18 fevereiro 2009

Chiaroscuro: a DC Comics à deriva

E a primeira coluna de 2009, enfim, saiu. O Codespoti fez um belo apanhado da situação atual da DC Comics. A editora está perdidinha e quem paga o pato, claro, são os leitores.


E você, o que achou do artigo? Comente à vontade.

40 comentários:

Anônimo disse...

Eventos cataclísmicos. Uma crise após a outra... Este decenauta prefere os tempos em que as histórias eram mais simples. Havia início, meio, fim, alguma repercussão e pronto! A DC tem em Crise nas Infinitas Terras uma das maiores sagas das HQs de super-heróis de todos os tempos. Deveria ter parado por aí, mas se os nerds fazem questão de uma cronologia alinhadíssima, fazer o que? A Marvel tem o mérito de apenas lapidar o passado de seus personagens sem colocá-los numa crise após a outra. Está ficando chato e muito caro acompanhar as histórias da DC, salvo raríssimas exceções. Por conta disso, já excluí alguns títulos das duas editoras do meu orçamento. E aqui vale citar uma desvantagem dos mixes: aproveitar apenas uma certa porcentagem das cem páginas que se leva pra casa. Há muito material ruim nas bancas por conta também das repercussões que os tais "eventos cataclísmicos de enorme relevância" têm nos vários títulos publicados pelas duas editoras. Reitero: que saudade dos tempos em que as histórias erma mais simples... Eu só espero que as duas editoras, principalmente a DC, não provoquem suas implosões por conta disso.

Anônimo disse...

Parabéns pelo artigo! Acho que faz um panorama interessante da situação da DC e comparações pertinentes com a Marvel que, conforme descrito, parece ter um plano editorial muito mais bem definido do que a DC.
Agora, mudando de assunto, gostaria de aproveitar a oportunidade para falar sobre algo que tenho pensado nos últimos dias, e que inclusive talvez seja um "cutucão" para algumas pessoas. É incrível que alguém do talento de Grant Morrison tenha conseguido escrever duas mortes para o Batman que ocorreram quase que paralelamente. Parece que o escritor sofreu uma diarréia mental, o que não acho que seja o caso. Será que por acaso ele não está comprando a idéia de que as "amarras da cronologia" não importam desde que se conte uma boa história? Ou será que ele não está cutucando as pessoas que sempre fazem essa crítica, mostrando quão insólitas ficariam as coisas caso isso fosse levado a sério? O que vcs acham?

raph disse...

Um amigo que lê quadrinho americanos diz que desistiu de comprar quando o Órion, dos novos deuses, morreu pela "terceira vez seguida", sem ao menos ressuscitar entre as mortes :)

Anônimo disse...

Esse site só sabe meter o malho na DC hein...

Anônimo disse...

Eu sempre preferi a DC do que a Marvel, mas essa fase tá foda. Espero que Didio seja derrubado do poder o mais rápido possível e que assuma alguém que arrume a bagunça.

Igor disse...

Muito bom o artigo. É por essas e outras que eu não acompanho mais as séries mensais das grandes editoras americanas (só a linha Vertigo). Ah, e essa é a primeira coluna de 2009, não? No post tá 2008. A DC tá deixando até o Gusman perdido, hehe.

Unknown disse...

Anderson, esse site é bem democrático e malha a Marvel e qualquer outra editora sempre que necessário. Ah, também elogiamos muito quem merece, basta acompanhar as resenhas às sextas-feiras ;-P

Sidney Gusman disse...

Igor, obrigado. Eu estou trabalhando tanto que ando meio zureta mesmo.

Anderson, a DC é minha editora favorita de super-heróis, mas não é por isso que temos que fingir que está tudo bem. Dan Didio e companhia vêm fazendo lambança em cima de lambança.

Anônimo disse...

Muito bom o artigo. Resumiu, mesmo que de forma branda, tudo o que grande parte dos leitores da DC está sentindo desde a derrapada Countdown (iniciada no encadernado de Crise Infinita, quando "magicamente" ((c) e TM by Joe Quesada) inseriram na história a volta (inútil) do Multiverso (não
declarada na série solta) e - pior - transformaram as 52 semanas de um excelente evento em 52 terras". E pior ainda: essas "novas" Terras eram principalmente Elseworlds!!!!).

Quanto a Crise Final, ela é a antítese de como fazer uma boa
história. Veja-se a Crise Original, por exemplo: comprei os
encadernados da Panini e entendi perfeitamente o evento, apesar de não conhecer 1/3 dos personagens e não ter lido os crossovers da época. Diminuiu um pouco o impacto da grandiosidade do evento, óbvio, mas a história está bem explicada (com uma ou outra derrapada, é claro).

Crise Infinita, mesmo com um final troncho e algumas coisas duras de engolir, me empolgou bastante. E tantos as séries que a antecederam como as simultâneas foram muito boas, a maioria, diferentemente da Crise Final...

