está terminada pq com a Panini nunca se sabe se ela vai concluir o que começou. O mais chato com Seton é que ele foi cancelado, depois de algum tumulto em fóruns eles retiraram a notícia do cancelamento do ar e agora voltam a afirmar o cancelamento.

Se a Panini sabe realmente quem é o seu leitor jamais deveria ter apostado em um título como Seton pq qualquer cego teria notado que o título simplesmente não venderia. Estética Western, acabamento luxo, preço muito acima do normal... O negócio agora é esperar pra saber se o cidadão vai s epronunciar a respeito das séries Lodoss War e Kil-Dong que foram paralisadas faltando apenas 1, UM volume para serem concluídas.

João Defunto disse...

Também acho que as edições com capa dura devam ser diminuidas, mas não abolidas. Teve uma edição com capa dura do Coringa que ficou ridícula tamanha a finura.
E tem histórias que não combinam com esse papel pisa brite.
Eu muito raramente leio scans, pois não aguento ficar muito tempo diante do monitor. Só leio mesmo os foras do comum tipo "Superman nos Tempos de Asterix", "Superman e Pernalonga", "Justiceiro e Archie", "X-Men vs Star Trek", etc.
Thundercats eu havia lido em scan. As imagens estavam ótimas. Quando saiu pela Panini, comprei tudo (inclusive os três volumes de encalhados, digo, encadernados que foram lançados depois). E digo uma coisa: o pisa-brite fez com que a história ficasse horrível de se ler. Mas nada me tira o prazer de ter os gibis nas mãos.
Quanto a este aumento de preços, o Hélcio não deu ponto sem nó. Com este aumento sendo praticado agora, a Panini vai poder ficar uns dois anos sem reajustar seus preços e depois, lá em 2012, vai jogar isso nas nossas caras.
Sei que não tem nada a ver, mas aproveito para dizer que os preços da linha Bonelli da Mythos estão pela hora da morte...
Outra coisa que não tem nada a ver mas quero aproveitar para perguntar e ficarei agradecido se alguém souber me responder: a série infanto-juvenil Kylion, que foi interrompida pela nossa "querida" Panini no número 4, continua a ser publicada na Itália? Em que número está?

E Eduardo, valeu pela entrevista.

Zig disse...

Faz tempo que não leio quadrinhos da Marvel/DC pela Panini. No começo comprava tudo, mas não deu pra continuar. As revistas são maiores? Sim. Papel melhor? Sim, mas ficaram caras.
Tudo bem, o tal custo benefício. Só que só serve para quem pode pagar.

Por isso, eu tenho saudades dos tempos do formatinho. Sei que podem me zoar por falar isso, mas é minha opinião.

Nos tempos do formatinho, pelo preço de três revistas da Panini eu tinha todas as revistas da Abril.

E nessa época eu lia tudo. Hoje não leio nada.

Então, o que é mais importante, ter um Uno 1.0 na garagem, que te transporta para todos os lugares ou uma Ferrari que faz a mesma coisa, só que mais cara (estou falando do uso prático, não de marca ou valores...)?

Com os formatinhos, apesar do tamanho, dos cortes, eu detinha a informação, eu podia comprar e me divertir.

Hoje, olho na banca e fico só na vontade.

E olha que a qualidade das histórias não estão lá essas coisas, porque quadrinhos de super-herói não é luxo, é entretenimento.

Por isso, quando vejo o editor da Panini dizendo que estão concorrendo com outras mídias eu assino embaixo, porque eu compro um DVD de 40 reais e não compro uma revista de 7,0... mas compraria uma de 3,50, no formato menor, até branco e preto se fosse, pois o que importa para mim é a informação e não a embalagem.

Gostaria de saber como estão as histórias daquele personagem que gosto e não que papel ele é impresso.

E fico na dúvida se com esses preços, essa estratégia de produto formará novos leitores.

O editor se vangloria pela sobrevivência no mercado. Mas será que essa sobrevida não tem mais a ver com os personagens de HQ aparecendo nas telas dos cinemas e menos com as tais jogadas editoriais?

São questões que só um estudo sério do mercado podem responder.

Unknown disse...

Eu qeria mesmo eh q eles mudassem o papel q nao valoriza a arte deixando td "embaçado". Nao precisa ser aquele lisinho (q nao sei o nome) mas o atual ta mto fraco!

Eduardo Nasi disse...

Nova rodada de comentários.

Jackson Good e demais - Não dá pra falar de tudo numa entrevista, como eu disse antes. E a "revolução" não atinge a linha de livrarias. Mas realmente é um ponto que eu não entendo bem. A editora deve ter seus motivos. Mas eu não entendo.

Fernando Shoiti Schatzmann - Também não gosto desse discurso, Fernando. Estou entre os leitores que compram quase tudo (não tudo porque não dá tempo de ler), não baixam scan e vão pagar mais caro a partir de maio.

Luiz Sardinha - Ok, mas quem pode obrigá-las a fazer? Não é por falta de aconselhamento. Não só em textos públicos, mas também em conversas privadas com editores.

