Sobre o Tarzan
Mais uma vez, aproveitando a deixa do Naranjo, que adora caçar Tarzans nos sebos, vou contar um pouco da curiosa história de publicação do Tarzan nos Estados Unidos.
Em 1948 a Dell Comics lançou uma revista (não foi a primeira) com o personagem, que já era muito famoso nas tiras. Essa série durou 131 números e só parou de ser publicada em 1962.
Na maior parte das edições o desenho era de Jesse Marsh. Outro destaque eram as capas fotográficas com Lex Barker interpretando o Tarzan.
Em 1962, a Gold Key assume a publicação do Tarzan, adotado inclusive a continuidade da numeração, algo bastante comum naquela época. A revista vai do 132 até o número 206, publicado em 1972.
A Gold Key tinha a prática de publicar capas pintadas, que hoje tem um aspecto bem pulp, a maior parte delas de autoria de George Wilson.
Jesse Marsh ainda era o desenhista regular, mas o ótimo Russ Manning já começava a aparecer em histórias backups, do Tarzan, Korak (O Filho de Tarzan) e Brothers of The Spear (que não me recordo se foi publicado no Brasil).
Em 1972, começa uma fase especial do personagem, com o início do Tarzan da DC. Como não podia deixar de ser, o primeiro número da DC do Tarzan, é o 207, continuando da Gold Key.
Nesta fase o destaque absoluto é Joe Kubert, que desenhou algumas das melhores histórias do personagem (muitas delas saíram aqui pela Ebal).
Mas, além dele, passaram pela revista Burne Hogarth, Gray Morrow, José-Luis Garcia López, Alex Niño e até Carmine Infantino.
Como se não bastasse, a revista também republicou como backup, muitas das tiras de Hal Foster com o personagem.
A revista variou bastante na periodicidade e no número de páginas: começou mensal com 48 páginas, passou para 32 e chegou a ter 96 páginas bimestrais.
Quando a revista parou em 1977, no número 259, já estava republicando material do Kubert. Neste mesmo ano o personagem foi parar na Marvel.
Na "Casa das Idéias", Tarzan mudou a numeração e começou do 1 mesmo. Nesta fase quem desenhou o personagem foi John Buscema. A revista durou apenas 29 edições.
Depois disso, o personagem pipocou em diversas editoras como Malibu, Dark Horse e outras, e tirando uma exceção ou outra, sem grandes momentos de brilho.
Uma das que mais gosto deste período nebuloso é uma minissérie de três partes de 1992, da Malibu, Tarzan: Love, Lies and the Lost City, produzida pela Semic, com arte pintada de Peter Snejbjerg e Teddy Kristiansen. Dava gosto de ler.
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