31 outubro 2006

Fúria assassina

Wolverine é o melhor no que faz.

Ele criou um blog, e queria fazer uma postagem.

Porém, durante praticamente um dia inteiro, o provedor do dito cujo não aceitou inserção de imagens.

O carismático mutante, capa de cinco em cada quatro revistas de super-heróis, ficou de saco cheio. Descobriu o local onde hospedavam seu novíssimo blog. Fez o que sabe fazer melhor e não sobrou ninguém pra contar história.

Voltando ao mundo real, vontade é que não falta. Se permitirem, amanhã colocarei um post decente por aqui. Porque hoje está extremamente complicado.

28 outubro 2006

Amadora está sensacional

Agora é quase meia-noite aqui em Amadora, Portugal. Acabamos de chegar do jantar e só agora tive chance de escrever minhas primeiras impressões sobre o festival.

Olha o cartazinho no prédio do festivalAutores de diversos países do mundo (os jantares e almoços têm sido divertidas e prazerosas confraternizações entre profissionais de vários países e estilos muito diferentes), exposições belíssimas e muito bem distribuídas, placas e luminosos divulgando o evento pela cidade, prêmios para os melhores do ano e (o mais legal) para novos autores e crianças de diversas idades, palestras e muita coisa boa para se comprar. Não bastasse tudo isso, o pessoal da organização é de uma atenção incrível.

Foi neste jantar a festa-surpresa para o MauricioEstou acompanhando o Mauricio em todas as entrevistas que ele tem dado. Impressionante como o povo português o idolatra. Na sexta-feira, foi aniversário dele e houve até bolo e festa-surpresa no restaurante, com direito a Parabéns a você em vários idiomas.

Uma das várias e caprichadas mostras do eventoQuanto ao evento em si, ainda não consegui ver todas as exposições com a atenção que gostaria, mas é de cair o queixo a da América Latina (a parte dedicada ao Brasil deixa a desejar, pois faltou muita gente boa).

Cerca de dez autores autografaram juntos...
...mas a fila do Mauricio, como esperado, era sempre maior
Hoje, enquanto o Mauricio encarava três horas de autógrafos junto com outros artistas (mas a fila do "pai" da Turma da Mônica era, de longe, a maior), consegui dar uma volta mais cuidadosa. E outra que chama a atenção é a da série de dez álbuns Decálogo, escrita por Frank Giroud, com desenhos de dez artistas diferentes. Cada tomo tem a trama ligada a um dos mandamentos. Instigante, no mínimo. E a mostra tem um totem para cada capítulo, com o livro exposto e uma maquete de uma cena marcante da edição. Giro, como dizem por aqui!

Um dos lados da exposição de Decálogo
Essas maquetes dão um charme especial a cada álbum retratado na mostra
Outra coisa que já tenho certeza é de que terei um enoooorme rombo na minha conta, pois é impossível perder algumas chances que há por aqui. Há muita coisa com descontos bem bacanas e ainda contei com as dicas de meu amigo Pedro “Hunter” Bouça, que mora em Portugal. No estande da Asa, a maior editora portuguesa, há promoções do tipo "Leve 3 e pague 2"; e com materiais como O Escorpião, Gipsy, Rapaces, Decálogo, álbuns do Enki Bilal e outros. Tudo em capa dura, papel de luxo, com preço variando entre 10 e 12,40 euros.

Uma das tentadoras estantes de ofertas da Asa
Olha a qualidade gráfica desses álbuns
Melhor: há álbuns a 5 e 3 euros! Coisas como Ken Parker, colorido e em formato gigante, livros do Manara e outros filés que só saíram no mercado europeu. Simplesmente irresistível. Sorte que o Mauricio também vai fazer uma “feira” e despacharemos tudo para o Brasil, senão o excesso de bagagem seria líquido e certo.

Estande da Polvo. Olhe no alto um dos livros do Peanuts completo
Para fãs do Tintim, este estande é o paraíso... ou a perdiçãoE ainda há as outras editoras, como Devir (hoje conheci o José de Freitas, diretor aqui, que é simpaticíssimo), Polvo (os caras estão lançando aqui o Peanuts completo - os dois primeiros, tremendos bitelões, estão por 42 euros), Vitamina BD (também com ótimos títulos como Senda, por exemplo) e outras, como a Loja Tintim, que tem livros e produtos diversos da criação máxima de Hergé.

