31 março 2008

Melhores e piores de março

2008 está voando. Março acabou e é hora dos melhores e piores do mês que passou. Cada integrante deste Blog conta pros nossos leitores seus favoritos nesse período e também aquela HQ que desceu engasgada.

Não custa reforçar: as opiniões são pessoais e não precisam ser sobre um lançamento do mês que se encerra; é só pra dar uma idéia pros nossos leitores do que estamos lendo.

Serão três ou mais indicações para os melhores (a não ser quando se leu pouca coisa bacana), não necessariamente em ordem de preferência, e uma ou duas pras piores. Vamos a elas!

Esta talvez seja a edição mais bonita já feita no Brasil em se tratando de super-heróisSidney Gusman

Melhores: Os Maiores Super-Heróis do Mundo (Panini), Clara da Noite (Zarabatana) e Antes do Incal 03 - Vhisky, SPV e Homeo-Prostitutas & O Beco do Suicídio (Devir)

Pior: Grandes Astros - Batman & Robin # 7 (Panini)

As noites de Clara nunca são monótonasMarcelo Naranjo

Melhores: Clara da Noite (Zarabatana), Popeye 60 Anos (L&PM) e Pixel Magazine # 11 (Pixel)

Pior: Batman & Spirit (Panini)


Brubaker é o cara!Sérgio Codespoti

Melhores: Criminal - Vol. 2 - Lawless, de Ed Brubaker e Sean Phillips (Titan Books), Hellboy - Vol. 6 - Strange Places, de Mike Mignola, (Dark Horse) e Alex Toth, editado por Manuel Auad (Kitchen Sink Press)

Pior: Wolverine Origins # 22 (Marvel)

Muito prazer, sou o Batman original!Marcus Ramone

Melhor: Batman – Crônicas – Volume 1 (Panini)

Pior: A Torre Negra # 1 (Panini)




John Difool cai sempre; o nível de suas histórias, não!Eduardo Nasi

Melhores: It's a good life, if you don't weaken (Drawn & Quarterly), Exit wounds (Drawn & Quarterly) e Antes do Incal 03 - Vhisky, SPV e Homeo-Prostitutas & O Beco do Suicídio (Devir)

Pior: Capitão América - Morre um herói # 1 (Panini)

Só Nova Onda faz valer a revistaZé Oliboni

Melhores: Marvel Max # 53 e # 54 (Panini), Marvel Action # 14 (Panini) e O Circo de Lucca (Devir)

Pior: X-Men Extra # 74 (Panini)



Uma das melhores HQs de 2007Guilherme Kroll Domingues

Melhores: Lost Girls - Livro Três – O Grande e Terrível (Devir), Persépolis Completo (Companhia das Letras) e Pyongyang (Zarabatana)

Pior: Batman & Spirit (Panini)

Marjane Satrapi conta aqui uma baita históriaRicardo Malta Barbeira

Melhores: Piratas do Tietê # 1 – A Escória em Quadrinhos (L&PM), Persépolis Completo (Companhia das Letras) e Pixel Magazine # 12 (Pixel)

Pior: nenhum


Um clássico de TexDelfin

Melhores: Clara da Noite (Zarabatana), Tex tra due bandiere (A. Mondadori) e The Uniques # 1, de Adam Withers e Comfort Love (HQ digital deste site)

Pior: JLA/Haven - Arrival (DC)

29 março 2008

Doideiras que recebemos de alguns leitores

Diariamente, recebo vários e-mails dos leitores do Universo HQ. Com certeza, é muito bacana essa interatividade que a internet oferece.

Infelizmente, não consigo responder todos, especialmente pela falta de tempo, o que também inviabiliza colocarmos um espaço para cartas no site.

SurfistaMas alguns e-mails são verdadeiras pérolas (no bom sentido), que guardei e tomo a liberdade de divulgar os mais interessantes, preservando o nome de quem enviou, corrigindo o português, respondendo e, na medida do possível, brincando um pouquinho.

Coloquei intencionalmente os nomes como “Goku” para homens e “Bulma” para mulheres, exceção feita ao e-mail enviado pelo Clark Kent.

