Em sua nova coluna, Eduardo Nasi analisa o pedido de demissão de Karen Berger do cargo de editora-executiva do selo Vertigo, e como isso o arrasou ao lembrar que ela foi uma das grandes responsáveis por ele continuar a ler quadrinhos durante a sua adolescência.
Cada um no seu quadrinho: Karen Berger e eu
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11 comentários:
Excelente texto, parece que estava lendo minhas próprias ideias e opiniões. A Karen vai fazer falta pra DC. Mas ainda vai dar (ainda bem) o que falar!
Em uma época em que as editoras parecem estar mais preocupadas com adaptações para o cinema do que com os quadrinhos em si, a saída da Karen berger é mais um prenúncio de que tempos negros virão para as hqs americanas...ou será que já estamos nele?
Excelente texto.
A criação do selo Vertigo marcou o início do amadurecimento das hqs (e de seus leitores), já que a repetição das desgastadas fórmulas contidas nas hqs de super-heróis enche a paciência depois de algum tempo.
As hqs atuais estão chatas e politicamente corretas demais (quando que teríamos uma história como O Demônio e o mar Profundo nos gibis de hoje? Nunca), e o selo Vertigo é apenas sinônimo de hqs sem super-heróis e pouca coisa mais do que isso.
Se nada for feito, a situação só irá piorar.
O texto me deixou com uma sensação de nostalgia e a impressão de que vivi as coisas certas nos momentos certos.
O fato é que as coisas estão mudando e a tendência agora é essa de criar eventos, modas passageiras pra virar filmes de hollywood.
Mas essa onda também vai passar e daí quero ver como os quadrinhos da DC e Marvel vão se reinventar.
Valeu, amigos.
Ótimo texto. Me identifiquei bastante.
Poxa vida, tomara que a saída dela não signifique o fim do selo Vertigo como conhecemos (ou até o fim real).
O legal é que pensando no texto, eu fico feliz por ter vivido todo o legado que ela deixou! Com certeza ela será sempre lembrada.
E este texto realmente me lembrou de como a Vertigo é importante e de como ela pode simplesmente desaparecer e virar uma mera lembrança nas mentes daqueles que viveram esta época (o que seria muito triste).
Bem, mas não custa nada ser otimista e esperar pelo melhor =)
Texto delicioso. Fiquei triste que acabou.
Não acho Kill Your Boyfriend tão boa assim! Mas tenho o mesmo tipo de sentimento pela Karen Berger! Ela abriu horizontes pra muita gente.
Só é uma pena o descaso com que foi tratada neste ultimo ano pela DC!
Eduardo, eu vivi quase que as mesmas coisas que você. Vivia entediado com os quadrinhos, até que descobri num sebo os quatros números da edição americana de Doom Patrol com a história A Pintura que Comeu Paris do Grant Morrison. Esta história mexeu com todos os meus conceitos de quadrinhos e me abriu caminhos alternativos.
Posteriormente descobri Hellblazer, Sandman, Preacher, Transmetropolitan etc, tudo da Vertigo. Graças a Karen Berger eu redescobri o mundo dos quadrinhos e é lamentável a sua demissão. Seu legado como editora é inigualável, para mim pelo menos. Todavia, a vida continua. Boa sorte, Karen.
Nossa, como estou velho! Vivo numa era em que precisamos de uma "nota do editor" para dizer que Smells like teen spirit é uma música do Nirvana! Isso não é uma piada, mas uma infeliz constatação. Entendo como o autor se sente. Compartilho um pouco dessa sensação de que um tempo importante da minha vida passou. O pior é que eu somente percebi isso muito depois. Ainda bem que há muitas HQs antigas para ler. Belo texto, por sinal. Parabéns.
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