Depois farei uma matéria completa sobre o 17º Festival Internacional de Banda Desenhada de Amadora, mas pelas primeiras impressões fica fácil saber por que ele é, hoje, um dos cinco principais eventos dedicados aos quadrinhos do Velho Continente. Merecido reconhecimento, sem dúvida.
Broches valiosos

Tá vendo esses bottons da Marvel? Meio toscos, não? Só que essas peças são bem valiosas.

A coleção, datada dos anos 1960, foi arrematada em um leilão nos Estados Unidos por nada menos que US$ 3,300.

Pois é, nada como ter muita grana sobrando pra gastar com esses supérfluos que tanto amamos.

27 outubro 2006

Sê-lo ou não sê-lo

Ontem a Marvel divulgou essa imagem da bela coleção de selos postais que serão lançados em julho do próximo ano, nos Estados Unidos.

É de dar água na boca! Nem sei quais são os melhores: esses ou os da DC, lançados há poucos meses.

Como filatelista de carteirinha (embora há uns três anos sem adicionar mais nada na coleção), já coloquei esses itens na minha mira, até porque de personagens dos quadrinhos eu só tenho uma série da Disney, que ganhei de presente em 1982.

Grandes momentos dos quadrinhos (2)

Pois é.

Não fugindo do óbvio ululante para os leitores de HQs, O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, é uma obra que, em sua totalidade, deve ser chamada de “grande momento dos quadrinhos”.

Batman, nervoso!Página sim, página não, fui surpreendido (e quem não foi?) por tomadas inusitadas e diálogos fortes, densos, bem elaborados. Todos que leram, em especial na época do lançamento, sabem do diferencial que essa HQ representou.

Uma virada na história dessa forma de arte, sem dúvida. De toda maneira, segue um momento que curti muito:

O Homem-Morcego, depois de ter levado uma surra homérica do líder dos mutantes, resolve enfrentar novamente o vilão. Mas, agora, a luta será nos termos do Cavaleiro das Trevas...

Como o herói afirma, em meio à contenda no lamaçal: “Você ainda não entendeu. Isso não é uma fossa... é uma mesa de operação... e eu sou o cirurgião!”.

Adrenalina pura. Dá-lhe, Batman!

26 outubro 2006

Grandes momentos dos quadrinhos (1)

Vou númerar este tópico, porque vai ter muita coisa pra postar aqui, aos poucos. Vamos lá.

Retirado da história O que aconteceu com o Homem de Aço?, com roteiro de Alan Moore, publicada em Superpowers #21 (Editora Abril), republicada como Super-Homem: O Adeus (Opera Graphica) e que voltará a sair no aguardado especial com histórias de Moore, pela Panini Comics.

Super x BizarroEm determinado momento da trama, Super-Homem encontra seu “oposto”, o Bizarro, que está provocando destruição e machucando pessoas. O estranho ser afirma ao Homem de Aço que, por ele ser uma réplica imperfeita do Azulão, queria agora passar a ser uma duplicata “imperfeita perfeita”.

Para tanto, se o planeta do Super explodiu por acidente e ele chegou ao planeta Terra quando bebê, Bizarro explode o próprio mundo de propósito e chega a Terra já adulto. O Super preza a vida? Então, Bizarro provoca muitas mortes.

Por fim, o Super está vivo... Bizarro conclui que ele próprio deveria estar morto! Ele localiza Kriptonita Azul e se suicida.

Bizarro morre enquanto balbucia “Olá, Super-Homem! Olá!”.

Sensacional.

Coisas de Alan Moore!

25 outubro 2006

De malas prontas

Amanhã à tarde, embarco junto com o (agora meu chefe) Mauricio de Sousa para o 17º Festival Internacional de Banda Desenhada de Amadora, em Portugal.

Contam com a minha presença? Então, aí vou eu!Ficarei por lá até o final do evento e só retorno ao Brasil no dia 2 de novembro. E, claro, farei uma(s) matéria(s) caprichada(s) para o Universo HQ.

Para saber mais sobre esta edição do FIBDA, confira esta notícia no Universo HQ.

Como certamente voltarei carregado de álbuns (Rapaces, O Escorpião e Gipsy, todos desenhados pelo excelente Enrico Marini encabeçam a lista), já estou preparado para o excesso de bagagem e o rombo no meu cartão de crédito! Mas quem se importa? É uma oportunidade imperdível! E tratarei de aproveitá-la.