Cadê a Mil Perigos???
Goku.

Sei lá!

Boa tarde!!!
Trabalho no editorial de exatas da editora XXX, gostaria de estar vendo um portfólio seu com diversos estilos e técnicas de finalizações. Estou precisando de ilustradores para livros didáticos.

Bom, vou fazer um curso de ilustração, daqui a alguns anos retorno o contato.

Favor me informar quando esta belíssima edição virá à tona? Sou fã do Surfista Prateado. Tenho 46 anos, mas isso não importa, ok.
Espero contato.
Goku.

Antes de responder, tenho que esclarecer uma dúvida: qual a relação entre a sua idade e o Surfista Prateado?

Ao navegar pela internet encontrei a empresa responsável pelo álbum de figurinhas Amar É. No ano em que "quase" completei o álbum, não escrevi para vocês solicitando cromos faltantes.
Gostaria de saber se ainda existe essa possibilidade.
Obrigada,
Bulma.


Não, não existe. Dançou.

VisorQueria compra um visor de Ciclope, como eu faço?
Clark Kent.

Prezado Kent,
Pra que diabos você precisa de um visor do Ciclope?????

Primeiramente quero dizer que é muito legal o seu trabalho, quando a revista chegar na minha cidade eu vou prestigiar, afinal sou fã dos Vingadores. Mas gostaria de tratar de um outro assunto.
Gostaria de saber se você poderia me dar umas dicas de como apresentar um roteiro de HQ para uma editora, pois eu vivo procurando uma forma de apresentá-lo e não consigo encontrar, gostaria de saber se tem alguma norma a ser seguida, pois eu só poderia apresentar um roteiro porque eu não sei ilustrar.
Bom, desde já muito obrigado!
Goku.


Prezado Goku,
Minha dica é: apesar das dificuldades, não desista nunca!
Que bom que gosta do meu trabalho com os Vingadores.
Excelsior,
Stan Lee.

Olá, amigo, eu fiquei interessado na Supergirl, como faço para adquiri-la, onde e como.
Obrigado.
Goku.

Escreva para o Clark Kent, logo acima. Quem sabe ele ajuda.

X-MenOi, Marcelo, tudo bem?

Encontrei o seu contato do site Universo HQ e preciso de uma orientação de quem entende. Eu gostaria de começar a ler as HQs dos X-Men mas não sei qual a seqüência. Dei uma pesquisada na internet, mas existe mais de uma série, pelo que entendi. Você pode me ajudar?
Obrigada
Bulma.

Infelizmente, nessa não posso ajudar. Não mesmo. E digo mais: duvido que algum ser vivo possa!
Eu até tava cansando, mas aí olha o que achei...

52

Esse é o extintor de incêndio do andar em que trabalho. Repare no número que tem nele. Nerd, hm?

26 março 2008

Cansei...

Antes de tudo, gostaria de salientar que, embora eu possa ser alvo de xingamentos e pedras endereçadas à minha pobre cabeça, reservo a mim o direito de, nos parágrafos abaixo, expressar minha opinião e esculhambar a atual (e longa) fase sofrível dos quadrinhos Marvel e DC.

Quando Guerra Civil começou, logo de cara me empolguei. Era como se tudo ainda tivesse salvação, uma masturbaçãozinha mental inofensiva de nerd, aquela coisa de ver mocinho contra mocinho. Voltei a sentir prazer em “degustar” uma HQ de super-heróis, depois de tanto tempo comprando por vício ou por não querer ficar totalmente alheio a esse mundo dos supertipos no qual convivo desde a tenra idade.

Bem, o final e as conseqüências da série foram um banho de água pra lá de gelada. Na minha santa inocência, também imaginei que tudo voltaria a ser como antes. E deveria voltar a ser como antes. Herói agindo como herói, vilão sendo caçado e preso (ou levando porradas homéricas). Afinal, é isso que eu espero desse gênero de quadrinhos. É simples. Bem contra o mal. Bem vence o mal. Socos, exibições de superpoderes e tchau. Dane-se o quanto isso possa soar infantil na atualidade.