Mas antes de falar sobre essa coisa, algumas palavra sobre
R.I.P. (Ou Hype, já que prometeu muito e não entregou nada).

Esse evento foi um dos maiores caça-níqueis e pega-trouxas da história dos quadrinhos. E uma das histórias mais esquizofrênicas dos quadrinhos.

Estamos acostumados com eventos que percorrem várias revistas, com ramificações na maioria das vezes
dispensáveis. R.I.P também tem disso, notadamente na série
do Robin. Nada anormal.

Agora, revistas que ostentam na capa fazer parte do evento e
não terem absolutamente NADA (ou muito pouco, como algumas
frases desconexas) a ver com ele, nem mesmo as enrolações de praxe, como um luta vista por outro ângulo ou informações de
bastidores, não lembro de nenhuma outra. Tem revista inclusive com o próprio Batman, em dois lugares diferentes ao mesmo tempo, durante a mesma "saga"(complexo de Wolverine?), como no caso de Detective Comics.

Aliás, algumas das revistas contradizem as outras, levando a
um caos total. E em todas, parece certo e acabado que Batman
já morreu ou está desaparecido a muito tempo (ou sejam, se passam depois de Crise Final, pois, segundo Morrison, apenas uma semana se passou desde R.I.P. até o início da Crise).

Sem contar que essa Ripada acabou com arcos ótimos que estavam sendo desenvolvidos na revista dos Renegados. E uma ameaça de nível Global foi completamente esquecida de uma edição para outra!!!

É foda continuar acompanhando uma editora assim!

E sobre Crise Final, ela é a própria aberração cósmica. Eu

não sei dizer nem se ela aconteceu mesmo, se o desejo do Superman por um "final feliz" fez o tempo retroceder e tudo começar do zero, sem que jamais tivesse existido tal crise.

Que, aliás, nem deveria ter existido. Se a Legião sabia o
que ia acontecer, porque não evitou tudo logo do início?

Acabou alterando o Futuro do mesmo jeito, sem prevenir ninguém (só o Super-Homem, já no finalzinho do segundo tempo). E se o Super fez a Crise deixar de existir, como é
que o futuro sabia que ela aconteceria?

E outra, como é que a série acaba e minisséries ligadas a ela ainda continuam (caso de FINAL CRISIS: LEGION OF THREE WORLDS)? Loucura, loucura, loucura...

É por isso que dizem que o Mal ganhou em Crise Final. Foi o "Mau" roteiro que venceu.

E Ban Didio é o maior vilão da DC atualmente!

Unknown disse...

Já fui um seguidor fiel das duas grandes, a Marvel me trouxe de volta após o lançamento da série Millenium (Ultimate) que me deixou bastante satisfeito com as tramas escritas pelo Bendis e Millar. Agora já não sei mais o que pensar pois já estão anunciando o fim desse Universo. Isso é matar a galinha de ovos de ouro (pelo menos para mim é a única que me permito acompanhar). A DC infelizmente já não dá mais para tentar entender a cronologia ou ao menos a personalidade dos personagens (o Superman ainda é o Clark Kent???). Enfim, trazer a baila os dencontentamentos dos leitores é importante, pena que nossa voz não soa à altura para que as grandes possam rever essa estapafúrdia confusão editorial.

Unknown disse...

Eu procuro adquirir somente encadernados. Na verdade, eu os importo. O que acho curioso é que os revisores do Comic Book Resources avaliaram bem, tanto R.I.P. quanto Final Crisis, e baseado nessas revisões eu estava disposto a importar as duas assim que o dólar ficasse mais amigável. Mas depois deste post, fiquei em dúvida. Alguém que leu as duas séries, pode me dizer se eu jogarei meu dinheiro fora ao comprá-las??

Abraços!

Obs: Não me interessa Countdown nem tudo ligado a ela, nem o atual prelúdio publicado pela Panini. Li em outras fontes que o próprio Morrison recomenda ignorar esses eventos, pois foram equívocos editoriais.

Anônimo disse...

DCrise Final, foi a resposta para os leitores que queriam histórias mais "cabeça". Só esqueceram que de dizer que as "cabeças" também envelhecem. Saudades do tempo onde as histórias tinham no máximo 3 partes. Leitores novos não terão essas "cabeças" e como estão fazendo deixando de acompanhar essa nona arte que já foi tão maravilhosa. É uma pena.

Anônimo disse...

Infelizmente a DC vem errando desde a primeira vez que ouvi a palavra crise ser repetida denovo depois da crise original. Eu era um leitor fiel de DC e Assim como o Sidney a DC tb é minha editora de super herois favorita. Assim que pintaram os primeiro titulos com contagem regressiva e crise infinita, eu comprei...mas logo em seguida deixei de comprar eles e parei com a DC completamente. Hoje não me arrpendo nenhum pouco, pois so vejo a situação piorar, mas fico triste com noticias cada dia mais tenebrosas.