Roberval - Não sei se entendi bem o que você tentou dizer, mas, se entendi, acho que você misturou as coisas. Helcio está confiante, sim, e isso está claro ao longo da defesa que ele fez aqui e no Omelete. Além disso, é só ver a última resposta. Quanto às críticas serem somente de "gosto pessoal", aí eu vou ter que discordar, porque já dá pra contar centenas de leitores emitindo "gostos pessoais" que vão de encontro às decisões da Panini. É um "gosto pessoal" bem coletivo e, muitas vezes, bastante embasado.

Feigel - Não tenho esse dado dos consumidores de encadernados. Não quero ficar no território do achismo. Se você tiver e puder compartilhar, agradeço.

Kadu - Eu também comprei Seton e fiquei pessoalmente triste com a notícia do cancelamento.

João Defunto - Não sei nada sobre Kylion. Já os preços de Bonelli são altos, mas costumam valer a pena. Gosto especialmente de J. Kendall.

Zig e Poeta - Não sei se os leitores que ficaram no mercado, comprando mesmo, suportariam uma edição mais franciscana. É achismo, mas tenho a sensação de que os sobreviventes curtem uma qualidade mínima. Mas, como disse: é achismo.

Eduardo Nasi disse...

Ah, sim, desculpem por não responder todo mundo, mas a correria está grande. Depois eu volto.

Rodrigo Ramos disse...

@Zig,

"O editor se vangloria pela sobrevivência no mercado"

Aparentemente é o que interessa ou existe outra justificativa para passar "Legião dos Três Mundos" para Superman/Batman pra revista durar até o final da série? E pra uma revista do Homem-de-Ferro que vai durar oquê, no máximo um ano após o oba-oba do filme?

O mercado está moribundo e o pessoal está apenas afofando o travesseiro da maca ao invés de buscar uma terapia intensiva.

Volto a frisar, quadrinhos é mercado! Mercadorias precisam ser estudadas e seus consumidores ouvidos e catalogados!

@Nasi, claro que o cara está confiante, faz anos que, não importa o que façam os leitores compram seus produtos.

Marcelo "Salsicha" disse...

É aquela coisa, galera: o tal Sr. Hélcio incorporou um político dos mais clichês (experimentem imaginar o Maluf no lugar dele falando toda aquela baboseira pro UHQ), rodou uma lâmpada violenta, esclareceu quase nada, e só enrolou com as informações que tinha em mãos. Aliás, eles precisam entrar num acordo com as próprias assessorias, pq a cada hora aparece uma informação nova q se contradiz com alguma já passada anteriormente.

Eu vou fazer o meu trabalho como fã de (bons) quadrinhos: comprar somente aquilo q é realmente interessante e q vale o investimento. Mas não esperem q eu faça isso com gibis onde apenas uma história presta. Os encadernados gringos com arcos fechados existem pra isso (eu recomendo a Livraria Cultura como boa fonte de TPs, onde o preço é bem acessível entre as lojas nacionais).

Tá na dúvida se os novos títulos gringos valem uma compra futura? Scan neles! Eu baixo scans tb, mas não deixo de comprar os quadrinhos q valem a pena. Fica a cargo do leitor separar o joio do trigo, sempre foi assim e sempre será.

Entendo a postura q o povo do Omelete tomou em não por o dedo na ferida da italianada. É a filosofia deles, ser chapa branca, sem comprometerem a empresa q dá suporte ($) e material pro site. Não vou deixar de acompanhar a “cozinha” por isso, mas é em momentos como esse q tb leio o Universo HQ há anos, onde a abordagem é diferenciada, sem rabo preso.

Façam o trabalho de vcs tb, fãs de quadrinhos q gostem realmente dessa mídia: tome a atitude mais adequada na hora da compra. Em ano de eleição, é bom agir com consciência, né Sr. Hélcio?

Anderson disse...

Rapaz, o Helcio deu umas respostas tão atravessadas que me lembrou aqueles já longicuos chats no uol com o Figueira (editor na época em que as hqs da Marvel e DC eram publicadas pela editora Abril)...

Mérito para o Nasi que soube conduzir bem a entrevista e meter o dedo na ferida em alguns momentos.

Agora é esperar o mês de maio chegar e ver os desdobramentos dessa "revolução"

Dr. Housyemberg disse...

Excelente entrevista, muito melhor do que o press-release disfarçado do Omelete. Agora, não se trata de uma revolução, mas de uma enganação financeira, pois, em todos os cálculos há aumento de preço, não tem jeito. Se a Panini/Mythos se orgulha por não aumentar preços durante períodos longos (o que tb não corresponde à verdade), não aumente os preços e coloque em seus mixes títulos de maior expressão no universo Marvel/DC.

O que me deixa de fato triste é que, apesar do otimismo, o sr. Helcio não responde de maneira direta às perguntas e repete comentários feitos ao Omelete em perguntas que não foram as mesmas. Triste isso.

Minha única ansiedade é acompanhar a discussão Disney/Panini...

House_MD

Eduardo Roque disse...