Qual o sentido de me fazer odiar o Homem de Ferro e o Reed Richards? E de ver os heróis na clandestinidade? E os Vingadores divididos em 3962 equipes? E supostos “heróis” que agora são cretinos que querem dominar o mundo e incitam uma guerra entre os até então amigos? E quanto às trocentas ramificações que me forçarão a acompanhar um monte de títulos pra conseguir entender um pouquinho dessa trama escrota?

Se isso vai mudar um dia, ótimo. Mas, até lá, chega! Adeus, Marvel! Foi bom (e, às vezes, nem tanto) enquanto durou.

E como até o título do Homem-Aranha não se decide entre o ruim e o pior (e ainda vem por aí a baboseira do restart), meu suado dinheirinho vai ser destinado a outras revistas em quadrinhos que valem a pena ser lidas, guardadas e sempre lembradas (e isso inclui os encadernados das boas fases da "Casa da Idéias”, que a Panini - ainda bem - continua lançando).

Quer dizer que vou continuar só com a DC? Pfff... que nada! Talvez eu fique só com Batman. Essas tosqueiras de Crise do Cacete, com histórias ruins, confusões de cronologia e dificuldade de entender as tramas, tudo interligado, não entram na minha goela (meu Deus, como alguém consegue ler 52 e gostar daquilo? Qual o sentido dessa série? Por que histórias modorrentas e que parecem levar a lugar nenhum? Parei na edição 5, depois de me segurar ao máximo pra não largar antes, quando tudo tinha cara de não precisar mais se prolongar).

Quadrinhos, pelo menos pra mim, é diversão (embora eu ainda consiga ganhar um dinheirinho com isso). A partir do momento em que vira obrigação comprar gibis que não quero, só pra entender uma trama ou saber o que vai acontecer a determinado personagem, já deixa de ser prazer.

E quando a leitura se torna confusa, cansativa e mostra a necessidade de conhecer complicados eventos passados, não é mais lazer, prazer ou hobby: é masoquismo.

Trocando em miúdos: perdi o tesão em acompanhar as HQs mensais de super-heróis da Marvel e da DC.

O que eu quero é gastar meu parco tempo disponível com leituras agradáveis, que me façam rir, chorar, divagar ou deixar o tempo fluir de uma forma que nem se perceba. Não quero ficar com dor de cabeça, cara feia, pontos de interrogação saltitando ao meu redor ou rezando pra revista terminar logo, sem a mínima vontade de comprar a edição seguinte.

Se não tiver socos na realidade ou a presença dos Skrulls por trás de tudo, já é meio caminho andado. :-)

22 março 2008

Coisa de pele

Como seria o visual de Homer Simpson e Mario (Mario? Que Mario? Aquele do videogame!) se eles fossem de verdade?

O designer gráfico Pixeloo (ele usa esse apelido) postou em seu blog a resposta, com a ajuda do bom e velho Photoshop.

Bizarrro... mas divertido.

21 março 2008

Uma figurinha para completar o álbum

Apesar de já ter feito mais de 500 reviews para o Universo HQ e apesar de todas as histórias de mutantes da Marvel, acabo de descobrir que nunca resenhei nenhuma revista que comece com a letra X.

Já resenhei material que começa com qualquer outra letra. Até com Q. E com Y. E com K. E W! Mas, com X, necas.

Que coisa, não?

20 março 2008

Com quantos Skrulls se faz um crossover?

Os Skrulls fazem parte do Universo Marvel desde seu início. Na prática, eles surgiram em Quarteto Fantástico (volume 1) #2, numa história de Stan Lee e Jack Kirby, de 1962.

Desde então, sempre estiveram presentes nas histórias, invadindo a Terra; seqüestrando o Coisa para lutar numa arena espacial (gângsteres americanos da década de 1930, no espaço, quem se lembra disso?); num conflito contra os Krees, numa versão marveliana de Guerra nas Estrelas; e muitos outros episódios.

