31 agosto 2011

Melhores e piores de agosto

Oito meses de 2011 já se foram. Então, é hora de conhecer o que de melhor e pior os integrantes do Universo HQ leram em agosto. Desta vez, apenas Ronaldo Barata ficou de fora, mas temos a volta de Samir Naliato ao time do site, depois de alguns anos.

Os destaques do mês foram Y - O último homem - Menina com menina, Morro da Favela, Quando eu cresci e Birds, cada um com três indicações.

Vale lembrar: as opiniões são pessoais e não precisam ser sobre um lançamento do mês.

Não há limite para as indicações dos melhores, que não são listados necessariamente em ordem de preferência; e nem pros piores.

Sidney Gusman

Melhores: Capitão América - O soldado invernal (Panini);
Encruzilhada (Leya / Barba Negra);
Vertigo # 20 (Panini);
Lanterna Verde - Origens secretas (Panini);
Fantasmópolis (Ática);
Preacher - Álamo (Panini);
Y - O último homem - Volume 6 - Menina com menina (Panini);
Os Smurfs - O bebê Smurf (L&PM);
Batman - Ano Um (Panini).

Piores: Resident Evil (Panini);
O dia mais claro # 6 (Panini).

Sérgio Codespoti

Melhor: Après L'Incal - Tome 2 - Final Incal, de Alejandro Jodorowsky e José Omar Ladrönn (Les Humanoïdes Associés);
Scarlet # 5, de Brian Bendis Alex Maleev (Icon / Marvel).

Pior: nenhum.

Marcelo Naranjo

Melhores: Bonjour (Zarabatana);
Capitão América - O soldado invernal (Panini);
Morro da favela (Leya / Barba Negra);
Projeto Marvels (Panini);
Quando eu cresci (Ática).

Pior: nenhum.

Marcus Ramone

Melhores: Homem-Aranha # 115 (Panini);
Homem-Aranha # 116 (Panini);
Grandes Heróis Marvel # 1 (Panini);
Capitão América & Os Vingadores Secretos # 1 (Panini);
Vertigo # 20 (Panini);
Zagor # 123 (Mythos);
Zagor # 124 (Mythos);
Iron Maiden em quadrinhos (NFL Comics);
Pato Donald # 2397 (Abril);
Disney Gol # 4 (Abril);
Pateta Faz História # 1 (Abril);
Pateta Faz História # 2 (Abril);
Pateta Faz História # 3 (Abril);
Almanaque do Prof. Pardal # 2 (Abril).

Pior: nenhum.

Samir Naliato

Melhores: Gen - Pés descalços - Volume 1 (Conrad).

Pior: nenhum.


Eduardo Nasi

Melhores: Quando eu cresci (Ática);
Encruzilhada (Leya / Barba Negra);
Morro da favela (Leya / Barba Negra);
Birds (independente).

Pior: Superman # 103 (Panini).

Guilherme Kroll Domingues

Melhores: Morro da favela (Leya / Barba Negra);
Basilisk # 1 (Panini).

Pior: nenhum.

Ricardo Malta Barbeira

Melhores: Vida Louca (Sangre de Barrio) (Conrad);
Um Contrato com Deus & Outras Histórias de Cortiço (Devir);
Homem-Aranha # 101 (Panini);
Homem-Aranha # 105 (Panini);
Homem-Aranha # 108 (Panini);
Zombie World – O Campeão dos Vermes (Pixel).

Piores: Crise de Identidade # 1 (Panini);
Crise de Identidade # 7 (Panini);
Homem de Ferro & Thor # 15 (Panini).

Delfin

Melhores: Flashpoint # 5 (DC Comics);
A Smithsonian book of comic-book comics (Smithsonian/Abrams);
Teen Titans: The future is now (DC Comics);
Bienvenido - Um passeio pelos quadrinhos argentinos (Zarabatana);
McSweeney's Quarterly Concern # 13, editado por Chris Ware (McSweeney);
DC Retroactive 90's: Justice League America (DC Comics);
Justice League # 1 (DC Comics).