S/querer bancar tb o advogado do diabo concordo c/a parte em q Hélcio pede q a galera espere até ver as revistas em maio p/poder emitir opiniões c/o material em mãos. E acho q mesmo c/os erros a Panini merece algum crédito já q os acertos os superam.
Só fiquei espantado c/a falta d memória do Hélcio em afirmar q nunca viu editora alguma ficar 3 anos s/aumentar os preços(Abril ficou 4, d 96 a 2000) e q a Panini chegou detonando por q ao assumir a DC estava "C/apenas 2 revistas em bancas". Oras, ele deve ter c ref às QUINZENAIS Superman e Batman Premium q c/suas 160 pág totalizavam 640 pág/més contra as - d 300 das 3 mensais da DC q a Panini lançou a príncípio. Ou seja, ele esqueceu q a Abril depois disso lançou 5 revistas quinzenais(Planeta DC, lembram?) q foi a última tentativa real d c popularizar os comics q c viu no Brasil.
Explicando, o prob é q por vários fatores vem c criando a cultura q HQs devem ser lançadas em ed luxuosas q na prática ñ agregam valor algum ao conteúdo. Pô, 1 coisa é encadernar d forma luxuosa material já lançado e q o pessoal pede e sabe q vai vender. Outra é já lançar material inédito dessa forma a ñ ser q assim tenha sido concebido(Lost Girls, por ex).
P/fechar, já q o Hélcio gosta d metáforas, é como c a indústria automobilística decidisse parar d fabricar carros quase populares e só lançasse Ferraris. O nº d motoristas certamente decresceria e novos, nem pensar

Anônimo disse...

Acho capa dura desnecessário. Excelentes hq's foram publicadas sem capa dura: Maus, Persépolis, As Aventuras de Tintim, etc. E fica, na minha opinião, estranho quando a hq é fina e com capa dura... a capa é mais espessa que a hq em si...
Ah, uma coisa que não tem a ver com isso: desculpe a ignorância, as vezes vejo uma sigla e não sei o que significa. O que é TP?

eduardodias disse...

Eu fico decepcionado pelas escolhas da Panini, pois sinceramente, ao invés de 2 revistas de 144? páginas... pq não trazer 4 títulos novos? de 72 pág... pq que o volume total pra quem fosse comprar tudo aumentasse...convenhamos..é raro alguém gostar e comprar tudo...
a SJA passa por uma fase excelente... com títulos como sjs, sjs-all-star sem falar em sja vs kobra, powergirl, magog, não era de se pensar em o grupo ter um título próprio? agora que se propoe uma 'revolução'...mas não...antes eu (e imagino, tantos outros) comprava a revista da Liga, (com 4 histórias) por causa de UMA.. agora terei de comprar 6/7/8 pr conta de uma???
não é justo e não é legal da parte da panini...
outra coisa a panini podia lançar uma lista definitiva com o que será lançado aqui ou não... pra que e gente possa importar o que não saira aqui...

Dimas disse...

Se o sr. Hélcio e a PANINI querem ser transparentes com o seu público, porque não divulgam os números de venda de seus produtos?
Qual a revista que mais vende? Qual a revista que menos vende?
Vamos aguardar como pede o sr. Hélcio (no meu caso, sem comprar as revistas a R$ 14,90, pois minha expectativa é que no prazo máximo de 01 ano elas estarão com menos páginas, com a justificativa de uma nova "revolução" da PANINI)

Anônimo disse...

Esse Hélcio é muito engraçado mesmo. ele deve achar que leitor de quadrinhos no Brasil é tudo burro. Que nós não temos informações e que não sabemos forma opnião. Em todos os fóruns e sites que receberam essa notícias sobre a "revolução" os consumidores/leitores parecem muito insatisfeitos. Porque será? No mundinho do Hélcio e seus editores não existe mosca? O que tá me deixando mais fulo é esse aumento embutido. Tá achando que todo é muito. Fora que as pesquisas da cabeça dele são voltadas para o cadastro de leitores, caras divulgadas dentro de suas publicações e aquele fórum inutil que eles mantinham ou mantém?

Olha bem pra minha cara e me chama diretamente de burro, cara!

Que profissionalismo fantástico esse. O Hélcio e nem qualquer outra pessoa dali terá cara para rebater qualquer crítica daqui ou de outro lugar. Nunca foram transparentes, nunca tiveram um canal verdadeiramente aberto com o leitor, se resumindo apenas ao seu mundinho perfeito onde somos gados rente ao feno.

E o que acha de TANTA gente insastifeita com o seu trabalho e de sua equipe, Sr. Hélcio? Parece que tem MUITA gente de fato insastifeita e não é apenas um ou dois. São milhares e por milhares de motivos. Parece que tem MUITO erro na administração Mythos, pois tem muita gente decendo o ferro. Essa era a hora da Panini de verdade (a italiana) se manifestar e tirar a Mythos de canpo e colocar gente competente e mais ligada com o público como Luigi Del Manto por exemplo. Fora Hélcio!

E fora capa dura!

Jadson disse...

Quanto a capa dura deveria ser adotada a seguinte situação, lance em capa cartonado mais em conta com uma tiragem maior, e capa dura com tiragem menor sendo vendida através da web.

JODIL disse...

Excelente e coerente, como sempre! Editar HQ no Brasil é matar um leão a cada dia. Principalmente quando se quer atingir públicos e idades. Parabéns, também, pelos bons textos dos jornalistas do UHQ, beirando os 100% da perfeição, em todos os sentidos! SUCESSO PERENE!

Marshall disse...

Eu continuo sem saber que raio de cadastro de leitores é esse.

Daniel Meireles disse...

Caramba, o pessoal tá discutindo mesmo essa "revolução editorial" da Panini!