E fique de olho também neste blog. Quem sabe não coloco uns posts direto de Portugal? ;-)
Por Tutatis! Por Rao! Superman e... Asterix?

Esta eu peguei na seção de cartas da Mundo dos Super-Heróis # 2, da Europa. A mensagem foi escrita pelo leitor César Leal e confesso que desconhecia a história.

Não adianta se esforçar, Super, o grandão atrás de você caiu num certo caldeirão quando era bebê...Na revista Action Comics 579, de maio de 1986, enquanto a reformulação do Superman por John Byrne já rolava solta, saiu uma aventura tipicamente pré-Crise nas Infinitas Terras, inédita no Brasil: o Homem de Aço encontra Asterix e Obelix!

Depois de ler a carta do César, fui pesquisar um pouco mais e descobri que, após uma viagem no tempo, o Super vai parar numa aldeia bem parecida com a dos gauleses criados por René Goscinny (texto) e Albert Uderzo (arte) em 1959.

O Superman vira Superix e contracena com Asterix (cujo nome não é citado na HQ), Columnix (Obelix), Picturix (Panoramix), Prefix (Idéiafix), Chefe Flipmybix (Abracurcix) e o vilão Prolifix. Jimmy Olsen também participa.

A HQ, intitulada Prisoners of the Time (Prisioneiros do Tempo) foi escrita por Jean-Marc Lofficier e Randy Lofficier (que assinaram R.J.M. Lofficier), desenhada por Keith Giffen, arte-finalizada por Bob Oksner e colorizada por Gene D'Angelo. Neste link tem umas páginas originais sendo vendidas. Vale conferir.

O Superman chega a levar uma bifa daquelas do "Obelix" e sai voando como um legítimo legionário romano. :-)

Nem sei se a história é legal, mas, por Tutatis e por Rao, foi uma bela homenagem!

24 outubro 2006

Dos arquivos do UHQ... "Fumo neles, Tex!"

Vai um cigarrinho de palha aí, Tex?No dia 5 de janeiro de 2007, o Universo HQ completará sete anos no ar. E como o número de leitores cresce a cada dia, achei legal resgatar coisas pitorescas que passaram pelo site nesse tempo todo.

Pra começar, uma notícia que escrevi em dezembro de 2001: uma fábrica de Goiânia que produzia o cigarro de palha Palheiros de Piracanjuba estava usando o cowboy Tex como garoto-propaganda nos maços. E, claro, nem sonhou em pedir autorização para a Sergio Bonelli Editore. Foi na cara-dura mesmo!

A capa original de onde a arte foi retiradaO ranger aparecia segurando um maço na mão um esquerda e com um cigarro na boca. Pequenino detalhe: a arte foi adulterada da capa de Tex # 354, da Mythos.

Na Itália, o personagem deixou de fumar há tempos, por causa daquele papo de não dar maus exemplos pros leitores, manja?

Só que Julio Schneider, além de fã de Tex, amigo pessoal de Sergio Bonelli e consultor e tradutor da Mythos, é advogado. E foi atrás da tal empresa, representando os interesses de seus clientes.

Resultado: no final de fevereiro de 2002, para não arcar com um processo daqueles, o fabricante do Piracanjuba alterou o visual das embalagens, divulgou um pedido formal de desculpas (registrado em cartório), esclarecendo a atitude incorreta de seu departamento de marketing, e publicou um comunicado no jornal Diário de S.Paulo, esclarecendo que a utilização da imagem de Tex foi indevida e não-autorizada. Leia com detalhes aqui.

Depois dessa, meu amigo Julio Schneider definitivamente se tornou um pard de Tex. Afinal, quando os dois se juntam, é "fumo neles"! :-)

23 outubro 2006

Ah, a puberdade...

Tia May é testemunha do momento sublime em que Peter Parker se torna um rapazinho.

Um morcego de mão amarela

Os Superamigos estão reunidos na Sala de Justiça quando, de repente, Robin sente que há algo estranho ar.

Nessa horas, nunca aparece o culpado, e a expressão de "não fui eu" fica estampada como um carimbo na testa dos heróis. E como há poucas coisas no mundo que fedem mais que peixe fora d'água, o principal suspeito seria Aquaman.

Mas há certas coisas que ninguém consegue esconder. E até mesmo Batman é traído pelo seu semblante cínico e sem-vergonha. Veja a chocante constatação no close abaixo:

22 outubro 2006

Uma coleção sem limites

Eu sou absolutamente fissurado por todos os desenhos animated da Warner, especialmente Batman e Liga da Justiça.