Piores: DC Retroactive 90's - Superman (DC Comics);
DC Retroactive 70's - The Flash (DC Comics).

Lielson Zeni

Melhores: Y - O último homem - Volume 6 - Menina com menina (Panini);
Astral project - sob a luz da lua # 2 (Panini);
Astral project - sob a luz da lua # 3 (Panini);
Astral project - sob a luz da lua # 4 (Panini);
Os mortos-vivos - A melhor defesa (HQM);
Birds (independente).

Piores: Homem-Aranha Noir (Panini);
Wild C.A.T.S. - Guerra de gangues (Pixel).

André Sollitto

Melhores: Daytripper (DC/Vertigo);
Capitão América - O soldado invernal (Panini);
Capitão América - Ameaça vermelha (Panini);
Lanterna Verde - Origens secretas (Panini);
Os Smurfs - O bebê Smurf (L&PM).

Pior: nenhum.

Zé Oliboni

Melhores: Daytripper (Vertigo / DC);
Birds (independente).

Pior: nenhum.

Diego Figueira

Melhores: Clássicos do Cinema - Turma da Mônica # 26 - Coelho de Ferro (Panini);
Ex Machina - Volume 1 (Panini).

Pior: nenhum.

Liber Paz

Melhores: Quando eu cresci (Ática);
Vertigo # 10 (Panini);
Vertigo # 11 (Panini);
Vertigo # 12 (Panini);
Vertigo # 13 (Panini);
Vertigo # 14 (Panini);
Loveless – Terra sem lei – De volta pra casa (Panini);
Loveless – Terra sem lei – Mais denso que sangue (Panini);
Daytripper (Vertigo / DC);
Y - O último homem - Volume 6 - Menina com menina (Panini).

Piores: DC - Grandes batalhas (Mythos);
Bakuman # 1 (JBC).

Marcelo Santos Costa

Melhores: DC+ Aventura # 1 (Panini);
Marvel+ Aventura # 2 (Panini);
Arena - A Dimensão do Terror (Graphic Novel # 18) (Abril);
Guerra 1939-1945 (Conrad);
Wolverine - Netsuke # 1 (Panini);
Wolverine - Netsuke # 2 (Panini);
O Pequeno Livro dos Beatles (Conrad);
Um Conto de Batman - Asas (Abril);
Um Conto de Batman - Faces (Abril);
Um Conto de Batman - Estufa (Abril);
Um Conto de Batman - Tao (Abril);
Um Conto de Batman - Devoção (Abril);
Um Conto de Batman - Lâminas (Abril).

Piores: nenhum.

6 comentários:

ars351 disse...

daytripper foi o melhor quadrinho que eu li no ano.

pateta faz história foi uma excelente surpresa.

aguardo birds e encruzilhada, assim como os quadrinhos da zarabatana.

Delfin disse...

Hora das justificativas.

Começo com Flashpoint #5. Uma grande série da DC, a última (será) do universo pós-Crise, que já está sendo chamado de "a Era Flash" por aí. Uma conclusão perfeita, uma revelação de premissa que torna Barry Allen o vilão, da série toda (o que é um achado) e, novamente, a redenção do velocista, que criou um novo mundo -- enquanto bart Allen, o Kid Flash, matou todos os velocistas anteriores a Barry Allen. De onde fica a questão que não quer calar: "ONDE ESTÁ WALLY"? De quebra, Flashpoint #5 nos dá a conexão decisiva entre Thomas Wayne e seu filho. Pra você ler com o lencinho preparado.

O livro do Smithsonian é uma edição de 1981 do famoso instituto americano que dá nome ao livro. A intenção é mostrar os momentos marcantes do quadrinho americano em revistas até aquele momento. E é bacana ver que o Capitão Marvel, Spirit e o Homem Elástico tem tanto ou maior destaque do que Batman e Superman. Mas não faltam também Pogo, Luluzinha, Carl Barks e a EC Comics. Destaques para a fase pré-MAD de Basil Wolverton e para o desconhecido e quase dadaísta George Carlson, a quem Harlan Ellison chama de "o mestre do absurdo". Estou com ele.