Nasi, quando disse "saudades do formatinho" não me referia ao Sandman, claro ;)

O que gostava no formatinho é que a gente podia acompanhar uma quantidade maior de revistas de uma forma mais "despretensiosa" e barata. Eu realmente acredito que tem muita série que poderia ser distribuída nesse formato sem maiores problemas. Seria uma forma deveras interessante de se distribuir histórias a um preço mais acessível.

Também sou a favor de capas cartonadas para praticamente todas as edições especiais e compilações. Na minha opinião, a qualidade do acabamento é suficiente para satisfazer meus padrões de fanboy. Capas duras e edições de luxo deveriam ser a última opção de publicação para uma HQ no Brasil, visto o seu custo proibitivo para grande parte da população -- claro que existem exceções, como as "Edições Definitivas" por exemplo, mas esse é um material confeccionado com o intuito de ser "luxuoso" mesmo.

no mais, acho que o grande problema das revistas publicadas atualmente no Brasil não é nem a questão do custo da HQ x preço de venda, e sim preço de venda x mix. Mas isso não deixa de ser reflexo do mercado americano, que está mergulhado em uma crise criativa já faz um bom tempo.

Um grande abraço a todos e vamos continuar discutindo!!!

Antonio Conselheiro disse...

Interessante citar Seton.

Quando anuciaram, falaram que seriam 3 volumes. Mas não explicaram que o mangá já estava no 4º volume e não tem previsão de encerramento.

Depois é muito fácil jogar a culpa no leitor.

Jaime Khoury disse...

Será que os miseravéis que não acessam a internet tem dinheiro para comprar revistas em quadrinhos?

Nessa "revolução" quem saiu ganhando e quem saiu perdendo? Financeiramente, o leitor, óbvio!!

Essa "revolução" vai estimular o surgimento de novos leitores?

Se o problema era o preço, passar de R$ 7,90 a R$ 6,50 faz muita diferença?

Pelo jeito, a "revolução" não vai dar em absolutamente nada!!

Seria melhor voltar ao formatinho e fazer uma "revolução" em todos os sentidos: formato e, principalmente, preço!! Uma revista em formatinho, com 52 páginas, sairia a uns 3 a, no máximo, 4 reais. Aí seria mais ace$$ível!!

Calouro disse...

Reforço o que disse lá no primeiro post:
Só compro encardenados seriados depois de toda a coleção ser publicada. Mas se todos fizerem isso não passa do primeiro volume, né? Como alguém disse antes: "estou enjoado de colecionar volume 1..."

Quanto aos mix, pessoalmente ainda espero para ver. Pode ser uma boa algo mais enxuto (e com menos tranqueira). Mas a impressão que ficou é que foi só uma maneira de aumentar o preço por página. Espero estar errado nessa.

Por fim, não vou xingar o editor da Panini de burro e cretino como fizeram, pois acho isso uma falta de respeito. Discordar e deixar de comprar o produto vá lá, mas xingar já é uma contradição. Afinal, respeito ao consumidor é que queremos, não?

Espero que o pessoal da Panini avalie com carinho as manifestaçãoes dos leitores e não fique achando que existe "uma maioria silenciosa que concorda com a gente". Tem muito fanboy irritadinho, mas tem muito leitor com boas idéias aí no meio...

Roberval disse...

Eduardo Nasi - o que eu quis dizer é o seguinte: todo leitor tem o direito de não gostar das mudanças, mas daí concluir que a decisão do Helcio foi errada é muito precipitada, mesmo que haja uma manifestação tão grande assim. Também dizer que tais manifestações são embasadas (e a do Helcio não) é meio presunçoso, você não acha? Lembre-se que o Helcio tem muito mais informação e experiência do que a maioria dos leitores e, além disso, a decisão dele não é o gosto pessoal, com certeza é visando uma melhoria nas vendas. Ou vc acha que ele tomaria uma decisão para diminuir tais vendas (lembre-se o emprego dele e de muitas pessoas estão em jogo)? Além disso, reconheço que há uma manifestação muito grande contra essa decisão, mas o que você acha que vai acontecer? Os tradicionais leitores vão parar de comprar? Pode ser que alguns sim, mas eu duvido e pago pra ver que a essa mesma maioria que está criticando vai parar de comprar. E não podemos nos esquecer dos novos leitores que certamente virão, pois acredito que diminuição de preços (pelo menos para algumas revistas) e arcos completos sempre atrairão novos leitores. Veja bem, em momento algum discordo de vc que as pessoas não gostaram (eu mesmo não fiquei feliz) - elas têm todo o direito de manifestar essa opinião, reclamar e tentar voltar ao que era. O que eu critico é muitas pessoas seguirem a seguinte lógica: 1) não gostei, acho que não vai dar certo (até aqui sem problemas); 2) logo, o Helcio é sem noção, tomou a decisão errada, com certeza todo muito vai reclamar e as vendas devem cair. Essa certeza vem de onde? Certamente não vem de nenhum dado concreto ou estatístico, apenas da opinião pessoal ou da opinião de amigos.

Fabio disse...

tb acho essa revolução um engodo, mas imaginem se ainda estivéssemos nas mãos da ed. abril.

Josival disse...

