30 novembro 2011

Melhores e piores de novembro

E 2011 está chegando ao fim. Então, é hora de conhecer o que de melhor e pior o time do Universo HQ leu em novembro. Ficaram de fora Sérgio Codespoti, André Sollitto e Ronaldo Barata.

O campeão de indicações do mês (com cinco) foi Duo.tone, revista independente de Vitor Cafaggi lançada durante o 7º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.

Vale lembrar: as opiniões são pessoais e não precisam ser sobre um lançamento do mês.

Não há limite para as indicações dos melhores, que não são listados necessariamente em ordem de preferência; e nem pros piores.

Sidney Gusman

Melhores: Macanudo # 4 (Zarabatana);
Lucille (Leya / Barba Negra);
Koko be good (Leya / Barba Negra);
Achados e perdidos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho (Quadrinhos Rasos);
Valente para sempre, de Vitor Cafaggi (independente);
Duo.tone, de Vitor Cafaggi (independente);
As águias de Roma - Livro 1, de Enrico Marini (Asa);
As águias de Roma - Livro 2, de Enrico Marini (Asa);
Mix tape, de Lu Cafaggi (independente);
Calvin e Haroldo - Os dias estão todos ocupados (Conrad).

Piores: Grandes Heróis Marvel # 2 – Os surpreendentes Homem-Aranha e Wolverine (Panini);
Grandes Heróis Marvel # 3 – Os surpreendentes Homem-Aranha e Wolverine (Panini).

Marcelo Naranjo

Melhores: Calvin e Haroldo - Os dias estão todos ocupados (Conrad);
João das Fábulas # 1 (Panini);
Tio Patinhas # 200 (Abril);
Macanudo # 4 (Zarabatana);
Zumbis – Mundo dos mortos (Gal).

Pior: nenhum.

Marcus Ramone

Melhores: Jonah Hex - Falta de sorte (Panini);
DC + Aventura # 4 (Panini);
Homem-Aranha # 118 (Panini);
Capitão América & Os Vingadores Secretos # 2 (Panini);
Capitão América & Os Vingadores Secretos # 3 (Panini);
Y - O último homem - A senha (Panini);
Tex Gigante # 25 - Na trilha do Oregon (Mythos);
Garotas de Tóquio (Conrad);
Escoteiros Mirins - Sempre alerta (Abril);
Pateta Faz História - Volume 7 (Abril);
Pateta Faz História - Volume 8 (Abril);
Sete histórias de pescaria do Seu Vivinho (Abacatte);
Almanaque Luluzinha e Bolinha # 1 (Pixel);
Luluzinha - Edição Especial de Natal (Pixel);
As Tiras Clássicas da Turma da Mônica - Volume 6 (Panini);
Quando eu cresci (Ática).

Pior: nenhum.


Samir Naliato

Melhores: Asterios Polyp (Quadrinhos na Cia.);
Dreadstar - A odisseia da metamorfose (Devir);
Os mortos-vivos - Volume 6 - Vida de agonia (HQM);
Swamp Thing # 2 e # 3 (DC Comics);
Suicide Squad #2 (DC Comics);
The Flash # 2 e # 3 (DC Comics);
Action Comics # 3 (DC Comics);
Animal Man # 3 (DC Comics);
Justice League #3 (DC Comics);
Wonder Woman #3 (DC Comics);

Piores: Mister Terrific # 2 (DC Comics);
Legion Lost # 2 (DC Comics);
O.M.A.C. #3 (DC Comics);
Ito Samurai (A Fábrica de Desenhos).

Eduardo Nasi

Melhores: Castelo de areia (Tordesilhas);
A chegada (SM);
Paying for it (Drawn and Quaterly);
Árvres (Fantasma).

Pior: Stormwatch # 2 (DC Comics).

Guilherme Kroll Domingues

Melhores: Duo.tone, de Vitor Cafaggi (independente);
O louco, a caixa e o homem, de Daniel Esteves e Will (4º Mundo);
Neeb, de Eduardo Medeiros (independente);
Ditadura no ar, de Raphael Fernandes e Abel (independente);
Bebê Gigante, de Tiago Elcerdo (Barba Negra/Cachalote);
Curtas e Escabrosas, de André Toral (Devir);
Garoto Mickey, de Yuri Moraes (Dobra)

Pior: JLI # 1 (DC Comics).