Apesar de não ser um colecionador fanático de bonecos (ou action-figures, como preferem alguns), tenho a da série do Morcego quase completa (falta a Hera Venenosa), que já postei aqui, e estou tentando de todas completar a da Liga da Justiça sem Limites.

Confira abaixo minha coleção - hoje são 21 integrantes da equipe. Note numa das fotos, ao fundo, Sandman, o Mestre dos Sonhos, que está lá por ser um de meus quadrinhos favoritos.

O duro é que para completar, é preciso comprar kits com personagens que já tenho. Aí, tome Superman e Batman pros meus filhos e sobrinhos.

E ainda faltam: Arqueiro Verde, Canário Negro, Átomo, Zatanna, Doutora Luz, Supermoça, Orion, Cavaleiro Andante, Vigilante e os Lanternas Verdes Tomar-Re, Kilowog, Katma Tui, Kyle Rayner e Arkis Chummuck.

Isso sem contar as versões de Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Caçador de Marte, Flash, Lanterna Verde e Mulher-Gavião do futuro. E os vilões!

Ou seja, é rezar pra encontrar todos antes que saiam de linha. E haja grana!

Batman, Aço, Mulher-Gavião e Superman

Soviete Supremo (não sei se este ainda é o nome dele), Mulher-Maravilha, Tempus, Vixen e Gladiador Dourado

Pantera, Lanterna Verde, Flash e Caçador de Marte

Azteca, Columba, Senhor Destino e Rapina

Esmaga-Átomo, Starman, Metamorfo e Aquaman, ao fundo Lorde Morpheus

20 outubro 2006

Santa Camisa de Vênus, Batman!

Capa do CD PlugadoPode parar, seu pervertido! Pensou que essa frase tivesse sido dita pelo Menino-Prodígio, num momento íntimo com "alguém" na batcaverna? Negativo! Isso não passa de intriga da oposição!

Batman, seu celular está no Vibra Call?Este post é sobre uma das curiosidades mais legais que levantei sobre o Morcagão quando escrevi o livro 100 Respostas sobre Batman, para a Mundo Estranho, da Editora Abril: uma música gravada pelo Camisa de Vênus, grupo de rock liderado por Marcelo Nova, chamada Gotham City. Foi em 1995, no CD Plugado, mas o Batman não aparece na letra.

Na verdade, a música foi apresentada pela primeira vez ao público em 1969, no IV Festival Internacional da Canção da Rede Globo e recebeu uma vaia monumental.

Seu autor Jards Macalé era considerado um “maldito” por suas canções contra a ditadura militar e usou o nome da cidade do Morcego para tecer uma crítica à arquitetura urbana que florescia naquele período. Confira a letra abaixo.

Aos 15 anos eu nasci em Gotham City
E era um céu alaranjado em Gotham City
Caçavam bruxas nos telhados em Gotham City
No dia da Independência Nacional
(Refrão)
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal
Eu fiz um quarto bem vermelho aqui em Gotham City
Sobre os muros altos da tradição em Gotham City
No cinto de utilidades as verdades Deus ajuda
A quem cedo madruga em Gotham City
No céu de Gotham City há um sinal
Sistema elétrico e nervoso contra o mal
Tem um sambinha, tem futebol e tem carnaval
Todos estão dormindo em Gotham City
Os mortos-vivos perambulam aqui em Gotham City
Agora vivo o que eu vivo em Gotham City
Chegou a hora da verdade em Gotham City
E a saída é a porta principal


Na versão do Camisa de Vênus, após o refrão é executada a música-tema do seriado do Batman.
Ultimate trailer

Pra comemorar a centésima edição de Ultimate Spiderman, a Marvel divulgou dois trailers muito bacanas.

Tá, tem a ver com uma tal... hã... Saga do Clone, mas as imagens estão legais.

Aliás, bem que podiam disponibilizar os arquivos pra download. Seguem os links:

Vídeo 1.

Vídeo 2.
Novas Resenhas

ZeroTá fazendo o quê aqui?

Corre no Universo HQ, que acabaram de entrar 12 novas resenhas no ar.

Eu comentei algumas edições da linha Top Cow (Panini), além do lindo álbum do Recruta Zero.

Por enquanto é isso. Boa leitura!
Aí, hein, Mickey?