Esse negócio de lançar em capa dura já tá exagerando, não o faria com BT-Morte de Robin, 1602, Cride na Múltiplas Terras etc. Preferia Pracher em capa cartonada mesmo, o valor de capa dura compraria dois normais, e coleção fica bonita do mesmo jeito e dá pra ler tranquilo. Daqui a pouco tão lançando até Liefeld em capa dura. Lançam muita coisa e acontece essa pendência do leitor ficar esperando e nunca sair como fez a Pixel com o M.do Pântano.

Outra coisa, não digam em sites que vai publicar Inumanos (P. Jenkis), Esquadrão Supremos (M.Max) e isso e aquilo se não cumprem, fica só na promessa feito político em campanha, e nada...

Sa eds. de 76 págs. até dá pra engolir, mas as de 148 não boto muita fé (lembrem-se da Premium-Abril), torço pra que dê certo, mas o preço assusta um pouco pra revista mesnsal.

Josival disse...

Concordo c o Jaime, revolução seria se voltassem ao formatinho, aí sim o preço cairia p 3 ou 4 reais. E voltaria ao saudosismo da Abril, foi uma época q se vendeu gibis.
Não curto ler scans, me dá agonia e cansaço, gosto de manusear as páginas da revista e sentir o cheiro do papel e da impressão. Posso parecer louco, mas o cheiro de gibi novo lembra minha infância quando ia comprar livros e cadernos pro ano letivo, e na adolescência quando ia na banca comprar a E.S.Conan. Mas creio que muitos colegas compartilhas dessa doideira.

Lucas Pimenta disse...

Nasi, parabéns. Entrevista show de bola.

Algumas explicações foram bem furadas... parece até que foi o que mandaram ele dizer...

Mas espero que algumas séries como Starman, eles terminem mesmo de lançar!

Wendell disse...

A entrevista feita pelo universo HQ foi bem mais incisiva que a do Omelete, que parecia estar pisando em ovos (sem trocadilhos rs) pelo fato da editora ser anunciante no site. Mas nem dessa forma parece ter havido muito progresso nas declarações do Hélcio a respeito das mudanças, sobretudo nos trechos em que o entrevistador pede clareza na fonte dos dados mencionados no Omelete sobre o público-alvo das publicações.
Com a difusão das lan houses pelo país, mesmo os leitores que não possuem computadores em suas residências tem acesso a rede com facilidade. Nesse ponto o entrevistado se perdeu, pois como a pergunta seguinte ressaltou que a internet é o principal e, as vezes único, meio de divulgação usado pela Panini para o segmento de HQ's, uma prova de que o perfil prioritário do público é sim de pessoas que tem acesso a web.
Durante o último OmeleTV, o Érico disse que as sugestões de pesquisa de mercado feitas nos comentários eram infundadas, visto que uma pesquisa é algo muito caro. Sim, de fato, mas tanto a editora quanto seus parceiros tem websites e, embora as enquetes não tenham valor científico, elas acabam ajudando no sentido de apontar tendências e preferências dos leitores. O público que acessa o Panini Comics, por exemplo, são os leitores das HQ’s que ela vende, então por que não aproveitar o veículo para colher informação e direcionar as ações editoriais?
Tanto o Helcio, quanto o pessoal do Omelete, usaram como argumento o fato de que os leitores sempre choram e se manifestam quando são apresentadas mudanças de preço ou de formato, mas que depois se adaptam com tudo. A questão não é a de que o leitor se “adapta”, na verdade ele se conforma, pois já que a Panini é detentora dos direitos de publicação de todos os selos, sem nenhuma concorrência direta que faça frente, então o que podemos fazer senão protestar por nossos direitos e nosso dinheiro? É claro que uma hora cessam os protestos, uma vez que ninguém agüenta ficar o tempo todo gritando sem ser ouvido.
Em dado momento foi dito: “Não seria mais prudente se os leitores de ânimo mais acalorado, que estão criticando o movimento, aguardassem as revistas de maio para ver como ficaram (em especial o mix de histórias de cada uma) e só então, objetivamente, levando em conta todas as explicações dadas, tirarem suas conclusões?”. A resposta é não. Será pagar para ver, pois se as expectativas não forem preenchidas, mais uma vez só vai nos restar acatar e comprar o que vier, uma vez que a medida já terá sido tomada.

Rafael Olivato disse...

Entrevista boa demais.
A maioria das entrevistas fazem perguntas cujas respostas todos já sabem. Não foi o caso dessa.
Nasi aproveitou muito bem a oportunidade.

Muito obrigado, Nasi!

Eduardo Nasi disse...

Pessoal,

Agradeço pela leitura e pelos comentários.

Antes de ir pros pontos específicos, vou falar de uns temas gerais, que respondem vários leitores ao mesmo tempo:

Helcio e Omelete - Agradeço todos os elogios, mas queria aproveitar pra agradecer ao Helcio por ter concedido a entrevista. Leio em vários lugares sobre ele ser obrigado a falar, mas não é bem assim. A rigor, a Panini e a Mythos são empresas fechadas e toda a transparência da companhia é a que a companhia quer dar. Se o Helcio topou responder as perguntas, que não eram fáceis, não é porque foi obrigado.

Quanto ao Omelete, é evidente que as perguntas desta entrevista são derivadas da entrevista do Érico Assis, e o crédito de começar esse debate e inspirar minhas perguntas sempre será dele - bem como dos leitores que questionaram as respostas à entrevista dele.