A Marvel pretende relacionar, este ano, muitas das aventuras antigas dos Skrulls numa história que envolve desde a reformulação dos Vingadores (quando Brian Bendis criou os Novos Vingadores, com o Wolverine e o Homem-Aranha) até a Guerra Civil.

Se você é leitor da Marvel e já cansou dos Skrulls, este não será um bom ano. A Invasão Secreta é uma minissérie em oito partes, com roteiro de Bendis e arte de Leinil Yu, que terá tanta influência nas outras revistas da editora quanto a Guerra Civil.

Acho que a editora já abusou deste conceito. Aliás, esta proposta também já foi vista diversas vezes no cinema, desde o filme Invasores de Corpos, que foi refeito recentemente, com a Nicole Kidman, como A Invasão.

Na época em que o Alan Davis escrevia os X-Men, ele desenhou uma aventura na qual os mutantes acidentalmente viajavam ao passado e caíam no planeta dos Skrulls, quando estes planejavam a invasão da Terra disfarçados de super-heróis. Tudo isso no momento em que Galactus se aproximava para destruir o planeta deles.

Mais tarde, Wolverine foi substituído por um Skrull, e a troca foi descoberta quando Wolverine morreu. Uma situação parecida com a que foi revelada nos Novos Vingadores (ainda inédita no Brasil) e a descoberta de uma possível "invasão secreta" de novos Skrulls.

Esta trama já vem se arrastando há quase um ano. Em parte, pelo atraso de Frank Cho na revista Mighty Avengers, com as conseqüências da descoberta do Skrull morto. A origem da nova invasão está na minissérie Illuminati (que revisita vários eventos importantes da história da Marvel, como a guerra Kree-Skrull) e revela segredos importantes.

Tomara que a história seja divertida. Mas sempre existe o risco revisionista de se desfazer tudo que vem ocorrendo nas revistas, como reformular os Vingadores, unificar as duas facções que participaram da Guerra Civil, ressuscitar o Capitão América etc.

Se por um lado o fato de o escritor poder brincar com histórias anteriores é divertido, por outro pode criar um grande problema de credibilidade para os leitores.

Atualmente, o slogan de marketing da Marvel é "Em quem você confia?" (Who do you trust?). Personagens diversos podem ser Skrulls infiltrados, como o Capitão América morto, o Capitão Marvel que retornou, o Homem de Ferro, Miss Marvel, Jaqueta Amarela etc.

Isso sem falar que, até o momento, ninguém explicou o que aconteceu com os personagens seqüestrados.

A campanha da editora para promover a série continua forte, não só dentro de revistas como Mighty Avengers, New Avengers, Miss Marvel e Incredible Hercules, mas também por fora, com entrevistas e a revelação de imagens promocionais (que também podem ser vistas aqui).

As imagens abaixo (clique para ampliar) fazem parte desta campanha, e foram pintadas por Greg Horn, artista que eu acho técnico, mas cujas escolhas estéticas sempre me parecem "bregas".

Antes que eu me esqueça, fiz o possível para comentar o assunto sem revelar muita coisa aos leitores brasileiros, do que já foi publicado nos Estados Unidos, mas coloquei só links para artigos do UHQ, para quem quiser saber mais. Não tenho interesse em estragar a leitura de ninguém.

14 março 2008

Fim de Slam Dunk


Hoje entrou no ar uma resenha conjunta minha e do Cassius sobre o final de Slam Dunk. O mangá de esportes, um dos poucos do gênero a aportar por aqui, conferiu aos seus leitores diversos momentos de emoção.

Foi divertido acompanhar Sakuragi e companhia na sua caminhada rumo ao campeonato Intercolegial. Na verdade, o mangá é tão legal que torço muito para quando Takehiko Inoue terminar Vagabond, ele volte a Slam Dunk e conte mais histórias dos personagens. Quem sabe Rukawa e Sakuragi levando sua picuinha até a seleção nacional do Japão.

Detalhe interessante é que até recentemente, Slam Dunk era a série que mais tinha vendido exemplares no Japão, ultrapassando a marca de 100 milhões de exemplares. Só perdeu o posto para One Piece.