Ricardo Malta Barbeira

Melhores: O evangelho segundo Lobo (Panini);
The Umbrella Academy – Suíte do Apocalipse (Devir);
Desista! E outras histórias de Franz Kafka (Conrad);
Uma história de Sarajevo (Conrad);
Gears of War (Panini);
Entrequadros – Círculo completo (Balão Editorial);
Entrequadros – A walk on the wild side e Wake Up (Balão Editorial);
Lendas e Mistérios da Turma do Xaxado (Editora Cedraz);
Imaginação e outras histórias (Editora Cedraz);
Todo mundo é feliz (Balão Editorial).

Piores: Wolverine # 78 (Panini);
Capoeira Negro # 2 (Júpiter II).


Delfin

Melhores: Achados e perdidos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho (Quadrinhos Rasos);
Valente para sempre, de Vitor Cafaggi (independente);
Duo.tone, de Vitor Cafaggi (independente);
Mix tape, de Lu Cafaggi (independente);
Saidêra # 2, de Denis Mello (independente);
Não fui eu, de André Valente (independente);
Bolhas, de Pedro C. (independente);
Beijo Adolescente, de Rafael Coutinho (Cachalote);
Era a guerra de trincheiras, de Jacques Tardi (Nemo);
Bebê gigante, de Tiago Elcerdo (Cachalote/Barba Negra);
Sim, de Gabriel Góes (Cachalote/Barba Negra);
A chegada, de Shaun Tan (SM);
Todo mundo é feliz (Balão Editorial);
Animal Man # 3 (DC Comics);
Justice League # 3 (DC Comics);
Swamp Thing # 3 (DC Comics);
Voodoo # 2 (DC Comics);
Voodoo # 3 (DC Comics);
Pacify, de Steven Perkins (Image);
Definitive Irredeemable V1, de Mark Waid (Boom).

Piores: O plexo holístico, de Gerlach (Cachalote/Barba Negra);
Quem cedo madruga passa o dia com sono, de Christie Queiroz (CMQ).

Lielson Zeni

Melhores: Achados e perdidos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho (Quadrinhos Rasos);
Garoto Mickey, de Yuri Moraes (Dobra);
Duo.tone, de Vitor Cafaggi (independente);
Valente para sempre, de Vitor Cafaggi (independente);
Mix tape, de Lu Cafaggi (independente);
As águias de Roma - Livro 1, de Enrico Marini (Asa);
As águias de Roma - Livro 2, de Enrico Marini (Asa);
Liga Extraordinária - Século: 1969 (Devir);
Um pouco de tudo..., de José Aguiar (webcomic).

Pior: nenhum.

Zé Oliboni

Melhores: Tex Gigante # 25 – Na trilha do Oregon (Mythos);
Quando eu cresci (Ática);
Freakangels - Volume 2 (Avatar Press);
Freakangels - Volume 3 (Avatar Press);
Freakangels - Volume 4 (Avatar Press);
Freakangels - Volume 5 (Avatar Press);
e Freakangels - Volume 6 (Avatar Press).

Pior: Histórias do Clube da Esquina (Devir).

Diego Figueira

Melhores: Birds, de Gustavo Duarte (independente);
Ex Machina - Volume 2 - Símbolo (Panini).

Pior: nenhum.

Liber Paz

Melhores: Castelo de areia (Tordesilhas);
Duo.tone, de Vitor Cafaggi (independente);
Valente para sempre, de Vitor Cafaggi (independente);
Achados e perdidos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho (Quadrinhos Rasos);
Saino a Percurá, de Lelis (Zarabatana);
Beijo Adolescente, de Rafael Coutinho (independente);
O Cabra, de Flávio Luiz (Papel A2); Um pouco de tudo..., de José Aguiar (webcomic).

Pior: Hellblazer - Passagens Sombrias (Panini);
Coringa (Panini)

7 comentários:

Eduardo Nasi disse...

Não há limite de indicações, mas eu sempre tento optar por listar menos títulos. Algumas coisas boas ficam de fora, mas ajuda a filtrar.

Paying for it é do Chester Brown, que já lançou por aqui A Playboy pela Conrad. É um dos títulos mais elogiados do ano nos EUA. Fala sobre as experiências dele com prostituição ao longo dos anos. Pra mim, o livro só decai quando acaba e Chet começa a se justificar com umas opiniões idiotas, do tipo "esse lance de escrava branca é exagero". Pô, escravidão ainda é um problema grave no mundo, e, por mais que haha prostitutas que curtam seu trabalho, a história não exige um anexo de autojustificação.

Castelo de areia é mais um álbum europeu que pinta por aqui, num momento em que os franco-belgas deixam de ser raridade e passam a entrar mais nas livrarias. Esse aí é bem bom. Só me incomoda um pouco que lembre tanto Lost em alguns momentos.

