02 fevereiro 2012

Recordatório: Não sabemos vender quadrinhos



"Para vender um produto, é necessário um conhecimento mínimo sobre ele. É preciso saber a que público se destina, qual a melhor forma de apresentá-lo para chamar a atenção do consumidor e estar preparado para tirar dúvidas a respeito dele, dentre outros requisitos básicos para alguém exercer a função de vendedor."


E você o que acha? O mercado editorial brasileiro sabe como vender os quadrinhos que produz?

Leia a coluna de Marcus Ramone no site e deixe a sua opinião sobre o assunto aqui no blog.

15 comentários:

Stefano disse...

Excelente matéria mas eu adicionaria a maneira, não apenas como são tratadas as publicações mas tambem os seus consumidores, me sinto um extraterrestre ou ser bizarro quando pergunto sobre gibi numa livraria ou banca. Há tempos tenho comprado apenas pela net em lojas especializadas mas fica sempre faltando aquela cumplicidade cliente/loja, sabe aquele cara que te conhece e quando vc chega ja te mostra as novidades ou apenas troca uma idéia a respeito.
e aproveito pra reclamar dos preços, cara...tá absurdo demais nossos gibis...está bravo bancar uma boa leitura.
Forte abraço.

JODIL disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
gustavo A disse...

stefano, quadrinho ta caro pra baralho mesmo.
os leitores do anos 80 que eram mantidos pelos pais neste vicio, hoje sao financeiramente independentes e pagam o preço que o mercado cobra(é o meu caso, foda)
o que importa ontem/hoje/amanha é o dinheiro, enquanto todos que trabalham com quadrinhos(editoras, livrarias, bancas, vendedores, etc) tiverem lucro, ta tudo certo.
generalizar é foda, mas nao vejo outra forma (ignorancia minha) de dar minha opinião.
que me desculpem os corretos!

JODIL disse...

Concordo com Stefano, mas acrescentaria uma DICA que, certamente, poderia aumentar as vendas - e, é claro, as tiragens - e "suprir" a ausência da citada "cumplicidade": os editores deveriam abrir, em seus sites, uma página de CADASTRO DE POTENCIAIS CLIENTES, de todas as regiões do País, para os quais enviaria e-mails com seus novos e próximos lançamentos. É sabido que propaganda custa caro, e que nada funciona bem sem ela. Com esse procedimento, além de oferecer seus produtos, em domicílio, "forçará" o usuário a entrar no site e, até, a comprar outros. Desse modo, deixando de pagar os 40% (se não me engano) às bancas e livrarias, poder-se-ia reduzir os preços dos gibis. E não é difícil se manter um CADASTRO, como o fazem o comércio e as instituições financeiras. Que pensem nisto! Mãos à obra!

Mike Wevanne disse...

Há tempos parei de comprar quadrinhos Marvel/DC com mais empolgação devido ao já arcaico sistema de mix que a Panini publica seus quadrinhos. Muito raramente gosto de todas as histórias contidas na revista, acho que este formato deveria ser abolido para que enfim, nosso dinheiro fosse gasta apenas com o que queremos realmente ler.
Resultado: sempre ficamos a mercê de ocasionais histórias-tapa-buraco.
Revistas com histórias únicas seriam mais baratas, mais acessíveis para novos leitores e mais respeitosas com o consumidor.

Henrique Brum disse...

Bom exemplo de falta de divulgação é a a linha infantil. Pela Globo tinha Cocoricó, Menino Maluquinho, Sitio do Pica-Pau, cada personagem com vários títulos. Foram todos cancelados por vendas baixas, mas ninguém sabia que existiam. A abril está voltando a investir nessa área, fez o concurso prêmio abril, lançou quadrinho do ganhador e recentemente lançou outros 2 títulos. E tem muito mais por aí, de varias outras editoras e vários outros personagens - mas 90% das pessoas acreditam que só existe turma da mônica no Brasil. Falta grave de divulgação da concorrência.

