10 dezembro 2007

Causos do mercado de quadrinhos: Sidney ou Disney?

Semana passada, conversei com o jornalista Marcelo Alencar (um dos caras que mais conhece quadrinhos neste País) e, por uma daquelas coincidências monstruosas, no dia seguinte o encontrei entrando na estação do metrô Vila Madalena.


Isso me fez lembrar que havia prometido a um leitor, na comunidade do Universo HQ no Orkut, que contaria uma história que rolou com meu nome.

Pois bem, vamos lá. Estava eu em começo de carreira, fazendo meus primeiros textos para jornais e revistas, em 1990, quando um belo dia fui à redação de quadrinhos adultos da Abril, que ficava na rua Bela Cintra.

Pedi pra falar com o Marcelo Alencar e, como é normal, entreguei minha carteira de identidade para a atendente. Eu só não podia contar que a moça fosse dislexa. Ela ligou para o Marcelão e disparou:

- Marcelo, o Disney está aqui, para falar com você.

E ele, que é grande fã das HQs Disney (tanto que tem seu nome ligado ao belo projeto de resgate dos trabalhos de Carl Barks):

- Quem?

Nessa hora, eu já gesticulava pra menina, dizendo: "Sidney! Sidney!"; e ela com a maior cara de naturalidade. Desfeito o engano, subi para a redação e, claro, quando cheguei foi uma baita tiração de sarro.

Foi só nesse dia que saquei que trocando as duas primeiras consoantes do meu nome, Sidney virava Disney. Bom, ao menos valeu pelas risadas. Pena que eu não tenha a conta bancária de meu quase xará! :-)

4 comentários:

Amalio Damas disse...

Eu conheci um cara que chamava Disney, quando trabalhei numa universidade de São Paulo. Ele foi fazer um curso de extensão e acabei encontrando-o algumas vezes, mas infelizmente não perguntei o porque do batismo. Desvirtuando um pouco o tópico, acabei de ver no blog do Paulo Ramos, um desenho do Bira Dantas retratando os participantes da última FIQ, e o seu desenho Sidney está inconfundível.

Sidney Gusman disse...

Acabei de me ver lá, Amálio. O Bira é show!

Hugo Nanni disse...

Mas pense por outro lado, você tá vivão da silva, tem uma coisa que nem toda grana que se construiu com o nome dele, o próprio não vai recuperar, nem mesmo congelando o corpo(ainda não conseguiram, né!).

Quanto aos nomes, já vi muita coisa assim, dado pelos pais para "homenagear" seus ídolos.Desta forma, não é comum, durante uma chamada diária escolar, a gente saber que está dando aula para um "Raudisney" ou até para uma "Leidydai"...

Sidney Gusman disse...

Hugo, pode crer. Viva a vida!