Os festivais de quadrinhos do fim do ano não tiveram surpresas apenas nos estandes independentes, e esse A chegada, do Shaun Tan, que apareceu meio de surpresa na Rio Comicon. É um autor consagrado por uma editora que não é nova nem indie.

Árvres é um álbum encantador do Orlando. São cartuns que poderiam estar numa New Yorker, todos sobre árvores. Trabalhão!

Quanto ao pior: Stormwatch # 2 é daquelas coisas que vai desestimulando mais ainda o leitor que tenta ler super-heróis. Um fiasco.

Lz disse...

eu normalmente tento colocar na lista apenas uns 3 ou 4 títulos, em busca de campeões das HQs da Lielsonlândia. mas nesse mês eu li tanta coisa boa que a lista esticou e não achei nada que merecesse ser "pior do mês".

Achados e perdidos - uma excelente edição feita com colaboração pública. o projeto editorial propõe que a HQ seja lida enquanto se ouve um CD que vem junto. independentemente desse lance, a história em si é ótima.

Garoto Mickey - essa é uma das minhas favoritas da lista. o Yuri Moraes conseguiu um ponto pra explorar em um formato que parecia saturado: cotidianos de personagens adolescentes.

Duo.tone - Esse é o trabalho que mais gosto do Vitor Cafaggi. ele consegue ser sensível e emocional sem ser brega ou piegas - o que é muito difícil.

Valente para sempre - coletânea do simpático personagem de Cafaggi, que até tem cara de cão, mas é um pouco todos nós.

Mix tape - esse é uma graça. o traço meigo da Lu Cafaggi brincando com o universo pop deu origem à 4 libretinhos fofos. só queria mais "músicas" nessa fitinha de 4 canções.

Águias de Roma - quadrinho francês de orientação histórica, com um enredão, desenvolvimento de personagens em alta e um traço exuberante.

Liga extraordinária - Século: 1969 - Inglaterra, fim dos anos 60, muito sexo, drogas e rock'n'roll! não há mais dúvidas: a pegada da Liga - Século é bem diferente das histórias dos dois primeiros volumes.

Um pouco de tudo - José Aguiar que é um puta quadrinista faz uma HQ, ahn... experimental (?). porém, não é experimentação com fim nela mesma, mas objetivando a exposição que ela fez parte. clica no link da postagem que ele explica no blog.

Berliac disse...

You don't even explain why this is "best" or "worst", you bunch of cowards. You have no opinion. You should seriously get a life...or a woman, at least.

Delfin disse...

Este mês, justificativas muito mais sucintas, porque novembro teve FIQ e muita coisa boa por lá.

Achados e Perdidos - revelação suprema do FIQ, grande história, bela trilha sonora, fora o fato de ter indicado um (nem tão) novo caminho para quadrinistas brasileiros, o crowdfunding. Necessário.

Valente para sempre - já falei dele neste blog, pode confiar.

Duo.Tone - Vitor Cafaggi vem se mostrando um mestre em histórias que envolvem o universo infantil. Desta vez, mesclando heróis ao ideário das crianças. Imperdível.

Mix Tape - creio que é o primeiro quadrinho impresso da Lu Cafaggi. É delicado, bonito e encantador. Vamos ver o próximo passo dela.

Saidêra - O Denis Mello, que conheci na Flip deste ano, está melhorando muito rapidamente e a olhos vistos. Sua produção ainda é irregular, mas este #2 de Saidêra vale muito a pena, procure!

Não fui eu - grande variedade de estilos e roteiros, e tudo muito legal. Vai ter quem não goste, por causa do nonsense. Eu adorei.

Bolhas - A estreia meteórica do Pedro Cobiaco (o volume foi impresso em horas, durante uma tarde do próprio FIQ) mostra um universo coerente e um traço nervoso que me deixou ansioso ao ler, o que é bom. Filho de um baita quadrinista (Fabio Cobiaco, coautor do vindouro V.I.S.H.N.U., pelos Quadrinhos na Cia.), peixinho é.

Beijo Adolescente - a melhor nacional do mês. Tem tantas coisas boas que precisaria de mais tempo para destrinchar. Fora o formato nada usual, que me fez rebolar pra trazer de BH sem amassar, mas que também valoriza a obra sobremaneira.

Bebê gigante - Elcerdo é outro quadrinista cuja narrativa também está alcançando grande nível de qualidade. Vindo da Beleléu, fez uma das melhores edições da revista 1000.