Anônimo disse...

Darbylopes,

Garde seu dinheiro para a Vertigo ou para os Lanternas Verdes. Ou para a Legião dos Três Mundos.

Só recomendo a compra de Crise Final ou de R.I.P. se for por causa dos desenhos. De roteiro, ambas as sagas, além de confusas, são reciclagens de vários clichês e idéias anteriores do Morrison que nem pra uma leitura leve e descompromissada servem.

Se quiser arriscar, espere sair a versão da Panini e peça a alguém emprestado.

Eu vou pedir Countdown emprestado para alguém e a Morte dos Novos Deuses, só para saber como é que o Órion morreu nessas histórias, já que a explicação do Morrison em Crise Final foi uma piada de mau gosto.

Para você vê, até a solução para o caso da "Mary Marvel Puta Punk" foi bisonha, copiada de Alan Moore em Miracleman: o raio de shazam destranformando ela "sumiu" com a personalidade má. E todas as mortes que ela causou foram esquecidas "magicamente".

A Mulher Maravilha também num passe de mágica se livrou do vírus Deus.

A primeira parte de Crise Final é uma história. Quando se termina a saga, você percebe que nada do começo fez sentido ou teve relevância. Até mesmo o poderosão inimigo do final, o Mandrakk, veio do gibi do Superman Beyond (e se você não ler, ou não vier no encadernado, aí é que não se entende nada mesmo no fim).

É como disse o Codespoti na matéria: "Ninguém precisa explicar história boa."

Jackson Good disse...

O planejamento editorial sem dúvida redefiniu a expressão "mal-feito", mas não dá pra eximir o Morrison de culpa, não. Toda essa maluquice de metafísica, metalinguagem, meta whatever é culpa dele. O cara é um grande escritor, mas o que fode seus trabalhos é sua pretensão, seu ego e sua ânsia de parecer "genial, "revolucionário" e "inovador".

Tem uma entrevista dele que saíu no Omelete onde ele tenta explicar a Crise Final. Leiam, porque não há como explicar ou resumir:

http://omelete.com.br/quad/100017791/Final_Crisis_chega_ao_fim_e_Grant_Morrison_ja_arma_sua_defesa.aspx

Pelamordedeus! É muita arrogância e insanidade pra uma pessoa só. Concordo com quem falou que uma boa história não precisa ser explicada. Watchmen é o que é sem precisar de nenhum desses elementos imbecis tão exaltados pelo Morrison.

Anônimo disse...

Vou ficar um tempo só com a LJA e os encadernados. Pelo que se lê aqui, perdeu-se o interesse por grandes eventos. Só queremos boas histórias...

Anônimo disse...

RIP seria bom se o DIdio tivesse deixado o MOrrison matar o batman em sua própria revista, quando começa a putaria de juntarem um zilhão de séries contando a mesma história não dá pra não se perder mesmo. A Dc é ridícula de ficar lançando um zilhão de séries babacas e mais ridículo é quem compra tudo. Ainda bem que da Dc só leio scans (que revista panini que publica dc e tem mais de uma história boa?)

Anônimo disse...

Eu estava comprando só Batman e pretendia comprar a Crise Final quando saísse... depois dos comentários acima, vou até parar com o Batman, que é meu segundo personagem favorito. O meu primeiro e o Homem-Aranha, e eu parei de colecionar a revista depois de One More Day. Vou ficar nos encadernados e nas revistas dos Vingadores, que têm o Capitão de Ed Brubaker e os Novos Vingadores do Bendis que ainda são bastante empolgantes.

Unknown disse...

Estou acompanhando Lanterna Verde pela Panini e acompanhando as revisões pelo CBR e, ao que parece, as histórias continuam divertidas para mais um ano.

Eu tenho os encadernados Batman and Son e The Black Glove e gostei deles e imaginei que R.I.P. mantivesse a pegada. Daí minha vontade de comprá-la. E pelo próprio CBR já sabia que os outros bat-títulos não estavam tão conectados à R.I.P., apesar da tag nas capas. Também não pretendo comprá-las.

Bem, resta aguardar pelo desenrolar da situação e torcer para que a situação da DC melhore.

Sds.

Darby.

Anônimo disse...

Quando o Eduardo Nasi vai fazer a defesa do Didio, Morrison, R.I.P., Crise Final e da DC de uma forma geral?

Eduardo Nasi disse...

Grant Morrison é um gênio.

Rodrigo disse...

A crise infinita até que foi legalzinha, apesar de ter vários erros, mas quando anunciaram que ia ter uma crise final, pensei "desisto da DC". Só não desisti completamente por causa da fase do Brad Meltzer com a Liga e o ótimo trabalho que vem sendo feito nas revistas do lanterna verde e da tropa.