Capa dura e formatinho - Essa questão da capa dura é complicada. Há casos, como Cavaleiro das Trevas, em que os leitores preferiram pagar mais caro para ter o mesmo material. Ok, é um clássico, qualidade comprovada etc.

E há o exemplo recente de Homem-Aranha - Com Grandes Poderes..., que tem capa dura, mas custa menos que muita edição de capa mole e papel de menor qualidade.

Quanto ao formatinho, tenho pra mim que ele está morto. E que a pá de cal foi o formato Premium. Que tinha todos os seus problemas, mas mudou o padrão de publicação de super-heróis no Brasil. E nisso foi, sim, revolucionário.

Dá pra dizer que foi elitista, que os preços eram proibitivos, mas a qualidade gráfica deu um salto inegável.

Quanto ao preço do formatinho, eu tenho a impressão de que havia mais variáveis em jogo do que o formato. Em especial, a tiragem, esse elemento da indústria editorial que faz mágicas na hora de permitir preços mais em conta. Com as tiragens atuais, não sei se o formatinho seria barato o suficiente para vingar. Mas aí o Helcio teria que responder.

Pessoalmente, eu não limitaria a discussão à capa mole ou dura ou ao formato, mas a ampliaria falando de criatividade de formatos e publicações. Nisso, eu acho mesmo que a Panini deve no mercado de heróis (mas porque DC e Marvel também!).

Coleções incompletas - Pessoalmente, acho que a Panini poderia tentar ver seu negócio como parte do mercado de coleções. E algumas dessas coleções têm começo e fim.

Se eu faço uma coleção de bonecos dos Sete Anões e suspeito que o boneco Feliz não vai vender bem, tenho que me programar pra isso. Ou fabrico menos Felizes. Ou compenso o custo com o Zangado e o Dunga. Ou considero a coleção inviável e não lanço.

Tenho a impressão de que, pra quem está no mercado de coleções, não se comprometer a lançar uma coleção de três ou quatro volumes é perigoso demais. Claro que pode haver ajustes ou mesmo exceções, mas essas vários números 1 não podem ser a regra.

Mas insisto: a empresa não é minha, não sei a realidade financeira deles, e eu torço muito para que eles saibam o que estão fazendo.

Opa, cheguei no limite de caracteres do comentário. Segue no próximo.

Eduardo Nasi disse...

Continuando, vamos a comentários pontuais.

Anônimo - TP é a sigla pra Trade Paperback, o popular, encadernado sem capa dura.

Dimas - Muita gente gosta de saber de números de venda, mas a real é que eles são estratégicos pro negócio, e a Panini é uma empresa privada e não precisa abrir de não quiser. (Aliás, o Helcio não precisaria sequer responder nossas perguntas.) Na prática, não vejo qual a utilidade disso pro leitor. Acho que o leitor precisa mais de boas histórias que de números. Claro que, pra analisar o mercado, é um dado útil, se combinado com custos e faturamento. Afinal, uma revista pode vender 500 mil exemplares e, ainda assim, não ser grande fonte de receita. De qualquer forma, sem auditoria de tiragem, qualquer informação de números concedida pela editora não necessariamente é verdadeira.

Marshall - É o cadastro da Panini, oras! :D

Jaime Khoury - Esse dado de que um volume significativo do leitor de HQ não usa internet é bastante curioso mesmo. Achei divertida a imagem que alguns leitores cunharam: Urtigão.

Roberval - O que mais me incomoda na mudança, e acho que isso ficou claro na análise que escrevi na semana passada, é que ela não parece mudar tanto assim pra fazer uma grande diferença. E ainda tem a questão de que, pra esse leitor que compra muito, o custo fica mais alto, ao contrário do que o discurso inicial da editora tenta empurrar.

Marshall disse...

Nasi, esse cadastro é aquele só com dados pessoais no site da Panini?

É com base nesse cadastro que o Helcio fez suas afirmações?

Se for, a base disso é muito fraca.

Olha, eu me lembro de uma pesquisa que a Abril mandou encartada num formatinho certa vez. Se eu lembrasse qual formatinho eu pegava, mas não vai rolar.

Mas me lembro de algo daquela pesquisa e nunca vi a Panini fazer nada parecido.

No Omelete creio que também não dão notícia de um cadastro ou pesquisa mais completa, pois segundo eles "pesquisa de mercado é caro".

Quanto a questão das capas duras, também acho que a discussão não deve se limitar a isso, mas é um bom ponto inicial. De qq maneira o problema é justamente a falta de discussão não é?

É admirável a sua disposição de acompanhar o debate aqui nos comentários. Outros editores de outros sites infelizmente não estão nem aí. Até pq nos tais sites os comentários se resumem a "fulano é engraçado", "muito legal esse post"...dã.

Abraço.

Eduardo Nasi disse...

Marshall - É o que o Helcio disse: eles têm um cadastro. Como ele foi construído, são outros quinhentos. Se é bom ou ruim, só vendo pra saber, e esse é um dado da empresa, que é privada etc.

Pesquisa de mercado é caro, assim como é caro perder dinheiro com livros que não vendem e deixar de ganhar com oportunidades que não se conhece.