A orgia na Disneylândia de Paris deu o que falar. Mas o precedente desse episódio aconteceu no gibi Minnie # 2, lançado pela Editora Abril em outubro de 2004.

Olha só o que o Mickey tá propondo, logo na primeira página:

19 outubro 2006

Uma grande equipe de super-heróis

Taí um grupo de heróis que não dá margem pra meios-termos: ou você ama ou odeia os Thunderbolts.

Confesso que eu me encaixo na primeira opção. Como já foi dito por aí, as aventuras dos T-Bolts são histórias em quadrinhos de super-heróis com cara de histórias em quadrinhos de super-heróis. Daquelas as quais eu me acostumei a ler na infância e que deixaram saudades.

E tem sido um prazer encontrar mensalmente a equipe nas páginas de Universo Marvel. O roteiro simples (heróis na porrada com vilões a cada três páginas), desenhos nada realistas e colorização sem muita frescura de efeitos. Ou seja, o básico que, a mim, faz falta nos quadrinhos de super-heróis da atualidade, salvo raras e honrosas exceções. E, cá pra nós, curto bastante o conceito de vilões que se transformam em mocinhos (até hoje não aceito o fato de o Homem-Areia voltar a ser um bandido escroto).

Fui um dos que espernearam quando os persoangens deixaram as bancas brasileiras, ainda na época da Abril, e agora posso dizer que a espera pelo retorno dos T-Bolts valeu a pena.

Considero bem empolgante a fase atual desses instigantes super-heróis, e tudo o que quero é que muitos leitores pensem o mesmo, pra que os Thunderbolts continuem sendo publicados por bastante tempo no Brasil.

A sorte está lançada.
Enquanto isso, na floresta...

Cadê a Liga da Justiça?

A Warner Home Vídeo lançará, em novembro, dois títulos de animação.

São eles o longa Superman: Brainiac Ataca e o terceiro volume do box Superman – O Desenho em Série.

Superman: Brainiac Ataca

Agora, a pergunta que não quer calar: onde estão as caixas com a Liga da Justiça animada (em especial a Liga da Justiça sem Limites)? Só se estiverem guardando o melhor para o final. Vamos torcer!

18 outubro 2006

Que Era que era?

Um leitor do UHQ enviou a mim um e-mail com o seguinte questionamento: não estaria sendo usado incorretamente o termo "Era de Bronze dos quadrinhos"?

Segundo ele, se o termo é relativo à mitologia greco-romana, depois das eras de ouro e prata vem a de ferro. "Na mitologia, a Era de Ouro representa o domínio dos Titãs; a de Prata, o domínio pelos deuses do Olimpo; e a de ferro, o domínio dos homens mortais", disse o leitor.

Não deixa de ser correta a observação, mas acho que essa "hierarquia" de eras dos quadrinhos se baseia apenas na preciosidade dos metais.

Vale a pena dar uma lida no texto que reproduzo abaixo, na íntegra (com uma ou outra correção que tive que fazer, além de imagens que adicionei), publicado pelo site de leilões Mercado Livre, de autor desconhecido:

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Era de Platina dos Quadrinhos (1897-1937)

Os quadrinhos evoluíram das tiras de jornais e foram vendidos pela primeira vez como revistas de histórias em quadrinhos durante o início da década de 1930, inaugurando a era de platina.

Entre 1933 e 1937, ícones como Mickey Mouse, Flash Gordon e Dick Tracy criaram sua marca, e artistas como Will Eisner, Bob Kane, Jerry Siegel e Joe Shuster começaram sua carreira.

O ano de 1937 marcou a estréia dos quadrinhos temáticos. Os quadrinhos policiais focavam histórias de crime e suspense e posteriormente nos apresentariam o Batman. Depois, os quadrinhos policiais encurtaram seu nome, mantendo somente as iniciais DC. Os quadrinhos policiais prepararam o palco para o início da Era de Ouro dos Quadrinhos.

A Era de Ouro dos Quadrinhos (1938-55)

A era de ouro começou em 1938, quando Action Comics #1 apresentou seu primeiro super-herói, o Super-Homem. Inspirado pelo sucesso do Super-Homem, Bob Kane desenvolveu um super-herói mais sombrio, o Batman. Apesar de Batman não ter poderes, seus contos sombrios e vilões maníacos tornaram seus quadrinhos um sucesso.