JODIL disse...

Pois é, Brum... acho que o cadastro que citei valeria muito mais do que anúncios em revistas, e não custariam nada as mensagens. Parece, até, que não conhecem o poder da Internet... Eu, por exemplo, só fico a par de algum lançamento através do Universo HQ. Os fanzineiros, embora em pequena quantidade, se comunicam, principalmente via e-mail. Uma vez estive nas extintas Editora Noblet e Hamasaki e me deparei com encalhes em vários compartimentos, chegando até o teto. Motivo: as publicações eram colocadas nas bancas de jornais e, depois de 1 mês, mais da metade era devolvida, e, quase sempre, em péssimo estado. Divulgar é preciso!

Lucio Luiz disse...

O problema não é só nas livrarias, mas até nos serviços terceirizados ligados às editoras. Por exemplo: Quando eu expliquei para a atendente de assinaturas da Panini que a assinatura da Turma da Mônica não era para meus filhos (que não tenho), mas para mim, ela não conseguiu segurar o riso.

Stefano disse...

O Jodil deu uma excelente idéia, costumo comprar na ####(não sei se posso colocar o nome) que me cobra o custo de postagem em torno de 1 ou 1,50 reais. As editoras poderiam vender diretamente ao consumidor final. Não adianta jogar uma edição numa banca/livraria que vai ficar encalhada. Me ofereça num preço mais justo e eu divulgo nos blogs, foruns e faces da vida. (mas prometo de pé junto que se ganhar na mega abrirei uma comicshop pra ninguem botar defeito com café de graça)

Ulisses Mattos disse...

Belo artigo.
Curioso foi o que aconteceu comigo. Fui a uma loja especializada em quadrinhos,no Centro do Rio. Eu queria (e consegui) comprar Garotas de Tóquio. Aí o vendedor cismou que eu tinha que comprar tudo erótico de lá. Toda hora vinha me falar que tinha a obra tal do Manara, que tinha Crepax, etc. Veio umas três vezes me perguntar se eu não queria levar outros hqs desse gênero. Me senti o taradão da loja.

Tiago disse...

Cara, o pior é que estas coisas acontecem muito. Tem poucos atendentes (conheço 2) aqui em POA que entendem alguma coisa de quadrinhos para atender o público. Acho que vou abrir uma livraria hehehe

Mister X disse...

Por essas e outras que eu prefiria comprar somente em lojas exclusivas de quadrinhos, como a Devir (dos tempos em que era "importadora de revistas importadas", como diz o Sidão) até hoje, com a LigaHQ. Banca só de vez em quando e olhe lá...

JODIL disse...

Acabei de receber um HD Externo, comprado devido a uma mensagem recebida, no dia 3/02, de uma empresa. Pois bem, nem pensava em comprar, todavia, ao receber o e-mail e aprovar as vantagens (custo-benefício), já o estou usando. É assim que as grandes empresas trabalham! Sem um CADASTRO de aficionados as editoras nunca passarão de "caça-níqueis". No passado, o vendedor de livros fazia, em infinita menor escala, o que a Internet está fazendo. Hoje, o FACE BOOK tem nossos caminhos "liberados", possibilitando aceitar-se editores como amigos, ajudando, sobremaneira, um cadastramento eficaz. Cadê os caras?

Ivan Linares disse...

A Abril lançou três novas séries infanto-juvenis e mais quatro almanaques das histórias dos heróis DC baseadas nos desenhos da TV. Porém, nada vejo na imprensa especializada, o que me parece que: a)o pessoal da internet está boicotando a Abril por algum motivo; ou b) a própria editora esqueceu de fazer o trabalho de divulgação. O que será?

Unknown disse...

Eu acho que as empresas que mais facilmente se adaptam aos gostos dos clientes são o delivery pela internet que nos últimos tempos tem crescido a uma grande escala demostrando o seu sucesso.