Mas quem tem a chave do cofre não sou eu nem são os leitores. Os editores que têm que saber se esse cadastro é suficiente pra eles tomarem as decisões.

E aí é uma política minha mesmo: não gosto de me meter na administração das editoras, porque não tenho dados pra isso.

O que eu posso avaliar é o resultado.

Quanto a vir aqui falar, é uma questão de disponibilidade. Quando dá, eu venho.

Adriano Sousa disse...

O que mais me chateia na Panini é essa maldita distribuição.

Veja bem, "Batman - Cacofonia", cehgou essa semana no eixo dos amaldiçoados, APÓS 6 MESES!

Por que diabos essa demora? Pra piorar, todas as revistas VIERAM DETONADAS, tive de escolher com muito cuidado a menos ruim.

Agora eu pergunto, será que a "Kick-Ass" será lançada no eixo dos desgraçados antes do filme passar na Tela Quente?

Adriano Sousa disse...

Só complementando meu comentário acima, muitas revistas simplesmente não chegam no terceiro eixo, como algumas "Os Maiores Clássicos", "Demolidor - O Diabo da Guarda" e "Capitão América - Operação Renascimento", só pra ficar em alguns exemplos mais recentes.

Há alguma coisa muito podre na distribuição da Panini.

Sobre a entrevista com o Helcio:
Mesmo se ele chegasse e disesse algo sábio, profundo, tocante, uma pérola da sabedoria, ele seria duramente criticado.
Sabe por quê? Os fãs de quadrinnhos detestam esse sujeito. E com razão, visto as atrocidades com os quadrinhos que ele cometeu no passado.
Fico impressionado de saber como que esse cara ainda consegue trabalhar nessa área.

Mas com uma coisa eu fico admirado, é que ele está dando a cara à tapa, enquanto que outros editores estão escondidinhos.

pereira disse...

... no final, vai ficar como tá. O Hélcio e ninguém do stuff da Panini irá mudar uma linha do que estão fazendo por conta de reclamações e as coisas só mudariam de rumo SE não vendesse REALMENTE bem. Como todo mundo reclama, mas no final vai comprar, a ideia "revolucionária" vai ficar e fim. Com certeza até o fim do ano algumas publicações poderão ser canceladas. Ou não. Porque reclamar é fácil, segurar o vício por adquirir seus quadrinhos impresso são outros quinhentos. Fato!

O chato é que as explicações do Hélcio foram muito politicas. Ele poderia ter sido mais verdadeiro. Ter dito que as coisas estavam assim, assim e assado. Admitir que errou com aquela tomada editorial burra de cortar Terra-X pela sua editora Mythos e dizer que sim, está mais caro por quadrinhos nos mix, mas que essa foi a única forma de segurar os trilhos da editora. Tão simples. Ficou tentando justificar o injustificável. Teria sido mais honroso e melhor para a visão pública dele se tivesse apenas sido sincero e não politizado tudo que proferiu.

Com isso ele se queimou, queimou a credibilidade da Mythos e a credibildidade de seus empregadores, a Panini Itália. É melhor admitir que errou do que ficar tapando o Sol com a peneira. Mas é como eu disse: no final, todo mundo vai comprar. E é isso que ele quer e é isso que vai acontecer. A Panini não tem concorrencia aqui dentro. Fará como quiser, como bem entender e será assim como estão planejando. Se num der certo, cancela sem muitas explicações e na calda já anuncia mais "novidades revolucionárias". Sabe o que o Hélcio pensa? Ele pensa que vai vender de qualquer forma. E isso é isso que importa pra ele no final. As reclamações vão continuar, mas as vendas também.

Wendell disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wendell disse...

Nasi - Sobre o que disse a respeito da linha Premium eu concordo plenamente. Acompanho os quadrinhos desde o formatinho, há vários anos atrás e, com exceção de uma ou outra edição especial, a linha Premium foi a primeira que deu um acabamento de luxo para títulos mensais. O preço era de fato um problema, 9,90 não era barato naquela época, da mesma forma que 14,90 também não é hoje em dia. Vários argumentaram que se passaram muitos anos, que a realidade econômica é outra, mas creio que esse valor ainda não é viável nos dias de hoje, sobretudo se levarmos em conta que as edições de 14,90 serão publicadas com o mesmo papel Pisa Brite, sem acabamento de luxo e com menos páginas que a malfadada linha Premium. Bem ou mal, a produção refinada era o trunfo daquela linha e a da Panini não tem esse diferencial.

Rodrigo Ramos disse...

Nasi, a elitização dos quadrinhos pela Abril com o formato Premium gerou consequências que estamos sentindo até hoje no mercado e não estou falando da qualidade do material.

Adorei a analogia com os sete anões. Eu comentei isso em algum fórum, sobre não compreender como uma editora que possui quase um monopólio de quadrinhos deixa os leitores infelizes com uma coleção incompleta! Não é possível ir diminuindo as tiragens de acordo com os números de vendas das edições anteriores e diluir o lucro nos "trocentos" títulos que a própria editora publica? É realmente melhor lesar o leitor que investe uma grana alta numa coleção que não sairá do primeiro?

Mas no final toda esta insatisfação não dará em nada e os leitores que reclamam agora ainda darão seu suado dinheiro pra editora e tudo seguirá como sempre no Brasil onde ninguém exige nada e todo mundo aplaude qualquer coisa só pra não ter trabalho...