De resto as revistas mensais da DC morreram pra mim, até a revista do Flash que era legal ficou completamente impossível de se acompanhar, ainda mais depois da merda que a Panini fez de criar aquela porcaria de revista chamado Universo DC

Anônimo disse...

Eu não vejo a mesma reação contra a Marvel. Só pq vende mais?

Secret Invasion foi UM LIXO, 6 edições de enrolação com os heróis dos anos 70 e derepente uma conclusão apressada que apenas foi um link para Dark Reing.

Final Crisis pelo menos é inteligente.

Anônimo disse...

Concordo na parte de que o Didio realmente não sabe fazer nada, mas discordo de que nesse ponto a Marvel leve vatangem,sim, vende mais, mas é por isso que a DC vai estar a deriva, esse ano tá rolando MUITA coisa legal na DC Comics, a saga Noite Mais Densa, Batalha do Manto, Flash: Rebirth, a volta do Morrison na série Batman entre outros...

Claro que countdown foi um erro e tudo mais, mas dizer q soh pq vc entende a HQ ela é boa não tem nada a ver, Crise Final foi feita pelo Morrison, todo mundo sabe que ele viaja nas revistas, crise final eh pra ser ler com calma, ler, e reler pra conseguir entender, agora invasão secreta nada mais eh algo rpa agradar as massas,ação, pancadaria, q o pessoal le q acha "maneiro".

O artigo foi bom, mas foi mto parcial e relação a Marvel, se o artigo eh a DC Comics a deriva, fale da DC Comcis e também apresente os lados positivos, de pro exemplo ter subido nas vendas em dezembro, não soh criticar e ainda comparar com a Marvel.

Unknown disse...

Ô Nasi, o comentário foi irônico ou sincero mesmo??

Outra coisa. Lembro que em setembro do ano passado pedi dicas ao Delfim sobre a compra de uns encadernados (entre eles dois de Batman por Morrison) e o mesmo me recomendou fortemente minha compra.

Como fiquei satisfeito com minha leitura (Valeu ae, Delfin), queria saber se ele recomenda R.I.P.

Falou!!!!

Fabio Farro de Castro disse...

Bom, sobre a zona editoral nem vou comentar pois sei que está certo. Sou roteirista amador (digo, só escrevo para eu mesmo por enquanto)e sonho com um dia que os roteiristas terão liberade total sobre uma obra, seja ela HQ ou série de TV. Como discuti em uma comunidade, não concordo com intromissões de terceiros em roteiro, é como aquela famosa frase "não se mexe em time que está ganhando". Como ocorreu com o Homem-Aranha, One More Day é fútil, nem devia ter sido escrita. O personagem passou por maus bocados nos anos 90, mas usar magia para acabar com um casamento foi desnecessário. Não era mais simples a Mary Jane se separar do Peter por ele ter revelado a sua identidade secreta? Ou/E a tia May morrer de vez?

Agora sobre Batman RIP, cansei do povo dizer que não entendeu. É preguiçade ver o que tá na cara! Para quem ainda for ler a saga (e cuidado com algum spoiler):

A revista do Robin é a unica com ligação com Batman RIP

A revista do Asa Noturna ocorre depois de Batman RIP/Final Crisis

A revista dos Renegados parece ocorrer instantes depois do fim de Batman RIP.

A revista Detective Comics ocorre antes de Batman RIP (O arco do Hush)

Depois delero último capítulo de Batman:RIP, leia Final Crisis até a edição 2 e depois leia as edições 682 e 683 de Batman. E de preferencia, leia toda Final Crisis e os tie-ins dela, para aí sim ler o evento Last Rites nas revistas Detective Comics, Robin, Nigthtwing e Batman/Outsiders pois ocorre tudo depois de Final Crisis.

E não se preocupe com a revista da Liga, pois apesar do arco atual lá dos EUA ter uma minima ligação com FC, ela ocorre antes de FC #2.

A revista Superman/Batman já faz um tempinho que não tem ligação com a cronologia.

E para entender o final de Batman 681, leia Batman 683.

Eduardo Nasi disse...

O que você acha?

Unknown disse...

Crise de fato, foi em 1985; aliás, parece ter sido esse o ano venal para o mercado de HQ americano - e também aqui no brasil, era muito divertido sair da banca com uma revista que tivesse Daredevil do Miller e X-Men do Claremont-Byrne - e todas as outras desde então parecem mais remendos do que qualquer coisa. Seria interessante eles arrumarem outra intriga e partirem para outra...

Marcello Santo Nicola disse...

Dei uma pausa na DC há uns 2 anos por falta de grana. Cada vez tenho menos vontade de voltar...

Anônimo disse...