Entre 1938 e 1945 os super-heróis floresceram. Spirit, Capitão Marvel, Flash, Tocha Humana, Sandman e muitos outros nasceram em várias publicações. Em 1940, os quadrinhos de guerra possibilitaram a estréia de todos os heróis patrióticos. O Capitão América, criado por Joe Simon e Jack Kirby, tornou-se o primeiro herói a ganhar seu próprio título antes de aparecer em um outro quadrinho. Em 1945, com o final da guerra, a Era de Ouro dos quadrinhos começou a declinar e os quadrinhos de ficção científica ganharam popularidade.

A Era de Prata dos Quadrinhos (1956-69)

Enquanto as vendas dos quadrinhos de super-heróis continuavam a cair, os quadrinhos de horror, como The Crypt of Terror, Weird Fantasy e The Vault of Horror tornaram-se cada vez mais populares durante a era de prata. Porém, na metade da década de 1950, super-heróis como Super-Homem, Capitão América, Flash e Tocha Humana foram revividos e ganharam novos títulos e histórias.

Os quadrinhos desse período apresentam gírias modernas, personalidades peculiares e problemas pessoas além da salvação do mundo. O Quarteto Fantástico foi o primeiro de uma nova onda de heróis Marvel, que também incluiu O Incrível Hulk e Thor. Porém, foi a aparição de Homem-Aranha em Amazing Fantasy # 15 que estabeleceu o estilo Marvel.

Essa também foi a era do grupo de heróis. Os Vingadores, uma Liga da Justiça revivida e os X-Men surgiram nessa época. Enquanto os super-heróis cresciam em poderes, os quadrinhos de ficção científica continuavam populares e a Marvel os combinou com o Surfista Prateado.

No final da Era de Prata, as revistas de histórias em quadrinhos se pareciam muito com o que são hoje: uma abundância de heróis, cada um deles com sua própria revista, e muitos personagens que cumpriam jornada dupla em um grupo de super-heróis.

A Era de Bronze dos Quadrinhos (1970-79)

Refletindo os tempos, a Era de Bronze dos quadrinhos começou a tratar de assuntos mais modernos. Ainda que os heróis de revistas em quadrinhos clássicos continuassem populares, novos heróis como Conan, o Bárbaro e histórias como Guerra nas Estrelas mudaram as regras e anunciaram a era moderna.

A Era Moderna dos Quadrinhos (1980-Hoje)

Durante a década de 1980, o aumento do romance gráfico colocou os heróis populares em tramas mais adultas, que se tornaram mais comuns durante a era moderna. Notáveis entre eles são Watchmen, de Alan Moore, e Dark Knight Returns, de Frank Miller.

A década de 1990 foi marcada pelo desmembramento das editoras de revistas em quadrinhos. Em uma indústria previamente dominada pela Marvel e DC, muitos quadrinhos independentes e alternativos, como os da Dark Horse e Image, nasceram.

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É meio subjetivo precisar a transição correta de uma era pra outra, mas o texto serve pra dar um norte. Entretanto, o termo Era de Ferro já está sendo usado (embora ainda não tenha "pegado") pra definir o momento atual.

Mas eu prefiro, por pura tradição e gosto, continuar dizendo que estamos na Era de Bronze.
Pacotão da DC na Pixel

Hoje chegou às bancas a Wizmania 37, a última que editei. Na minha coluna, divulgo algumas informações complementares à ida da DC para a Pixel, que ainda não foram confirmadas oficialmente pela editora, o que deve ocorrer em breve. Afinal, janeiro está logo aí.

A partir de 2007, a Distinta Concorrência centrará seus títulos em uma editora apenasSeguinte: não é só a Panini que perderá, pois o “pacote” da Pixel é completo – inclui os títulos da Vertigo e da WildStorm. Ou seja, a Devir perde Preacher, Fábulas, Monstro do Pântano, Tom Strong, Authority, Planetary etc.; e a Opera Graphica deixa de publicar 100 Balas, Y – O Último Homem e outros títulos como Alvo Humano e Jonah Hex.

Alguém aí deve estar se perguntando: mas e o Sandman? Pois é. A Conrad é a única que, num primeiro momento, não sairá no prejuízo. Isso porque a editora tem contrato firmado com a DC para as 10 edições encadernadas. No entanto, possivelmente, ela perderá o direito de reimprimir os álbuns esgotados.