13 março 2008

Diversão insone

Acaba de sair uma edição de Batman Extra desenhada pelo Seth Fisher, um artista genial que morreu um tempo atrás.

Nesta noite quente, deixo aos insones que me sucederão neste blog o legado do cara: um joguinho megaviciante.

11 março 2008

Garfield menos Garfield



Caramba, isso é absolutamente genial: um sujeito descobriu que, sem o Garfield, as tirinhas do Garfield ficam muito melhores. Para provar sua tese, o cara fez um blog, no qual reúne todos os dias mais e mais provas de que o gato só atrapalha o brilhantismo de Jim Davis.

(Quem achou isso foi Jeanne.)

10 março 2008

A mega-saga que vai mudar tudo

A morte da Supergirl: inesperada, surpreendente, dramática!Antigamente, uma “saga” de super-heróis, esses encontros em que os uniformizados tentam salvar o mundo (quando não o universo), era um grande acontecimento.

Os eventos surgiam de tempos em tempos. Portanto, tinham grande destaque. E o interesse do leitor, por tabela, era maior. Guerras Secretas (Marvel) e Crise nas Infinitas Terras (DC) foram marcos do gênero, tanto em seu país de origem quanto aqui.

Sem entrar no mérito da qualidade de sagas anteriores em comparação com eventos atuais, em especial nas duas editoras acima citadas, a impressão é que virou tudo “carne de vaca”, lugar-comum.

Nem bem acaba uma saga, outra já é emendada. De um lado, é “crise” pra ninguém botar defeito. Do outro, “guerras” generalizadas.

Não que seja ruim: é bacana acompanhar tramas que possam surpreender e que envolvam boa parte dos personagens. Além de ser divertido colecionar minisséries. Mas o problema é que muitas histórias fracas acompanham esses eventos, o que pode desestimular o leitor.

E a morte inesperada (ou seria esperada?) de super-heróis, em algum momento, vai saturar a expectativa de todos.

Será que não?
14ª Fest Comix e novos leitores: Beth ganha tirinha original de Marcelo Campos

Estávamos, eu e o Marcelo Naranjo, assistindo à palestra do Levi Trindade na tarde de sábado. Aí chega um torpedo no meu celular. É da Beth, a moça que faz caretas e é chamada de "retardada" por aí.

O SMS dizia algo como: "Já cheguei, mas não vou aí na palestra porque tem um cara desenhando". Não entendi nada. Cara desenhando? Que cara? Desenhando o quê?

Quando acabou o papo com o Levi, saímos e encontramos a Beth. E não só ela, mas também com uma tirinha original do Marcelo Campos nas mãos.

Pra quem mal lê quadrinhos, era um desenho e tanto. Ela nem sabia quem era o Marcelo Campos. Nem o que ele fazia da vida. Aí perguntei como ela tinha feito pra conseguir:

- Ah, tinha um monte de gente pedindo pra ele desenhar o Batman ou o Homem-Aranha. Quando chegou minha vez, ele perguntou o que eu queria. E eu não sabia. Perguntei o que ele gostava de desenhar. Ele falou que tinha um livro e que era aquilo que gostava de fazer. E fez.

08 março 2008

Algumas novidades da Fest Comix

Festcomix


O sábado foi movimentado na 14ªFest Comix. Palestras, filas grandes, algumas novidades superbacanas e muitas possibilidades. Só para dar um gostinho, separei umas notícias curtas. Segunda-feira tem mais no Universo HQ.

* O grande destaque vem da Panini. O editor Levi Trindade anunciou a publicação brasileira de Je suis legion, de Fabien Nury e John Cassaday.

* Ainda falando da Panini, XIII e Blacksad podem ser concluídos em breve.

* Segundo Levi, há uma briga nos bastidores pelos direitos de Spirit -- não o de Darwyn Cooke. É o do Eisner mesmo.

* A proximidade de Countdown e Crise Final podem trazer ao Brasil edições dos Novos Deuses, clássico de Jack Kirby que vêm ganhando relevância na DC.