Sim - Como eu já disse, o nonsense me faz bem. E Sim é um achado nesse sentido, aliado ao traço muito bonito do Gabriel Góes. Outra edição especial de 1000.

Todo mundo é feliz - Outro achado. Mateus Acioli faz um livro ilustrado que é uma história em quadrinhos literal: vários pequenos quadros com textos muito inspirados sobre cada personagem envolvido. Muito simbólico também.

E estes são os melhores nacionais. Depois, os melhores internacionais.

Delfin disse...

Gringos agora nos melhores.

Era a guerra de trincheiras - um grande quadrinho sobre guerra e uma grande narrativa visual do Tardi, num álbum trazido pela Nemo, editora que começa um trabalho muito sério em trazer o melhor do quadrinho europeu para o Brasil, fazendo o trabalho que um dia foi de L&PM e Martins Fontes.

A chegada - Esta verdadeira obra-prima do Shaun Tan finalmente chegou ao Brasil. Desde que a li pela primeira vez, em 2009, fiquei completamente apaixonado por tudo naquele universo tão alien e tão próximo do nosso. Relendo a edição da SM, virtualmente igual à original, a história apenas ganhou força. Belo passo inicial dessa editora, sem tradição nos quadrinhos.

Animal Man - Jeff Lemire continua sua desconstrução do Homem-Animal de modo muito particular. Merece ser lido todo mês. É o melhor do relaunch da DC.

Swamp Thing - Novamente, um roteiro exemplar e a arte megadetalhada de Yanick Paquette. Conectada com a revisa do Homem-Animal, prometem mudar o modo como vemos estes personagens favoritos do público brasileiro.

Justice League - ENFIM, essa história andou. Divertida demais.

Voodoo - gosto muito dos roteiros do Ron Marz, acho que ele consegue extrair coisas novas de personagens que são muito coxinha nas mãos de escritores convencionais. Mas o segredo de Voodoo é Sami Basri, talvez o melhor desenhista indonésio da atualidade (e que pode estar à frente de uma invasão indonésia, vamos ficar de olho). É um gibi pra quem gosta de porrada e de ver mulheres bonitas desenhadas numa página de quadrinhos. Mas só tá aqui porque é muito legível.

Pacify - esta história do homem com cabeça de mosca já é inusitada apenas por isso. Mas Steven Perkins leva essa loucura muito, muito adiante. A surpresa do mês. Capa do Ben Templesmith, aliás.

Definitive Irredeemable - Mark Waid sabe escrever quadrinhos de heróis. E Irredeemable é a melhor revista inédita de heróis que li desde as primeiras edições de Invencível. É um sucesso lá fora e é surpreendente que não tenha saído aqui ainda. Corra atrás. Este volume é uma excelente porta de entrada.

Agora, os piores.

Delfin disse...

Piores do mês.

Quem cedo madruga... - Christie Queiroz é um sucesso no Centro-Oeste. Tanto que este álbum que coloco aqui é o 12º de seu personagem, o Cabeça Oca. Os desenhos são bacanas e na medida pros jornais brasileiros. Mas a inspiração básica, que é o Calvin de Bill Watterson, é tão declarada que as comparações são para mim inevitáveis. E daí comecei a reparar em piadas fáceis demais, em como o texto é pouco espirituoso e também pouco surpreendente, coisas que me atraem nos quadrinhos, sejam feitos para adultos, adolescentes ou crianças. Vale, no entanto, dizer que Cabeça Oca é feito na medida para agradar. E agrada, como eu já disse. Acho que Christie, que me enviou gentilmente este material, poderia ousar muito mais, apenas isso.

O plexo holístico - é dureza, porque gosto do trabalho do Diego Gerlach. Acho, por exemplo, O Ano do Bumerangue um verdadeiro achado. Mas, putz, sabe quando você lê, relê e não gosta de nada? Foi o que aconteceu com esta edição de 1000. Simplesmente não bateu. Acontece.

E é isso! Até o ano que vem!

Delfin disse...

Ah, e comentando o Berliac (pode escrever em espanhol, a gente entende, e estou certo que você entende português também):

Então, a ideia aqui é uma exposição pessoal do que cada um considera melhor e pior num mês. Cada um tem seus critérios particulares. Formamos um painel que considero muito eclético em relação a opiniões e às obras lidas. E isto está explicado, em português, no início de cada post.

Quanto às tentativas de ofensas, é a sua opinião. E opiniões são sempre bem-vindas. Mas ofender é o recurso dos fracos. Seu trabalho, que já tinha visto pelo menos na Beleléu, é melhor que isso.

Abraço!