A verdade é que tanto a DC quanto a Marvel têm de tentar mudar com urgência. Prá começo de conversa, quadrinhos já são uma coisa extremamente em decadência em todo o mundo, mas nos Estados Unidos em particular. Quem vê os números divulgados nas análises do site ICV2 (www.icv2.com) vê números absolutamente patéticos, onde a maioria dos títulos está ficando na faixa de menos de 10 mil exemplares por mês. Pensar que, 20 anos atrás, quando eu via os números de vendas naqueles "statement of ownership and circulation" (que costumavam sair uma vez por ano nas revistas, com dados exigidos pelos correios americanos, pena da editora não ter direito a tarifas mais baratas para remessa) e ficava com dó de revistas como Wonder Woman e outras que só vendiam na faixa de 70.000 exemplares.... Pois bem, voltando à vaca fria, se os quadrinhos estão em decadência eles têm de entender que cronologia complexa, interligando mil revistas e com referências a trocentos eventos do passado que aconteceram, depois desaconteceram e aí aconteceram de novo, só assustam novos leitores. O menino que tenta ler uma história não entende nada e simplesmente não tenta de novo. As boas vendagens de mangás nos Estados Unidos, dentro outros fatores (como não serem 100% presos ao gênero super-heróis como DC e Marvel), podem ser explicadas pelo fato de que os títulos são isolados. Quem lê Fruits Basket, não precisa ler ou ter lido Dragonball. Bleach é completamente separado de Negima, que é complementamente separado de One Piece etc. Há até referências a números anteriores, mas nada que uns recordatórios não resolvam sem muita dificuldade. Isso tudo, é claro, sem contar outros problemas da DC e Marvel como arte cada vez pior na maioria dos casos e roteiros idiotas, muitas vezes pernósticos, que não trazem um mínimo de interesse ao leitor. Isso tudo provavelmente tem a ver com os editores que só conhecem essa mesma merda. Os editores americanos precisavam urgentemente ler uns mangás, uns fumetti italianos, uns álbuns de BD franceses para aprender algumas virtudes como: 1 - independência de um título em relação a outro; 2 - histórias que não sejam excessivamente difíceis de entender, devendo a linearidade ser a regra (algum que podem aprender no cinema, também); 3 - que roteiros inteligentes são uma coisa diferente de roteiros pernósticos; 4 - arte de qualidade.

Quanto a mim, cada vez menos leio quadrinhos americanos atuais (de super-heróis), dando preferência a mangás, fumetti, BD e quadrinhos americanos antigos (como as coletâneas de tiras de On Stage, Terry and the Pirates ou as velhas revistas da Dell e da Harvey, baixadas em scans dos newsgroups). Saudade do tempo em que nas bancas brasileiras se achava Luluzinha, Tininha, Bolota, Brotoeja, Brasinha e Luisa (Wendy, the Good Little Witch para quem não reconhece o nome em português). A Harvey tinha ótimos artistas, falando nisso. Warren Kremer ainda vai ser reconhecido como o gênio que ele era.

Sérgio Codespoti disse...

Agradeço a todos que publicaram suas críticas e elogios aqui.
Vamos aos comentários.

Jailbreaker:
Sobre o Grant Morrison acho que aconteceram atrasos de distribuição das revistas o e interferência editorial no trabalho que prejudicaram o trabalho do Morrison.
Eu também não gosto da proximidade das duas "mortes".

Anderson:
Você está enganado. Este site também "mete o malho" na Marvel. É até possível que você tenha ficado com esta impressão devido ao fato de que nos últimos meses quem demitiu, polemizou, atrasou e criou uma falsa expectativa foi a DC.
Já cansamos de criticar a Marvel e o Joe Quesada, por problemas como atrasos e interferências editoriais, como nos casos recentes do Homem-Aranha e do crossover Ultimate Hulk-Wolverine.

André William:
O Universo Ultimate não vai acabar. Só estão reduzindo o número de revistas e tentando eliminar o problema da cronologia, afinal a linha Ultimate já está para completar 10 anos. E se você curte o trabalho do Millar, ele vai escrever a revista Ultimate Avengers, com bons artistas.

Darbylopes:
O Grant Morrison cria histórias com conceitos interessantes, independente do sucesso de suas revistas. Eu não gosto de tudo que ele faz, mas se você curte o escritor, pode valer a leitura das duas séries. Batman RIP será menos desconexa do que a Crise Final, que se interliga mais com outros eventos. Recomendo apenas para fãs do Morrison.

Mas a minha opinião é que existem coisas melhores para ler. Dentro da DC/Vertigo, é possível ler Lanterna Verde, Simon Dark, 100 Balas, Scalped, por exemplo.

Jackson Good:
Não estou eximindo o Morrison de culpa. Como menciono no texto: "Morrison parece ter sido vítima de alguns de seus excessos como escritor...".

Para mim a história da Crise teria a chance de ser muito superior se o Morrison tivesse feito o que os editores da DC pediram ao Alan Moore quando ele sugeriu a história que daria origem a Watchmen. Para ele não matar e destruir os personagens da Charlton Comics (Capitão Átomo, Pacificador, etc...) a DC sugeriu que ele criasse versões destes personagens. Deu no que deu.