* Na linha de mangás, Elza Keiko e Beth Kodama anunciaram vários novos títulos: Galism, Sunadokei - O relógio de areia, Kare first love (título provisório), Colégio Ouran Host Club, Full Metal Panic! Sigma, Homúnculos e Lodoss War - Lady of Paris (em formato livro).

* A Pixel pode vir a encadernar as histórias de Promethea e Planetary que vêm saindo em Pixel Magazine. Uma possibilidade, adianta o editor Cassius Medauar, é que Planetary ganhe uma edição baseada em Absolute Planetary.

* Inicialmente programado para este semestre, o segundo volume do Monstro do Pântano de Alan Moore deve ser adiado para o próximo. A culpa é da DC, que estaria enrolando na entrega dos arquivos.

07 março 2008

Sexta-feira e a Lei de Murphy

Como sexta-feira é dia de reviews, a Lei de Murphy resolveu entrar em ação.

Desde o final de fevereiro, o provedor de hospedagem do Universo HQ está incrementando procedimentos de segurança e outros detalhes técnicos. Com isso, a atualização sofreu atrasos diversas vezes. Infelizmente, esta situação se repetirá hoje.

As notícias e os reviews estarão online assim que for possível. Agradecemos a paciência e a compreensão de todos.

04 março 2008

Novos leitores: fatos e fotos



A moça em cima é a Beth. Ela fez essa foto em homenagem aos leitores de quadrinhos. Já explico o porquê.

A Beth gosta de quadrinhos. Gosta. Não gasta todo o seu régio porém suado salário com gibis. Não está na comunidade da Marvel no Orkut. Não lê o Universo HQ todo dia, e suspeito até que nunca tenha sequer entrado no site. Mas ela senta na mesa em frente à minha e, assim, percebo que gosta de quadrinhos a ponto de, pelo que percebo, ler o Laerte, o Angeli e o Calvin todos os dias.

Outro dia, ela me ligou na hora do almoço: queria comprar HQs em álbuns e precisava de dicas. Porque curte as tirinhas do Rei Emir no G1, comprou O Livro Negro de André Dahmer. Porque queria entender o Jodorowsky, pegou o primeiro volume do Incal.

Só que a Beth não ama quadrinhos desesperadamente. Ela gosta, assim como tem gente que gosta de pescaria, de cinema, de vôlei, de andar de bicicleta. É mais uma das muitas coisas que ela faz.

Foi por isso que, convidado para falar em um evento da Panini sobre os 70 anos da DC Comics, achei que seria bacana se ela fosse junto. "Vai que ela curte", pensei.

Ela foi. E até bateu um papo com os editores da Panini. Ou, pelo menos, na medida do possível, tentou, como o trecho de diálogo verídico abaixo pode comprovar:

"Quem é esse?", ela perguntou, apontado pra uma revista.

"O Lanterna Verde", respondeu um dos editores.

"Quem? He, he, que nome mais engraçado."

Logo depois disso, saiu, comprou uns livros e ficou na platéia. Acabou saindo numa das fotos do evento, que circularam por aí na internet, inclusive aqui no blog.

Superman: Crônicas

A careta, vamos admitir, é ingrata. Por conta dos olhos esbugalhados e da mão na boca, a Beth acabou sendo chamada de "retardada" por um fã de quadrinhos em um fórum.

Mais que isso: ela ficou sabendo. Achou divertidíssimo. Mostrou para todo mundo. Deu um print screen no comentário do sujeito e mandou pra família e pros amigos. E, pelo telefone, ria alto, dizendo algo parecido com: "A única coisa que eu consigo entender de todo este fórum é que eu sou retardada".

Ela não levou a mal. Outro dia, em um almoço no japonês aqui ao lado, viu o sombreiro que caiu da parede do restaurante vizinho. Então pediu pra eu tirar uma foto no celular pra mandar pros leitores de quadrinhos. E repetiu a mesmíssima careta, a que a consagrara como "retardada", de um jeito ainda mais bizarro: com chapéu!

E eu, depois disso tudo, fiquei com a impressão de que a Beth lê muito menos quadrinhos que eu, mas se diverte muito mais.