Teen Titans. Bem, eu gosto dessa fase do Geoff Johns nos Titãs, ainda mais essa saga que tem a Legião, meu grupo de heróis preferidos. Alguns podem me questionar, mas é um arco muito bacaninha.

Bienvenido, 1º livro de Paulo Ramos pela Zarabatana, é leitura obrigatória para quem quer ir além da Mafalda e da Maitena nos quadrinhos argentinos. Ele lançou recentemente um novo livro, sobre tiras, e confesso estar ansioso para ler, também.

McSweeney's Quarterly Concern é um compêndio de quadrinhos e coisas boas com letra minúscula, mas imperdível. Esta edição #13 é especial, não só por ser editada por Chris Ware, mas por conter previews (antes da publicação original) de Notas sobre Gaza, Black Hole e outros quadrinhos deverasmente (amém, Odorico!) foda! Prepare o seu óculos ou lupa e enfrente o bicho!

Retroactive foi uma despedida do antigo UDC planejada pela editora mais antiga de heróis em atividade. Muitos momentos pífios, como a história do Flash dos anos 70 e a do Superman dos anos 90, desenhada pelo infeliz de sempre, Jon Bodagnove. Mas tem pelo menos um momento brilhante: novamente a JLA de Keith Giffen. Além de revelar o destino de um personagem que afligia dezenas de milhares de leitores (dicas: tem 4 patas e NÃO é o G'Nort!), ainda mostra o embrião do que viria a ser a Liga da Justiça... Antártica. É cronologicamente correta e, de todos os acintes cometidos, é a única que tem algo a dizer. Corra atrás!

Fechando, Justice League #1, que chegou à tela de muitos felizardos um dia antes do prazo. Um início com gosto de quero mais, colocando as bases no novo universo heroico da DC e, de quebra, lançando definitivamente o mercado de quadrinhos profissional no mundo digital. Um grande momento para a indústria e para os fãs, enquando a Marvel se limita a copiar ("Season One" é lamentável por si só). É uma nova guerra. Vamos ver quem tem armas pra lutar.

liber disse...

Olá!

Também gostaria de explicar algumas coisas sobre minha seleção.

“Quando eu cresci”, Loveless, Daytripper e Y – O Último Homem são histórias bem diferentes, mas todas apresentam o formato de trama completa, contida num único volume, que eu aprecio muito.

“Quando eu cresci” me surpreendeu não só pela obra em si, mas pelo fato dela ter sido colocada na sessão infantil da livraria onde fui procurá-la. Estava bem escondida na prateleira, mesmo sendo um lançamento, e a vendedora teve dificuldade em encontrá-la. Mais tarde, mostrei pra mesma vendedora a cena final com o leão e perguntei se ela achava que o quadrinho devia estar na sessão infantil. Bacana foi ver a cara da moça.

As quatro edições da Vertigo foram indicadas por causa de American Vampire. Como eu gosto de ler arcos inteiros, vou comprando a Vertigo e deixo pra ler as histórias de uma vez só, mas leio apenas uma série de cada vez e não todo o Mix. Não li as outras histórias dessas edições ainda, mas gostei muito do trabalho feito pelo roteirista Scott Snyder e o desenhista Rafael Albuquerque. Poxa vida, fazer uma história de vampiro bacana hoje, quando o tema está completamente esgotado, é um feito digno de nota. E esses dois conseguiram despertar meu interesse. Gostei mesmo.

DC - Grandes Batalhas eu comprei numa liquidação de gibis. Apesar de trazer a história do primeiro confronto de Batman com o Predador, que eu acho legalzinha, as outras histórias são um lixo. Intragávei. Simplesmente não consegui ler. E olha que eu tentei. Ruim demais. Crendiospadre.