Outro exemplo nesta linha, também do Alan Moore, é o Miracleman, a cópia inglesa do Shazam, que ganhou "liberdade" na metade da década de 1950, durante o confronto DC com a Fawcett, sobre o plágio do Superman.

Desta vez a DC preferiu fazer tudo dentro da sua linha editorial tradicional. Não acho que o resultado deu certo.

Anônimo (3):
A DC pertence ao grupo Time-Warner. Tem coisas que dificilmente a editora terá autonomia para fazer em curto prazo, levando-se em conta os milhões de dólares investidos na produção de brinquedos, séries de TV e filmes.

Só para dar um exemplo hipotético, seria mais difícil aprovar uma mudança de uniforme num personagem como o Robin, se a companhia já estivesse planejado o lançamento de uma linha de brinquedos baseada neste visual. O pensamento mais conservador sobre o assunto dita que poderia significar um prejuízo grande nas vendas. Ninguém quer arriscar e jogar dinheiro fora.

Darbylopes:
O maior problema de RIP é a necessidade de conectar este evento à Crise Final e a grande histeria publicitária criando um engodo sobre o final da história.

Anderson:
A Marvel é criticada da mesma forma, com no caso do One More Day.

A venda é o elemento que determina o sucesso comercial de um produto. Mas não foi o único elemento levado em consideração. No exterior as críticas à DC (devido a erros editoriais, excesso de evento e outras coisas), por parte da imprensa especializada, lojistas, pelos leitores e até por alguns escritores estão ganhando volume.

O mesmo não ocorre com a Marvel, que atualmente está sendo mais criticada por problemas isolados, mas do que como uma editora de forma geral.

E os eventos da Marvel podem até ser simplórios (como você disse, a Crise Final é - ou tenta ser - mais complexa), mas estão vendendo mais, sinal de que o público americano está dando o aval.

Como eu escrevi na coluna, não é o caso de dizer a Marvel é melhor que a DC. As duas editoras têm problemas, mas a DC parece estar numa situação pior.

Sabrina:
Não escrevi que a DC está à deriva porque vende menos.
Como expliquei acima, a DC parece estar perdida por causa dos desmandos editoriais que estão exagerando nos eventos e depois não consegue orquestrá-los de maneira correta. Uma revista não bate com a outra as histórias se contradizem, etc...

Eu também gosto da DC, do Batman, Titãs e outros personagens e estou curtindo muito a revista do Lanterna Verde. Mas isso não muda o fato que os editores estão tendo que explicar constantemente o que está ocorrendo porque muitos leitores estão perdidos (sinal de que não conseguiram entender a história) e cansados destes eventos.

Fabio Farro de Castro:
O seu "mapa de leitura" é um exemplo claro do problema da DC. Precisa até de mapa para entender.

Só para usar a sua última frase: "para entender o final de Batman 681, leia Batman 683".

Ora, o leitor terá que pagar pela revista Batman 681 e ainda mais duas revistas (e esperar mais dois meses) para entender o final do arco? Então o arco deveria terminar no 683. Este tipo de erro editorial está virando lugar comum em todas as editoras americanas.

É burrada demais imaginar que o leitor VAI comprar a revista seguinte. Ele só vai comprar se estiver gostando (e se a grana existir). Com o aumento de preço das revistas americanas e o inchaço dos eventos, fica difícil para os americanos comprarem as revistas e acompanharem os crossovers. Isso sem entrar no mérito das histórias, que podem ser boas ou ruins.

Alexandre:
Concordo. 1985-1986 foram anos excelentes para ser ler quadrinhos.

Marcello Santo Nicola:
Existem coisas boas para se ler na DC/Vertigo. O Lanterna Verde é uma delas.

Natanael Floripes:
A venda dos quadrinhos está caindo muito nos Estados Unidos, e o principal culpado (mas não o único) são as próprias editoras e a fórmula adotada por elas para vender e distribuir o material.

Batman, Superman e Capitão América vendiam por volta de um milhão de exemplares por mês em 1940, quando as revistas custavam 10 centavos de dólar.

Hoje em dia estes números são obtidos por alguns lançamentos de mangá e de álbuns franco-belgas.

Acho que o principal problema a ser resolvido está no excesso de eventos, no exagero do universo interligado e nas histórias longas demais.

Os americanos querem aproveitar tanto as bancas quanto as livrarias com o mesmo produto. Os formatos diferentes (revista de 32 páginas contra encadernado de mais de 100 páginas) obrigam que o produto para banca tenha histórias longas.

É difícil manter a qualidade das revistas com mais de 80 revistas lançadas por mês (em alguns meses mais de 100), com um prazo curto para os desenhistas produzirem 22 a 24 páginas, como no caso da Marvel da DC.

Na França as editoras lançam um ou dois álbuns por ano de uma mesma série. Resulta em alta qualidade de arte e histórias e não há muito que reclamar. Enquanto não sai o seu álbum favorito você gasta o seu dinheiro em outros álbuns (ou outras coisas).

