Mangá, gênero recente no Brasil?
Quem disse que o gênero mangá é coisa recente no Brasil, errou feio, pois nossos criadores já entendiam do assunto e tentavam emplacar o mesmo nas bancas há tempos, mas com carinha de material nacional.
Entre outros exemplos, temos duas revistas publicadas pela extinta Editora Grafipar, pródiga em apostar nas HQs brasileiras, sob o selo Bico-de-Pena, no ano de 1982, em formatinho.
Super-Pinóquio, nitidamente inspirada no Astroboy, de Osamu Tezuka, trazia um jovem robô criado por um velhinho solitário, e ambos acabam sendo hostilizados pela população local. Cláudio Seto cuidou da empreitada e caprichou no trabalho.
Já Robô Gigante contava com o
inspirado traço de Watson Portela, num estilo bem "mangá", numa aventura divertida e frenética. Um grupo de heróis comanda as partes do corpo do poderoso robô contra terríveis inimigos. Completa a edição o Ultraboy (um Ultraman tupiniquim), com texto e arte de Franco da Rosa.
Ainda que não fossem tramas exatamente originais, merecem destaque pelo trabalho bem cuidado, arte legal e por serem precursores de gênero por aqui! Quem sabe alguém não se anima a republicar?
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