Várias editoras vieram depois e solidificaram o caminho aberto pela Animangá em 1998, criando o que é hoje quase um mercado pararelo no meio dos quadrinhos - sabe-se que muitos leitores dedicam-se exclusivamente aos mangás e animês.
Relembre a trajetória dessa editora e seu principal título nesta matéria de Guilherme Kroll Domingues e depois comente aqui no blog suas lembranças e experiências com os quadrinhos japoneses.
14 comentários:
Excelente texto. Retratou o que os fans que compraram Ranma 1/2 sentiram e o que sentem hoje, pelo menos eu, ao lembrar de como era legal ler aquela história, meio estranha: um garoto que vira garota se molhado com água e luta artes marciais. Um espetáculo. É fato que a qualidade da edição nao ajudava, mas a história era tão boa que isso era o de menos.
Uma explicação: o "palhasso" q aparece na primeira edição serve pra indicar q no original a palavra tb estava escrita errado. Ou seja, foi escrita errada de propósito.
Ótimo artigo, continuem com essa qualidade e resgatando coisas interessantes. Comecei lendo mangás com a Animangá, pena que Ranma não foi até o fim pelas mãos dessa editora. Grande obra o talento da Rumiko é sem explicação!!!!
Show demais! O texto tocou no ponto exato do qual trata: a nostalgia que dá lembrar dessa primeira investida em "mangá pop" por aqui(porque os títulos anteriores lançados aqui, como Kamui Gaiden, Crying Freeman, Lobo Solitário e até mesmo o Akira, já foram lançados com ares de "cult", portanto o nosso primeiro "mangá-mangá", com aquelas características de traço, piada e roteiro que hoje nós assimilamos automaticamente ao "que é mangá" foi o Ranma). E a delícia é justamente essa: o simples ato de ler um texto sobre essa edição já nos deixa naquele climão bacana de saudade de uma época que nem está tão distante, mas que, devido a como tudo ocorreu, já ficou completamente no passado. E mesmo a qualidade ruim dessas edições é um dos catalisadores dessa nostalgia (é algo análogo às coleções de formatinhos de super-heróis que muitos guardam até hoje. Essas coleções não estão aí SOMENTE porque as HQs de antes tinham histórias mais bacanas - porque nem sempre é o caso - mas também porque representa essa época do mercado. É a mesma coisa com Ranma). Caramba, foi uma tremenda surpresa abrir o UHQ como toda manhã e me deparar com essa matéria. Foi uma sensação super divertida. Aliás, poderia comentar o que o motivou a escrever sobre isso agora? Se fosse exatamente na época do relançamento pela JBC eu acharia muito normal, mas passado um ano disso fiquei curioso (e positivamente) surpreso. Ah, só duas coisas que percebi durante a leitura: 1- O "Palhasso" do texto foi proposital para indicar um erro do próprio personagem (a piada era o Kuno corrigindo o erro ortográfico do Ranma, mas,tão analfabeto quanto o primeiro, é re-corrigido de pronto pela Nabiki). Mas erros ortográficos dos mais "inocentes" realmente eram uma constante dessa edição, infelizmente. Me pergunto, numa piada, claro, se não é influência disso que até hoje há, entre o público leitor de mangá, quem ainda prefira as escabrosas e semi-incompreensíveis traduções de scans às traduções mais decentes das editoras nacionais, rsrs. 2- A última edição não foi a 27, mas sim a 29. Não lembro a data precisa, mas foi mais ou menos na época da palestra do criador de Gundam, Y. Tomino, no Brasil... 2004? Não lembro, mas de qualquer forma, eu tenho até a edição 29... Como estava sempre na espera e "caçando" a nova edição, acredito que essa tenha sido realmente a última, mas pode ser que eu também esteja atrasado, né? Vale conferir. Bem, era isso. Valeu pelas linhas nostálgicas! Não ficaria nada triste caso, vez por outra, aparecessem outros textos desses por aqui. Obrigadão MESMO. Grandes abraços!
Diego Moura
Foi mesmo um bom texto de se ler, Guilherme. Só fiquei com uma dúvida cuja resposta nunca tive em fóruns ou na JBC: o último número publicado pela Animangá entra em qual edição desta versão da JBC? Informação pra quem quer continuar exatamente de onde parou, como eu...
Essa edição de Ranma sempre foi enganadora.
Acho que a Animangá (que parece que faliu mesmo, apesar de falarem tão bem da loja, que era ponto de encontro e tal...) nunca esperava terminar a publicação.
Levaria no mínimo 20 anos se continuassem dessa forma. Credo.
DM e Daniel, o erro do "palhasso" estava tanto no balão de fala (quando deveria estar correto) e na nota de rodapé (quando se referia a palavra errada). Por isso considero um dos muitos erros dessa primeira edição.
Sobre o motivo de escrever foi que separei os gibis na minha estante para colocar as edições da JBC. Já tinha vendido para um sebo, só faltava entregar, então resolvi dar uma última olhada e as lembranças saudosas das edições me levaram a escrever a matéria. Que bom que gostaram.
Ricardo, como disse, meus exemplares da Animangá já foram para o sebo, mas, acho que a partir do volume 5 da JBC a história continua.
As edições da Animangá, realmente, deixavam a desejar em alguns quesitos. Mas o que realmente me incomodava era a periodicidade. No mais, prefiro essa versão de Ranma 1/2. Nem tanto pelas matérias (boas), mas: Pelo fato do mangá ser espelhado, pelas onomatopéis traduzidas e redesenhadas aqui e, por fim, pelo tamanho! Que saudade de mangás cujo formato te permite apreciar o desenho devidamente.
Mas o que importa nessa história toda, na minha opinião, é que os leitores poderão, enfim, ler uma conclusão pra uma história que se desenrola a mais de uma década. Já era hora.
Olá, Guilherme Kroll Domingues.
Ótimo texto e soube lembrar o contexto histórico do lançamento ate a última edição dessa revista, mas houve dois erros, o primeiro sobre o "palhasso" estar coerente aos três personagens analfabetos e também que a última edição foi a de numero 29 e não a 27 como foi dito, pois ate hoje espero achar a numero 30 kkkkkkkkkk
Guilherme, o Guia dos Quadrinhos diz a versão da Animangá teve 29 edições:
http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao.aspx?cod_tit=ra176100&esp=&cod_edc=26895
Olá Jarbas, olá Anônimo. Nunca encontrei essas edições pra vender, por isso coloquei dessa forma no texto. Vou pedir para o Sidão corrigir.
Sobre o "palhasso", acredito que foi de propósito, afinal Akane e Kuno estavam disputando quem escrevia corretamente a palavra. A intenção talvez foi mostrar que ambos estavam errados...
Adorava entrar numa banca e encontrar Ranma 1/2 nas prateleiras, mesmo que fosse uma edição com erros, ou de padronizagem diferente da original, para um adorador de mangás foi sem dúvidas um começo com o pé direito, uma porta que se abriu para o fenômeno atual dos mangás no Brasil. Ah, não gostava do formato nem do número de páginas, acho que por isso os mangás que vieram depois e que eram mais fiéis aos japoneses fizeram tanto sucesso com os fãs de mangás.
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