Para se ter uma idéia. o mercado franco-belga de quadrinhos lança entre 2500 e 3000 novos álbuns por ano (sem incluir neste número os mangás e relançamentos), e destes poucos personagens ganham mais do que um álbum por ano. Tem muita variedade para os leitores.

O mercado americano precisa encontrar outra forma para publicar e distribuir as suas revistas e encadernados.

Marcello Santo Nicola disse...

"Existem coisas boas para se ler na DC/Vertigo. O Lanterna Verde é uma delas."

Concordo no VERTIGO. Eu
tô querendo comprar os
atrasados de PIXEL MAGAZINE
pra completar PLANETARY,
série da qual tenho os
primeiros TPs importados.
O material ABC tenho todo.
Já Lanterna Verde, a época
que parei de ler foi quando
Johns trouxe o Hal de volta,
e fiquei tentado a comprar
a encadernação dessa mini.
Agora ouço falar em Tropa
Laranja, Tropa Roxa, Tropa
Rosa Choque, e agradeço por
estar longe disso...


--
Marcello S. Nicola

Vini disse...

Codespoti mandou muitissimo bem no texto. Faz tempo q não leio nada mensal justamente por isso. Não existe mais renovação, sem q a historia descambe de novo ao começo.
A Dc parece q pisou forte na bola...será que é a crise dos 10 anos dos quadrinhos vigorando?

Anônimo disse...

Vcs ainda ligam pra isso?!?
Tem muita HQ melhor que marvel e dc saindo por aqui.

Guilherme Veneziani disse...

Ótimo texto, não há como não concordar mais. A DC precisa de um novo rumo e os comentários acima, na maioria, confirmam isso.

Agora, sempre tem algo que se salva, e como o Codespoti disse Lanterna Verde é uma delas, e queria acrescentar também a atual fase da Sociedade da Justiça (o que está sendo publicado agora no Brasil). Não coincidentemente escrita também pelo Geoff Johns...

Agora uma dúvida, quando o Capitão América morreu (e tb o Superman) houve comoção na mídia em geral, agora com o Batman não vi nada disso... Será que a fórmula mágica perdeu a força?

Abraços

Guilherme

Fábio François Fonseca disse...

Puxa, ainda bem que o Fábio explicou que não tem segredo nenhum para entender Crise Final e Batman: R.I.P.. Last Rites explica tudo numa só página que é até extraordinariamente óbvia para o que é habitual no trabalho de Grant Morrison. Ha, reclamam, mas foi depois e durante alguns meses os leitores ficaram confusos e tiveram que formular hipóteses para entender o que estava acontecendo. numa palavra, tiveram que pôr a cachola pra funcionar. e é o que o Fábio falou mesmo, rola uma preguiça: como assim um gibi de super-herói que eu tenho que me dar ao trabalho de pensar? Parece a típica reivindicação do público que quer ler as coisinhas patati-patatá de geof johns e jeph loeb.

a confusão em que o leitor esteve imerso foi um recurso narrativo importantíssimo e brilhante na minha opinião por dois motivos [segue spoiler]:

1. Em Batman: R.I.P. porque, de fato, muitos personagens teriam motivos para supor que Batman teria morrido ao final da saga naquela explosão e a controvérsia faz parte dos acontecimentos.

2. Em Crise Final, por um detalhe ainda mais interessante. A crise é deflagrada por um assalto dos Novos Deuses de Apokolips à nossa realidade. E o que o leitor inocente tem que abrir os olhos nessa saga é que estes caras simplesmente não vivem nas mesmas estruturas de tempo em que nós vivemos e os personagens de terra vivem. Passado, presente e futuro funcionam de um modo completamente diferente para eles, o que é bastante plausível se pensamos que eles são deuses caídos de outra realidade (ou seja, padawan, outras leis da física). Não é de admirar que as coisas pareçam confusas para o leitor, já que para os próprios personagens da terra é absolutamente impossível entender como as coisas se dão em outra estrutura de tempo que não a nossa. O que Morrison fez foi levar às últimas consequências o acento fantástico das histórias de super-heróis e confrontar o leitor com um horizonte onde o nosso modo mais elementar de compreender a realidade já não faz mais sentido e tentar imaginar como alguém iria se virar nesta situação.

ao final, o que prevalece é empenho e poesia, Grant Morrison fez uma história de qualidade literária que não se via fazia muito tempo num gibi de super-heróis e se as coisas não funcionaram melhor, se deve ao que o artigo observou bem, que os editores da DC, na sua gana de faturar com qualquer panfleto, simplesmente não deixam Grant Morrison trabalhar em paz. A melhor coisa é ignorar toda esta tralha de contagem regressiva e afins, sentar e ler um texto inteligente, pra variar só um pouquinho...

Anônimo disse...