Saint-Clair disse...

Gente de Deus,
editora nenhuma vive no prejuízo.
Será que vocês nunca viram títulos serem cancelados nos Estados Unidos porque não estam vendendo bem? Acontece toda hora.... Lá, como cá, a única solução é se conformar e rezar para um dia eles continuarem a publicação, na mesma ou em outra editora.
Eu comprei coisas como o volume 1 de Seton e gostaria que eles tivessem lançado mais, mas, sinceramente, eu até já esperava que a publicação fosse abortada. Cara e luxuosa demais para um material de quem ninguém nunca tinha ouvido falar.
Agora, vou ficar chorando? Toca a bola prá frente que a vida continua.

Anônimo disse...

Eu gostei das mudanças.... no que diz respeito aos titulos mensais. 3 historias do Aranha é melhor do que 5 historias fora da cronologia como é o caso das Extras, Family, e por aí vai.

Miss MArvel sai do mix Vingadores. Quer prazer melhor que ´pagar 6,50 e ler Novos Vingadores, Thor e Capitão América??? sem ver a porcaria da Miss MArvel na revista?

Agora é esperar se as revistas de 14,90 serão feitas de arcos fechados, ou de restos (spin-offs) que somando não valem 14,90.

Fico mal por ter de pagar 14,90 para ler uma revista do Demolidor.

Unknown disse...

Bem, a panini está testando: revistas com mais paginas e outras com menos.

O que pegar melhor, fica. Ela já fez isso no passado quando diminiu a qualidade do papel.

É bom ler uma entrevista em que voc6e sente a tensão no ar. E pensar que a coisa toda foi por e-mail.

Freud disse...

"Saint-Clair disse...
Agora, vou ficar chorando? Toca a bola prá frente que a vida continua."

É realmente triste essa mentalidade de que qualquer reclamação é chororo.. Rs...

Falarei apenas por mim quando digo que minha vida continua normalmente e que felizmente hoje existem muitas opções de quadrinhos de qualidade em várias editoras, além da própria opção de se comprar lá fora.

Meu ponto de vista visava frisar que um prática "considerada normal" pela Panini desagrada e aparentemente afasta GRANDE PARTE dos consumidores ditos "mais exigentes".

Digo porque, falando por mim, eu nâo volto a comprar algo nesses termos. Muita gente compra do mesmo jeito, ou pra "incentivar a continuacao", ou porque gosta de estórias sem fim, ou porque tem dinheiro sobrando.

Se o planejamento da Panini for, como infelizmente parece, lancar produto caro e só continuar "se colar", enchendo as prateleiras de Volumes 1, que seja, pelo menos é um planejamento, tomara que seja bom pra ela.

Parabéns a quem continuar comprando assim, pra mim, já deu e tanto faz, pois há muitos ótimos livros e hqs disponíveis por ai e a vida continua sim. :)

HQ POINT disse...

Acho que o grande problema da Panini é a grande quantidade de títulos nas bancas. Reduzir os títulos e selecionar melhor o material publicado seria a melhor solução para aumentar as vendas. Edições mais trabalhadas para serem guardadas na estante junto a bons livros. O material de "segunda linha" poderia ser lançado em edições economicas ou até mesmo scans. Não tem como fugir da REALIDADE DOS SCANS... eles estão por aí e vão chegar bombando com os IPad. Quem não acreditar neles irá AFUNDAR (Se a Panini se acha um TITANIC, lembre-se que até mesmo o grande transatlântico afundou.)
Na Itália, a Panini tem lançado uma série interessante de Clássicos dos Quadrinhos. Tá na hora de dar uma REVOLUCIONADA nos títulos lançados, já que o público leitor é de idade superior a 20 anos.
Sobre a venda direta aos leitores, feita pela editora, teria que ser pelo menos 30% mais barato que o preço de capa, uma vez que a editora não teria que pagar distribuidora e jornaleiros (só os jornaleiros ganham 25% sobre o preço de capa.

Anônimo disse...

Agora que as editoras americanas derrubaram o HTML Comics, ninguém vai dizer que foi uma atitude antipática?

Sávio Christi disse...

Mano Sidney, vim lhe dar os parabéns por seu trabalho e convidá-lo a acessar minha página de divulgação, eis o endereço → http://www.facebook.com/SavioChristiDesenhistaDivulgacao.

Bom, abraços e até mais então!

Sávio Christi disse...

Seria legal se saíssem mais crossovers entre companhias aqui no Brasil, bem como mais quadrinhos baseados em animações e vídeo games e mais livros baseados em quadrinhos!

Mas enfim, a quantidade e qualidade dos lançamentos mais recentes por aqui está saindo bem acima da média!

A propósito: o link da primeira entrevista já foi removido, se possível, altere sua postagem original para removê-lo dela!

E mais uma vez a propósito, se for de seus inteiros e totais agrado e interesse, acesse minha coleção de revistas de quadrinhos, livros e filmes: http://saviochristi2.blogspot.com/2016/08/minha-colecao-parcial-de-revistas-em.html e as diferenças entre as tiras cômicas, charges e cartuns em meu outro blog: http://saviochristi3.blogspot.com/2017/01/as-diferencas-entre-as-tiras-comicas.html.