A Pixel terá um trabalho e tanto pela frenteA respeito da continuidade dos materiais que vinham sendo publicados pela Devir e pela Opera (ambas já estão tratando de procurar novos materiais para superar a perda, vide o anúncio de Lost Girls, pela Devir), a Pixel ainda se manifestará oficialmente. Mas é certo que a editora terá uma forte presença também em livrarias. Então, fique de olho no Universo HQ.
Nova edição do Fest Comix

Fest ComixPrepare seus trocados.

Como você confere em noticia desta quarta-feira no Universo HQ, no início de novembro/2006 teremos uma nova edição do Fest Comix, agora no Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo, com duração de quatro dias.

É a edição de número 11 do evento. Eu não estive presente em apenas uma delas.

O mais divertido é encontrar amigos, e ficar naquela confusão “disputando” as HQs com promoções mais interessantes. O espaço do prédio da Gazeta não comportava tanta gente nos dois dias que durava a feira, talvez daí a mudança de local.

O pessoal da Comix Book Shop merece os devidos créditos por ter elaborado o Fest Comix, pois não havia opções do gênero, na época, em São Paulo. Deu certo.

Vamos aguardar a programação completa e as novidades. Além de separar o rico dinheirinho pra gastar lá, logicamente. Aliás, esse é o grande problema de eventos deste gênero: dificilmente a gente consegue comprar tudo que quer. Quem foi em alguma das edições, sabe do que estou falando!

Finalizando, a dica para os organizadores seria exatamente sobre esse assunto: quanto maiores os descontos, maior o volume de material que o leitor/colecionador leva pra casa. E mais feliz ele fica. Com certeza.

17 outubro 2006

"Vou apagar você do mapa, Batman"

Eis mais um vilão tosco das HQs antigas do Batman. O perigoso e assustador... Borracha!

O personagem surgiu em Batman # 188 (dezembro de 1966). Ainda bem que a DC o apagou da cronologia (desculpe, não resisti ao trocadilho infame).

O folclórico Capitão Jackson

Lembra do Capitão Jackson, aquele super-herói norte-americano da vida real que encerrou a carreira por causa de um repórter &@#* que o desmascarou e divulgou em um jornal que ele já foi preso por dirigir bêbado?

Pois bem, há poucos meses, entrei em contato por e-mail com essa figura tosca. Minha intenção era entrevistá-lo pra escrever uma nota sobre o que anda fazendo o ex-super-herói e como está sua vida depois de pendurar a capa.

Nos dois primeiros e-mails, fui logo levantando a bola dele pra facilitar as coisas. Eu disse que era seu fã, que admirava seus feitos. Então ele começou a contar alguns detalhes dos atos heróicos que praticou (tá, subir em uma árvore pra resgatar um esquilo com a pata quebrada pode não ser grande coisa, mas é uma boa ação, vá lá...).

Fiquei surpreso quando ele disse que havia retomado a carreira (comprovei a veracidade da afirmação vendo em seu site os registros de suas aparições públicas em eventos e coisa e tal).

Na boa, ele pensava que eu era um garoto, e me tratou como um, elevando ao máximo o nível de exagero nos relatos de suas atividades como super-herói e me dando dicas de moral e de bons costumes (huahuahuahuahuahua).

Foi aí que eu disse a minha idade, mandei o link pra minha matéria e perguntei sobre o repórter Steven Hepker, o “escândalo” da identidade secreta revelada e da prisão por dirigir embriagado. Nada de resposta. Enviei mais dois e-mails com a mesma pergunta, e ficou na mesma.

Claro, eu posso tê-lo deixado puto da vida na segunda tentativa, quando disse que não se deixasse abater por isso, já que um sujeito chamado Tony Stark manchou a própria imagem por causa do álcool e conseguiu dar a volta por cima. Mas isso é só um detalhe.

Será que o Capitão Jackson matou o repórter? Ou teria ele apagado os últimos meses da mente do jornalista estraga-prazeres?

A contagem regressiva para uma nova crise começou...
2007: ano que promete!

Super x AranhaPois é, quase todo colecionador reclama do excesso de títulos em bancas.

Já pensaram agora, com a ida da DC para a Pixel? Concorrência, meu amigo(a)!

Se você acha que está difícil comprar todos seus quadrinhos, prepare-se para o próximo ano. Com a disputa que será travada entre os super-heróis, opções é que não vão faltar.

Algo me diz que será um ano intenso, com disputas aguerridas em vários fronts, alguns até inesperados... Quem viver, verá.