É q quadrinho na verdade não eh pra ler por muito tempo...são tudo titulos paralelos sem ligação...vc escolhe o que quer e segue ele...e depois do primeiro fim aparente pare de ler....fiq com miniseries ou leia um titulo regular por pouco tempo...leitor de quadrinho acha q o quadrinho vai ser sempre lançado pra ele e pra geração dele...vão reclamar q fizeram algo com a gwen ou com osborn nas revistas atuais de quadrinho...os editores querem vender revista pros muleques de 13 anos q nem sabem quem são esses personagens e naum pro leitor de 50 anos que tem uma nostalgia enorme com quadrinhos antigos....leia por uns anos e depois pare de ler ...quadrinhos sempre vaum voltar pro ponto zero todos herois vaum morrer e ressucitar milhoes de vezes...isso naum pode irritar vcs eh como funciona...a melhor dica eh trocar de personagens...naum tente conhecer tudo sobre 1 personagem q vc vai ficar com raiva saiba um pouco sobre cada um dos milhoes de personagens e seja feliz....eu li homem aranha apareceu um clone e apagou a vida do heroi foda-se vou ler demolidor....ele teve hemorroidas e morreu vou ler spawn...spawn se fudeu vou ler hellboy , batman x-men cavaleiro da lua justiceiro ....tem q trocar...desista de ver continuidade em decadas de quadrinho...

Anônimo disse...

Para quem quiser comprar o encadernado em inglês de Crise Final, aì vai uma informação : as històrias "Superman Beyond" ESTÃO no encadernado .

Anônimo disse...

Realmente, a DC Comics parece estar ao relento, sob uma chuva fulminante de críticas muito bem fundadas, esperando que surja um Superman de verdade e a salve dos perigos da falência, mas encontrando apenas um Clark Kent bizarro que visa apenas lucrar em cima de toda a riqueza cultural e potencial da editora.

Há potencial ainda para o estilo dos personagens da DC? Sim, entretanto, enquanto não surgir alguém capaz e entendido no ramo e confiante o suficiente para nadar (ou até voar) contra a concorrência, o universo DC vai perdendo sua pior crise, causada não pelos vilões das séries de HQ, mas por aqueles cujo trabalho deveria ser estimular o imaginário de jovens e adultos.

Em 1912, os artistas norte-americanos organizados nos syndicates, ‘órgãos’ responsáveis por vender as tiras de quadrinhos para os jornais, o ramo passava por um problema similar. 'O controle criativo era uma raridade entre os artistas, tendo em vista a constante interferência editorial, que usualmente era arbitrária' (João Marcos Parreira Mendonça).

Foi necessário ocorrer a Grande Depressão de 1929 para que o primeiro herói, Tarzan, surgisse. ‘Os heróis criados a partir de então eram claramente uma tentativa de reerguer a moral seriamente abalada com a crise. O público se enxergava na pele daqueles heróis, para quem a vida era uma grande aventura que acabava sempre com final feliz (Fabiano Azevedo Barroso).

É esse o principal erro da DC de hoje. Ela perdeu o sentimento de superação e a relação certo/errado pelo qual ficou tão marcada na vida do leitor.
Quem sabe essa crise econômica não precisava ocorrer para que eles tomem decisões mais drásticas e renovem mais uma vez não o mercado, mas sim a linha de produtos que tem lançado.

Os super-heróis podem nos atrair por realizarem feitos impossíveis para nós, mas nos prendem por podermos nos relacionar com o que lemos, e acreditar que, assim como os personagens, seremos capazes de superar os obstáculos. Há necessidade de retornar a humanidade desses heróis, e não falo dos aspectos ruins da humanidade, como a perda de valores e a ambição, mas da alegria de ajudar outro ser humano, ou para os quadrinhos, outro ser do universo em geral.

A moral parece algo antiquado para as histórias atuais, mas sua importância é imensurável na formação de uma pessoa, ainda mais nesse meio de comunicação tão importante para quem está crescendo e tendo como modelo de vida esses heróis.

[quadrinhospraquemgosta.blogspot.com]

Anônimo disse...

Essa sim é a pior Crise da DC. tanto em história quanto editorialmente. Some-se isso a Crise financeira e temos um quadro nada animador para a Editora.

Não pretendo mais voltar a DC ou a Marvel. Há muita coisa boa no mundo e nem só de Batamn ou Homem-Aranha vive o nerd.

Fumetti, Mangá, Álbuns franco-belgas, independentes americanos e uma coisa ou outra da Vertigo - há um imenso leque de opções para abarcar.

E eu tenho preguiça mesmo de acompanhar uma "história inteligente" que não me diz mais nada, nem divertem. Façam a farra, torcedores, porque eu fico com o meu "Do Inferno", "Walking Dead", "Monster", "Gantz", "Mágico Vento" e outras histórias do tipo com as quais deixo meu dinheiro na banca com gosto.