Bakuman foi passada pra mim por uma pessoa que adora mangá. Não sou um grande fã de mangá, embora tenha lido alguns excelentes, como o Lobo Solitário. Mas, de modo geral, não consigo me interessar pelo material. Ao me emprestar Bakuman, a intenção do colega era me apresentar o mercado de quadrinhos japonês (tema da revista) e despertar um interesse pelo mangá. O bom é que eu aprendi com Bakuman a nomear o que eu não gosto em mangás: o tal “shonen”. O estilo voltado para os jovens. Achei muito bobo, machista e irritante. Na verdade, todos os piores estereótipos de mangá que sempre me incomodaram agora ganharam um nome: “shonen”. Ruim. Se der, escrevo uma resenha argumentando melhor minha impressão sobre esse gibi.

E é isso.

Até mais, galera.

Eduardo Nasi disse...

Minha vez de tentar simplificar a vida dos leitores dando uns porquês.

Só pra pontuar: das quatro melhores, três são HQs brasileiras. Pense nisso.

Sobre Quando eu cresci: fiz um post no meu próprio blog: http://eduardonasi.blogspot.com/2011/08/quando-eu-cresci.html

Sobre Encruzilhada: a resenha do site é minha. Só clicar e ler: http://www.universohq.com/quadrinhos/2011/review_Encruzilhada.cfm

Morro da favela - eu gosto de chamar de 6x Favela, por causa do filme coletivo orientado pelo Cacá Diegues. É um álbum solar, cheio de esperança. Mais um bom trabalho do Diniz, a quem acompanho desde que lançou o site Nona Arte - e isso já faz uns anos.

Birds - O Gustavo Duarte é um baita desenhista e um baita narrador. Sua série anual de gibis mudos de bichos sempre é um acontecimento.

Superman # 103 - Eu tinha parado de ler porque tava muito ruim, mas acabei ganhando uns exemplares e, nossa, que troço medonho.

Hunter disse...

Delfin, por melhor que seja o Smithsonian book of comic-book comics (e ele é muito bom), o Smithsonian book of newspaper comics é ainda melhor!

Se conseguir encontrá-lo (o que não é tão simples hoje em dia), compre que vale muito a pena!

Hunter (Pedro Bouça)

(Palavra de verificação: molica, parece marca de leite em pó)

Charles disse...

Mês chegando ao fim e só agora poderei postar meus gibis do mês de agosto:

-Novos X-men vol 4 - Rebelião no Instituto Xavier: Um dos melhores volumes, e sem dúvida com as melhores artes (depois das coisas horrendas do vol 3). Rebelião no Instituto Xavier é muito legal e tem Frank Quitelly. Até Assassinato na Mansão Xavier me agradou nessa releitura.

-Coraline - Graphic Novel: adoro a are do Craig Russel sua diagramação e suas representações. Além disso ele é um ótimo adaptador de obras literárias, das quais eu tenho grande antipatia em geral. O acabamento da Rocco ficou ótimo, com capa "semi-dura" e papel de ótima qualidade. A claro, tem o texto do Gaiman também.

O Incal vol 1, 2 e 3: Jodorowsky e Moebius. Não preciso explicar, só que parece melhor a cada releitura.

Julia Kendall #5 ao 14 - Começei a ler essa série por culpa do UHQ que rasga a seda direto pra ela. E justificadamente, agora eu sei.

O Imortal Punho de Ferro #19 a 27: infelizmente a panini não publicou essa série na íntegra por aqui. Fui obrigado a recorrer a scans, fiquei com receio de que com a saída de Matt Fraction, Brubaker e David Aja a série teria uma recaída, mas acho que ela manteve o nível na mesma linha. Gostei bastante.

Não li mais HQs, pois estava lendo Crônicas de Artur - O Rei do Inverno, de Bernard Cornwell. Muito bom por sinal, o autor é sensacional. Para órfãos de Vikings (da Vértigo) recomendo lerem Crônicas Saxônicas, do mesmo autor. E até pra quem não é fã da série vertigo, pois os livros são infinitamente superior àquelas histórias.

Tudo que li foi bom, se li algo ruim meu cérebro me fez o favor de esquecê-lo. Mês que vem posto minhas preferidas mais cedo, e vai ter bastante coisa!